Opinião|Brasil não está na iminência de uma crise, mas falas de Lula levarão economia a uma espiral negativa


Declarações equivocadas do presidente, caso continuem, pressionarão o dólar e a inflação, o que obrigará BC a subir juros; hoje, Lula acertou no tom, pelo dito e pelo não dito, e o dólar desabou

Por Alvaro Gribel

O Brasil não está na iminência de uma crise como a de 2014, mas as declarações infundadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso continuem, colocarão a economia em uma espiral negativa. Os passos dessa estrada são conhecidos e todos sabem que não darão em nada do que o governo espera: a forte alta do dólar vai pressionar a inflação, com impacto sobre as expectativas dos empresários e o consumo das famílias.

O Banco Central, que por ora apenas interrompeu a queda da Selic, começará a avaliar a possibilidade de alta, e a curva longa de juros subirá imediatamente, afetando investimentos e a venda de imóveis e bens duráveis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de apresentação do programa Terra da Gente para Reforma Agrária, no Palácio do Planalto, em Brasília. Foto: Wilton Junior/ Estadao
continua após a publicidade

O efeito sobre o crescimento será rápido, o que irá, por consequência, diminuir a arrecadação do Tesouro. Várias despesas do governo, por outro lado, continuarão subindo em ritmo acelerado porque foram indexadas ao crescimento passado. A consequência será uma forte piora do risco fiscal, com aumento das projeções de déficit e da dívida pública. A alta do risco pressionará novamente o dólar e reiniciará essa espiral da morte econômica.

Em abril deste ano, a coluna alertou que o panorama internacional havia mudado, sem que Lula percebesse o risco para o País. Se naquele momento o cenário externo era o que mais pesava sobre o real –que ainda rondava a casa dos R$ 5 – uma sequência de falas e decisões equivocadas do presidente ampliaram as incertezas por questões locais.

continua após a publicidade

Lula interferiu na gestão da Petrobras, promovendo a troca na presidência da empresa, e logo depois começou uma série de entrevistas e declarações que desautorizaram a equipe econômica e colocaram em xeque as medidas em estudo para o reequilíbrio das contas públicas.

O aumento recente do risco, contudo, veio dos ataques ao Banco Central, que lançaram incertezas também sobre a política monetária. Por mais que Lula e o PT critiquem a postura de Roberto Campos Neto – e aqui mesmo neste espaço ele já foi alvo de críticas – o fato é que o atual presidente do BC foi fundamental para que a transição política turbulenta entre os dois governos não afetasse a curva de juros.

O que o mercado coloca no preço agora é o risco de um Banco Central leniente com a inflação, e que adote uma “nova filosofia”, como disse Lula. Ao BC, contudo, não cabe fazer experimentos, mas ter “cautela e conservadorismo”, como defendeu o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Hoje, Lula acertou no tom, pelo dito e pelo não dito, e o dólar desabou. Que continue assim, para que não acabe agindo como um tolo. Caso contrário, ao País restará o desconsolo de uma nova tragédia econômica.

O Brasil não está na iminência de uma crise como a de 2014, mas as declarações infundadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso continuem, colocarão a economia em uma espiral negativa. Os passos dessa estrada são conhecidos e todos sabem que não darão em nada do que o governo espera: a forte alta do dólar vai pressionar a inflação, com impacto sobre as expectativas dos empresários e o consumo das famílias.

O Banco Central, que por ora apenas interrompeu a queda da Selic, começará a avaliar a possibilidade de alta, e a curva longa de juros subirá imediatamente, afetando investimentos e a venda de imóveis e bens duráveis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de apresentação do programa Terra da Gente para Reforma Agrária, no Palácio do Planalto, em Brasília. Foto: Wilton Junior/ Estadao

O efeito sobre o crescimento será rápido, o que irá, por consequência, diminuir a arrecadação do Tesouro. Várias despesas do governo, por outro lado, continuarão subindo em ritmo acelerado porque foram indexadas ao crescimento passado. A consequência será uma forte piora do risco fiscal, com aumento das projeções de déficit e da dívida pública. A alta do risco pressionará novamente o dólar e reiniciará essa espiral da morte econômica.

Em abril deste ano, a coluna alertou que o panorama internacional havia mudado, sem que Lula percebesse o risco para o País. Se naquele momento o cenário externo era o que mais pesava sobre o real –que ainda rondava a casa dos R$ 5 – uma sequência de falas e decisões equivocadas do presidente ampliaram as incertezas por questões locais.

Lula interferiu na gestão da Petrobras, promovendo a troca na presidência da empresa, e logo depois começou uma série de entrevistas e declarações que desautorizaram a equipe econômica e colocaram em xeque as medidas em estudo para o reequilíbrio das contas públicas.

O aumento recente do risco, contudo, veio dos ataques ao Banco Central, que lançaram incertezas também sobre a política monetária. Por mais que Lula e o PT critiquem a postura de Roberto Campos Neto – e aqui mesmo neste espaço ele já foi alvo de críticas – o fato é que o atual presidente do BC foi fundamental para que a transição política turbulenta entre os dois governos não afetasse a curva de juros.

O que o mercado coloca no preço agora é o risco de um Banco Central leniente com a inflação, e que adote uma “nova filosofia”, como disse Lula. Ao BC, contudo, não cabe fazer experimentos, mas ter “cautela e conservadorismo”, como defendeu o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Hoje, Lula acertou no tom, pelo dito e pelo não dito, e o dólar desabou. Que continue assim, para que não acabe agindo como um tolo. Caso contrário, ao País restará o desconsolo de uma nova tragédia econômica.

O Brasil não está na iminência de uma crise como a de 2014, mas as declarações infundadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso continuem, colocarão a economia em uma espiral negativa. Os passos dessa estrada são conhecidos e todos sabem que não darão em nada do que o governo espera: a forte alta do dólar vai pressionar a inflação, com impacto sobre as expectativas dos empresários e o consumo das famílias.

O Banco Central, que por ora apenas interrompeu a queda da Selic, começará a avaliar a possibilidade de alta, e a curva longa de juros subirá imediatamente, afetando investimentos e a venda de imóveis e bens duráveis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de apresentação do programa Terra da Gente para Reforma Agrária, no Palácio do Planalto, em Brasília. Foto: Wilton Junior/ Estadao

O efeito sobre o crescimento será rápido, o que irá, por consequência, diminuir a arrecadação do Tesouro. Várias despesas do governo, por outro lado, continuarão subindo em ritmo acelerado porque foram indexadas ao crescimento passado. A consequência será uma forte piora do risco fiscal, com aumento das projeções de déficit e da dívida pública. A alta do risco pressionará novamente o dólar e reiniciará essa espiral da morte econômica.

Em abril deste ano, a coluna alertou que o panorama internacional havia mudado, sem que Lula percebesse o risco para o País. Se naquele momento o cenário externo era o que mais pesava sobre o real –que ainda rondava a casa dos R$ 5 – uma sequência de falas e decisões equivocadas do presidente ampliaram as incertezas por questões locais.

Lula interferiu na gestão da Petrobras, promovendo a troca na presidência da empresa, e logo depois começou uma série de entrevistas e declarações que desautorizaram a equipe econômica e colocaram em xeque as medidas em estudo para o reequilíbrio das contas públicas.

O aumento recente do risco, contudo, veio dos ataques ao Banco Central, que lançaram incertezas também sobre a política monetária. Por mais que Lula e o PT critiquem a postura de Roberto Campos Neto – e aqui mesmo neste espaço ele já foi alvo de críticas – o fato é que o atual presidente do BC foi fundamental para que a transição política turbulenta entre os dois governos não afetasse a curva de juros.

O que o mercado coloca no preço agora é o risco de um Banco Central leniente com a inflação, e que adote uma “nova filosofia”, como disse Lula. Ao BC, contudo, não cabe fazer experimentos, mas ter “cautela e conservadorismo”, como defendeu o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Hoje, Lula acertou no tom, pelo dito e pelo não dito, e o dólar desabou. Que continue assim, para que não acabe agindo como um tolo. Caso contrário, ao País restará o desconsolo de uma nova tragédia econômica.

O Brasil não está na iminência de uma crise como a de 2014, mas as declarações infundadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso continuem, colocarão a economia em uma espiral negativa. Os passos dessa estrada são conhecidos e todos sabem que não darão em nada do que o governo espera: a forte alta do dólar vai pressionar a inflação, com impacto sobre as expectativas dos empresários e o consumo das famílias.

O Banco Central, que por ora apenas interrompeu a queda da Selic, começará a avaliar a possibilidade de alta, e a curva longa de juros subirá imediatamente, afetando investimentos e a venda de imóveis e bens duráveis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de apresentação do programa Terra da Gente para Reforma Agrária, no Palácio do Planalto, em Brasília. Foto: Wilton Junior/ Estadao

O efeito sobre o crescimento será rápido, o que irá, por consequência, diminuir a arrecadação do Tesouro. Várias despesas do governo, por outro lado, continuarão subindo em ritmo acelerado porque foram indexadas ao crescimento passado. A consequência será uma forte piora do risco fiscal, com aumento das projeções de déficit e da dívida pública. A alta do risco pressionará novamente o dólar e reiniciará essa espiral da morte econômica.

Em abril deste ano, a coluna alertou que o panorama internacional havia mudado, sem que Lula percebesse o risco para o País. Se naquele momento o cenário externo era o que mais pesava sobre o real –que ainda rondava a casa dos R$ 5 – uma sequência de falas e decisões equivocadas do presidente ampliaram as incertezas por questões locais.

Lula interferiu na gestão da Petrobras, promovendo a troca na presidência da empresa, e logo depois começou uma série de entrevistas e declarações que desautorizaram a equipe econômica e colocaram em xeque as medidas em estudo para o reequilíbrio das contas públicas.

O aumento recente do risco, contudo, veio dos ataques ao Banco Central, que lançaram incertezas também sobre a política monetária. Por mais que Lula e o PT critiquem a postura de Roberto Campos Neto – e aqui mesmo neste espaço ele já foi alvo de críticas – o fato é que o atual presidente do BC foi fundamental para que a transição política turbulenta entre os dois governos não afetasse a curva de juros.

O que o mercado coloca no preço agora é o risco de um Banco Central leniente com a inflação, e que adote uma “nova filosofia”, como disse Lula. Ao BC, contudo, não cabe fazer experimentos, mas ter “cautela e conservadorismo”, como defendeu o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Hoje, Lula acertou no tom, pelo dito e pelo não dito, e o dólar desabou. Que continue assim, para que não acabe agindo como um tolo. Caso contrário, ao País restará o desconsolo de uma nova tragédia econômica.

O Brasil não está na iminência de uma crise como a de 2014, mas as declarações infundadas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, caso continuem, colocarão a economia em uma espiral negativa. Os passos dessa estrada são conhecidos e todos sabem que não darão em nada do que o governo espera: a forte alta do dólar vai pressionar a inflação, com impacto sobre as expectativas dos empresários e o consumo das famílias.

O Banco Central, que por ora apenas interrompeu a queda da Selic, começará a avaliar a possibilidade de alta, e a curva longa de juros subirá imediatamente, afetando investimentos e a venda de imóveis e bens duráveis.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de apresentação do programa Terra da Gente para Reforma Agrária, no Palácio do Planalto, em Brasília. Foto: Wilton Junior/ Estadao

O efeito sobre o crescimento será rápido, o que irá, por consequência, diminuir a arrecadação do Tesouro. Várias despesas do governo, por outro lado, continuarão subindo em ritmo acelerado porque foram indexadas ao crescimento passado. A consequência será uma forte piora do risco fiscal, com aumento das projeções de déficit e da dívida pública. A alta do risco pressionará novamente o dólar e reiniciará essa espiral da morte econômica.

Em abril deste ano, a coluna alertou que o panorama internacional havia mudado, sem que Lula percebesse o risco para o País. Se naquele momento o cenário externo era o que mais pesava sobre o real –que ainda rondava a casa dos R$ 5 – uma sequência de falas e decisões equivocadas do presidente ampliaram as incertezas por questões locais.

Lula interferiu na gestão da Petrobras, promovendo a troca na presidência da empresa, e logo depois começou uma série de entrevistas e declarações que desautorizaram a equipe econômica e colocaram em xeque as medidas em estudo para o reequilíbrio das contas públicas.

O aumento recente do risco, contudo, veio dos ataques ao Banco Central, que lançaram incertezas também sobre a política monetária. Por mais que Lula e o PT critiquem a postura de Roberto Campos Neto – e aqui mesmo neste espaço ele já foi alvo de críticas – o fato é que o atual presidente do BC foi fundamental para que a transição política turbulenta entre os dois governos não afetasse a curva de juros.

O que o mercado coloca no preço agora é o risco de um Banco Central leniente com a inflação, e que adote uma “nova filosofia”, como disse Lula. Ao BC, contudo, não cabe fazer experimentos, mas ter “cautela e conservadorismo”, como defendeu o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo. Hoje, Lula acertou no tom, pelo dito e pelo não dito, e o dólar desabou. Que continue assim, para que não acabe agindo como um tolo. Caso contrário, ao País restará o desconsolo de uma nova tragédia econômica.

Opinião por Alvaro Gribel

Repórter especial e colunista do Estadão em Brasília. Há mais de 15 anos acompanha os principais assuntos macroeconômicos no Brasil e no mundo. Foi colunista e coordenador de economia no Globo.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.