Americanas: clima piora com bancos, caixa seca e recuperação judicial pode sair nas ‘próximas horas’


Lemann,Telles e Sicupira, os acionistas de referência, querem injetar R$ 6 bi na varejistas mas fontes do mercado falam que é preciso no mínimo R$ 15 bilhões para a empresa não quebrar

Por Altamiro Silva Junior, Matheus Piovesana e Talita Nascimento
Atualização:

Os últimos lances do caso Americanas desenham um desenrolar ainda mais dramático. A companhia voltou a sinalizar aos bancos credores que precisará de uma capitalização urgente não apenas do trio de acionistas de referência, mas também das próprias instituições. Ao mesmo tempo, está recorrendo a todas as fontes de recursos para continuar operando, diante de um caixa que míngua de forma acelerada.

A Americanas informou nesta quinta-feira 19, que, embora ainda não tenha sido decidido, a administração da companhia está trabalhando com a possibilidade de, nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas, aprovar o ajuizamento, em caráter de urgência, de pedido de recuperação judicial. Segundo fato relevante da empresa, a varejista considera o pedido de recuperação judicial diante de sua posição de caixa, que despencou de quase R$ 8 bilhões para perto de R$ 800 milhões, recursos insuficientes para tocar o dia a dia da rede de varejo.

Americanas voltou a sinalizar aos bancos credores que precisará de uma capitalização urgente Foto: Ueslei Marcelino/File Photo/Reuters
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Ontem, mais dois bancos - Bradesco e Goldman Sachs - resolveram entrar na Justiça contra a varejista e o Safra bloqueou recursos da Americanas em suas contas. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o Rotschild, novo assessor financeiro da companhia, voltou às reuniões com os bancos com a mesma proposta que Sérgio Rial havia tentado, sem sucesso, construir. Nela, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os acionistas de referência, injetariam R$ 6 bilhões na companhia, e os bancos entrariam com outra parte, convertendo parte da dívida em ações.

Essa proposta já havia sido rejeitada pelos bancos antes, diante da percepção de que os acionistas tentavam dividir com as instituições uma conta que não lhes caberia. A percepção se mantém, com certo nível de espanto entre os bancos, mas há uma diferença fundamental: nos últimos dias, o caixa da Americanas caiu de forma considerável.

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“As conversas foram mal, não evoluíram”, contou um interlocutor, ressaltando que a proposta da varejista foi mal recebida.

A percepção, na visão de um banco credor, é que os controladores pouco estão se importando com a situação e ainda não mostraram disposição de “arregaçar as mangas”. Oficialmente, ainda não se manifestaram.

Caixa minguou

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O Estadão mostrou mais cedo que a empresa tem hoje cerca de R$ 800 milhões, após alguns dos bancos credores bloquearem recursos para fazer frente ao vencimento antecipado de compromissos. Em um dos casos, ao verificar a conta bancária da empresa, pessoas envolvidas constataram que ela estava zerada, o que dá dimensão da corrida por recursos. Para além disso, em razão do rebaixamento de notas de crédito da companhia, ela não tem conseguido antecipar cerca de R$ 3 bilhões em recebíveis de cartão, com os quais contava.

Em recurso apresentado à Justiça do Rio de Janeiro, o Bradesco afirmou que desde que divulgou um rombo de R$ 20 bilhões, na última quarta-feira, a varejista tentou acessar “centenas de milhões de reais” em recursos. O banco não detalha na peça, à qual a reportagem teve acesso, o volume de recursos, mas pediu à Justiça que a Americanas só possa sacar dinheiro dos bancos mediante autorização prévia.

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O temor dos credores é o de que a Americanas consiga retirar o dinheiro das contas e o utilize para outras finalidades, como manter a operação rodando. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o risco de calote da Americanas pode tirar R$ 7 bilhões de Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil.

Na Faria Lima, região que abriga um dos centros financeiros da cidade, fontes questionam se a varejista já não vinha preparando um pedido de recuperação judicial há algum tempo.

Ainda assim, alguns dos envolvidos consideram que há uma saída viável para a empresa: uma injeção de ao menos R$ 15 bilhões pelos acionistas de referência. Um capital que só teria retorno no longuíssimo prazo, com a recuperação da credibilidade da companhia perante o mercado, fornecedores e sobretudo, clientes. Depois da injeção, viria uma renegociação com os credores, que seria difícil, mas viável. Sem isso, a empresa quebraria.

Os últimos lances do caso Americanas desenham um desenrolar ainda mais dramático. A companhia voltou a sinalizar aos bancos credores que precisará de uma capitalização urgente não apenas do trio de acionistas de referência, mas também das próprias instituições. Ao mesmo tempo, está recorrendo a todas as fontes de recursos para continuar operando, diante de um caixa que míngua de forma acelerada.

A Americanas informou nesta quinta-feira 19, que, embora ainda não tenha sido decidido, a administração da companhia está trabalhando com a possibilidade de, nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas, aprovar o ajuizamento, em caráter de urgência, de pedido de recuperação judicial. Segundo fato relevante da empresa, a varejista considera o pedido de recuperação judicial diante de sua posição de caixa, que despencou de quase R$ 8 bilhões para perto de R$ 800 milhões, recursos insuficientes para tocar o dia a dia da rede de varejo.

Americanas voltou a sinalizar aos bancos credores que precisará de uma capitalização urgente Foto: Ueslei Marcelino/File Photo/Reuters

Ontem, mais dois bancos - Bradesco e Goldman Sachs - resolveram entrar na Justiça contra a varejista e o Safra bloqueou recursos da Americanas em suas contas. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o Rotschild, novo assessor financeiro da companhia, voltou às reuniões com os bancos com a mesma proposta que Sérgio Rial havia tentado, sem sucesso, construir. Nela, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os acionistas de referência, injetariam R$ 6 bilhões na companhia, e os bancos entrariam com outra parte, convertendo parte da dívida em ações.

Essa proposta já havia sido rejeitada pelos bancos antes, diante da percepção de que os acionistas tentavam dividir com as instituições uma conta que não lhes caberia. A percepção se mantém, com certo nível de espanto entre os bancos, mas há uma diferença fundamental: nos últimos dias, o caixa da Americanas caiu de forma considerável.

“As conversas foram mal, não evoluíram”, contou um interlocutor, ressaltando que a proposta da varejista foi mal recebida.

A percepção, na visão de um banco credor, é que os controladores pouco estão se importando com a situação e ainda não mostraram disposição de “arregaçar as mangas”. Oficialmente, ainda não se manifestaram.

Caixa minguou

O Estadão mostrou mais cedo que a empresa tem hoje cerca de R$ 800 milhões, após alguns dos bancos credores bloquearem recursos para fazer frente ao vencimento antecipado de compromissos. Em um dos casos, ao verificar a conta bancária da empresa, pessoas envolvidas constataram que ela estava zerada, o que dá dimensão da corrida por recursos. Para além disso, em razão do rebaixamento de notas de crédito da companhia, ela não tem conseguido antecipar cerca de R$ 3 bilhões em recebíveis de cartão, com os quais contava.

Em recurso apresentado à Justiça do Rio de Janeiro, o Bradesco afirmou que desde que divulgou um rombo de R$ 20 bilhões, na última quarta-feira, a varejista tentou acessar “centenas de milhões de reais” em recursos. O banco não detalha na peça, à qual a reportagem teve acesso, o volume de recursos, mas pediu à Justiça que a Americanas só possa sacar dinheiro dos bancos mediante autorização prévia.

O temor dos credores é o de que a Americanas consiga retirar o dinheiro das contas e o utilize para outras finalidades, como manter a operação rodando. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o risco de calote da Americanas pode tirar R$ 7 bilhões de Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil.

Na Faria Lima, região que abriga um dos centros financeiros da cidade, fontes questionam se a varejista já não vinha preparando um pedido de recuperação judicial há algum tempo.

Ainda assim, alguns dos envolvidos consideram que há uma saída viável para a empresa: uma injeção de ao menos R$ 15 bilhões pelos acionistas de referência. Um capital que só teria retorno no longuíssimo prazo, com a recuperação da credibilidade da companhia perante o mercado, fornecedores e sobretudo, clientes. Depois da injeção, viria uma renegociação com os credores, que seria difícil, mas viável. Sem isso, a empresa quebraria.

Os últimos lances do caso Americanas desenham um desenrolar ainda mais dramático. A companhia voltou a sinalizar aos bancos credores que precisará de uma capitalização urgente não apenas do trio de acionistas de referência, mas também das próprias instituições. Ao mesmo tempo, está recorrendo a todas as fontes de recursos para continuar operando, diante de um caixa que míngua de forma acelerada.

A Americanas informou nesta quinta-feira 19, que, embora ainda não tenha sido decidido, a administração da companhia está trabalhando com a possibilidade de, nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas, aprovar o ajuizamento, em caráter de urgência, de pedido de recuperação judicial. Segundo fato relevante da empresa, a varejista considera o pedido de recuperação judicial diante de sua posição de caixa, que despencou de quase R$ 8 bilhões para perto de R$ 800 milhões, recursos insuficientes para tocar o dia a dia da rede de varejo.

Americanas voltou a sinalizar aos bancos credores que precisará de uma capitalização urgente Foto: Ueslei Marcelino/File Photo/Reuters

Ontem, mais dois bancos - Bradesco e Goldman Sachs - resolveram entrar na Justiça contra a varejista e o Safra bloqueou recursos da Americanas em suas contas. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o Rotschild, novo assessor financeiro da companhia, voltou às reuniões com os bancos com a mesma proposta que Sérgio Rial havia tentado, sem sucesso, construir. Nela, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os acionistas de referência, injetariam R$ 6 bilhões na companhia, e os bancos entrariam com outra parte, convertendo parte da dívida em ações.

Essa proposta já havia sido rejeitada pelos bancos antes, diante da percepção de que os acionistas tentavam dividir com as instituições uma conta que não lhes caberia. A percepção se mantém, com certo nível de espanto entre os bancos, mas há uma diferença fundamental: nos últimos dias, o caixa da Americanas caiu de forma considerável.

“As conversas foram mal, não evoluíram”, contou um interlocutor, ressaltando que a proposta da varejista foi mal recebida.

A percepção, na visão de um banco credor, é que os controladores pouco estão se importando com a situação e ainda não mostraram disposição de “arregaçar as mangas”. Oficialmente, ainda não se manifestaram.

Caixa minguou

O Estadão mostrou mais cedo que a empresa tem hoje cerca de R$ 800 milhões, após alguns dos bancos credores bloquearem recursos para fazer frente ao vencimento antecipado de compromissos. Em um dos casos, ao verificar a conta bancária da empresa, pessoas envolvidas constataram que ela estava zerada, o que dá dimensão da corrida por recursos. Para além disso, em razão do rebaixamento de notas de crédito da companhia, ela não tem conseguido antecipar cerca de R$ 3 bilhões em recebíveis de cartão, com os quais contava.

Em recurso apresentado à Justiça do Rio de Janeiro, o Bradesco afirmou que desde que divulgou um rombo de R$ 20 bilhões, na última quarta-feira, a varejista tentou acessar “centenas de milhões de reais” em recursos. O banco não detalha na peça, à qual a reportagem teve acesso, o volume de recursos, mas pediu à Justiça que a Americanas só possa sacar dinheiro dos bancos mediante autorização prévia.

O temor dos credores é o de que a Americanas consiga retirar o dinheiro das contas e o utilize para outras finalidades, como manter a operação rodando. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o risco de calote da Americanas pode tirar R$ 7 bilhões de Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil.

Na Faria Lima, região que abriga um dos centros financeiros da cidade, fontes questionam se a varejista já não vinha preparando um pedido de recuperação judicial há algum tempo.

Ainda assim, alguns dos envolvidos consideram que há uma saída viável para a empresa: uma injeção de ao menos R$ 15 bilhões pelos acionistas de referência. Um capital que só teria retorno no longuíssimo prazo, com a recuperação da credibilidade da companhia perante o mercado, fornecedores e sobretudo, clientes. Depois da injeção, viria uma renegociação com os credores, que seria difícil, mas viável. Sem isso, a empresa quebraria.

Os últimos lances do caso Americanas desenham um desenrolar ainda mais dramático. A companhia voltou a sinalizar aos bancos credores que precisará de uma capitalização urgente não apenas do trio de acionistas de referência, mas também das próprias instituições. Ao mesmo tempo, está recorrendo a todas as fontes de recursos para continuar operando, diante de um caixa que míngua de forma acelerada.

A Americanas informou nesta quinta-feira 19, que, embora ainda não tenha sido decidido, a administração da companhia está trabalhando com a possibilidade de, nos próximos dias ou potencialmente nas próximas horas, aprovar o ajuizamento, em caráter de urgência, de pedido de recuperação judicial. Segundo fato relevante da empresa, a varejista considera o pedido de recuperação judicial diante de sua posição de caixa, que despencou de quase R$ 8 bilhões para perto de R$ 800 milhões, recursos insuficientes para tocar o dia a dia da rede de varejo.

Americanas voltou a sinalizar aos bancos credores que precisará de uma capitalização urgente Foto: Ueslei Marcelino/File Photo/Reuters

Ontem, mais dois bancos - Bradesco e Goldman Sachs - resolveram entrar na Justiça contra a varejista e o Safra bloqueou recursos da Americanas em suas contas. Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o Rotschild, novo assessor financeiro da companhia, voltou às reuniões com os bancos com a mesma proposta que Sérgio Rial havia tentado, sem sucesso, construir. Nela, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, os acionistas de referência, injetariam R$ 6 bilhões na companhia, e os bancos entrariam com outra parte, convertendo parte da dívida em ações.

Essa proposta já havia sido rejeitada pelos bancos antes, diante da percepção de que os acionistas tentavam dividir com as instituições uma conta que não lhes caberia. A percepção se mantém, com certo nível de espanto entre os bancos, mas há uma diferença fundamental: nos últimos dias, o caixa da Americanas caiu de forma considerável.

“As conversas foram mal, não evoluíram”, contou um interlocutor, ressaltando que a proposta da varejista foi mal recebida.

A percepção, na visão de um banco credor, é que os controladores pouco estão se importando com a situação e ainda não mostraram disposição de “arregaçar as mangas”. Oficialmente, ainda não se manifestaram.

Caixa minguou

O Estadão mostrou mais cedo que a empresa tem hoje cerca de R$ 800 milhões, após alguns dos bancos credores bloquearem recursos para fazer frente ao vencimento antecipado de compromissos. Em um dos casos, ao verificar a conta bancária da empresa, pessoas envolvidas constataram que ela estava zerada, o que dá dimensão da corrida por recursos. Para além disso, em razão do rebaixamento de notas de crédito da companhia, ela não tem conseguido antecipar cerca de R$ 3 bilhões em recebíveis de cartão, com os quais contava.

Em recurso apresentado à Justiça do Rio de Janeiro, o Bradesco afirmou que desde que divulgou um rombo de R$ 20 bilhões, na última quarta-feira, a varejista tentou acessar “centenas de milhões de reais” em recursos. O banco não detalha na peça, à qual a reportagem teve acesso, o volume de recursos, mas pediu à Justiça que a Americanas só possa sacar dinheiro dos bancos mediante autorização prévia.

O temor dos credores é o de que a Americanas consiga retirar o dinheiro das contas e o utilize para outras finalidades, como manter a operação rodando. Como mostrou o Estadão/Broadcast, o risco de calote da Americanas pode tirar R$ 7 bilhões de Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil.

Na Faria Lima, região que abriga um dos centros financeiros da cidade, fontes questionam se a varejista já não vinha preparando um pedido de recuperação judicial há algum tempo.

Ainda assim, alguns dos envolvidos consideram que há uma saída viável para a empresa: uma injeção de ao menos R$ 15 bilhões pelos acionistas de referência. Um capital que só teria retorno no longuíssimo prazo, com a recuperação da credibilidade da companhia perante o mercado, fornecedores e sobretudo, clientes. Depois da injeção, viria uma renegociação com os credores, que seria difícil, mas viável. Sem isso, a empresa quebraria.

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