Americanas: entenda em 10 textos a crise da varejista que só abriu no Brasil por causa do carnaval


Da saída de Rial com a bomba de “inconsistências” bilionárias à provisão de Barsi sobre a quebradeira das empresas de varejo; reportagens, entrevistas e análises explicam a reviravolta na empresa

Por Murilo Rodrigues Alves
Atualização:

Em maio de 1929, a Lojas Americanas fez sua inauguração no Rio de Janeiro com um reclame (como o anúncio publicitário era chamado) dirigido às “senhoras chiques” de meias importadas a louças finas por preço máximo de dois mil réis. Nesta semana, quando teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça, esse valor conseguiria comprar 346 ações da rede varejista, que saiu do Ibovespa, principal índice da B3, valendo R$ 0,71.

Antes da inauguração, no carnaval de 1929, um navio de bandeira americana aportou no Rio de Janeiro trazendo a bordo quatro americanos: John Lee, Glenn Matson, James Marshall e Batterson Boger. A ideia do grupo era fundar em Buenos Aires uma loja de comércio varejista do tipo “pegue a mercadoria e pague no caixa”. Mas mudaram de ideia e ficaram no Rio depois de desfrutarem o carnaval.

A inovação das Americanas era o estilo “five and ten cents sotores” (lojas de cinco e dez centavos que fizeram sucesso no início do século XX na Europa e nos Estados Unidos) - ironicamente os títulos de dívida (bonds) da varejista negociados no mercado internacional despencaram para US$ 0,11 logo após o pedido de recuperação judicial.

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A Americanas tem 3,6 mil lojas, cerca de 50 milhões de clientes e gera aproximadamente 100 mil empregos diretos e indiretos, segundo a empresa. Até o ano passado, o grupo tinha mais de 140 mil investidores pessoa física na Bolsa. Quando abriu o atrativo era ter numa só loja milhares de itens que até então eram encontrados em bazares espalhados pela cidade ou vendidos por mascates ambulantes. Nesta semana, teve que se comprometer com os lojistas virtuais a fazer os pagamentos quando percebeu que muitos estavam retirando os produtos das vitrines online ou dobrando os preços para não ter vender itens da companhia.

A seguir um top 10 de matéria para ficar por dentro do que levou a empresa de quase 94 anos a pedir recuperação judicial:

1. Rial encontra ‘inconsistências’ de R$ 20 bilhões na empresa e renuncia

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No dia 11, a Americanas informou que o seu presidente, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, que tinham tomado posse dez dias antes, decidiram deixar os cargos após a empresa detectar inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$ 20 bilhões. (Conteúdo fechado)

Sergio Rial renuncia à presidência das Lojas Americanas depois de encontrar "inconsistências" de R$ 20 bilhões Foto: Paulo Whitaker / Reuters

2. Fornecedores cobram aporte de Lemann e sócios para destravar novas vendas

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A capitalização da empresa, por meio de uma injeção de recursos dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, virou o ponto crucial na visão dos fornecedores para destravar o fluxo de vendas de novas mercadorias para a varejista. Alguns chegaram a suspender os negócios com a varejista. (Conteúdo fechado)

3. Bancos endurecem com medo de perder ao menos R$ 7 bi com risco de calote

Com medo de ter que reservar em balanço pelo menos R$ 7 bilhões para cobrir o eventual risco de calote da varejista, os bancos endureceram a negociação. De acordo com executivos do mercado financeiro, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil são, pela ordem, as instituições com os maiores volumes de empréstimos concedidos à companhia. O valor que cada banco emprestou varia, mas vai de cerca de R$ 5 bilhões, no caso do Bradesco, a R$ 1,3 bilhão, no do BB. (Conteúdo fechado)

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4. Os executivos sabiam do rombo? Por que problema não aparecia no balanço?

As denúncias por Rial a respeito das “inconsistências contábeis” nas contas da varejista trouxeram à tona, além do escândalo, a desconfiança sobre a possível responsabilidade de integrantes do conselho de administração e dos altos executivos ligados à companhia ao longo dos últimos anos. Mas, afinal, era possível que os executivos e investidores de referência das Americanas, como Lemann, Telles e Sicupira – que lideram o fundo de investimentos 3G Capital –, soubessem do problema antes mesmo de ele ser denunciado por Rial? (Conteúdo fechado)

Jorge Paulo Lemann, um dos sócios de referência das Americanas  Foto: Dida Sampaio / Estadão
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5. Americanas pagou à diretoria o dobro do que Renner e Magalu em 10 anos

A rede varejista se destaca por remunerar bem sua diretoria, mostra levantamento com base nas informações prestadas pela companhia no Formulário de Referência, documento que as empresas abertas entregam anualmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado. No acumulado de uma década, a diretoria da Americanas recebeu, em termos nominais, sem corrigir pela inflação, R$ 505,4 milhões. O valor acumulado é quase o dobro do pago a suas diretorias por dois pares entre as companhias abertas, a Lojas Renner (R$ 252,8 milhões) e a Magalu (R$ 270,9 milhões). (Conteúdo fechado)

6. PwC pode ser responsabilizada e sofrer punições da CVM e outros órgãos

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O rombo trouxe à tona também questionamentos sobre o papel da empresa de auditoria PwC, responsável por auditar o balanço da companhia. O caso coloca em xeque o trabalho da companhia de consultoria e auditoria e levanta dúvidas sobre sua possível responsabilização. Para analisar as inconsistências contábeis divulgadas, a CVM já instaurou dois processos administrativos. Especialistas em governança e direito comercial ouvidos pelo Estadão dizem que o caso precisa também ser investigado por entidades como a Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria (SNC), para identificar se o serviço de auditoria agiu de maneira omissa ou conivente com o rombo financeiro. (Conteúdo fechado)

7. Clientes devem ficar com Mercado Livre, Amazon, Shopee e outros gigantes

A absorção da clientela da varejista pelos gigantes online Mercado Livre, Amazon Brasil, Shopee e Magazine Luiza já está acontecendo, segundo a percepção de indústrias que fornecem para Americanas e outras redes. De acordo com um fornecedor que não quis se identificar, o movimento ocorre por escolha do próprio consumidor, que não se sente seguro de comprar de uma empresa cujas notícias dizem que está quebrada. (Conteúdo fechado)

8. O megainvestidor Luiz Barsi estava certo sobre o varejo?

A reviravolta na Americanas faz lembrar as palavras de Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores. “As empresas de varejo, pelo menos umas 40 quebraram. E as próximas quebrarão”, afirmou o megainvestidor no ano passado. Para alguns especialistas, sim. (Conteúdo aberto)

Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa Foto: Alex Silva / Estadão

9. Americanas tem quarta maior recuperação judicial do Brasil

Oito dias após o caso se tornar público, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial das Americanas. A empresa diz ter uma dívida de R$ 43 bilhões e afirmou que o seu caixa vem sendo drenado pelos bancos. A recuperação judicial da Americanas é a quarta maior da história do Brasil. (Conteúdo fechado)

10. Clientes continuam comprando alheios à crise

A situação das Lojas Americanas dominou o noticiário econômico nos últimos dias: rombo bilionário, renúncia de executivos, e, na quinta, 19, o pedido de recuperação judicial. Nas lojas, contudo, os problemas da empresa pouco alteraram o dia-a-dia. A reportagem do Estadão visitou três lojas nesta quinta, e viu pouca alteração ao comum de antes do turbilhão que envolveu a companhia. (Conteúdo fechado)

Em maio de 1929, a Lojas Americanas fez sua inauguração no Rio de Janeiro com um reclame (como o anúncio publicitário era chamado) dirigido às “senhoras chiques” de meias importadas a louças finas por preço máximo de dois mil réis. Nesta semana, quando teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça, esse valor conseguiria comprar 346 ações da rede varejista, que saiu do Ibovespa, principal índice da B3, valendo R$ 0,71.

Antes da inauguração, no carnaval de 1929, um navio de bandeira americana aportou no Rio de Janeiro trazendo a bordo quatro americanos: John Lee, Glenn Matson, James Marshall e Batterson Boger. A ideia do grupo era fundar em Buenos Aires uma loja de comércio varejista do tipo “pegue a mercadoria e pague no caixa”. Mas mudaram de ideia e ficaram no Rio depois de desfrutarem o carnaval.

A inovação das Americanas era o estilo “five and ten cents sotores” (lojas de cinco e dez centavos que fizeram sucesso no início do século XX na Europa e nos Estados Unidos) - ironicamente os títulos de dívida (bonds) da varejista negociados no mercado internacional despencaram para US$ 0,11 logo após o pedido de recuperação judicial.

A Americanas tem 3,6 mil lojas, cerca de 50 milhões de clientes e gera aproximadamente 100 mil empregos diretos e indiretos, segundo a empresa. Até o ano passado, o grupo tinha mais de 140 mil investidores pessoa física na Bolsa. Quando abriu o atrativo era ter numa só loja milhares de itens que até então eram encontrados em bazares espalhados pela cidade ou vendidos por mascates ambulantes. Nesta semana, teve que se comprometer com os lojistas virtuais a fazer os pagamentos quando percebeu que muitos estavam retirando os produtos das vitrines online ou dobrando os preços para não ter vender itens da companhia.

A seguir um top 10 de matéria para ficar por dentro do que levou a empresa de quase 94 anos a pedir recuperação judicial:

1. Rial encontra ‘inconsistências’ de R$ 20 bilhões na empresa e renuncia

No dia 11, a Americanas informou que o seu presidente, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, que tinham tomado posse dez dias antes, decidiram deixar os cargos após a empresa detectar inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$ 20 bilhões. (Conteúdo fechado)

Sergio Rial renuncia à presidência das Lojas Americanas depois de encontrar "inconsistências" de R$ 20 bilhões Foto: Paulo Whitaker / Reuters

2. Fornecedores cobram aporte de Lemann e sócios para destravar novas vendas

A capitalização da empresa, por meio de uma injeção de recursos dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, virou o ponto crucial na visão dos fornecedores para destravar o fluxo de vendas de novas mercadorias para a varejista. Alguns chegaram a suspender os negócios com a varejista. (Conteúdo fechado)

3. Bancos endurecem com medo de perder ao menos R$ 7 bi com risco de calote

Com medo de ter que reservar em balanço pelo menos R$ 7 bilhões para cobrir o eventual risco de calote da varejista, os bancos endureceram a negociação. De acordo com executivos do mercado financeiro, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil são, pela ordem, as instituições com os maiores volumes de empréstimos concedidos à companhia. O valor que cada banco emprestou varia, mas vai de cerca de R$ 5 bilhões, no caso do Bradesco, a R$ 1,3 bilhão, no do BB. (Conteúdo fechado)

4. Os executivos sabiam do rombo? Por que problema não aparecia no balanço?

As denúncias por Rial a respeito das “inconsistências contábeis” nas contas da varejista trouxeram à tona, além do escândalo, a desconfiança sobre a possível responsabilidade de integrantes do conselho de administração e dos altos executivos ligados à companhia ao longo dos últimos anos. Mas, afinal, era possível que os executivos e investidores de referência das Americanas, como Lemann, Telles e Sicupira – que lideram o fundo de investimentos 3G Capital –, soubessem do problema antes mesmo de ele ser denunciado por Rial? (Conteúdo fechado)

Jorge Paulo Lemann, um dos sócios de referência das Americanas  Foto: Dida Sampaio / Estadão

5. Americanas pagou à diretoria o dobro do que Renner e Magalu em 10 anos

A rede varejista se destaca por remunerar bem sua diretoria, mostra levantamento com base nas informações prestadas pela companhia no Formulário de Referência, documento que as empresas abertas entregam anualmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado. No acumulado de uma década, a diretoria da Americanas recebeu, em termos nominais, sem corrigir pela inflação, R$ 505,4 milhões. O valor acumulado é quase o dobro do pago a suas diretorias por dois pares entre as companhias abertas, a Lojas Renner (R$ 252,8 milhões) e a Magalu (R$ 270,9 milhões). (Conteúdo fechado)

6. PwC pode ser responsabilizada e sofrer punições da CVM e outros órgãos

O rombo trouxe à tona também questionamentos sobre o papel da empresa de auditoria PwC, responsável por auditar o balanço da companhia. O caso coloca em xeque o trabalho da companhia de consultoria e auditoria e levanta dúvidas sobre sua possível responsabilização. Para analisar as inconsistências contábeis divulgadas, a CVM já instaurou dois processos administrativos. Especialistas em governança e direito comercial ouvidos pelo Estadão dizem que o caso precisa também ser investigado por entidades como a Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria (SNC), para identificar se o serviço de auditoria agiu de maneira omissa ou conivente com o rombo financeiro. (Conteúdo fechado)

7. Clientes devem ficar com Mercado Livre, Amazon, Shopee e outros gigantes

A absorção da clientela da varejista pelos gigantes online Mercado Livre, Amazon Brasil, Shopee e Magazine Luiza já está acontecendo, segundo a percepção de indústrias que fornecem para Americanas e outras redes. De acordo com um fornecedor que não quis se identificar, o movimento ocorre por escolha do próprio consumidor, que não se sente seguro de comprar de uma empresa cujas notícias dizem que está quebrada. (Conteúdo fechado)

8. O megainvestidor Luiz Barsi estava certo sobre o varejo?

A reviravolta na Americanas faz lembrar as palavras de Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores. “As empresas de varejo, pelo menos umas 40 quebraram. E as próximas quebrarão”, afirmou o megainvestidor no ano passado. Para alguns especialistas, sim. (Conteúdo aberto)

Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa Foto: Alex Silva / Estadão

9. Americanas tem quarta maior recuperação judicial do Brasil

Oito dias após o caso se tornar público, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial das Americanas. A empresa diz ter uma dívida de R$ 43 bilhões e afirmou que o seu caixa vem sendo drenado pelos bancos. A recuperação judicial da Americanas é a quarta maior da história do Brasil. (Conteúdo fechado)

10. Clientes continuam comprando alheios à crise

A situação das Lojas Americanas dominou o noticiário econômico nos últimos dias: rombo bilionário, renúncia de executivos, e, na quinta, 19, o pedido de recuperação judicial. Nas lojas, contudo, os problemas da empresa pouco alteraram o dia-a-dia. A reportagem do Estadão visitou três lojas nesta quinta, e viu pouca alteração ao comum de antes do turbilhão que envolveu a companhia. (Conteúdo fechado)

Em maio de 1929, a Lojas Americanas fez sua inauguração no Rio de Janeiro com um reclame (como o anúncio publicitário era chamado) dirigido às “senhoras chiques” de meias importadas a louças finas por preço máximo de dois mil réis. Nesta semana, quando teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça, esse valor conseguiria comprar 346 ações da rede varejista, que saiu do Ibovespa, principal índice da B3, valendo R$ 0,71.

Antes da inauguração, no carnaval de 1929, um navio de bandeira americana aportou no Rio de Janeiro trazendo a bordo quatro americanos: John Lee, Glenn Matson, James Marshall e Batterson Boger. A ideia do grupo era fundar em Buenos Aires uma loja de comércio varejista do tipo “pegue a mercadoria e pague no caixa”. Mas mudaram de ideia e ficaram no Rio depois de desfrutarem o carnaval.

A inovação das Americanas era o estilo “five and ten cents sotores” (lojas de cinco e dez centavos que fizeram sucesso no início do século XX na Europa e nos Estados Unidos) - ironicamente os títulos de dívida (bonds) da varejista negociados no mercado internacional despencaram para US$ 0,11 logo após o pedido de recuperação judicial.

A Americanas tem 3,6 mil lojas, cerca de 50 milhões de clientes e gera aproximadamente 100 mil empregos diretos e indiretos, segundo a empresa. Até o ano passado, o grupo tinha mais de 140 mil investidores pessoa física na Bolsa. Quando abriu o atrativo era ter numa só loja milhares de itens que até então eram encontrados em bazares espalhados pela cidade ou vendidos por mascates ambulantes. Nesta semana, teve que se comprometer com os lojistas virtuais a fazer os pagamentos quando percebeu que muitos estavam retirando os produtos das vitrines online ou dobrando os preços para não ter vender itens da companhia.

A seguir um top 10 de matéria para ficar por dentro do que levou a empresa de quase 94 anos a pedir recuperação judicial:

1. Rial encontra ‘inconsistências’ de R$ 20 bilhões na empresa e renuncia

No dia 11, a Americanas informou que o seu presidente, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, que tinham tomado posse dez dias antes, decidiram deixar os cargos após a empresa detectar inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$ 20 bilhões. (Conteúdo fechado)

Sergio Rial renuncia à presidência das Lojas Americanas depois de encontrar "inconsistências" de R$ 20 bilhões Foto: Paulo Whitaker / Reuters

2. Fornecedores cobram aporte de Lemann e sócios para destravar novas vendas

A capitalização da empresa, por meio de uma injeção de recursos dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, virou o ponto crucial na visão dos fornecedores para destravar o fluxo de vendas de novas mercadorias para a varejista. Alguns chegaram a suspender os negócios com a varejista. (Conteúdo fechado)

3. Bancos endurecem com medo de perder ao menos R$ 7 bi com risco de calote

Com medo de ter que reservar em balanço pelo menos R$ 7 bilhões para cobrir o eventual risco de calote da varejista, os bancos endureceram a negociação. De acordo com executivos do mercado financeiro, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil são, pela ordem, as instituições com os maiores volumes de empréstimos concedidos à companhia. O valor que cada banco emprestou varia, mas vai de cerca de R$ 5 bilhões, no caso do Bradesco, a R$ 1,3 bilhão, no do BB. (Conteúdo fechado)

4. Os executivos sabiam do rombo? Por que problema não aparecia no balanço?

As denúncias por Rial a respeito das “inconsistências contábeis” nas contas da varejista trouxeram à tona, além do escândalo, a desconfiança sobre a possível responsabilidade de integrantes do conselho de administração e dos altos executivos ligados à companhia ao longo dos últimos anos. Mas, afinal, era possível que os executivos e investidores de referência das Americanas, como Lemann, Telles e Sicupira – que lideram o fundo de investimentos 3G Capital –, soubessem do problema antes mesmo de ele ser denunciado por Rial? (Conteúdo fechado)

Jorge Paulo Lemann, um dos sócios de referência das Americanas  Foto: Dida Sampaio / Estadão

5. Americanas pagou à diretoria o dobro do que Renner e Magalu em 10 anos

A rede varejista se destaca por remunerar bem sua diretoria, mostra levantamento com base nas informações prestadas pela companhia no Formulário de Referência, documento que as empresas abertas entregam anualmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado. No acumulado de uma década, a diretoria da Americanas recebeu, em termos nominais, sem corrigir pela inflação, R$ 505,4 milhões. O valor acumulado é quase o dobro do pago a suas diretorias por dois pares entre as companhias abertas, a Lojas Renner (R$ 252,8 milhões) e a Magalu (R$ 270,9 milhões). (Conteúdo fechado)

6. PwC pode ser responsabilizada e sofrer punições da CVM e outros órgãos

O rombo trouxe à tona também questionamentos sobre o papel da empresa de auditoria PwC, responsável por auditar o balanço da companhia. O caso coloca em xeque o trabalho da companhia de consultoria e auditoria e levanta dúvidas sobre sua possível responsabilização. Para analisar as inconsistências contábeis divulgadas, a CVM já instaurou dois processos administrativos. Especialistas em governança e direito comercial ouvidos pelo Estadão dizem que o caso precisa também ser investigado por entidades como a Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria (SNC), para identificar se o serviço de auditoria agiu de maneira omissa ou conivente com o rombo financeiro. (Conteúdo fechado)

7. Clientes devem ficar com Mercado Livre, Amazon, Shopee e outros gigantes

A absorção da clientela da varejista pelos gigantes online Mercado Livre, Amazon Brasil, Shopee e Magazine Luiza já está acontecendo, segundo a percepção de indústrias que fornecem para Americanas e outras redes. De acordo com um fornecedor que não quis se identificar, o movimento ocorre por escolha do próprio consumidor, que não se sente seguro de comprar de uma empresa cujas notícias dizem que está quebrada. (Conteúdo fechado)

8. O megainvestidor Luiz Barsi estava certo sobre o varejo?

A reviravolta na Americanas faz lembrar as palavras de Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores. “As empresas de varejo, pelo menos umas 40 quebraram. E as próximas quebrarão”, afirmou o megainvestidor no ano passado. Para alguns especialistas, sim. (Conteúdo aberto)

Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa Foto: Alex Silva / Estadão

9. Americanas tem quarta maior recuperação judicial do Brasil

Oito dias após o caso se tornar público, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial das Americanas. A empresa diz ter uma dívida de R$ 43 bilhões e afirmou que o seu caixa vem sendo drenado pelos bancos. A recuperação judicial da Americanas é a quarta maior da história do Brasil. (Conteúdo fechado)

10. Clientes continuam comprando alheios à crise

A situação das Lojas Americanas dominou o noticiário econômico nos últimos dias: rombo bilionário, renúncia de executivos, e, na quinta, 19, o pedido de recuperação judicial. Nas lojas, contudo, os problemas da empresa pouco alteraram o dia-a-dia. A reportagem do Estadão visitou três lojas nesta quinta, e viu pouca alteração ao comum de antes do turbilhão que envolveu a companhia. (Conteúdo fechado)

Em maio de 1929, a Lojas Americanas fez sua inauguração no Rio de Janeiro com um reclame (como o anúncio publicitário era chamado) dirigido às “senhoras chiques” de meias importadas a louças finas por preço máximo de dois mil réis. Nesta semana, quando teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça, esse valor conseguiria comprar 346 ações da rede varejista, que saiu do Ibovespa, principal índice da B3, valendo R$ 0,71.

Antes da inauguração, no carnaval de 1929, um navio de bandeira americana aportou no Rio de Janeiro trazendo a bordo quatro americanos: John Lee, Glenn Matson, James Marshall e Batterson Boger. A ideia do grupo era fundar em Buenos Aires uma loja de comércio varejista do tipo “pegue a mercadoria e pague no caixa”. Mas mudaram de ideia e ficaram no Rio depois de desfrutarem o carnaval.

A inovação das Americanas era o estilo “five and ten cents sotores” (lojas de cinco e dez centavos que fizeram sucesso no início do século XX na Europa e nos Estados Unidos) - ironicamente os títulos de dívida (bonds) da varejista negociados no mercado internacional despencaram para US$ 0,11 logo após o pedido de recuperação judicial.

A Americanas tem 3,6 mil lojas, cerca de 50 milhões de clientes e gera aproximadamente 100 mil empregos diretos e indiretos, segundo a empresa. Até o ano passado, o grupo tinha mais de 140 mil investidores pessoa física na Bolsa. Quando abriu o atrativo era ter numa só loja milhares de itens que até então eram encontrados em bazares espalhados pela cidade ou vendidos por mascates ambulantes. Nesta semana, teve que se comprometer com os lojistas virtuais a fazer os pagamentos quando percebeu que muitos estavam retirando os produtos das vitrines online ou dobrando os preços para não ter vender itens da companhia.

A seguir um top 10 de matéria para ficar por dentro do que levou a empresa de quase 94 anos a pedir recuperação judicial:

1. Rial encontra ‘inconsistências’ de R$ 20 bilhões na empresa e renuncia

No dia 11, a Americanas informou que o seu presidente, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, que tinham tomado posse dez dias antes, decidiram deixar os cargos após a empresa detectar inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$ 20 bilhões. (Conteúdo fechado)

Sergio Rial renuncia à presidência das Lojas Americanas depois de encontrar "inconsistências" de R$ 20 bilhões Foto: Paulo Whitaker / Reuters

2. Fornecedores cobram aporte de Lemann e sócios para destravar novas vendas

A capitalização da empresa, por meio de uma injeção de recursos dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, virou o ponto crucial na visão dos fornecedores para destravar o fluxo de vendas de novas mercadorias para a varejista. Alguns chegaram a suspender os negócios com a varejista. (Conteúdo fechado)

3. Bancos endurecem com medo de perder ao menos R$ 7 bi com risco de calote

Com medo de ter que reservar em balanço pelo menos R$ 7 bilhões para cobrir o eventual risco de calote da varejista, os bancos endureceram a negociação. De acordo com executivos do mercado financeiro, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil são, pela ordem, as instituições com os maiores volumes de empréstimos concedidos à companhia. O valor que cada banco emprestou varia, mas vai de cerca de R$ 5 bilhões, no caso do Bradesco, a R$ 1,3 bilhão, no do BB. (Conteúdo fechado)

4. Os executivos sabiam do rombo? Por que problema não aparecia no balanço?

As denúncias por Rial a respeito das “inconsistências contábeis” nas contas da varejista trouxeram à tona, além do escândalo, a desconfiança sobre a possível responsabilidade de integrantes do conselho de administração e dos altos executivos ligados à companhia ao longo dos últimos anos. Mas, afinal, era possível que os executivos e investidores de referência das Americanas, como Lemann, Telles e Sicupira – que lideram o fundo de investimentos 3G Capital –, soubessem do problema antes mesmo de ele ser denunciado por Rial? (Conteúdo fechado)

Jorge Paulo Lemann, um dos sócios de referência das Americanas  Foto: Dida Sampaio / Estadão

5. Americanas pagou à diretoria o dobro do que Renner e Magalu em 10 anos

A rede varejista se destaca por remunerar bem sua diretoria, mostra levantamento com base nas informações prestadas pela companhia no Formulário de Referência, documento que as empresas abertas entregam anualmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado. No acumulado de uma década, a diretoria da Americanas recebeu, em termos nominais, sem corrigir pela inflação, R$ 505,4 milhões. O valor acumulado é quase o dobro do pago a suas diretorias por dois pares entre as companhias abertas, a Lojas Renner (R$ 252,8 milhões) e a Magalu (R$ 270,9 milhões). (Conteúdo fechado)

6. PwC pode ser responsabilizada e sofrer punições da CVM e outros órgãos

O rombo trouxe à tona também questionamentos sobre o papel da empresa de auditoria PwC, responsável por auditar o balanço da companhia. O caso coloca em xeque o trabalho da companhia de consultoria e auditoria e levanta dúvidas sobre sua possível responsabilização. Para analisar as inconsistências contábeis divulgadas, a CVM já instaurou dois processos administrativos. Especialistas em governança e direito comercial ouvidos pelo Estadão dizem que o caso precisa também ser investigado por entidades como a Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria (SNC), para identificar se o serviço de auditoria agiu de maneira omissa ou conivente com o rombo financeiro. (Conteúdo fechado)

7. Clientes devem ficar com Mercado Livre, Amazon, Shopee e outros gigantes

A absorção da clientela da varejista pelos gigantes online Mercado Livre, Amazon Brasil, Shopee e Magazine Luiza já está acontecendo, segundo a percepção de indústrias que fornecem para Americanas e outras redes. De acordo com um fornecedor que não quis se identificar, o movimento ocorre por escolha do próprio consumidor, que não se sente seguro de comprar de uma empresa cujas notícias dizem que está quebrada. (Conteúdo fechado)

8. O megainvestidor Luiz Barsi estava certo sobre o varejo?

A reviravolta na Americanas faz lembrar as palavras de Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores. “As empresas de varejo, pelo menos umas 40 quebraram. E as próximas quebrarão”, afirmou o megainvestidor no ano passado. Para alguns especialistas, sim. (Conteúdo aberto)

Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa Foto: Alex Silva / Estadão

9. Americanas tem quarta maior recuperação judicial do Brasil

Oito dias após o caso se tornar público, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial das Americanas. A empresa diz ter uma dívida de R$ 43 bilhões e afirmou que o seu caixa vem sendo drenado pelos bancos. A recuperação judicial da Americanas é a quarta maior da história do Brasil. (Conteúdo fechado)

10. Clientes continuam comprando alheios à crise

A situação das Lojas Americanas dominou o noticiário econômico nos últimos dias: rombo bilionário, renúncia de executivos, e, na quinta, 19, o pedido de recuperação judicial. Nas lojas, contudo, os problemas da empresa pouco alteraram o dia-a-dia. A reportagem do Estadão visitou três lojas nesta quinta, e viu pouca alteração ao comum de antes do turbilhão que envolveu a companhia. (Conteúdo fechado)

Em maio de 1929, a Lojas Americanas fez sua inauguração no Rio de Janeiro com um reclame (como o anúncio publicitário era chamado) dirigido às “senhoras chiques” de meias importadas a louças finas por preço máximo de dois mil réis. Nesta semana, quando teve seu pedido de recuperação judicial aceito pela Justiça, esse valor conseguiria comprar 346 ações da rede varejista, que saiu do Ibovespa, principal índice da B3, valendo R$ 0,71.

Antes da inauguração, no carnaval de 1929, um navio de bandeira americana aportou no Rio de Janeiro trazendo a bordo quatro americanos: John Lee, Glenn Matson, James Marshall e Batterson Boger. A ideia do grupo era fundar em Buenos Aires uma loja de comércio varejista do tipo “pegue a mercadoria e pague no caixa”. Mas mudaram de ideia e ficaram no Rio depois de desfrutarem o carnaval.

A inovação das Americanas era o estilo “five and ten cents sotores” (lojas de cinco e dez centavos que fizeram sucesso no início do século XX na Europa e nos Estados Unidos) - ironicamente os títulos de dívida (bonds) da varejista negociados no mercado internacional despencaram para US$ 0,11 logo após o pedido de recuperação judicial.

A Americanas tem 3,6 mil lojas, cerca de 50 milhões de clientes e gera aproximadamente 100 mil empregos diretos e indiretos, segundo a empresa. Até o ano passado, o grupo tinha mais de 140 mil investidores pessoa física na Bolsa. Quando abriu o atrativo era ter numa só loja milhares de itens que até então eram encontrados em bazares espalhados pela cidade ou vendidos por mascates ambulantes. Nesta semana, teve que se comprometer com os lojistas virtuais a fazer os pagamentos quando percebeu que muitos estavam retirando os produtos das vitrines online ou dobrando os preços para não ter vender itens da companhia.

A seguir um top 10 de matéria para ficar por dentro do que levou a empresa de quase 94 anos a pedir recuperação judicial:

1. Rial encontra ‘inconsistências’ de R$ 20 bilhões na empresa e renuncia

No dia 11, a Americanas informou que o seu presidente, Sérgio Rial, e o diretor de relações com investidores, André Covre, que tinham tomado posse dez dias antes, decidiram deixar os cargos após a empresa detectar inconsistências em lançamentos contábeis estimadas em R$ 20 bilhões. (Conteúdo fechado)

Sergio Rial renuncia à presidência das Lojas Americanas depois de encontrar "inconsistências" de R$ 20 bilhões Foto: Paulo Whitaker / Reuters

2. Fornecedores cobram aporte de Lemann e sócios para destravar novas vendas

A capitalização da empresa, por meio de uma injeção de recursos dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira, virou o ponto crucial na visão dos fornecedores para destravar o fluxo de vendas de novas mercadorias para a varejista. Alguns chegaram a suspender os negócios com a varejista. (Conteúdo fechado)

3. Bancos endurecem com medo de perder ao menos R$ 7 bi com risco de calote

Com medo de ter que reservar em balanço pelo menos R$ 7 bilhões para cobrir o eventual risco de calote da varejista, os bancos endureceram a negociação. De acordo com executivos do mercado financeiro, Bradesco, Santander, Itaú Unibanco, Safra, BTG Pactual e Banco do Brasil são, pela ordem, as instituições com os maiores volumes de empréstimos concedidos à companhia. O valor que cada banco emprestou varia, mas vai de cerca de R$ 5 bilhões, no caso do Bradesco, a R$ 1,3 bilhão, no do BB. (Conteúdo fechado)

4. Os executivos sabiam do rombo? Por que problema não aparecia no balanço?

As denúncias por Rial a respeito das “inconsistências contábeis” nas contas da varejista trouxeram à tona, além do escândalo, a desconfiança sobre a possível responsabilidade de integrantes do conselho de administração e dos altos executivos ligados à companhia ao longo dos últimos anos. Mas, afinal, era possível que os executivos e investidores de referência das Americanas, como Lemann, Telles e Sicupira – que lideram o fundo de investimentos 3G Capital –, soubessem do problema antes mesmo de ele ser denunciado por Rial? (Conteúdo fechado)

Jorge Paulo Lemann, um dos sócios de referência das Americanas  Foto: Dida Sampaio / Estadão

5. Americanas pagou à diretoria o dobro do que Renner e Magalu em 10 anos

A rede varejista se destaca por remunerar bem sua diretoria, mostra levantamento com base nas informações prestadas pela companhia no Formulário de Referência, documento que as empresas abertas entregam anualmente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o órgão regulador do mercado. No acumulado de uma década, a diretoria da Americanas recebeu, em termos nominais, sem corrigir pela inflação, R$ 505,4 milhões. O valor acumulado é quase o dobro do pago a suas diretorias por dois pares entre as companhias abertas, a Lojas Renner (R$ 252,8 milhões) e a Magalu (R$ 270,9 milhões). (Conteúdo fechado)

6. PwC pode ser responsabilizada e sofrer punições da CVM e outros órgãos

O rombo trouxe à tona também questionamentos sobre o papel da empresa de auditoria PwC, responsável por auditar o balanço da companhia. O caso coloca em xeque o trabalho da companhia de consultoria e auditoria e levanta dúvidas sobre sua possível responsabilização. Para analisar as inconsistências contábeis divulgadas, a CVM já instaurou dois processos administrativos. Especialistas em governança e direito comercial ouvidos pelo Estadão dizem que o caso precisa também ser investigado por entidades como a Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Superintendência de Normas Contábeis e de Auditoria (SNC), para identificar se o serviço de auditoria agiu de maneira omissa ou conivente com o rombo financeiro. (Conteúdo fechado)

7. Clientes devem ficar com Mercado Livre, Amazon, Shopee e outros gigantes

A absorção da clientela da varejista pelos gigantes online Mercado Livre, Amazon Brasil, Shopee e Magazine Luiza já está acontecendo, segundo a percepção de indústrias que fornecem para Americanas e outras redes. De acordo com um fornecedor que não quis se identificar, o movimento ocorre por escolha do próprio consumidor, que não se sente seguro de comprar de uma empresa cujas notícias dizem que está quebrada. (Conteúdo fechado)

8. O megainvestidor Luiz Barsi estava certo sobre o varejo?

A reviravolta na Americanas faz lembrar as palavras de Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores. “As empresas de varejo, pelo menos umas 40 quebraram. E as próximas quebrarão”, afirmou o megainvestidor no ano passado. Para alguns especialistas, sim. (Conteúdo aberto)

Luiz Barsi, maior investidor pessoa física da Bolsa Foto: Alex Silva / Estadão

9. Americanas tem quarta maior recuperação judicial do Brasil

Oito dias após o caso se tornar público, a Justiça aceitou o pedido de recuperação judicial das Americanas. A empresa diz ter uma dívida de R$ 43 bilhões e afirmou que o seu caixa vem sendo drenado pelos bancos. A recuperação judicial da Americanas é a quarta maior da história do Brasil. (Conteúdo fechado)

10. Clientes continuam comprando alheios à crise

A situação das Lojas Americanas dominou o noticiário econômico nos últimos dias: rombo bilionário, renúncia de executivos, e, na quinta, 19, o pedido de recuperação judicial. Nas lojas, contudo, os problemas da empresa pouco alteraram o dia-a-dia. A reportagem do Estadão visitou três lojas nesta quinta, e viu pouca alteração ao comum de antes do turbilhão que envolveu a companhia. (Conteúdo fechado)

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