Opinião|Real cai mais por problemas internos e deveria servir de alerta para Lula sobre riscos fiscais


Moeda americana está próxima das máximas históricas internacionalmente, mas a moeda brasileira tem queda mais forte por conta dos riscos fiscais e dos ruídos provocados pelo Copom

Por Alvaro Gribel
Atualização:

A alta do dólar este ano deveria servir de alerta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT de que algo está errado na economia. Se é verdade que o movimento é global, também é verdade que as perdas da moeda brasileira são mais acentuadas, e isso acontece por motivos internos. A política fiscal não consegue apresentar soluções para eliminar o déficit primário, e o racha na última reunião do Copom colocou em xeque também as decisões da política monetária.

Desde o último encontro do Copom, em 8 de maio, a moeda americana saltou 4,5%, saindo de R$ 5,07 para R$ 5,30. E desde os R$ 4,85 da virada do ano, a alta chega a 9%. A valorização sobre outras moedas emergentes no ano são bem mais contidas: contra o peso mexicano, por exemplo, o dólar sobe 3,18%; contra o rand sul-africano, 3,5%; em relação ao peso chileno, 3,47%, só para citar três exemplos.

O presidente Luiza Inácio Lula da Silva (PT), durante audiência no Palácio do Planalto em Brasília.  Foto: wilton junior/Estadão
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Em estudo recente, o departamento econômico do Itaú Unibanco mostrou que o dólar está em alta em todo o mundo. Esse movimento deve persistir e ainda pode se intensificar. O “dólar multilateral”, calculado pelo Fed para mostrar a força da moeda americana sobre moedas de parceiros comerciais dos EUA, está próximo das máximas históricas.

E há basicamente dois motivos para isso: juros mais altos nos EUA por mais tempo e aumento do risco geopolítico, com a guerra da Ucrânia, na Faixa de Gaza, e as tensões comerciais entre americanos e chineses. Esse é o pano de fundo externo, mas que conta apenas uma parte da história em relação ao real.

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Internamente, os problemas são mais do que conhecidos e aumentam a percepção de risco em relação ao Brasil. O arcabouço fiscal tem uma bomba-relógio programada para estourar no ano eleitoral de 2026, que são o crescimento dos gastos obrigatórios que podem levar a uma paralisia da máquina pública.

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento batem cabeça sobre qual seria a solução para o problema, mas a verdade é que nenhuma das duas pastas tem o aval da Presidência ou da Casa Civil para tocar as medidas em estudo adiante.

No Banco Central, a próxima reunião do Copom será decisiva para a credibilidade da política monetária. E o aumento do dólar coloca mais pressão para que a Selic permaneça em 10,5% ao ano daqui a duas semanas. A dúvida é se os quatro indicados pelo presidente Lula vão arcar com o custo político de votar pela interrupção dos cortes. A repetição do placar da última reunião consolidaria a visão de que há alas políticas dentro do colegiado.

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No mercado financeiro, a leitura das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que ele não hesitará em implodir de vez o arcabouço para aumentar despesas e tentar a reeleição. Se o presidente seguir por esse caminho, o resultado para a economia será catastrófico e ajudará a alavancar a candidatura de um nome da oposição. Ou o PT acha que pode ganhar novamente a Presidência com o real a cada dia mais fraco?

A alta do dólar este ano deveria servir de alerta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT de que algo está errado na economia. Se é verdade que o movimento é global, também é verdade que as perdas da moeda brasileira são mais acentuadas, e isso acontece por motivos internos. A política fiscal não consegue apresentar soluções para eliminar o déficit primário, e o racha na última reunião do Copom colocou em xeque também as decisões da política monetária.

Desde o último encontro do Copom, em 8 de maio, a moeda americana saltou 4,5%, saindo de R$ 5,07 para R$ 5,30. E desde os R$ 4,85 da virada do ano, a alta chega a 9%. A valorização sobre outras moedas emergentes no ano são bem mais contidas: contra o peso mexicano, por exemplo, o dólar sobe 3,18%; contra o rand sul-africano, 3,5%; em relação ao peso chileno, 3,47%, só para citar três exemplos.

O presidente Luiza Inácio Lula da Silva (PT), durante audiência no Palácio do Planalto em Brasília.  Foto: wilton junior/Estadão

Em estudo recente, o departamento econômico do Itaú Unibanco mostrou que o dólar está em alta em todo o mundo. Esse movimento deve persistir e ainda pode se intensificar. O “dólar multilateral”, calculado pelo Fed para mostrar a força da moeda americana sobre moedas de parceiros comerciais dos EUA, está próximo das máximas históricas.

E há basicamente dois motivos para isso: juros mais altos nos EUA por mais tempo e aumento do risco geopolítico, com a guerra da Ucrânia, na Faixa de Gaza, e as tensões comerciais entre americanos e chineses. Esse é o pano de fundo externo, mas que conta apenas uma parte da história em relação ao real.

Internamente, os problemas são mais do que conhecidos e aumentam a percepção de risco em relação ao Brasil. O arcabouço fiscal tem uma bomba-relógio programada para estourar no ano eleitoral de 2026, que são o crescimento dos gastos obrigatórios que podem levar a uma paralisia da máquina pública.

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento batem cabeça sobre qual seria a solução para o problema, mas a verdade é que nenhuma das duas pastas tem o aval da Presidência ou da Casa Civil para tocar as medidas em estudo adiante.

No Banco Central, a próxima reunião do Copom será decisiva para a credibilidade da política monetária. E o aumento do dólar coloca mais pressão para que a Selic permaneça em 10,5% ao ano daqui a duas semanas. A dúvida é se os quatro indicados pelo presidente Lula vão arcar com o custo político de votar pela interrupção dos cortes. A repetição do placar da última reunião consolidaria a visão de que há alas políticas dentro do colegiado.

No mercado financeiro, a leitura das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que ele não hesitará em implodir de vez o arcabouço para aumentar despesas e tentar a reeleição. Se o presidente seguir por esse caminho, o resultado para a economia será catastrófico e ajudará a alavancar a candidatura de um nome da oposição. Ou o PT acha que pode ganhar novamente a Presidência com o real a cada dia mais fraco?

A alta do dólar este ano deveria servir de alerta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT de que algo está errado na economia. Se é verdade que o movimento é global, também é verdade que as perdas da moeda brasileira são mais acentuadas, e isso acontece por motivos internos. A política fiscal não consegue apresentar soluções para eliminar o déficit primário, e o racha na última reunião do Copom colocou em xeque também as decisões da política monetária.

Desde o último encontro do Copom, em 8 de maio, a moeda americana saltou 4,5%, saindo de R$ 5,07 para R$ 5,30. E desde os R$ 4,85 da virada do ano, a alta chega a 9%. A valorização sobre outras moedas emergentes no ano são bem mais contidas: contra o peso mexicano, por exemplo, o dólar sobe 3,18%; contra o rand sul-africano, 3,5%; em relação ao peso chileno, 3,47%, só para citar três exemplos.

O presidente Luiza Inácio Lula da Silva (PT), durante audiência no Palácio do Planalto em Brasília.  Foto: wilton junior/Estadão

Em estudo recente, o departamento econômico do Itaú Unibanco mostrou que o dólar está em alta em todo o mundo. Esse movimento deve persistir e ainda pode se intensificar. O “dólar multilateral”, calculado pelo Fed para mostrar a força da moeda americana sobre moedas de parceiros comerciais dos EUA, está próximo das máximas históricas.

E há basicamente dois motivos para isso: juros mais altos nos EUA por mais tempo e aumento do risco geopolítico, com a guerra da Ucrânia, na Faixa de Gaza, e as tensões comerciais entre americanos e chineses. Esse é o pano de fundo externo, mas que conta apenas uma parte da história em relação ao real.

Internamente, os problemas são mais do que conhecidos e aumentam a percepção de risco em relação ao Brasil. O arcabouço fiscal tem uma bomba-relógio programada para estourar no ano eleitoral de 2026, que são o crescimento dos gastos obrigatórios que podem levar a uma paralisia da máquina pública.

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento batem cabeça sobre qual seria a solução para o problema, mas a verdade é que nenhuma das duas pastas tem o aval da Presidência ou da Casa Civil para tocar as medidas em estudo adiante.

No Banco Central, a próxima reunião do Copom será decisiva para a credibilidade da política monetária. E o aumento do dólar coloca mais pressão para que a Selic permaneça em 10,5% ao ano daqui a duas semanas. A dúvida é se os quatro indicados pelo presidente Lula vão arcar com o custo político de votar pela interrupção dos cortes. A repetição do placar da última reunião consolidaria a visão de que há alas políticas dentro do colegiado.

No mercado financeiro, a leitura das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que ele não hesitará em implodir de vez o arcabouço para aumentar despesas e tentar a reeleição. Se o presidente seguir por esse caminho, o resultado para a economia será catastrófico e ajudará a alavancar a candidatura de um nome da oposição. Ou o PT acha que pode ganhar novamente a Presidência com o real a cada dia mais fraco?

A alta do dólar este ano deveria servir de alerta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT de que algo está errado na economia. Se é verdade que o movimento é global, também é verdade que as perdas da moeda brasileira são mais acentuadas, e isso acontece por motivos internos. A política fiscal não consegue apresentar soluções para eliminar o déficit primário, e o racha na última reunião do Copom colocou em xeque também as decisões da política monetária.

Desde o último encontro do Copom, em 8 de maio, a moeda americana saltou 4,5%, saindo de R$ 5,07 para R$ 5,30. E desde os R$ 4,85 da virada do ano, a alta chega a 9%. A valorização sobre outras moedas emergentes no ano são bem mais contidas: contra o peso mexicano, por exemplo, o dólar sobe 3,18%; contra o rand sul-africano, 3,5%; em relação ao peso chileno, 3,47%, só para citar três exemplos.

O presidente Luiza Inácio Lula da Silva (PT), durante audiência no Palácio do Planalto em Brasília.  Foto: wilton junior/Estadão

Em estudo recente, o departamento econômico do Itaú Unibanco mostrou que o dólar está em alta em todo o mundo. Esse movimento deve persistir e ainda pode se intensificar. O “dólar multilateral”, calculado pelo Fed para mostrar a força da moeda americana sobre moedas de parceiros comerciais dos EUA, está próximo das máximas históricas.

E há basicamente dois motivos para isso: juros mais altos nos EUA por mais tempo e aumento do risco geopolítico, com a guerra da Ucrânia, na Faixa de Gaza, e as tensões comerciais entre americanos e chineses. Esse é o pano de fundo externo, mas que conta apenas uma parte da história em relação ao real.

Internamente, os problemas são mais do que conhecidos e aumentam a percepção de risco em relação ao Brasil. O arcabouço fiscal tem uma bomba-relógio programada para estourar no ano eleitoral de 2026, que são o crescimento dos gastos obrigatórios que podem levar a uma paralisia da máquina pública.

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento batem cabeça sobre qual seria a solução para o problema, mas a verdade é que nenhuma das duas pastas tem o aval da Presidência ou da Casa Civil para tocar as medidas em estudo adiante.

No Banco Central, a próxima reunião do Copom será decisiva para a credibilidade da política monetária. E o aumento do dólar coloca mais pressão para que a Selic permaneça em 10,5% ao ano daqui a duas semanas. A dúvida é se os quatro indicados pelo presidente Lula vão arcar com o custo político de votar pela interrupção dos cortes. A repetição do placar da última reunião consolidaria a visão de que há alas políticas dentro do colegiado.

No mercado financeiro, a leitura das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que ele não hesitará em implodir de vez o arcabouço para aumentar despesas e tentar a reeleição. Se o presidente seguir por esse caminho, o resultado para a economia será catastrófico e ajudará a alavancar a candidatura de um nome da oposição. Ou o PT acha que pode ganhar novamente a Presidência com o real a cada dia mais fraco?

A alta do dólar este ano deveria servir de alerta para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o PT de que algo está errado na economia. Se é verdade que o movimento é global, também é verdade que as perdas da moeda brasileira são mais acentuadas, e isso acontece por motivos internos. A política fiscal não consegue apresentar soluções para eliminar o déficit primário, e o racha na última reunião do Copom colocou em xeque também as decisões da política monetária.

Desde o último encontro do Copom, em 8 de maio, a moeda americana saltou 4,5%, saindo de R$ 5,07 para R$ 5,30. E desde os R$ 4,85 da virada do ano, a alta chega a 9%. A valorização sobre outras moedas emergentes no ano são bem mais contidas: contra o peso mexicano, por exemplo, o dólar sobe 3,18%; contra o rand sul-africano, 3,5%; em relação ao peso chileno, 3,47%, só para citar três exemplos.

O presidente Luiza Inácio Lula da Silva (PT), durante audiência no Palácio do Planalto em Brasília.  Foto: wilton junior/Estadão

Em estudo recente, o departamento econômico do Itaú Unibanco mostrou que o dólar está em alta em todo o mundo. Esse movimento deve persistir e ainda pode se intensificar. O “dólar multilateral”, calculado pelo Fed para mostrar a força da moeda americana sobre moedas de parceiros comerciais dos EUA, está próximo das máximas históricas.

E há basicamente dois motivos para isso: juros mais altos nos EUA por mais tempo e aumento do risco geopolítico, com a guerra da Ucrânia, na Faixa de Gaza, e as tensões comerciais entre americanos e chineses. Esse é o pano de fundo externo, mas que conta apenas uma parte da história em relação ao real.

Internamente, os problemas são mais do que conhecidos e aumentam a percepção de risco em relação ao Brasil. O arcabouço fiscal tem uma bomba-relógio programada para estourar no ano eleitoral de 2026, que são o crescimento dos gastos obrigatórios que podem levar a uma paralisia da máquina pública.

Os Ministérios da Fazenda e do Planejamento batem cabeça sobre qual seria a solução para o problema, mas a verdade é que nenhuma das duas pastas tem o aval da Presidência ou da Casa Civil para tocar as medidas em estudo adiante.

No Banco Central, a próxima reunião do Copom será decisiva para a credibilidade da política monetária. E o aumento do dólar coloca mais pressão para que a Selic permaneça em 10,5% ao ano daqui a duas semanas. A dúvida é se os quatro indicados pelo presidente Lula vão arcar com o custo político de votar pela interrupção dos cortes. A repetição do placar da última reunião consolidaria a visão de que há alas políticas dentro do colegiado.

No mercado financeiro, a leitura das declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de que ele não hesitará em implodir de vez o arcabouço para aumentar despesas e tentar a reeleição. Se o presidente seguir por esse caminho, o resultado para a economia será catastrófico e ajudará a alavancar a candidatura de um nome da oposição. Ou o PT acha que pode ganhar novamente a Presidência com o real a cada dia mais fraco?

Opinião por Alvaro Gribel

Repórter especial e colunista do Estadão em Brasília. Há mais de 15 anos acompanha os principais assuntos macroeconômicos no Brasil e no mundo. Foi colunista e coordenador de economia no Globo.

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