A Amazon recebeu permissão para testar drones além da linha de visão de um controlador humano no Reino Unido, o que poderia abrir caminho para o uso dessas máquinas para entregar pacotes em residências. A varejista on-line é uma das seis organizações que participam de um teste liderado pela Autoridade de Aviação Civil (CAA, na sigla em inglês). O teste engloba outros projetos como a inspeção de parques eólicos offshore, controle de tráfego aéreo, policiamento e entrega de suprimentos médicos de emergência. As informações são do The Guardian.
De acordo com a reportagem, o aeroporto de Kirkwall, nas ilhas Orkney, na Escócia, participará de um dos projetos que testará como drones e outras aeronaves podem operar com segurança lado a lado. O órgão regulador, que busca finalizar regulamentações para uso mais amplo de drones, disse que todos os esquemas usarão “tecnologias avançadas” para tarefas como navegação e detecção de outras aeronaves em um ambiente controlado. Os testes coletarão dados importantes de segurança, como a forma como os drones detectam e evitam outras aeronaves, além dos sinais eletrônicos que eles podem enviar para ficarem visíveis para outros usuários do espaço aéreo e se comunicarem com o controle de tráfego.
“Esses testes inovadores marcam um passo significativo na integração segura de drones ao espaço aéreo do Reino Unido”, disse Sophie O’Sullivan, diretora do futuro de voo na CAA. “Ao apoiar projetos que vão desde entregas ao consumidor até inspeções de infraestrutura crítica, estamos reunindo dados essenciais para moldar políticas e regulamentações futuras. Nosso objetivo é tornar as operações de drones além da linha de visão uma realidade segura e cotidiana, contribuindo para a modernização do espaço aéreo do Reino Unido e a incorporação de novas tecnologias em nossos céus”, complementou.
No ano passado, a Amazon disse que queria lançar entregas domiciliares via drones no Reino Unido e na Itália antes do final de 2024. Atualmente, ela já oferece entregas por drones nos EUA, na região de Lockeford, na Califórnia, e na cidade de College Station, no Texas, aponta o The Guardian. No entanto, já faz quase oito anos desde que a empresa de tecnologia anunciou a conclusão de sua primeira entrega comercial de drones na cidade inglesa de Cambridge. A empresa reduziu o braço do Reino Unido de sua divisão de drones, a Prime Air, em 2021.
“É crucial para operadores como nós termos requisitos regulatórios claros para trazer e escalar novas tecnologias, como a entrega por drones para clientes no Reino Unido”, disse David Carbon, vice-presidente e gerente geral da Prime Air. “Agradecemos o esforço da CAA em fazer parceria conosco para ajudar a trazer clareza aos regulamentos que dão suporte à entrega comercial por drones”.