Americanas foi ‘incompetente ou conivente’ com fraudes, diz presidente do Itaú


Executivo disse que apontar que o banco teria sido conivente com operações fraudulentas da varejista é uma forma de desviar atenções

Por Matheus Piovesana
Atualização:

A administração da Americanas foi “extremamente incompetente ou conivente” com as fraudes de R$ 21,7 bilhões detectadas por assessores independentes contratados pela varejista para entender o rombo contábil que levou a companhia à recuperação judicial. A afirmação é do presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, e vem após a atual direção da empresa levar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados documentos que sugerem que o banco teria sido conivente com operações fraudulentas.

“Nada mais me surpreende. Estamos lidando com uma empresa que confessou ter cometido a maior fraude privada da história do País, organizada deliberadamente por sua diretoria de máxima confiança há décadas”, disse Maluhy ao Estadão/Broadcast. “A administração ou foi extremamente incompetente ou conivente. Ou ambos. O tempo dirá.”

Nos documentos apresentados durante a sessão de terça-feira, 13, da CPI, o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, mostrou documentos que sugerem que o Itaú, o Santander Brasil e as auditorias PwC e KPMG teriam sido coniventes com alterações que suavizariam o texto de documentos como as cartas de circularização, utilizadas por auditores para confirmar as operações de uma empresa junto aos bancos.

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Maluhy rechaça essa versão. De acordo com ele, o Itaú se recusou a mudar o texto dos documentos a partir de pedidos da então gestão da Americanas. Por isso, ficou durante um período sem operar crédito com a companhia. Foram, ao todo, seis meses sem operações, afirma.

O executivo diz que os trechos que mostram a comemoração de então diretores da varejista com respostas do Itaú se referia ao fato de que o banco aceitara voltar a operar. Ainda assim, segundo ele, não houve ajustes por parte do Itaú para acomodar nas cartas os pedidos da Americanas. Para Maluhy, apontar dedos para Itaú e Santander é uma forma de desviar atenções.

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Documentos apresentados pela administração da Americanas sugerem que o Itaú, o Santander Brasil e as auditorias PwC e KPMG foram conivente com operações fraudulentas.  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

De acordo com as conclusões da investigação, divulgadas na terça-feira, ex-diretores da Americanas, entre eles o ex-CEO Miguel Gutierrez, tiveram participação direta em um esquema em que contratos de instrumentos publicitários entre a varejista e fornecedores eram forjados para melhorar o balanço da companhia. Para disfarçar a falta de dinheiro, a empresa recorreu a operações de risco sacado, feitas junto aos bancos.

O Itaú é um dos maiores credores da companhia, com cerca de R$ 3 bilhões a receber, valor que provisionou totalmente no balanço referente ao quarto trimestre do ano passado. As negociações entre a empresa e os bancos estão próximas de um desfecho e as conclusões da investigação não interferem nas conversas. Ao menos por enquanto.

A administração da Americanas foi “extremamente incompetente ou conivente” com as fraudes de R$ 21,7 bilhões detectadas por assessores independentes contratados pela varejista para entender o rombo contábil que levou a companhia à recuperação judicial. A afirmação é do presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, e vem após a atual direção da empresa levar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados documentos que sugerem que o banco teria sido conivente com operações fraudulentas.

“Nada mais me surpreende. Estamos lidando com uma empresa que confessou ter cometido a maior fraude privada da história do País, organizada deliberadamente por sua diretoria de máxima confiança há décadas”, disse Maluhy ao Estadão/Broadcast. “A administração ou foi extremamente incompetente ou conivente. Ou ambos. O tempo dirá.”

Nos documentos apresentados durante a sessão de terça-feira, 13, da CPI, o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, mostrou documentos que sugerem que o Itaú, o Santander Brasil e as auditorias PwC e KPMG teriam sido coniventes com alterações que suavizariam o texto de documentos como as cartas de circularização, utilizadas por auditores para confirmar as operações de uma empresa junto aos bancos.

Maluhy rechaça essa versão. De acordo com ele, o Itaú se recusou a mudar o texto dos documentos a partir de pedidos da então gestão da Americanas. Por isso, ficou durante um período sem operar crédito com a companhia. Foram, ao todo, seis meses sem operações, afirma.

O executivo diz que os trechos que mostram a comemoração de então diretores da varejista com respostas do Itaú se referia ao fato de que o banco aceitara voltar a operar. Ainda assim, segundo ele, não houve ajustes por parte do Itaú para acomodar nas cartas os pedidos da Americanas. Para Maluhy, apontar dedos para Itaú e Santander é uma forma de desviar atenções.

Documentos apresentados pela administração da Americanas sugerem que o Itaú, o Santander Brasil e as auditorias PwC e KPMG foram conivente com operações fraudulentas.  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

De acordo com as conclusões da investigação, divulgadas na terça-feira, ex-diretores da Americanas, entre eles o ex-CEO Miguel Gutierrez, tiveram participação direta em um esquema em que contratos de instrumentos publicitários entre a varejista e fornecedores eram forjados para melhorar o balanço da companhia. Para disfarçar a falta de dinheiro, a empresa recorreu a operações de risco sacado, feitas junto aos bancos.

O Itaú é um dos maiores credores da companhia, com cerca de R$ 3 bilhões a receber, valor que provisionou totalmente no balanço referente ao quarto trimestre do ano passado. As negociações entre a empresa e os bancos estão próximas de um desfecho e as conclusões da investigação não interferem nas conversas. Ao menos por enquanto.

A administração da Americanas foi “extremamente incompetente ou conivente” com as fraudes de R$ 21,7 bilhões detectadas por assessores independentes contratados pela varejista para entender o rombo contábil que levou a companhia à recuperação judicial. A afirmação é do presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, e vem após a atual direção da empresa levar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara dos Deputados documentos que sugerem que o banco teria sido conivente com operações fraudulentas.

“Nada mais me surpreende. Estamos lidando com uma empresa que confessou ter cometido a maior fraude privada da história do País, organizada deliberadamente por sua diretoria de máxima confiança há décadas”, disse Maluhy ao Estadão/Broadcast. “A administração ou foi extremamente incompetente ou conivente. Ou ambos. O tempo dirá.”

Nos documentos apresentados durante a sessão de terça-feira, 13, da CPI, o CEO da Americanas, Leonardo Coelho, mostrou documentos que sugerem que o Itaú, o Santander Brasil e as auditorias PwC e KPMG teriam sido coniventes com alterações que suavizariam o texto de documentos como as cartas de circularização, utilizadas por auditores para confirmar as operações de uma empresa junto aos bancos.

Maluhy rechaça essa versão. De acordo com ele, o Itaú se recusou a mudar o texto dos documentos a partir de pedidos da então gestão da Americanas. Por isso, ficou durante um período sem operar crédito com a companhia. Foram, ao todo, seis meses sem operações, afirma.

O executivo diz que os trechos que mostram a comemoração de então diretores da varejista com respostas do Itaú se referia ao fato de que o banco aceitara voltar a operar. Ainda assim, segundo ele, não houve ajustes por parte do Itaú para acomodar nas cartas os pedidos da Americanas. Para Maluhy, apontar dedos para Itaú e Santander é uma forma de desviar atenções.

Documentos apresentados pela administração da Americanas sugerem que o Itaú, o Santander Brasil e as auditorias PwC e KPMG foram conivente com operações fraudulentas.  Foto: Pedro Kirilos/Estadão

De acordo com as conclusões da investigação, divulgadas na terça-feira, ex-diretores da Americanas, entre eles o ex-CEO Miguel Gutierrez, tiveram participação direta em um esquema em que contratos de instrumentos publicitários entre a varejista e fornecedores eram forjados para melhorar o balanço da companhia. Para disfarçar a falta de dinheiro, a empresa recorreu a operações de risco sacado, feitas junto aos bancos.

O Itaú é um dos maiores credores da companhia, com cerca de R$ 3 bilhões a receber, valor que provisionou totalmente no balanço referente ao quarto trimestre do ano passado. As negociações entre a empresa e os bancos estão próximas de um desfecho e as conclusões da investigação não interferem nas conversas. Ao menos por enquanto.

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