Líder de mercado na Oliver Wyman, Ana Carla Abrão trabalhou no setor financeiro a maior parte de sua vida, focada em temas relacionados a controle de riscos, crédito, spread bancário, compliance e varejo, tributação e questões tributárias.

Para garantir a mobilidade social, é preciso mais que programas de transferência de renda


Um novo instituto, o IMDS, discute políticas públicas eficazes para fugir do populismo e criar as bases para um Brasil melhor para todos

Por Ana Carla Abrão

Estamos às portas de 2022, ano de eleições presidenciais. Agendas pululam e, torçamos, propostas serão colocadas à prova. Pesquisas mostram que será a economia o tema que deverá concentrar as atenções. Inflação e desemprego machucam, e o anseio é o de saber quem poderá – e como – aliviar os impactos sobre o bolso do cidadão brasileiro. Esses são os problemas reais, e enfrentá-los de forma certeira e rápida é o que se espera de quem vier a nos governar a partir de 2023.

Pessoas em situação de rua na região do Minhocão. Mobilidade e desenvolvimento social são parte fundamental de qualquer agenda para o Brasil. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Não é para menos. A inflação em 12 meses superou os 10%, a maior desde janeiro de 2016. O desemprego, que se mantinha na casa dos 14%, continua resiliente. Ainda são 13,5 milhões de brasileiros sem emprego. Sem contar a informalidade, o subemprego e um desequilíbrio que se confunde com baixa qualificação. Assim convivem, paradoxalmente, desemprego e falta de oferta de mão de obra na medida em que o mercado de trabalho avança buscando novas competências. Responsabilidade fiscal e crescimento vão na direção da solução. Uma torna mais efetivo (e menos custoso) o solitário trabalho da política monetária. O outro garante a abertura de novos postos de trabalho. 

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Mas há um importante capítulo que se abre na agenda de propostas para um País que sofre com o aumento da pobreza e a crescente desigualdade social. Subjacentes ao problema da pobreza e da miséria, cada vez mais visíveis, são a geração de oportunidades e a maior mobilidade social os dois temas primordiais. Paralelamente aos programas de transferência de renda, há muito a fazer – e de forma estrutural.

Nesse campo, temos de começar por entender onde estamos e por buscar evidências que nos permitam atuar em políticas públicas eficazes que fujam do populismo e abusem de evidências. E nesse campo há gente muito competente trabalhando. É o caso do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social – IMDS, cuja sede foi inaugurada no Rio de Janeiro na sexta-feira. Na apresentação do instituto, Arminio Fraga e Paulo Tafner, seus fundadores, com Sérgio Guimaraes e uma competente equipe de pesquisadores, mostraram que ampliar a mobilidade e o desenvolvimento social são parte fundamental de qualquer agenda que vise a repensar o Brasil. Temas como escolaridade de pais e filhos, condições de acesso à tecnologia e moradia, além de avaliações de impacto de investimento em educação são analisados a partir de um conjunto de dados e estudos que buscam dar foco e trazer o devido rigor ao que de fato importa, que é criar as bases para um Brasil melhor para todos.

*ECONOMISTA E SÓCIA DA CONSULTORIA OLIVER WYMAN. O ARTIGO REFLETE EXCLUSIVAMENTE A OPINIÃO DA COLUNISTA

Estamos às portas de 2022, ano de eleições presidenciais. Agendas pululam e, torçamos, propostas serão colocadas à prova. Pesquisas mostram que será a economia o tema que deverá concentrar as atenções. Inflação e desemprego machucam, e o anseio é o de saber quem poderá – e como – aliviar os impactos sobre o bolso do cidadão brasileiro. Esses são os problemas reais, e enfrentá-los de forma certeira e rápida é o que se espera de quem vier a nos governar a partir de 2023.

Pessoas em situação de rua na região do Minhocão. Mobilidade e desenvolvimento social são parte fundamental de qualquer agenda para o Brasil. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Não é para menos. A inflação em 12 meses superou os 10%, a maior desde janeiro de 2016. O desemprego, que se mantinha na casa dos 14%, continua resiliente. Ainda são 13,5 milhões de brasileiros sem emprego. Sem contar a informalidade, o subemprego e um desequilíbrio que se confunde com baixa qualificação. Assim convivem, paradoxalmente, desemprego e falta de oferta de mão de obra na medida em que o mercado de trabalho avança buscando novas competências. Responsabilidade fiscal e crescimento vão na direção da solução. Uma torna mais efetivo (e menos custoso) o solitário trabalho da política monetária. O outro garante a abertura de novos postos de trabalho. 

Mas há um importante capítulo que se abre na agenda de propostas para um País que sofre com o aumento da pobreza e a crescente desigualdade social. Subjacentes ao problema da pobreza e da miséria, cada vez mais visíveis, são a geração de oportunidades e a maior mobilidade social os dois temas primordiais. Paralelamente aos programas de transferência de renda, há muito a fazer – e de forma estrutural.

Nesse campo, temos de começar por entender onde estamos e por buscar evidências que nos permitam atuar em políticas públicas eficazes que fujam do populismo e abusem de evidências. E nesse campo há gente muito competente trabalhando. É o caso do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social – IMDS, cuja sede foi inaugurada no Rio de Janeiro na sexta-feira. Na apresentação do instituto, Arminio Fraga e Paulo Tafner, seus fundadores, com Sérgio Guimaraes e uma competente equipe de pesquisadores, mostraram que ampliar a mobilidade e o desenvolvimento social são parte fundamental de qualquer agenda que vise a repensar o Brasil. Temas como escolaridade de pais e filhos, condições de acesso à tecnologia e moradia, além de avaliações de impacto de investimento em educação são analisados a partir de um conjunto de dados e estudos que buscam dar foco e trazer o devido rigor ao que de fato importa, que é criar as bases para um Brasil melhor para todos.

*ECONOMISTA E SÓCIA DA CONSULTORIA OLIVER WYMAN. O ARTIGO REFLETE EXCLUSIVAMENTE A OPINIÃO DA COLUNISTA

Estamos às portas de 2022, ano de eleições presidenciais. Agendas pululam e, torçamos, propostas serão colocadas à prova. Pesquisas mostram que será a economia o tema que deverá concentrar as atenções. Inflação e desemprego machucam, e o anseio é o de saber quem poderá – e como – aliviar os impactos sobre o bolso do cidadão brasileiro. Esses são os problemas reais, e enfrentá-los de forma certeira e rápida é o que se espera de quem vier a nos governar a partir de 2023.

Pessoas em situação de rua na região do Minhocão. Mobilidade e desenvolvimento social são parte fundamental de qualquer agenda para o Brasil. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Não é para menos. A inflação em 12 meses superou os 10%, a maior desde janeiro de 2016. O desemprego, que se mantinha na casa dos 14%, continua resiliente. Ainda são 13,5 milhões de brasileiros sem emprego. Sem contar a informalidade, o subemprego e um desequilíbrio que se confunde com baixa qualificação. Assim convivem, paradoxalmente, desemprego e falta de oferta de mão de obra na medida em que o mercado de trabalho avança buscando novas competências. Responsabilidade fiscal e crescimento vão na direção da solução. Uma torna mais efetivo (e menos custoso) o solitário trabalho da política monetária. O outro garante a abertura de novos postos de trabalho. 

Mas há um importante capítulo que se abre na agenda de propostas para um País que sofre com o aumento da pobreza e a crescente desigualdade social. Subjacentes ao problema da pobreza e da miséria, cada vez mais visíveis, são a geração de oportunidades e a maior mobilidade social os dois temas primordiais. Paralelamente aos programas de transferência de renda, há muito a fazer – e de forma estrutural.

Nesse campo, temos de começar por entender onde estamos e por buscar evidências que nos permitam atuar em políticas públicas eficazes que fujam do populismo e abusem de evidências. E nesse campo há gente muito competente trabalhando. É o caso do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social – IMDS, cuja sede foi inaugurada no Rio de Janeiro na sexta-feira. Na apresentação do instituto, Arminio Fraga e Paulo Tafner, seus fundadores, com Sérgio Guimaraes e uma competente equipe de pesquisadores, mostraram que ampliar a mobilidade e o desenvolvimento social são parte fundamental de qualquer agenda que vise a repensar o Brasil. Temas como escolaridade de pais e filhos, condições de acesso à tecnologia e moradia, além de avaliações de impacto de investimento em educação são analisados a partir de um conjunto de dados e estudos que buscam dar foco e trazer o devido rigor ao que de fato importa, que é criar as bases para um Brasil melhor para todos.

*ECONOMISTA E SÓCIA DA CONSULTORIA OLIVER WYMAN. O ARTIGO REFLETE EXCLUSIVAMENTE A OPINIÃO DA COLUNISTA

Estamos às portas de 2022, ano de eleições presidenciais. Agendas pululam e, torçamos, propostas serão colocadas à prova. Pesquisas mostram que será a economia o tema que deverá concentrar as atenções. Inflação e desemprego machucam, e o anseio é o de saber quem poderá – e como – aliviar os impactos sobre o bolso do cidadão brasileiro. Esses são os problemas reais, e enfrentá-los de forma certeira e rápida é o que se espera de quem vier a nos governar a partir de 2023.

Pessoas em situação de rua na região do Minhocão. Mobilidade e desenvolvimento social são parte fundamental de qualquer agenda para o Brasil. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Não é para menos. A inflação em 12 meses superou os 10%, a maior desde janeiro de 2016. O desemprego, que se mantinha na casa dos 14%, continua resiliente. Ainda são 13,5 milhões de brasileiros sem emprego. Sem contar a informalidade, o subemprego e um desequilíbrio que se confunde com baixa qualificação. Assim convivem, paradoxalmente, desemprego e falta de oferta de mão de obra na medida em que o mercado de trabalho avança buscando novas competências. Responsabilidade fiscal e crescimento vão na direção da solução. Uma torna mais efetivo (e menos custoso) o solitário trabalho da política monetária. O outro garante a abertura de novos postos de trabalho. 

Mas há um importante capítulo que se abre na agenda de propostas para um País que sofre com o aumento da pobreza e a crescente desigualdade social. Subjacentes ao problema da pobreza e da miséria, cada vez mais visíveis, são a geração de oportunidades e a maior mobilidade social os dois temas primordiais. Paralelamente aos programas de transferência de renda, há muito a fazer – e de forma estrutural.

Nesse campo, temos de começar por entender onde estamos e por buscar evidências que nos permitam atuar em políticas públicas eficazes que fujam do populismo e abusem de evidências. E nesse campo há gente muito competente trabalhando. É o caso do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social – IMDS, cuja sede foi inaugurada no Rio de Janeiro na sexta-feira. Na apresentação do instituto, Arminio Fraga e Paulo Tafner, seus fundadores, com Sérgio Guimaraes e uma competente equipe de pesquisadores, mostraram que ampliar a mobilidade e o desenvolvimento social são parte fundamental de qualquer agenda que vise a repensar o Brasil. Temas como escolaridade de pais e filhos, condições de acesso à tecnologia e moradia, além de avaliações de impacto de investimento em educação são analisados a partir de um conjunto de dados e estudos que buscam dar foco e trazer o devido rigor ao que de fato importa, que é criar as bases para um Brasil melhor para todos.

*ECONOMISTA E SÓCIA DA CONSULTORIA OLIVER WYMAN. O ARTIGO REFLETE EXCLUSIVAMENTE A OPINIÃO DA COLUNISTA

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