Análise|Disparada do dólar pressiona inflação e coloca economia sob risco de receber dose mais alta de juros


Moeda americana já tem alta acumulada de 20% este ano e impacto na inflação pode chegar a 1 ponto percentual; cenário para o câmbio coloca pressão sobre o Banco Central para subir a Selic

Por Alvaro Gribel
Atualização:

Em mais um dia de incertezas externas, pela eleição nos EUA e o ritmo da atividade por lá, e internas, pela falta de notícias concretas do ajuste fiscal em estudo pelo governo federal, o dólar bateu a máxima de R$ 5,86 na manhã desta sexta-feira, para depois atenuar a alta para a casa de R$ 5,82, por volta do meio-dia.

No ano, a valorização da moeda americana já chega a 20%, depois de fechar 2023 em R$ 4,85. O grande problema dessa forte alta em um curto espaço de tempo é o impacto que isso tem nas expectativas de inflação.

Segundo o economista Luis Otávio Leal, da G5 Partners, para cada 10% de alta da moeda americana, a estimativa é de que o IPCA aumente cerca de 0,4 ponto. Isso ajuda a entender por que o Banco Central tem tido dificuldade de “ancorar” as expectativas do mercado, ou seja, fazer com que os economistas projetem a inflação no centro da meta de 3% nos próximos anos.

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Como nem toda a alta do dólar estava no radar dos especialistas, a expectativa é que, mantido o patamar atual, as projeções de inflação voltem a piorar nas próximas semanas. Leal alerta que o impacto no IPCA pode chegar a 1 ponto percentual caso o dólar encoste em R$ 6,00.

“Considerando que há um ano o dólar estava perto de R$ 4,85, se for para R$ 6,00 é uma valorização de quase 25%, o que poderia impactar o IPCA em até 1 ponto”, explicou.

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Na próxima semana, o Banco Central terá nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa Selic. Nesta sexta, o Itaú Unibanco divulgou relatório prevendo aceleração no aumento dos juros, que deve subir 0,5 ponto, contra 0,25 de alta na reunião anterior. Com isso, a Selic pode chegar a 11,25%, para subir novamente em dezembro e terminar o ano em 11,75%.

Sede do Banco Central, responsável por calibrar a taxa básico de juros para o controle da inflação Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Itaú cita outros fatores que têm pressionado a inflação, como o mercado de trabalho apertado, já que o desemprego está em nível historicamente baixo. Se por um lado há o efeito benéfico sobre o nível de atividade e a renda das famílias, por outro, significa menor estoque de mão de obra para trabalhar, com reflexos sobre a inflação de serviços.

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“Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo, avançando mais rapidamente em território contracionista. Neste contexto, a avaliação de um balanço de riscos assimétrico para cima também deve ser mantida”, afirmou o Itaú.

Em relação ao cenário externo, o governo brasileiro não tem qualquer controle, já que uma possível vitória de Donald Trump pode elevar a inflação nos EUA, o que forçará o Fed a manter os juros mais elevados. Isso tende a fortalecer o dólar globalmente.

Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode apoiar as medidas em estudo pela equipe econômica para cortar gastos e assim recuperar a confiança sobre a solvência das contas públicas. Esse é o caminho mais seguro para que a moeda brasileira volte a se valorizar e as expectativas de inflação retornam para a meta.

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Em mais um dia de incertezas externas, pela eleição nos EUA e o ritmo da atividade por lá, e internas, pela falta de notícias concretas do ajuste fiscal em estudo pelo governo federal, o dólar bateu a máxima de R$ 5,86 na manhã desta sexta-feira, para depois atenuar a alta para a casa de R$ 5,82, por volta do meio-dia.

No ano, a valorização da moeda americana já chega a 20%, depois de fechar 2023 em R$ 4,85. O grande problema dessa forte alta em um curto espaço de tempo é o impacto que isso tem nas expectativas de inflação.

Segundo o economista Luis Otávio Leal, da G5 Partners, para cada 10% de alta da moeda americana, a estimativa é de que o IPCA aumente cerca de 0,4 ponto. Isso ajuda a entender por que o Banco Central tem tido dificuldade de “ancorar” as expectativas do mercado, ou seja, fazer com que os economistas projetem a inflação no centro da meta de 3% nos próximos anos.

Como nem toda a alta do dólar estava no radar dos especialistas, a expectativa é que, mantido o patamar atual, as projeções de inflação voltem a piorar nas próximas semanas. Leal alerta que o impacto no IPCA pode chegar a 1 ponto percentual caso o dólar encoste em R$ 6,00.

“Considerando que há um ano o dólar estava perto de R$ 4,85, se for para R$ 6,00 é uma valorização de quase 25%, o que poderia impactar o IPCA em até 1 ponto”, explicou.

Na próxima semana, o Banco Central terá nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa Selic. Nesta sexta, o Itaú Unibanco divulgou relatório prevendo aceleração no aumento dos juros, que deve subir 0,5 ponto, contra 0,25 de alta na reunião anterior. Com isso, a Selic pode chegar a 11,25%, para subir novamente em dezembro e terminar o ano em 11,75%.

Sede do Banco Central, responsável por calibrar a taxa básico de juros para o controle da inflação Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Itaú cita outros fatores que têm pressionado a inflação, como o mercado de trabalho apertado, já que o desemprego está em nível historicamente baixo. Se por um lado há o efeito benéfico sobre o nível de atividade e a renda das famílias, por outro, significa menor estoque de mão de obra para trabalhar, com reflexos sobre a inflação de serviços.

“Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo, avançando mais rapidamente em território contracionista. Neste contexto, a avaliação de um balanço de riscos assimétrico para cima também deve ser mantida”, afirmou o Itaú.

Em relação ao cenário externo, o governo brasileiro não tem qualquer controle, já que uma possível vitória de Donald Trump pode elevar a inflação nos EUA, o que forçará o Fed a manter os juros mais elevados. Isso tende a fortalecer o dólar globalmente.

Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode apoiar as medidas em estudo pela equipe econômica para cortar gastos e assim recuperar a confiança sobre a solvência das contas públicas. Esse é o caminho mais seguro para que a moeda brasileira volte a se valorizar e as expectativas de inflação retornam para a meta.

Em mais um dia de incertezas externas, pela eleição nos EUA e o ritmo da atividade por lá, e internas, pela falta de notícias concretas do ajuste fiscal em estudo pelo governo federal, o dólar bateu a máxima de R$ 5,86 na manhã desta sexta-feira, para depois atenuar a alta para a casa de R$ 5,82, por volta do meio-dia.

No ano, a valorização da moeda americana já chega a 20%, depois de fechar 2023 em R$ 4,85. O grande problema dessa forte alta em um curto espaço de tempo é o impacto que isso tem nas expectativas de inflação.

Segundo o economista Luis Otávio Leal, da G5 Partners, para cada 10% de alta da moeda americana, a estimativa é de que o IPCA aumente cerca de 0,4 ponto. Isso ajuda a entender por que o Banco Central tem tido dificuldade de “ancorar” as expectativas do mercado, ou seja, fazer com que os economistas projetem a inflação no centro da meta de 3% nos próximos anos.

Como nem toda a alta do dólar estava no radar dos especialistas, a expectativa é que, mantido o patamar atual, as projeções de inflação voltem a piorar nas próximas semanas. Leal alerta que o impacto no IPCA pode chegar a 1 ponto percentual caso o dólar encoste em R$ 6,00.

“Considerando que há um ano o dólar estava perto de R$ 4,85, se for para R$ 6,00 é uma valorização de quase 25%, o que poderia impactar o IPCA em até 1 ponto”, explicou.

Na próxima semana, o Banco Central terá nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa Selic. Nesta sexta, o Itaú Unibanco divulgou relatório prevendo aceleração no aumento dos juros, que deve subir 0,5 ponto, contra 0,25 de alta na reunião anterior. Com isso, a Selic pode chegar a 11,25%, para subir novamente em dezembro e terminar o ano em 11,75%.

Sede do Banco Central, responsável por calibrar a taxa básico de juros para o controle da inflação Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Itaú cita outros fatores que têm pressionado a inflação, como o mercado de trabalho apertado, já que o desemprego está em nível historicamente baixo. Se por um lado há o efeito benéfico sobre o nível de atividade e a renda das famílias, por outro, significa menor estoque de mão de obra para trabalhar, com reflexos sobre a inflação de serviços.

“Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo, avançando mais rapidamente em território contracionista. Neste contexto, a avaliação de um balanço de riscos assimétrico para cima também deve ser mantida”, afirmou o Itaú.

Em relação ao cenário externo, o governo brasileiro não tem qualquer controle, já que uma possível vitória de Donald Trump pode elevar a inflação nos EUA, o que forçará o Fed a manter os juros mais elevados. Isso tende a fortalecer o dólar globalmente.

Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode apoiar as medidas em estudo pela equipe econômica para cortar gastos e assim recuperar a confiança sobre a solvência das contas públicas. Esse é o caminho mais seguro para que a moeda brasileira volte a se valorizar e as expectativas de inflação retornam para a meta.

Em mais um dia de incertezas externas, pela eleição nos EUA e o ritmo da atividade por lá, e internas, pela falta de notícias concretas do ajuste fiscal em estudo pelo governo federal, o dólar bateu a máxima de R$ 5,86 na manhã desta sexta-feira, para depois atenuar a alta para a casa de R$ 5,82, por volta do meio-dia.

No ano, a valorização da moeda americana já chega a 20%, depois de fechar 2023 em R$ 4,85. O grande problema dessa forte alta em um curto espaço de tempo é o impacto que isso tem nas expectativas de inflação.

Segundo o economista Luis Otávio Leal, da G5 Partners, para cada 10% de alta da moeda americana, a estimativa é de que o IPCA aumente cerca de 0,4 ponto. Isso ajuda a entender por que o Banco Central tem tido dificuldade de “ancorar” as expectativas do mercado, ou seja, fazer com que os economistas projetem a inflação no centro da meta de 3% nos próximos anos.

Como nem toda a alta do dólar estava no radar dos especialistas, a expectativa é que, mantido o patamar atual, as projeções de inflação voltem a piorar nas próximas semanas. Leal alerta que o impacto no IPCA pode chegar a 1 ponto percentual caso o dólar encoste em R$ 6,00.

“Considerando que há um ano o dólar estava perto de R$ 4,85, se for para R$ 6,00 é uma valorização de quase 25%, o que poderia impactar o IPCA em até 1 ponto”, explicou.

Na próxima semana, o Banco Central terá nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa Selic. Nesta sexta, o Itaú Unibanco divulgou relatório prevendo aceleração no aumento dos juros, que deve subir 0,5 ponto, contra 0,25 de alta na reunião anterior. Com isso, a Selic pode chegar a 11,25%, para subir novamente em dezembro e terminar o ano em 11,75%.

Sede do Banco Central, responsável por calibrar a taxa básico de juros para o controle da inflação Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Itaú cita outros fatores que têm pressionado a inflação, como o mercado de trabalho apertado, já que o desemprego está em nível historicamente baixo. Se por um lado há o efeito benéfico sobre o nível de atividade e a renda das famílias, por outro, significa menor estoque de mão de obra para trabalhar, com reflexos sobre a inflação de serviços.

“Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo, avançando mais rapidamente em território contracionista. Neste contexto, a avaliação de um balanço de riscos assimétrico para cima também deve ser mantida”, afirmou o Itaú.

Em relação ao cenário externo, o governo brasileiro não tem qualquer controle, já que uma possível vitória de Donald Trump pode elevar a inflação nos EUA, o que forçará o Fed a manter os juros mais elevados. Isso tende a fortalecer o dólar globalmente.

Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode apoiar as medidas em estudo pela equipe econômica para cortar gastos e assim recuperar a confiança sobre a solvência das contas públicas. Esse é o caminho mais seguro para que a moeda brasileira volte a se valorizar e as expectativas de inflação retornam para a meta.

Em mais um dia de incertezas externas, pela eleição nos EUA e o ritmo da atividade por lá, e internas, pela falta de notícias concretas do ajuste fiscal em estudo pelo governo federal, o dólar bateu a máxima de R$ 5,86 na manhã desta sexta-feira, para depois atenuar a alta para a casa de R$ 5,82, por volta do meio-dia.

No ano, a valorização da moeda americana já chega a 20%, depois de fechar 2023 em R$ 4,85. O grande problema dessa forte alta em um curto espaço de tempo é o impacto que isso tem nas expectativas de inflação.

Segundo o economista Luis Otávio Leal, da G5 Partners, para cada 10% de alta da moeda americana, a estimativa é de que o IPCA aumente cerca de 0,4 ponto. Isso ajuda a entender por que o Banco Central tem tido dificuldade de “ancorar” as expectativas do mercado, ou seja, fazer com que os economistas projetem a inflação no centro da meta de 3% nos próximos anos.

Como nem toda a alta do dólar estava no radar dos especialistas, a expectativa é que, mantido o patamar atual, as projeções de inflação voltem a piorar nas próximas semanas. Leal alerta que o impacto no IPCA pode chegar a 1 ponto percentual caso o dólar encoste em R$ 6,00.

“Considerando que há um ano o dólar estava perto de R$ 4,85, se for para R$ 6,00 é uma valorização de quase 25%, o que poderia impactar o IPCA em até 1 ponto”, explicou.

Na próxima semana, o Banco Central terá nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) para definir a taxa Selic. Nesta sexta, o Itaú Unibanco divulgou relatório prevendo aceleração no aumento dos juros, que deve subir 0,5 ponto, contra 0,25 de alta na reunião anterior. Com isso, a Selic pode chegar a 11,25%, para subir novamente em dezembro e terminar o ano em 11,75%.

Sede do Banco Central, responsável por calibrar a taxa básico de juros para o controle da inflação Foto: Raphael Ribeiro/BCB

O Itaú cita outros fatores que têm pressionado a inflação, como o mercado de trabalho apertado, já que o desemprego está em nível historicamente baixo. Se por um lado há o efeito benéfico sobre o nível de atividade e a renda das famílias, por outro, significa menor estoque de mão de obra para trabalhar, com reflexos sobre a inflação de serviços.

“Diante de um cenário ainda desafiador, com taxa de câmbio em nível mais depreciado do que na reunião anterior, mercado de trabalho apertado, e núcleos de inflação e expectativas ainda acima da meta, as autoridades devem julgar apropriado este aumento do ritmo, avançando mais rapidamente em território contracionista. Neste contexto, a avaliação de um balanço de riscos assimétrico para cima também deve ser mantida”, afirmou o Itaú.

Em relação ao cenário externo, o governo brasileiro não tem qualquer controle, já que uma possível vitória de Donald Trump pode elevar a inflação nos EUA, o que forçará o Fed a manter os juros mais elevados. Isso tende a fortalecer o dólar globalmente.

Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pode apoiar as medidas em estudo pela equipe econômica para cortar gastos e assim recuperar a confiança sobre a solvência das contas públicas. Esse é o caminho mais seguro para que a moeda brasileira volte a se valorizar e as expectativas de inflação retornam para a meta.

Análise por Alvaro Gribel

Repórter especial e colunista do Estadão em Brasília. Há mais de 15 anos acompanha os principais assuntos macroeconômicos no Brasil e no mundo. Foi colunista e coordenador de economia no Globo.

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