Opinião|Brasil tem de evitar repetir erros velhos na economia diante de um cenário externo mais incerto


Divisão no Banco Central e análise emotiva do mercado financeiro são novas variáveis que aumentam a incerteza

Por Alvaro Gribel
Atualização:

O Ministério da Fazenda não apresenta uma agenda de cortes de gastos e derruba iniciativas em estudo no Ministério do Planejamento. O Planejamento, depois de um ano e meio de governo, ainda não conseguiu colocar de pé um programa sólido de avaliação e revisão de despesas. Na Presidência, o que se escuta é o que há de pior em análises econômicas, encabeçadas pela Casa Civil e com apoio do PT e do Ministério de Minas e Energia. Sob Lula, a Petrobras sofre da mesma instabilidade que sob Bolsonaro, enquanto no Congresso jabutis de todas as espécies são aprovados com subsídios que distorcem o sistema e encarecem a conta de luz.

A atuação dos principais agentes econômicos do País já seria questionável se parasse por aí, mas as novidades das últimas semanas foram confusões provocadas pelo Banco Central e pelo próprio mercado financeiro. No BC, quatro diretores indicados por Lula resolveram, do nada, colocar em xeque a forma de comunicação do Banco. Criaram uma cisão na última reunião do Copom trazendo à tona um argumento totalmente novo no regime de metas para justificar um corte maior da Selic: admitiram que o quadro piorou, mas não podiam mudar de ideia porque havia um compromisso feito na reunião anterior.

O resultado foi uma forte piora das expectativas de inflação, que é agravada também pelo comportamento quase que adolescente do mercado financeiro. Embora a Ata do Copom tenha sido clara em mostrar que todos os nove diretores do Banco estão preocupados com a inflação — e que a divisão aconteceu por essa visão idiossincrática na comunicação —, economistas e investidores deram de ombros e incorporaram em seus modelos a variável “estou chateado e não gosto de vocês”.

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Governo tem apresentado problemas, mas comportamento do mercado financeiro também não ajuda Foto: Daniel Teixeira / Estadão

O componente emocional dessa equação — ou seria político? — atingiu o cúmulo com o aumento de 5,78% para 8%, de uma semana para a outra, feito por uma instituição financeira para o IPCA de 2026. Como o Boletim Focus é anônimo, o País ficará sem saber quem foi o responsável pela graça e que fundamentos técnicos foram utilizados. O problema é que, se a moda pega, a mediana das expectativas sobe, e o BC será obrigado a elevar mais os juros para conter essa piora das projeções.

Nesta quarta-feira, 22, a ata do Fed, o banco central americano, veio em tom mais duro, o que sugere juros mais altos por lá por mais tempo. O dólar voltou a subir frente ao real, o que significa mais pressão sobre a inflação. Com o cenário internacional mais incerto, o Brasil precisa fazer a sua parte e evitar a repetição de erros velhos na economia.

O Ministério da Fazenda não apresenta uma agenda de cortes de gastos e derruba iniciativas em estudo no Ministério do Planejamento. O Planejamento, depois de um ano e meio de governo, ainda não conseguiu colocar de pé um programa sólido de avaliação e revisão de despesas. Na Presidência, o que se escuta é o que há de pior em análises econômicas, encabeçadas pela Casa Civil e com apoio do PT e do Ministério de Minas e Energia. Sob Lula, a Petrobras sofre da mesma instabilidade que sob Bolsonaro, enquanto no Congresso jabutis de todas as espécies são aprovados com subsídios que distorcem o sistema e encarecem a conta de luz.

A atuação dos principais agentes econômicos do País já seria questionável se parasse por aí, mas as novidades das últimas semanas foram confusões provocadas pelo Banco Central e pelo próprio mercado financeiro. No BC, quatro diretores indicados por Lula resolveram, do nada, colocar em xeque a forma de comunicação do Banco. Criaram uma cisão na última reunião do Copom trazendo à tona um argumento totalmente novo no regime de metas para justificar um corte maior da Selic: admitiram que o quadro piorou, mas não podiam mudar de ideia porque havia um compromisso feito na reunião anterior.

O resultado foi uma forte piora das expectativas de inflação, que é agravada também pelo comportamento quase que adolescente do mercado financeiro. Embora a Ata do Copom tenha sido clara em mostrar que todos os nove diretores do Banco estão preocupados com a inflação — e que a divisão aconteceu por essa visão idiossincrática na comunicação —, economistas e investidores deram de ombros e incorporaram em seus modelos a variável “estou chateado e não gosto de vocês”.

Governo tem apresentado problemas, mas comportamento do mercado financeiro também não ajuda Foto: Daniel Teixeira / Estadão

O componente emocional dessa equação — ou seria político? — atingiu o cúmulo com o aumento de 5,78% para 8%, de uma semana para a outra, feito por uma instituição financeira para o IPCA de 2026. Como o Boletim Focus é anônimo, o País ficará sem saber quem foi o responsável pela graça e que fundamentos técnicos foram utilizados. O problema é que, se a moda pega, a mediana das expectativas sobe, e o BC será obrigado a elevar mais os juros para conter essa piora das projeções.

Nesta quarta-feira, 22, a ata do Fed, o banco central americano, veio em tom mais duro, o que sugere juros mais altos por lá por mais tempo. O dólar voltou a subir frente ao real, o que significa mais pressão sobre a inflação. Com o cenário internacional mais incerto, o Brasil precisa fazer a sua parte e evitar a repetição de erros velhos na economia.

O Ministério da Fazenda não apresenta uma agenda de cortes de gastos e derruba iniciativas em estudo no Ministério do Planejamento. O Planejamento, depois de um ano e meio de governo, ainda não conseguiu colocar de pé um programa sólido de avaliação e revisão de despesas. Na Presidência, o que se escuta é o que há de pior em análises econômicas, encabeçadas pela Casa Civil e com apoio do PT e do Ministério de Minas e Energia. Sob Lula, a Petrobras sofre da mesma instabilidade que sob Bolsonaro, enquanto no Congresso jabutis de todas as espécies são aprovados com subsídios que distorcem o sistema e encarecem a conta de luz.

A atuação dos principais agentes econômicos do País já seria questionável se parasse por aí, mas as novidades das últimas semanas foram confusões provocadas pelo Banco Central e pelo próprio mercado financeiro. No BC, quatro diretores indicados por Lula resolveram, do nada, colocar em xeque a forma de comunicação do Banco. Criaram uma cisão na última reunião do Copom trazendo à tona um argumento totalmente novo no regime de metas para justificar um corte maior da Selic: admitiram que o quadro piorou, mas não podiam mudar de ideia porque havia um compromisso feito na reunião anterior.

O resultado foi uma forte piora das expectativas de inflação, que é agravada também pelo comportamento quase que adolescente do mercado financeiro. Embora a Ata do Copom tenha sido clara em mostrar que todos os nove diretores do Banco estão preocupados com a inflação — e que a divisão aconteceu por essa visão idiossincrática na comunicação —, economistas e investidores deram de ombros e incorporaram em seus modelos a variável “estou chateado e não gosto de vocês”.

Governo tem apresentado problemas, mas comportamento do mercado financeiro também não ajuda Foto: Daniel Teixeira / Estadão

O componente emocional dessa equação — ou seria político? — atingiu o cúmulo com o aumento de 5,78% para 8%, de uma semana para a outra, feito por uma instituição financeira para o IPCA de 2026. Como o Boletim Focus é anônimo, o País ficará sem saber quem foi o responsável pela graça e que fundamentos técnicos foram utilizados. O problema é que, se a moda pega, a mediana das expectativas sobe, e o BC será obrigado a elevar mais os juros para conter essa piora das projeções.

Nesta quarta-feira, 22, a ata do Fed, o banco central americano, veio em tom mais duro, o que sugere juros mais altos por lá por mais tempo. O dólar voltou a subir frente ao real, o que significa mais pressão sobre a inflação. Com o cenário internacional mais incerto, o Brasil precisa fazer a sua parte e evitar a repetição de erros velhos na economia.

O Ministério da Fazenda não apresenta uma agenda de cortes de gastos e derruba iniciativas em estudo no Ministério do Planejamento. O Planejamento, depois de um ano e meio de governo, ainda não conseguiu colocar de pé um programa sólido de avaliação e revisão de despesas. Na Presidência, o que se escuta é o que há de pior em análises econômicas, encabeçadas pela Casa Civil e com apoio do PT e do Ministério de Minas e Energia. Sob Lula, a Petrobras sofre da mesma instabilidade que sob Bolsonaro, enquanto no Congresso jabutis de todas as espécies são aprovados com subsídios que distorcem o sistema e encarecem a conta de luz.

A atuação dos principais agentes econômicos do País já seria questionável se parasse por aí, mas as novidades das últimas semanas foram confusões provocadas pelo Banco Central e pelo próprio mercado financeiro. No BC, quatro diretores indicados por Lula resolveram, do nada, colocar em xeque a forma de comunicação do Banco. Criaram uma cisão na última reunião do Copom trazendo à tona um argumento totalmente novo no regime de metas para justificar um corte maior da Selic: admitiram que o quadro piorou, mas não podiam mudar de ideia porque havia um compromisso feito na reunião anterior.

O resultado foi uma forte piora das expectativas de inflação, que é agravada também pelo comportamento quase que adolescente do mercado financeiro. Embora a Ata do Copom tenha sido clara em mostrar que todos os nove diretores do Banco estão preocupados com a inflação — e que a divisão aconteceu por essa visão idiossincrática na comunicação —, economistas e investidores deram de ombros e incorporaram em seus modelos a variável “estou chateado e não gosto de vocês”.

Governo tem apresentado problemas, mas comportamento do mercado financeiro também não ajuda Foto: Daniel Teixeira / Estadão

O componente emocional dessa equação — ou seria político? — atingiu o cúmulo com o aumento de 5,78% para 8%, de uma semana para a outra, feito por uma instituição financeira para o IPCA de 2026. Como o Boletim Focus é anônimo, o País ficará sem saber quem foi o responsável pela graça e que fundamentos técnicos foram utilizados. O problema é que, se a moda pega, a mediana das expectativas sobe, e o BC será obrigado a elevar mais os juros para conter essa piora das projeções.

Nesta quarta-feira, 22, a ata do Fed, o banco central americano, veio em tom mais duro, o que sugere juros mais altos por lá por mais tempo. O dólar voltou a subir frente ao real, o que significa mais pressão sobre a inflação. Com o cenário internacional mais incerto, o Brasil precisa fazer a sua parte e evitar a repetição de erros velhos na economia.

O Ministério da Fazenda não apresenta uma agenda de cortes de gastos e derruba iniciativas em estudo no Ministério do Planejamento. O Planejamento, depois de um ano e meio de governo, ainda não conseguiu colocar de pé um programa sólido de avaliação e revisão de despesas. Na Presidência, o que se escuta é o que há de pior em análises econômicas, encabeçadas pela Casa Civil e com apoio do PT e do Ministério de Minas e Energia. Sob Lula, a Petrobras sofre da mesma instabilidade que sob Bolsonaro, enquanto no Congresso jabutis de todas as espécies são aprovados com subsídios que distorcem o sistema e encarecem a conta de luz.

A atuação dos principais agentes econômicos do País já seria questionável se parasse por aí, mas as novidades das últimas semanas foram confusões provocadas pelo Banco Central e pelo próprio mercado financeiro. No BC, quatro diretores indicados por Lula resolveram, do nada, colocar em xeque a forma de comunicação do Banco. Criaram uma cisão na última reunião do Copom trazendo à tona um argumento totalmente novo no regime de metas para justificar um corte maior da Selic: admitiram que o quadro piorou, mas não podiam mudar de ideia porque havia um compromisso feito na reunião anterior.

O resultado foi uma forte piora das expectativas de inflação, que é agravada também pelo comportamento quase que adolescente do mercado financeiro. Embora a Ata do Copom tenha sido clara em mostrar que todos os nove diretores do Banco estão preocupados com a inflação — e que a divisão aconteceu por essa visão idiossincrática na comunicação —, economistas e investidores deram de ombros e incorporaram em seus modelos a variável “estou chateado e não gosto de vocês”.

Governo tem apresentado problemas, mas comportamento do mercado financeiro também não ajuda Foto: Daniel Teixeira / Estadão

O componente emocional dessa equação — ou seria político? — atingiu o cúmulo com o aumento de 5,78% para 8%, de uma semana para a outra, feito por uma instituição financeira para o IPCA de 2026. Como o Boletim Focus é anônimo, o País ficará sem saber quem foi o responsável pela graça e que fundamentos técnicos foram utilizados. O problema é que, se a moda pega, a mediana das expectativas sobe, e o BC será obrigado a elevar mais os juros para conter essa piora das projeções.

Nesta quarta-feira, 22, a ata do Fed, o banco central americano, veio em tom mais duro, o que sugere juros mais altos por lá por mais tempo. O dólar voltou a subir frente ao real, o que significa mais pressão sobre a inflação. Com o cenário internacional mais incerto, o Brasil precisa fazer a sua parte e evitar a repetição de erros velhos na economia.

Opinião por Alvaro Gribel

Repórter especial e colunista do Estadão em Brasília. Há mais de 15 anos acompanha os principais assuntos macroeconômicos no Brasil e no mundo. Foi colunista e coordenador de economia no Globo.

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