André Esteves: BC deveria cortar a Selic em 0,5 ponto já em agosto


Para o presidente do conselho do BTG, com números melhores da inflação, corte dos juros não deveria ser tão ‘homeopático’, como sinaliza o Banco Central

Por Cynthia Decloedt
Atualização:

São Paulo - O Banco Central corretamente está dando sinais de comedimento nos cortes das taxas de juros, porque não quer que o mercado saia do controle, uma vez que a economia está se desinflacionando e isso acontece aos poucos, disse nesta quarta-feira, 28, o presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves.

Mas, para ele, o Banco Central poderia cortar a Selic em um ritmo mais acelerado, e defendeu que até 2 de agosto, próxima reunião do Copom, os números de inflação continuarão se mostrando tranquilos, com a economia mostrando indicadores de atividade mais fracos - do ponto de vista de vendas, produção e crédito.

Esteves acredita que vários países vão conviver com inflação e juros mais altos ainda por algum tempo Foto: Nacho Doce/Reuters
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“É natural, portanto, que o Banco Central inicie o ciclo de queda da taxa de juros e, como está muito alta, acho que não deveríamos vir com doses tão homeopáticas, preferiria corte de 0,5 (ponto porcentual), ao invés de 0,25 (ponto porcentual)”, disse. Esteves afirmou que, de qualquer forma, essa é uma decisão do BC e que as variáveis econômicas têm de ser apreciadas. Mas reiterou não acreditar que a taxa seja mantida no atual patamar de 13,75% na próxima reunião de política monetária.

Esteves disse ainda que os movimentos subsequentes de juro são uma discussão que deve estar alinhada com o desempenho dos indicadores. “Talvez o nível final possa ser alguma coisa abaixo de 9% lá na frente, mas essa é uma discussão para acontecer no tempo. Agora, o ritmo pode ser mais acelerado se a atividade de fato desacelerar e se as economias centrais, notadamente os Estados Unidos, começarem uma trajetória de queda de juro. Acho que nossa trajetória pode ser mais rápida em relação ao que está precificado.”

Tempos diferentes

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Para Esteves, o cenário global será diferente do vivido na última década e alguns países, incluindo o Brasil, irão conviver com juro e inflação mais elevados. Para ele, especificamente do ponto de vista de inflação, os bancos centrais farão movimentos mais lentos de convergência para suas respectivas metas, para não penalizar a sociedade.

“Além do juro mais elevado, viveremos com inflação acima das metas, que na Europa está em torno de 2% e nos emergentes ao redor de 3%, com os bancos centrais evitando um custo excessivo para a sociedade”, disse.

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Esteves lembrou dos movimentos de políticas fiscal e monetária feita pelos bancos centrais globais desde 2008, que culminaram com as taxas de juro zero ou até negativas nas economias dos países desenvolvidos, seguida pela necessidade de retomada de políticas expansionistas por conta da pandemia - justamente quando se preparavam para normalizar as taxas.

São Paulo - O Banco Central corretamente está dando sinais de comedimento nos cortes das taxas de juros, porque não quer que o mercado saia do controle, uma vez que a economia está se desinflacionando e isso acontece aos poucos, disse nesta quarta-feira, 28, o presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves.

Mas, para ele, o Banco Central poderia cortar a Selic em um ritmo mais acelerado, e defendeu que até 2 de agosto, próxima reunião do Copom, os números de inflação continuarão se mostrando tranquilos, com a economia mostrando indicadores de atividade mais fracos - do ponto de vista de vendas, produção e crédito.

Esteves acredita que vários países vão conviver com inflação e juros mais altos ainda por algum tempo Foto: Nacho Doce/Reuters

“É natural, portanto, que o Banco Central inicie o ciclo de queda da taxa de juros e, como está muito alta, acho que não deveríamos vir com doses tão homeopáticas, preferiria corte de 0,5 (ponto porcentual), ao invés de 0,25 (ponto porcentual)”, disse. Esteves afirmou que, de qualquer forma, essa é uma decisão do BC e que as variáveis econômicas têm de ser apreciadas. Mas reiterou não acreditar que a taxa seja mantida no atual patamar de 13,75% na próxima reunião de política monetária.

Esteves disse ainda que os movimentos subsequentes de juro são uma discussão que deve estar alinhada com o desempenho dos indicadores. “Talvez o nível final possa ser alguma coisa abaixo de 9% lá na frente, mas essa é uma discussão para acontecer no tempo. Agora, o ritmo pode ser mais acelerado se a atividade de fato desacelerar e se as economias centrais, notadamente os Estados Unidos, começarem uma trajetória de queda de juro. Acho que nossa trajetória pode ser mais rápida em relação ao que está precificado.”

Tempos diferentes

Para Esteves, o cenário global será diferente do vivido na última década e alguns países, incluindo o Brasil, irão conviver com juro e inflação mais elevados. Para ele, especificamente do ponto de vista de inflação, os bancos centrais farão movimentos mais lentos de convergência para suas respectivas metas, para não penalizar a sociedade.

“Além do juro mais elevado, viveremos com inflação acima das metas, que na Europa está em torno de 2% e nos emergentes ao redor de 3%, com os bancos centrais evitando um custo excessivo para a sociedade”, disse.

Esteves lembrou dos movimentos de políticas fiscal e monetária feita pelos bancos centrais globais desde 2008, que culminaram com as taxas de juro zero ou até negativas nas economias dos países desenvolvidos, seguida pela necessidade de retomada de políticas expansionistas por conta da pandemia - justamente quando se preparavam para normalizar as taxas.

São Paulo - O Banco Central corretamente está dando sinais de comedimento nos cortes das taxas de juros, porque não quer que o mercado saia do controle, uma vez que a economia está se desinflacionando e isso acontece aos poucos, disse nesta quarta-feira, 28, o presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves.

Mas, para ele, o Banco Central poderia cortar a Selic em um ritmo mais acelerado, e defendeu que até 2 de agosto, próxima reunião do Copom, os números de inflação continuarão se mostrando tranquilos, com a economia mostrando indicadores de atividade mais fracos - do ponto de vista de vendas, produção e crédito.

Esteves acredita que vários países vão conviver com inflação e juros mais altos ainda por algum tempo Foto: Nacho Doce/Reuters

“É natural, portanto, que o Banco Central inicie o ciclo de queda da taxa de juros e, como está muito alta, acho que não deveríamos vir com doses tão homeopáticas, preferiria corte de 0,5 (ponto porcentual), ao invés de 0,25 (ponto porcentual)”, disse. Esteves afirmou que, de qualquer forma, essa é uma decisão do BC e que as variáveis econômicas têm de ser apreciadas. Mas reiterou não acreditar que a taxa seja mantida no atual patamar de 13,75% na próxima reunião de política monetária.

Esteves disse ainda que os movimentos subsequentes de juro são uma discussão que deve estar alinhada com o desempenho dos indicadores. “Talvez o nível final possa ser alguma coisa abaixo de 9% lá na frente, mas essa é uma discussão para acontecer no tempo. Agora, o ritmo pode ser mais acelerado se a atividade de fato desacelerar e se as economias centrais, notadamente os Estados Unidos, começarem uma trajetória de queda de juro. Acho que nossa trajetória pode ser mais rápida em relação ao que está precificado.”

Tempos diferentes

Para Esteves, o cenário global será diferente do vivido na última década e alguns países, incluindo o Brasil, irão conviver com juro e inflação mais elevados. Para ele, especificamente do ponto de vista de inflação, os bancos centrais farão movimentos mais lentos de convergência para suas respectivas metas, para não penalizar a sociedade.

“Além do juro mais elevado, viveremos com inflação acima das metas, que na Europa está em torno de 2% e nos emergentes ao redor de 3%, com os bancos centrais evitando um custo excessivo para a sociedade”, disse.

Esteves lembrou dos movimentos de políticas fiscal e monetária feita pelos bancos centrais globais desde 2008, que culminaram com as taxas de juro zero ou até negativas nas economias dos países desenvolvidos, seguida pela necessidade de retomada de políticas expansionistas por conta da pandemia - justamente quando se preparavam para normalizar as taxas.

São Paulo - O Banco Central corretamente está dando sinais de comedimento nos cortes das taxas de juros, porque não quer que o mercado saia do controle, uma vez que a economia está se desinflacionando e isso acontece aos poucos, disse nesta quarta-feira, 28, o presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves.

Mas, para ele, o Banco Central poderia cortar a Selic em um ritmo mais acelerado, e defendeu que até 2 de agosto, próxima reunião do Copom, os números de inflação continuarão se mostrando tranquilos, com a economia mostrando indicadores de atividade mais fracos - do ponto de vista de vendas, produção e crédito.

Esteves acredita que vários países vão conviver com inflação e juros mais altos ainda por algum tempo Foto: Nacho Doce/Reuters

“É natural, portanto, que o Banco Central inicie o ciclo de queda da taxa de juros e, como está muito alta, acho que não deveríamos vir com doses tão homeopáticas, preferiria corte de 0,5 (ponto porcentual), ao invés de 0,25 (ponto porcentual)”, disse. Esteves afirmou que, de qualquer forma, essa é uma decisão do BC e que as variáveis econômicas têm de ser apreciadas. Mas reiterou não acreditar que a taxa seja mantida no atual patamar de 13,75% na próxima reunião de política monetária.

Esteves disse ainda que os movimentos subsequentes de juro são uma discussão que deve estar alinhada com o desempenho dos indicadores. “Talvez o nível final possa ser alguma coisa abaixo de 9% lá na frente, mas essa é uma discussão para acontecer no tempo. Agora, o ritmo pode ser mais acelerado se a atividade de fato desacelerar e se as economias centrais, notadamente os Estados Unidos, começarem uma trajetória de queda de juro. Acho que nossa trajetória pode ser mais rápida em relação ao que está precificado.”

Tempos diferentes

Para Esteves, o cenário global será diferente do vivido na última década e alguns países, incluindo o Brasil, irão conviver com juro e inflação mais elevados. Para ele, especificamente do ponto de vista de inflação, os bancos centrais farão movimentos mais lentos de convergência para suas respectivas metas, para não penalizar a sociedade.

“Além do juro mais elevado, viveremos com inflação acima das metas, que na Europa está em torno de 2% e nos emergentes ao redor de 3%, com os bancos centrais evitando um custo excessivo para a sociedade”, disse.

Esteves lembrou dos movimentos de políticas fiscal e monetária feita pelos bancos centrais globais desde 2008, que culminaram com as taxas de juro zero ou até negativas nas economias dos países desenvolvidos, seguida pela necessidade de retomada de políticas expansionistas por conta da pandemia - justamente quando se preparavam para normalizar as taxas.

São Paulo - O Banco Central corretamente está dando sinais de comedimento nos cortes das taxas de juros, porque não quer que o mercado saia do controle, uma vez que a economia está se desinflacionando e isso acontece aos poucos, disse nesta quarta-feira, 28, o presidente do conselho de administração e sócio sênior do BTG Pactual, André Esteves.

Mas, para ele, o Banco Central poderia cortar a Selic em um ritmo mais acelerado, e defendeu que até 2 de agosto, próxima reunião do Copom, os números de inflação continuarão se mostrando tranquilos, com a economia mostrando indicadores de atividade mais fracos - do ponto de vista de vendas, produção e crédito.

Esteves acredita que vários países vão conviver com inflação e juros mais altos ainda por algum tempo Foto: Nacho Doce/Reuters

“É natural, portanto, que o Banco Central inicie o ciclo de queda da taxa de juros e, como está muito alta, acho que não deveríamos vir com doses tão homeopáticas, preferiria corte de 0,5 (ponto porcentual), ao invés de 0,25 (ponto porcentual)”, disse. Esteves afirmou que, de qualquer forma, essa é uma decisão do BC e que as variáveis econômicas têm de ser apreciadas. Mas reiterou não acreditar que a taxa seja mantida no atual patamar de 13,75% na próxima reunião de política monetária.

Esteves disse ainda que os movimentos subsequentes de juro são uma discussão que deve estar alinhada com o desempenho dos indicadores. “Talvez o nível final possa ser alguma coisa abaixo de 9% lá na frente, mas essa é uma discussão para acontecer no tempo. Agora, o ritmo pode ser mais acelerado se a atividade de fato desacelerar e se as economias centrais, notadamente os Estados Unidos, começarem uma trajetória de queda de juro. Acho que nossa trajetória pode ser mais rápida em relação ao que está precificado.”

Tempos diferentes

Para Esteves, o cenário global será diferente do vivido na última década e alguns países, incluindo o Brasil, irão conviver com juro e inflação mais elevados. Para ele, especificamente do ponto de vista de inflação, os bancos centrais farão movimentos mais lentos de convergência para suas respectivas metas, para não penalizar a sociedade.

“Além do juro mais elevado, viveremos com inflação acima das metas, que na Europa está em torno de 2% e nos emergentes ao redor de 3%, com os bancos centrais evitando um custo excessivo para a sociedade”, disse.

Esteves lembrou dos movimentos de políticas fiscal e monetária feita pelos bancos centrais globais desde 2008, que culminaram com as taxas de juro zero ou até negativas nas economias dos países desenvolvidos, seguida pela necessidade de retomada de políticas expansionistas por conta da pandemia - justamente quando se preparavam para normalizar as taxas.

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