Analistas já esperavam manutenção da Selic


A decisão do Copom de manter a Selic em 16,5% ao ano já era esperada pelo mercado financeiro. Em relação à próxima reunião, em 20 de dezembro, não há um consenso sobre a tendência. Mas, espera-se que o cenário externo será novamente decisivo.

Por Agencia Estado

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros - Selic - em 16,5% ao ano, sem viés. De acordo com o diretor de política monetária do Banco Central (BC), Luiz Fernando Figueiredo, a decisão do Comitê levou em conta fatores internos e externos. A decisão já era esperada pelos analistas do mercado financeiro. A alta do preço do petróleo, a incerteza em relação ao desaquecimento da economia norte-americana e a situação econômica da Argentina foram os fatores externos que pesaram na decisão do Comitê. De acordo com Hugo Penteado, economista-chefe da ABN Amro Asset Management, a cautela adotada na decisão do Copom foi a atitude mais sensata nesse momento. Um viés de baixa, ou seja, a possibilidade de novo corte de juros antes da próxima reunião do Comitê, era uma possibilidade que se cogitava entre os analistas de mercado. Na opinião de Luiz Fernando Lopes, economista-chefe do Chase Manhattan Bank, isso permitiria que, caso o pacote de ajuda externa para a Argentina e a queda do petróleo acontecesse nesse intervalo, o Comitê poderia reduzir os juros, já que a inflação vem mostrando-se retraída. Cenário interno favorecia corte da Selic A inflação em queda não foi motivo suficiente para um corte na taxa Selic. Esse recuo é percebido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que está em 5,02% no acumulado do ano até outubro. A meta de inflação do governo é de 6% para 2000. Em seu último relatório sobre inflação, o governo projetou que o IPCA deve fechar o ano em 6,7%. Mas o BC já anunciou que essa perspectiva deve ser reavaliada e a tendência é de que a inflação caia, mesmo com o anúncio do aumento de combustíveis. De acordo com Eduardo Freitas, economista-chefe do Unibanco, o cenário interno é favorável e já abria espaço para uma nova redução dos juros. Expectativa para a próxima reunião A próxima reunião do Comitê está marcada para o dia 20 de dezembro. De acordo com analistas, o cenário externo deverá ser novamente fundamental para a decisão. Mas, na opinião de Lopes, os juros no Brasil já têm espaço para cair 0,5 ponto porcentual. O economista-chefe do JP Morgan, Marcelo Carvalho, concorda e afirma que quatro fatores serão fundamentais para a decisão do Comitê no próximo mês: "A implementação do pacote de ajuda externa à Argentina, a confirmação de uma elevação na classificação do rating do Brasil, os efeitos do aumento da gasolina sobre os preços dos produtos já terão passado e a inflação terá sido confirmada dentro da meta". Porém, esse não é um consenso no mercado. De acordo com Penteado, uma nova redução dos juros deve acontecer apenas quando o preço do petróleo voltar a cair. "A nossa expectativa é de que isso aconteça apenas em fevereiro ou março de 2001, com a diminuição da demanda por petróleo no hemisfério norte", explica Penteado.

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros - Selic - em 16,5% ao ano, sem viés. De acordo com o diretor de política monetária do Banco Central (BC), Luiz Fernando Figueiredo, a decisão do Comitê levou em conta fatores internos e externos. A decisão já era esperada pelos analistas do mercado financeiro. A alta do preço do petróleo, a incerteza em relação ao desaquecimento da economia norte-americana e a situação econômica da Argentina foram os fatores externos que pesaram na decisão do Comitê. De acordo com Hugo Penteado, economista-chefe da ABN Amro Asset Management, a cautela adotada na decisão do Copom foi a atitude mais sensata nesse momento. Um viés de baixa, ou seja, a possibilidade de novo corte de juros antes da próxima reunião do Comitê, era uma possibilidade que se cogitava entre os analistas de mercado. Na opinião de Luiz Fernando Lopes, economista-chefe do Chase Manhattan Bank, isso permitiria que, caso o pacote de ajuda externa para a Argentina e a queda do petróleo acontecesse nesse intervalo, o Comitê poderia reduzir os juros, já que a inflação vem mostrando-se retraída. Cenário interno favorecia corte da Selic A inflação em queda não foi motivo suficiente para um corte na taxa Selic. Esse recuo é percebido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que está em 5,02% no acumulado do ano até outubro. A meta de inflação do governo é de 6% para 2000. Em seu último relatório sobre inflação, o governo projetou que o IPCA deve fechar o ano em 6,7%. Mas o BC já anunciou que essa perspectiva deve ser reavaliada e a tendência é de que a inflação caia, mesmo com o anúncio do aumento de combustíveis. De acordo com Eduardo Freitas, economista-chefe do Unibanco, o cenário interno é favorável e já abria espaço para uma nova redução dos juros. Expectativa para a próxima reunião A próxima reunião do Comitê está marcada para o dia 20 de dezembro. De acordo com analistas, o cenário externo deverá ser novamente fundamental para a decisão. Mas, na opinião de Lopes, os juros no Brasil já têm espaço para cair 0,5 ponto porcentual. O economista-chefe do JP Morgan, Marcelo Carvalho, concorda e afirma que quatro fatores serão fundamentais para a decisão do Comitê no próximo mês: "A implementação do pacote de ajuda externa à Argentina, a confirmação de uma elevação na classificação do rating do Brasil, os efeitos do aumento da gasolina sobre os preços dos produtos já terão passado e a inflação terá sido confirmada dentro da meta". Porém, esse não é um consenso no mercado. De acordo com Penteado, uma nova redução dos juros deve acontecer apenas quando o preço do petróleo voltar a cair. "A nossa expectativa é de que isso aconteça apenas em fevereiro ou março de 2001, com a diminuição da demanda por petróleo no hemisfério norte", explica Penteado.

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa básica de juros - Selic - em 16,5% ao ano, sem viés. De acordo com o diretor de política monetária do Banco Central (BC), Luiz Fernando Figueiredo, a decisão do Comitê levou em conta fatores internos e externos. A decisão já era esperada pelos analistas do mercado financeiro. A alta do preço do petróleo, a incerteza em relação ao desaquecimento da economia norte-americana e a situação econômica da Argentina foram os fatores externos que pesaram na decisão do Comitê. De acordo com Hugo Penteado, economista-chefe da ABN Amro Asset Management, a cautela adotada na decisão do Copom foi a atitude mais sensata nesse momento. Um viés de baixa, ou seja, a possibilidade de novo corte de juros antes da próxima reunião do Comitê, era uma possibilidade que se cogitava entre os analistas de mercado. Na opinião de Luiz Fernando Lopes, economista-chefe do Chase Manhattan Bank, isso permitiria que, caso o pacote de ajuda externa para a Argentina e a queda do petróleo acontecesse nesse intervalo, o Comitê poderia reduzir os juros, já que a inflação vem mostrando-se retraída. Cenário interno favorecia corte da Selic A inflação em queda não foi motivo suficiente para um corte na taxa Selic. Esse recuo é percebido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que está em 5,02% no acumulado do ano até outubro. A meta de inflação do governo é de 6% para 2000. Em seu último relatório sobre inflação, o governo projetou que o IPCA deve fechar o ano em 6,7%. Mas o BC já anunciou que essa perspectiva deve ser reavaliada e a tendência é de que a inflação caia, mesmo com o anúncio do aumento de combustíveis. De acordo com Eduardo Freitas, economista-chefe do Unibanco, o cenário interno é favorável e já abria espaço para uma nova redução dos juros. Expectativa para a próxima reunião A próxima reunião do Comitê está marcada para o dia 20 de dezembro. De acordo com analistas, o cenário externo deverá ser novamente fundamental para a decisão. Mas, na opinião de Lopes, os juros no Brasil já têm espaço para cair 0,5 ponto porcentual. O economista-chefe do JP Morgan, Marcelo Carvalho, concorda e afirma que quatro fatores serão fundamentais para a decisão do Comitê no próximo mês: "A implementação do pacote de ajuda externa à Argentina, a confirmação de uma elevação na classificação do rating do Brasil, os efeitos do aumento da gasolina sobre os preços dos produtos já terão passado e a inflação terá sido confirmada dentro da meta". Porém, esse não é um consenso no mercado. De acordo com Penteado, uma nova redução dos juros deve acontecer apenas quando o preço do petróleo voltar a cair. "A nossa expectativa é de que isso aconteça apenas em fevereiro ou março de 2001, com a diminuição da demanda por petróleo no hemisfério norte", explica Penteado.

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