Preço do aluguel sobe oito vezes mais que o IGP-M no 1º semestre; veja onde a alta foi maior


Imóveis de um dormitório foram os que tiveram a maior alta no aluguel; no geral, rentabilidade média para os proprietários foi de 5,94%

Por Lucas Agrela
Atualização:

O preço do aluguel residencial subiu 8,02% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do Índice FipeZap, que considera médias de preços de 25 cidades. Essa alta significa quase oito vezes a variação do índice IGP-M, que foi de 1,10% nos primeiros seis meses deste ano - o IGP-M costuma ser o indicador mais utilizado nos contratos de aluguel.

As capitais que tiveram os maiores aumentos de preços neste ano foram Brasília (13,93%), Salvador (13,52%) e Curitiba (11,10%). Mas foi a cidade de Campinas, no interior paulista, que liderou o ranking de aumento de aluguel, subindo 14,25% de janeiro a junho.

A capital paulista ficou em 17.º lugar entre os municípios com maiores altas no aluguel, com aumento de 6,53% nos preços.

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No primeiro semestre, os imóveis com apenas um dormitório foram os que tiveram a maior alta média no aluguel, custando 9,57% a mais do que no começo do ano.

“Se o mercado de trabalho permanecer estável ou melhorar ainda mais, é possível que haja mais aumento do preço médio do metro quadrado de locação no restante dos meses do ano. Porém, dado o desempenho no primeiro semestre de 2024 e o padrão observado no segundo semestre de 2023, tanto do índice de locação quanto do mercado de trabalho, o índice FipeZAP deste ano pode atingir um valor menor do que no acumulado de 12 meses de 2023″, diz Paula Reis, economista do DataZap.

Santos é a cidade mais rentável para ter imóvel para aluguel Foto: FERNANDA LUZ/ESTADAO
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Preço médio

O preço médio do metro quadrado para locação no País ficou em R$ 45,92 no primeiro semestre. Imóveis com um dormitório têm o maior preço médio, de R$ 60,26/m², enquanto os de três quartos têm o menor preço médio, de R$ 39,79/m².

Entre as capitais, São Paulo teve a maior alta de preço, chegando a R$ 55,01/m², seguida por Florianópolis (R$ 53,71/m²), Recife (R$ 51,43/m²), Rio de Janeiro (R$ 47,85/m²) e Brasília (R$ 46,54/m²).

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Para o planejador financeiro CFP pela Planejar, Marcelo Milech, o aumento de preços está relacionado ao baixo crescimento do IGP-M nos últimos anos (no ano passado, o índice, que capta principalmente preços no atacado, fechou com queda de 3,18%), o que leva proprietários a forçarem um aumento no valor dos alugueis no momento de fechar novos contratos com inquilinos.

“Os alugueis, que em sua maioria têm o IGP-M como indexador, tiveram reajustes de zero ou próximos de zero nos últimos anos. De seis meses para cá, além de uma nova subida relativa do IGP-M, a procura por locação valorizou esse tipo de modalidade, ‘virando o jogo’ da locação em favor dos proprietários. É uma situação cíclica, derivada, sobretudo, da escassez (de imóveis) e custo alto dos financiamentos imobiliários, que afastam os consumidores da compra e impulsionam a locação”, diz.

Milech lembra que o ideal é que as famílias não comprometam mais do que 30% da renda mensal com aluguel e contas do imóvel - como o IPTU, contas de consumo e condomínio. Dados de abril do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) mostram que o valor de aluguel de 78% dos contratos fechados era de até R$ 1.800.

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De acordo com o Conselho, as vendas de imóveis na cidade caíram 21,56% no acumulado do ano até abril. Porém, o acumulado de alugueis teve aumento de 61%. “Isso indica que, quando as famílias não conseguem comprar, se voltam para o aluguel, uma despesa que ainda está cabendo no bolso dos paulistanos. E aquelas que conseguem comprar estão preferindo fazê-lo à vista. No período estudado pelo Creci-SP, 55,84% das transações foram efetivadas dessa maneira, ante 42,86% por meio de financiamento bancário”, diz o presidente da autarquia, José Augusto Viana Neto.

Mais rentáveis

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Para proprietários que colocam seus imóveis para alugar, os mais rentáveis foram aqueles com um dormitório, que tiveram rentabilidade média anual de 6,66%. A média de rentabilidade no País foi de 5,94%, ou seja, menos da metade da taxa de juros atual, de 10,5%.

Santos foi a cidade com maior rentabilidade para quem tem imóvel para aluguel, com retorno anual de 8,76%. Entre as capitais, as cidades com maiores retornos médios anuais para os proprietários que alugam seus imóveis foram Recife (7,56%), Salvador (6,88%), Porto Alegre (R$ 6,15%), Brasília (6,09%) e São Paulo (6%). Vale notar que a rentabilidade considera apenas a rende obtida mensalmente com aluguel, e não considera a valorização do imóvel ao longo dos anos.

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Bairros mais caros de SP

Na capital paulista, enquanto Moema foi o bairro que teve o maior aumento de preços nos últimos 12 meses, subindo 18,8%, Pinheiros tem o metro quadrado de aluguel mais caro, com preço de R$ 87,50. Itaim Bibi aparecem em segundo lugar com preço de R$ 85,90, seguido por Moema, com R$ 73,30.

A maioria dos bairros fica nas Zonas Oeste e Sul ou no Centro de São Paulo. Santana é o único da Zona Norte do ranking, enquanto a Zona Leste não tem um representante entre as áreas mais caras da cidade, ainda que o Jardim Anália Franco venha se consolidando como região nobre da cidade.

Segundo especialistas, o desenvolvimento urbano e comercial dos bairros que aparecem no topo do ranking são os principais motivos que levam a população a buscar moradias nessas áreas, elevando o preço do aluguel, bem como o do metro quadrado para compra e venda de imóveis residenciais.

O preço do aluguel residencial subiu 8,02% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do Índice FipeZap, que considera médias de preços de 25 cidades. Essa alta significa quase oito vezes a variação do índice IGP-M, que foi de 1,10% nos primeiros seis meses deste ano - o IGP-M costuma ser o indicador mais utilizado nos contratos de aluguel.

As capitais que tiveram os maiores aumentos de preços neste ano foram Brasília (13,93%), Salvador (13,52%) e Curitiba (11,10%). Mas foi a cidade de Campinas, no interior paulista, que liderou o ranking de aumento de aluguel, subindo 14,25% de janeiro a junho.

A capital paulista ficou em 17.º lugar entre os municípios com maiores altas no aluguel, com aumento de 6,53% nos preços.

No primeiro semestre, os imóveis com apenas um dormitório foram os que tiveram a maior alta média no aluguel, custando 9,57% a mais do que no começo do ano.

“Se o mercado de trabalho permanecer estável ou melhorar ainda mais, é possível que haja mais aumento do preço médio do metro quadrado de locação no restante dos meses do ano. Porém, dado o desempenho no primeiro semestre de 2024 e o padrão observado no segundo semestre de 2023, tanto do índice de locação quanto do mercado de trabalho, o índice FipeZAP deste ano pode atingir um valor menor do que no acumulado de 12 meses de 2023″, diz Paula Reis, economista do DataZap.

Santos é a cidade mais rentável para ter imóvel para aluguel Foto: FERNANDA LUZ/ESTADAO

Preço médio

O preço médio do metro quadrado para locação no País ficou em R$ 45,92 no primeiro semestre. Imóveis com um dormitório têm o maior preço médio, de R$ 60,26/m², enquanto os de três quartos têm o menor preço médio, de R$ 39,79/m².

Entre as capitais, São Paulo teve a maior alta de preço, chegando a R$ 55,01/m², seguida por Florianópolis (R$ 53,71/m²), Recife (R$ 51,43/m²), Rio de Janeiro (R$ 47,85/m²) e Brasília (R$ 46,54/m²).

Para o planejador financeiro CFP pela Planejar, Marcelo Milech, o aumento de preços está relacionado ao baixo crescimento do IGP-M nos últimos anos (no ano passado, o índice, que capta principalmente preços no atacado, fechou com queda de 3,18%), o que leva proprietários a forçarem um aumento no valor dos alugueis no momento de fechar novos contratos com inquilinos.

“Os alugueis, que em sua maioria têm o IGP-M como indexador, tiveram reajustes de zero ou próximos de zero nos últimos anos. De seis meses para cá, além de uma nova subida relativa do IGP-M, a procura por locação valorizou esse tipo de modalidade, ‘virando o jogo’ da locação em favor dos proprietários. É uma situação cíclica, derivada, sobretudo, da escassez (de imóveis) e custo alto dos financiamentos imobiliários, que afastam os consumidores da compra e impulsionam a locação”, diz.

Milech lembra que o ideal é que as famílias não comprometam mais do que 30% da renda mensal com aluguel e contas do imóvel - como o IPTU, contas de consumo e condomínio. Dados de abril do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) mostram que o valor de aluguel de 78% dos contratos fechados era de até R$ 1.800.

De acordo com o Conselho, as vendas de imóveis na cidade caíram 21,56% no acumulado do ano até abril. Porém, o acumulado de alugueis teve aumento de 61%. “Isso indica que, quando as famílias não conseguem comprar, se voltam para o aluguel, uma despesa que ainda está cabendo no bolso dos paulistanos. E aquelas que conseguem comprar estão preferindo fazê-lo à vista. No período estudado pelo Creci-SP, 55,84% das transações foram efetivadas dessa maneira, ante 42,86% por meio de financiamento bancário”, diz o presidente da autarquia, José Augusto Viana Neto.

Mais rentáveis

Para proprietários que colocam seus imóveis para alugar, os mais rentáveis foram aqueles com um dormitório, que tiveram rentabilidade média anual de 6,66%. A média de rentabilidade no País foi de 5,94%, ou seja, menos da metade da taxa de juros atual, de 10,5%.

Santos foi a cidade com maior rentabilidade para quem tem imóvel para aluguel, com retorno anual de 8,76%. Entre as capitais, as cidades com maiores retornos médios anuais para os proprietários que alugam seus imóveis foram Recife (7,56%), Salvador (6,88%), Porto Alegre (R$ 6,15%), Brasília (6,09%) e São Paulo (6%). Vale notar que a rentabilidade considera apenas a rende obtida mensalmente com aluguel, e não considera a valorização do imóvel ao longo dos anos.

Bairros mais caros de SP

Na capital paulista, enquanto Moema foi o bairro que teve o maior aumento de preços nos últimos 12 meses, subindo 18,8%, Pinheiros tem o metro quadrado de aluguel mais caro, com preço de R$ 87,50. Itaim Bibi aparecem em segundo lugar com preço de R$ 85,90, seguido por Moema, com R$ 73,30.

A maioria dos bairros fica nas Zonas Oeste e Sul ou no Centro de São Paulo. Santana é o único da Zona Norte do ranking, enquanto a Zona Leste não tem um representante entre as áreas mais caras da cidade, ainda que o Jardim Anália Franco venha se consolidando como região nobre da cidade.

Segundo especialistas, o desenvolvimento urbano e comercial dos bairros que aparecem no topo do ranking são os principais motivos que levam a população a buscar moradias nessas áreas, elevando o preço do aluguel, bem como o do metro quadrado para compra e venda de imóveis residenciais.

O preço do aluguel residencial subiu 8,02% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do Índice FipeZap, que considera médias de preços de 25 cidades. Essa alta significa quase oito vezes a variação do índice IGP-M, que foi de 1,10% nos primeiros seis meses deste ano - o IGP-M costuma ser o indicador mais utilizado nos contratos de aluguel.

As capitais que tiveram os maiores aumentos de preços neste ano foram Brasília (13,93%), Salvador (13,52%) e Curitiba (11,10%). Mas foi a cidade de Campinas, no interior paulista, que liderou o ranking de aumento de aluguel, subindo 14,25% de janeiro a junho.

A capital paulista ficou em 17.º lugar entre os municípios com maiores altas no aluguel, com aumento de 6,53% nos preços.

No primeiro semestre, os imóveis com apenas um dormitório foram os que tiveram a maior alta média no aluguel, custando 9,57% a mais do que no começo do ano.

“Se o mercado de trabalho permanecer estável ou melhorar ainda mais, é possível que haja mais aumento do preço médio do metro quadrado de locação no restante dos meses do ano. Porém, dado o desempenho no primeiro semestre de 2024 e o padrão observado no segundo semestre de 2023, tanto do índice de locação quanto do mercado de trabalho, o índice FipeZAP deste ano pode atingir um valor menor do que no acumulado de 12 meses de 2023″, diz Paula Reis, economista do DataZap.

Santos é a cidade mais rentável para ter imóvel para aluguel Foto: FERNANDA LUZ/ESTADAO

Preço médio

O preço médio do metro quadrado para locação no País ficou em R$ 45,92 no primeiro semestre. Imóveis com um dormitório têm o maior preço médio, de R$ 60,26/m², enquanto os de três quartos têm o menor preço médio, de R$ 39,79/m².

Entre as capitais, São Paulo teve a maior alta de preço, chegando a R$ 55,01/m², seguida por Florianópolis (R$ 53,71/m²), Recife (R$ 51,43/m²), Rio de Janeiro (R$ 47,85/m²) e Brasília (R$ 46,54/m²).

Para o planejador financeiro CFP pela Planejar, Marcelo Milech, o aumento de preços está relacionado ao baixo crescimento do IGP-M nos últimos anos (no ano passado, o índice, que capta principalmente preços no atacado, fechou com queda de 3,18%), o que leva proprietários a forçarem um aumento no valor dos alugueis no momento de fechar novos contratos com inquilinos.

“Os alugueis, que em sua maioria têm o IGP-M como indexador, tiveram reajustes de zero ou próximos de zero nos últimos anos. De seis meses para cá, além de uma nova subida relativa do IGP-M, a procura por locação valorizou esse tipo de modalidade, ‘virando o jogo’ da locação em favor dos proprietários. É uma situação cíclica, derivada, sobretudo, da escassez (de imóveis) e custo alto dos financiamentos imobiliários, que afastam os consumidores da compra e impulsionam a locação”, diz.

Milech lembra que o ideal é que as famílias não comprometam mais do que 30% da renda mensal com aluguel e contas do imóvel - como o IPTU, contas de consumo e condomínio. Dados de abril do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) mostram que o valor de aluguel de 78% dos contratos fechados era de até R$ 1.800.

De acordo com o Conselho, as vendas de imóveis na cidade caíram 21,56% no acumulado do ano até abril. Porém, o acumulado de alugueis teve aumento de 61%. “Isso indica que, quando as famílias não conseguem comprar, se voltam para o aluguel, uma despesa que ainda está cabendo no bolso dos paulistanos. E aquelas que conseguem comprar estão preferindo fazê-lo à vista. No período estudado pelo Creci-SP, 55,84% das transações foram efetivadas dessa maneira, ante 42,86% por meio de financiamento bancário”, diz o presidente da autarquia, José Augusto Viana Neto.

Mais rentáveis

Para proprietários que colocam seus imóveis para alugar, os mais rentáveis foram aqueles com um dormitório, que tiveram rentabilidade média anual de 6,66%. A média de rentabilidade no País foi de 5,94%, ou seja, menos da metade da taxa de juros atual, de 10,5%.

Santos foi a cidade com maior rentabilidade para quem tem imóvel para aluguel, com retorno anual de 8,76%. Entre as capitais, as cidades com maiores retornos médios anuais para os proprietários que alugam seus imóveis foram Recife (7,56%), Salvador (6,88%), Porto Alegre (R$ 6,15%), Brasília (6,09%) e São Paulo (6%). Vale notar que a rentabilidade considera apenas a rende obtida mensalmente com aluguel, e não considera a valorização do imóvel ao longo dos anos.

Bairros mais caros de SP

Na capital paulista, enquanto Moema foi o bairro que teve o maior aumento de preços nos últimos 12 meses, subindo 18,8%, Pinheiros tem o metro quadrado de aluguel mais caro, com preço de R$ 87,50. Itaim Bibi aparecem em segundo lugar com preço de R$ 85,90, seguido por Moema, com R$ 73,30.

A maioria dos bairros fica nas Zonas Oeste e Sul ou no Centro de São Paulo. Santana é o único da Zona Norte do ranking, enquanto a Zona Leste não tem um representante entre as áreas mais caras da cidade, ainda que o Jardim Anália Franco venha se consolidando como região nobre da cidade.

Segundo especialistas, o desenvolvimento urbano e comercial dos bairros que aparecem no topo do ranking são os principais motivos que levam a população a buscar moradias nessas áreas, elevando o preço do aluguel, bem como o do metro quadrado para compra e venda de imóveis residenciais.

O preço do aluguel residencial subiu 8,02% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do Índice FipeZap, que considera médias de preços de 25 cidades. Essa alta significa quase oito vezes a variação do índice IGP-M, que foi de 1,10% nos primeiros seis meses deste ano - o IGP-M costuma ser o indicador mais utilizado nos contratos de aluguel.

As capitais que tiveram os maiores aumentos de preços neste ano foram Brasília (13,93%), Salvador (13,52%) e Curitiba (11,10%). Mas foi a cidade de Campinas, no interior paulista, que liderou o ranking de aumento de aluguel, subindo 14,25% de janeiro a junho.

A capital paulista ficou em 17.º lugar entre os municípios com maiores altas no aluguel, com aumento de 6,53% nos preços.

No primeiro semestre, os imóveis com apenas um dormitório foram os que tiveram a maior alta média no aluguel, custando 9,57% a mais do que no começo do ano.

“Se o mercado de trabalho permanecer estável ou melhorar ainda mais, é possível que haja mais aumento do preço médio do metro quadrado de locação no restante dos meses do ano. Porém, dado o desempenho no primeiro semestre de 2024 e o padrão observado no segundo semestre de 2023, tanto do índice de locação quanto do mercado de trabalho, o índice FipeZAP deste ano pode atingir um valor menor do que no acumulado de 12 meses de 2023″, diz Paula Reis, economista do DataZap.

Santos é a cidade mais rentável para ter imóvel para aluguel Foto: FERNANDA LUZ/ESTADAO

Preço médio

O preço médio do metro quadrado para locação no País ficou em R$ 45,92 no primeiro semestre. Imóveis com um dormitório têm o maior preço médio, de R$ 60,26/m², enquanto os de três quartos têm o menor preço médio, de R$ 39,79/m².

Entre as capitais, São Paulo teve a maior alta de preço, chegando a R$ 55,01/m², seguida por Florianópolis (R$ 53,71/m²), Recife (R$ 51,43/m²), Rio de Janeiro (R$ 47,85/m²) e Brasília (R$ 46,54/m²).

Para o planejador financeiro CFP pela Planejar, Marcelo Milech, o aumento de preços está relacionado ao baixo crescimento do IGP-M nos últimos anos (no ano passado, o índice, que capta principalmente preços no atacado, fechou com queda de 3,18%), o que leva proprietários a forçarem um aumento no valor dos alugueis no momento de fechar novos contratos com inquilinos.

“Os alugueis, que em sua maioria têm o IGP-M como indexador, tiveram reajustes de zero ou próximos de zero nos últimos anos. De seis meses para cá, além de uma nova subida relativa do IGP-M, a procura por locação valorizou esse tipo de modalidade, ‘virando o jogo’ da locação em favor dos proprietários. É uma situação cíclica, derivada, sobretudo, da escassez (de imóveis) e custo alto dos financiamentos imobiliários, que afastam os consumidores da compra e impulsionam a locação”, diz.

Milech lembra que o ideal é que as famílias não comprometam mais do que 30% da renda mensal com aluguel e contas do imóvel - como o IPTU, contas de consumo e condomínio. Dados de abril do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) mostram que o valor de aluguel de 78% dos contratos fechados era de até R$ 1.800.

De acordo com o Conselho, as vendas de imóveis na cidade caíram 21,56% no acumulado do ano até abril. Porém, o acumulado de alugueis teve aumento de 61%. “Isso indica que, quando as famílias não conseguem comprar, se voltam para o aluguel, uma despesa que ainda está cabendo no bolso dos paulistanos. E aquelas que conseguem comprar estão preferindo fazê-lo à vista. No período estudado pelo Creci-SP, 55,84% das transações foram efetivadas dessa maneira, ante 42,86% por meio de financiamento bancário”, diz o presidente da autarquia, José Augusto Viana Neto.

Mais rentáveis

Para proprietários que colocam seus imóveis para alugar, os mais rentáveis foram aqueles com um dormitório, que tiveram rentabilidade média anual de 6,66%. A média de rentabilidade no País foi de 5,94%, ou seja, menos da metade da taxa de juros atual, de 10,5%.

Santos foi a cidade com maior rentabilidade para quem tem imóvel para aluguel, com retorno anual de 8,76%. Entre as capitais, as cidades com maiores retornos médios anuais para os proprietários que alugam seus imóveis foram Recife (7,56%), Salvador (6,88%), Porto Alegre (R$ 6,15%), Brasília (6,09%) e São Paulo (6%). Vale notar que a rentabilidade considera apenas a rende obtida mensalmente com aluguel, e não considera a valorização do imóvel ao longo dos anos.

Bairros mais caros de SP

Na capital paulista, enquanto Moema foi o bairro que teve o maior aumento de preços nos últimos 12 meses, subindo 18,8%, Pinheiros tem o metro quadrado de aluguel mais caro, com preço de R$ 87,50. Itaim Bibi aparecem em segundo lugar com preço de R$ 85,90, seguido por Moema, com R$ 73,30.

A maioria dos bairros fica nas Zonas Oeste e Sul ou no Centro de São Paulo. Santana é o único da Zona Norte do ranking, enquanto a Zona Leste não tem um representante entre as áreas mais caras da cidade, ainda que o Jardim Anália Franco venha se consolidando como região nobre da cidade.

Segundo especialistas, o desenvolvimento urbano e comercial dos bairros que aparecem no topo do ranking são os principais motivos que levam a população a buscar moradias nessas áreas, elevando o preço do aluguel, bem como o do metro quadrado para compra e venda de imóveis residenciais.

O preço do aluguel residencial subiu 8,02% no primeiro semestre deste ano, de acordo com dados do Índice FipeZap, que considera médias de preços de 25 cidades. Essa alta significa quase oito vezes a variação do índice IGP-M, que foi de 1,10% nos primeiros seis meses deste ano - o IGP-M costuma ser o indicador mais utilizado nos contratos de aluguel.

As capitais que tiveram os maiores aumentos de preços neste ano foram Brasília (13,93%), Salvador (13,52%) e Curitiba (11,10%). Mas foi a cidade de Campinas, no interior paulista, que liderou o ranking de aumento de aluguel, subindo 14,25% de janeiro a junho.

A capital paulista ficou em 17.º lugar entre os municípios com maiores altas no aluguel, com aumento de 6,53% nos preços.

No primeiro semestre, os imóveis com apenas um dormitório foram os que tiveram a maior alta média no aluguel, custando 9,57% a mais do que no começo do ano.

“Se o mercado de trabalho permanecer estável ou melhorar ainda mais, é possível que haja mais aumento do preço médio do metro quadrado de locação no restante dos meses do ano. Porém, dado o desempenho no primeiro semestre de 2024 e o padrão observado no segundo semestre de 2023, tanto do índice de locação quanto do mercado de trabalho, o índice FipeZAP deste ano pode atingir um valor menor do que no acumulado de 12 meses de 2023″, diz Paula Reis, economista do DataZap.

Santos é a cidade mais rentável para ter imóvel para aluguel Foto: FERNANDA LUZ/ESTADAO

Preço médio

O preço médio do metro quadrado para locação no País ficou em R$ 45,92 no primeiro semestre. Imóveis com um dormitório têm o maior preço médio, de R$ 60,26/m², enquanto os de três quartos têm o menor preço médio, de R$ 39,79/m².

Entre as capitais, São Paulo teve a maior alta de preço, chegando a R$ 55,01/m², seguida por Florianópolis (R$ 53,71/m²), Recife (R$ 51,43/m²), Rio de Janeiro (R$ 47,85/m²) e Brasília (R$ 46,54/m²).

Para o planejador financeiro CFP pela Planejar, Marcelo Milech, o aumento de preços está relacionado ao baixo crescimento do IGP-M nos últimos anos (no ano passado, o índice, que capta principalmente preços no atacado, fechou com queda de 3,18%), o que leva proprietários a forçarem um aumento no valor dos alugueis no momento de fechar novos contratos com inquilinos.

“Os alugueis, que em sua maioria têm o IGP-M como indexador, tiveram reajustes de zero ou próximos de zero nos últimos anos. De seis meses para cá, além de uma nova subida relativa do IGP-M, a procura por locação valorizou esse tipo de modalidade, ‘virando o jogo’ da locação em favor dos proprietários. É uma situação cíclica, derivada, sobretudo, da escassez (de imóveis) e custo alto dos financiamentos imobiliários, que afastam os consumidores da compra e impulsionam a locação”, diz.

Milech lembra que o ideal é que as famílias não comprometam mais do que 30% da renda mensal com aluguel e contas do imóvel - como o IPTU, contas de consumo e condomínio. Dados de abril do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (Creci-SP) mostram que o valor de aluguel de 78% dos contratos fechados era de até R$ 1.800.

De acordo com o Conselho, as vendas de imóveis na cidade caíram 21,56% no acumulado do ano até abril. Porém, o acumulado de alugueis teve aumento de 61%. “Isso indica que, quando as famílias não conseguem comprar, se voltam para o aluguel, uma despesa que ainda está cabendo no bolso dos paulistanos. E aquelas que conseguem comprar estão preferindo fazê-lo à vista. No período estudado pelo Creci-SP, 55,84% das transações foram efetivadas dessa maneira, ante 42,86% por meio de financiamento bancário”, diz o presidente da autarquia, José Augusto Viana Neto.

Mais rentáveis

Para proprietários que colocam seus imóveis para alugar, os mais rentáveis foram aqueles com um dormitório, que tiveram rentabilidade média anual de 6,66%. A média de rentabilidade no País foi de 5,94%, ou seja, menos da metade da taxa de juros atual, de 10,5%.

Santos foi a cidade com maior rentabilidade para quem tem imóvel para aluguel, com retorno anual de 8,76%. Entre as capitais, as cidades com maiores retornos médios anuais para os proprietários que alugam seus imóveis foram Recife (7,56%), Salvador (6,88%), Porto Alegre (R$ 6,15%), Brasília (6,09%) e São Paulo (6%). Vale notar que a rentabilidade considera apenas a rende obtida mensalmente com aluguel, e não considera a valorização do imóvel ao longo dos anos.

Bairros mais caros de SP

Na capital paulista, enquanto Moema foi o bairro que teve o maior aumento de preços nos últimos 12 meses, subindo 18,8%, Pinheiros tem o metro quadrado de aluguel mais caro, com preço de R$ 87,50. Itaim Bibi aparecem em segundo lugar com preço de R$ 85,90, seguido por Moema, com R$ 73,30.

A maioria dos bairros fica nas Zonas Oeste e Sul ou no Centro de São Paulo. Santana é o único da Zona Norte do ranking, enquanto a Zona Leste não tem um representante entre as áreas mais caras da cidade, ainda que o Jardim Anália Franco venha se consolidando como região nobre da cidade.

Segundo especialistas, o desenvolvimento urbano e comercial dos bairros que aparecem no topo do ranking são os principais motivos que levam a população a buscar moradias nessas áreas, elevando o preço do aluguel, bem como o do metro quadrado para compra e venda de imóveis residenciais.

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