A Americanas deve mais de R$ 429 milhões às principais marcas de chocolates do Brasil. As informações estão na lista de credores consolidada do processo de recuperação judicial da varejista, entregue à Justiça do Rio de Janeiro na quarta-feira, 25.
Entre as marcas, a Nestlé tem o maior valor a receber: mais de R$ 259 milhões. A segunda maior dívida é com a Mondelez Brasil, que inclui os chocolates da Lacta e Milka, calculada em mais de R$ 93 milhões.
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Outras marcas conhecidas pelos seus chocolates também são afetadas, como Masterfoods Brasil Alimentos, dos chocolates da Mars, como M&M’s, Snickers e Twix (R$ 19,9 milhões), Hershey (R$ 16,7 milhões), Neugebauer (R$ 15 milhões), Ferrero do Brasil (R$ 14,8 milhões) e Arcor (R$ 5,2 milhões).
As menores dívidas são com a Lindt (R$ 3 milhões), com a Peccin, dos chocolates Trento, (R$ 1,9 milhão) e com a Garoto (R$ 105,76).
Todas essas empresas são credoras de classe III, que representam as dívidas com terceiros.
Confira a dívida da Americanas com marcas de chocolates
Nestlé: R$ 259.370.516,84
Arcor do Brasil: R$ 5.206.769,03
Hershey: R$ 16.780.679,53
Chocolates Garoto: R$ 105,76
Ferrero do Brasil: R$ 14.860.100,22
Mondelez Brasil (chocolates da Lacta e Milka): R$ 93.085.684,98
Masterfoods Brasil Alimentos (chocolates da Mars, como M&M’s, Snickers e Twix): R$ 19,985,205.87
Neugebauer: R$ 15.008.771,14
Lindt: R$ 3.019.426,47
Peccin (chocolates Trento): R$ 1.973.842,56
Crise pode afetar o preço do ovo de Páscoa
O posto da Americanas de maior varejista de ovos de Páscoa do mundo está em risco, depois do rombo bilionário da companhia. Grandes fabricantes de chocolates, tradicionais em parcerias com a varejista por ter preços competitivos, estão bastante preocupadas com as vendas para a data, apurou o Estadão. No passado, a Americanas se dizia responsável pela “maior Páscoa do mundo”.
Compradores de redes de supermercados acreditam que há risco de “sobrar” ovo de chocolate nesta Páscoa. Nos últimos anos, Americanas conseguia colocar os produtos à venda com preços muito inferiores em relação à concorrência. Por isso, a expectativa é que os supermercados não tenham o mesmo nível de competitividade que a varejista tinha.