Opinião|Melhora da nota é esforço de vários governos, mas mostra que PT não quebrou o brinquedo da economia


Moody’s cita aprovação de reformas econômicas nos últimos anos em ambiente político polarizado; decisão reforça visão de que equipe econômica do governo Lula se parece pouco com equipe da ex-presidente Dilma

Por Alvaro Gribel
Atualização:

A melhora da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s é reflexo dos esforços dos últimos três governos, que aprovaram uma série de reformas econômicas, a despeito da polarização política. Ainda assim, a decisão é uma vitória para a atual equipe econômica, que vive uma crise de credibilidade entre economistas e investidores, ao mesmo tempo que tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adotar medidas que evitem a implosão do arcabouço fiscal.

Segundo a Moody’s, o Brasil está crescendo acima do esperado, e essa é uma grande surpresa positiva –mesmo que o País mantenha uma política fiscal de credibilidade “moderada”.

“A atualização reflete melhorias materiais de crédito que esperamos que continuem, incluindo um desempenho de crescimento mais robusto do que o avaliado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que emprestam resiliência ao perfil de crédito, embora a credibilidade da estrutura fiscal do Brasil ainda seja moderada, conforme refletido em um custo de dívida relativamente alto”, diz a agência.

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A decisão da Moody’s reforça a visão de que a equipe econômica do governo Lula se parece pouco com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Foto: Michael M. Santiago/Getty Images/AFP

O principal no relato da Moody’s, contudo, é a citação às diversas reformas que foram aprovadas desde 2016, incluindo a reforma trabalhista (governo Temer), a independência do Brasil Central (governo Bolsonaro) e também a reforma tributária (governo Lula). Ou seja: o País avançou na economia sob três espectros políticos diferentes.

“Apesar do ambiente político polarizado, governos sucessivos aprovaram reformas difíceis em áreas-chave, relacionadas à política monetária, fortalecimento da independência do Banco Central, aprimoramento da governança das empresas estatais, além de medidas para aprimorar o ambiente de negócios, como a digitalização financeira, a reforma trabalhista, apoiando nossa avaliação da força institucional e previsibilidade da política“, diz a agência.

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“A próxima revisão do regime tributário, embora tenha uma longa transição, também marca uma reforma estrutural notável que irá melhorar o ambiente de negócios e a alocação de recursos, aumentando o potencial de crescimento de longo prazo.”

A decisão da Moody’s reforça a visão de que a equipe econômica do governo Lula se parece pouco com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Esse é o grande temor de quem acompanha as contas públicas.

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Em conversas reservadas, ministros e secretários demonstram preocupação com a questão fiscal, e isso certamente foi levado em conta pelos técnicos da agência, que tiveram reuniões recentes a portas fechadas com o alto escalão do governo.

O principal ponto de maior fragilidade na visão da Moody’s, contudo, é a projeção da agência de que a dívida bruta do País irá estabilizar em torno de 82% do PIB nos próximos anos. O número é considerado excessivamente otimista, já que a dívida bruta chegou a 78,5%, um aumento de 4,1 pontos em relação ao número de dezembro.

Conta a favor do Brasil, contudo, o fato de vários países do mundo estarem ampliando gastos, com aumento rápido da dívida. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, o governo americano está com dívida de 103% do PIB; a Inglaterra, 123%; Canadá, 104%; e até outros países emergentes estão com números altos, como Índia, 82%, China 88%, e África do Sul, 75%.

A melhora da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s é reflexo dos esforços dos últimos três governos, que aprovaram uma série de reformas econômicas, a despeito da polarização política. Ainda assim, a decisão é uma vitória para a atual equipe econômica, que vive uma crise de credibilidade entre economistas e investidores, ao mesmo tempo que tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adotar medidas que evitem a implosão do arcabouço fiscal.

Segundo a Moody’s, o Brasil está crescendo acima do esperado, e essa é uma grande surpresa positiva –mesmo que o País mantenha uma política fiscal de credibilidade “moderada”.

“A atualização reflete melhorias materiais de crédito que esperamos que continuem, incluindo um desempenho de crescimento mais robusto do que o avaliado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que emprestam resiliência ao perfil de crédito, embora a credibilidade da estrutura fiscal do Brasil ainda seja moderada, conforme refletido em um custo de dívida relativamente alto”, diz a agência.

A decisão da Moody’s reforça a visão de que a equipe econômica do governo Lula se parece pouco com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Foto: Michael M. Santiago/Getty Images/AFP

O principal no relato da Moody’s, contudo, é a citação às diversas reformas que foram aprovadas desde 2016, incluindo a reforma trabalhista (governo Temer), a independência do Brasil Central (governo Bolsonaro) e também a reforma tributária (governo Lula). Ou seja: o País avançou na economia sob três espectros políticos diferentes.

“Apesar do ambiente político polarizado, governos sucessivos aprovaram reformas difíceis em áreas-chave, relacionadas à política monetária, fortalecimento da independência do Banco Central, aprimoramento da governança das empresas estatais, além de medidas para aprimorar o ambiente de negócios, como a digitalização financeira, a reforma trabalhista, apoiando nossa avaliação da força institucional e previsibilidade da política“, diz a agência.

“A próxima revisão do regime tributário, embora tenha uma longa transição, também marca uma reforma estrutural notável que irá melhorar o ambiente de negócios e a alocação de recursos, aumentando o potencial de crescimento de longo prazo.”

A decisão da Moody’s reforça a visão de que a equipe econômica do governo Lula se parece pouco com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Esse é o grande temor de quem acompanha as contas públicas.

Em conversas reservadas, ministros e secretários demonstram preocupação com a questão fiscal, e isso certamente foi levado em conta pelos técnicos da agência, que tiveram reuniões recentes a portas fechadas com o alto escalão do governo.

O principal ponto de maior fragilidade na visão da Moody’s, contudo, é a projeção da agência de que a dívida bruta do País irá estabilizar em torno de 82% do PIB nos próximos anos. O número é considerado excessivamente otimista, já que a dívida bruta chegou a 78,5%, um aumento de 4,1 pontos em relação ao número de dezembro.

Conta a favor do Brasil, contudo, o fato de vários países do mundo estarem ampliando gastos, com aumento rápido da dívida. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, o governo americano está com dívida de 103% do PIB; a Inglaterra, 123%; Canadá, 104%; e até outros países emergentes estão com números altos, como Índia, 82%, China 88%, e África do Sul, 75%.

A melhora da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s é reflexo dos esforços dos últimos três governos, que aprovaram uma série de reformas econômicas, a despeito da polarização política. Ainda assim, a decisão é uma vitória para a atual equipe econômica, que vive uma crise de credibilidade entre economistas e investidores, ao mesmo tempo que tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adotar medidas que evitem a implosão do arcabouço fiscal.

Segundo a Moody’s, o Brasil está crescendo acima do esperado, e essa é uma grande surpresa positiva –mesmo que o País mantenha uma política fiscal de credibilidade “moderada”.

“A atualização reflete melhorias materiais de crédito que esperamos que continuem, incluindo um desempenho de crescimento mais robusto do que o avaliado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que emprestam resiliência ao perfil de crédito, embora a credibilidade da estrutura fiscal do Brasil ainda seja moderada, conforme refletido em um custo de dívida relativamente alto”, diz a agência.

A decisão da Moody’s reforça a visão de que a equipe econômica do governo Lula se parece pouco com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Foto: Michael M. Santiago/Getty Images/AFP

O principal no relato da Moody’s, contudo, é a citação às diversas reformas que foram aprovadas desde 2016, incluindo a reforma trabalhista (governo Temer), a independência do Brasil Central (governo Bolsonaro) e também a reforma tributária (governo Lula). Ou seja: o País avançou na economia sob três espectros políticos diferentes.

“Apesar do ambiente político polarizado, governos sucessivos aprovaram reformas difíceis em áreas-chave, relacionadas à política monetária, fortalecimento da independência do Banco Central, aprimoramento da governança das empresas estatais, além de medidas para aprimorar o ambiente de negócios, como a digitalização financeira, a reforma trabalhista, apoiando nossa avaliação da força institucional e previsibilidade da política“, diz a agência.

“A próxima revisão do regime tributário, embora tenha uma longa transição, também marca uma reforma estrutural notável que irá melhorar o ambiente de negócios e a alocação de recursos, aumentando o potencial de crescimento de longo prazo.”

A decisão da Moody’s reforça a visão de que a equipe econômica do governo Lula se parece pouco com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Esse é o grande temor de quem acompanha as contas públicas.

Em conversas reservadas, ministros e secretários demonstram preocupação com a questão fiscal, e isso certamente foi levado em conta pelos técnicos da agência, que tiveram reuniões recentes a portas fechadas com o alto escalão do governo.

O principal ponto de maior fragilidade na visão da Moody’s, contudo, é a projeção da agência de que a dívida bruta do País irá estabilizar em torno de 82% do PIB nos próximos anos. O número é considerado excessivamente otimista, já que a dívida bruta chegou a 78,5%, um aumento de 4,1 pontos em relação ao número de dezembro.

Conta a favor do Brasil, contudo, o fato de vários países do mundo estarem ampliando gastos, com aumento rápido da dívida. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, o governo americano está com dívida de 103% do PIB; a Inglaterra, 123%; Canadá, 104%; e até outros países emergentes estão com números altos, como Índia, 82%, China 88%, e África do Sul, 75%.

A melhora da nota de crédito do Brasil pela agência Moody’s é reflexo dos esforços dos últimos três governos, que aprovaram uma série de reformas econômicas, a despeito da polarização política. Ainda assim, a decisão é uma vitória para a atual equipe econômica, que vive uma crise de credibilidade entre economistas e investidores, ao mesmo tempo que tenta convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a adotar medidas que evitem a implosão do arcabouço fiscal.

Segundo a Moody’s, o Brasil está crescendo acima do esperado, e essa é uma grande surpresa positiva –mesmo que o País mantenha uma política fiscal de credibilidade “moderada”.

“A atualização reflete melhorias materiais de crédito que esperamos que continuem, incluindo um desempenho de crescimento mais robusto do que o avaliado anteriormente e um histórico crescente de reformas econômicas e fiscais que emprestam resiliência ao perfil de crédito, embora a credibilidade da estrutura fiscal do Brasil ainda seja moderada, conforme refletido em um custo de dívida relativamente alto”, diz a agência.

A decisão da Moody’s reforça a visão de que a equipe econômica do governo Lula se parece pouco com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Foto: Michael M. Santiago/Getty Images/AFP

O principal no relato da Moody’s, contudo, é a citação às diversas reformas que foram aprovadas desde 2016, incluindo a reforma trabalhista (governo Temer), a independência do Brasil Central (governo Bolsonaro) e também a reforma tributária (governo Lula). Ou seja: o País avançou na economia sob três espectros políticos diferentes.

“Apesar do ambiente político polarizado, governos sucessivos aprovaram reformas difíceis em áreas-chave, relacionadas à política monetária, fortalecimento da independência do Banco Central, aprimoramento da governança das empresas estatais, além de medidas para aprimorar o ambiente de negócios, como a digitalização financeira, a reforma trabalhista, apoiando nossa avaliação da força institucional e previsibilidade da política“, diz a agência.

“A próxima revisão do regime tributário, embora tenha uma longa transição, também marca uma reforma estrutural notável que irá melhorar o ambiente de negócios e a alocação de recursos, aumentando o potencial de crescimento de longo prazo.”

A decisão da Moody’s reforça a visão de que a equipe econômica do governo Lula se parece pouco com a equipe da ex-presidente Dilma Rousseff. Esse é o grande temor de quem acompanha as contas públicas.

Em conversas reservadas, ministros e secretários demonstram preocupação com a questão fiscal, e isso certamente foi levado em conta pelos técnicos da agência, que tiveram reuniões recentes a portas fechadas com o alto escalão do governo.

O principal ponto de maior fragilidade na visão da Moody’s, contudo, é a projeção da agência de que a dívida bruta do País irá estabilizar em torno de 82% do PIB nos próximos anos. O número é considerado excessivamente otimista, já que a dívida bruta chegou a 78,5%, um aumento de 4,1 pontos em relação ao número de dezembro.

Conta a favor do Brasil, contudo, o fato de vários países do mundo estarem ampliando gastos, com aumento rápido da dívida. Segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), por exemplo, o governo americano está com dívida de 103% do PIB; a Inglaterra, 123%; Canadá, 104%; e até outros países emergentes estão com números altos, como Índia, 82%, China 88%, e África do Sul, 75%.

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Opinião por Alvaro Gribel

Repórter especial e colunista do Estadão em Brasília. Há mais de 15 anos acompanha os principais assuntos macroeconômicos no Brasil e no mundo. Foi colunista e coordenador de economia no Globo.

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