RIO - Morreu nesta terça-feira, 12, em Portugal, o empresário brasileiro Antônio Carlos de Almeida Braga, aos 94 anos. Após se destacar nos ramos segurador e financeiro, Braguinha, como era conhecido, fez fama como mecenas do esporte brasileiro. Financiou desde atletas a times profissionais de vôlei, iniciando o movimento que tornaria o País uma potência mundial no esporte. Era próximo de atletas como Pelé, os pilotos Ayrton Senna e Emerson Fittipaldi e o tenista Gustavo Kuerten.
O mecenas apoiou a carreira do maior tenista da história do País desde o início. No bicampeonato no Aberto da França, em Roland Garros, em 2000, um dos auges da trajetória de Guga, mereceu agradecimento especial no discurso da vitória, sobre o sueco Magnus Norman.
No mundo dos negócios, Braguinha chamou a atenção pelo trabalho nos anos 1970 e 1980. Herdeiro do grupo Atlântica Seguros, um dos maiores do setor no País na época, o empresário entraria para a alta administração do Bradesco ao negociar a incorporação que daria origem ao Bradesco Seguros, em 1983.
Como resultado, Braguinha se tornou importante acionista do então maior banco do País, mas acabou desfazendo o negócio cinco anos depois, vendendo sua participação a outros acionistas. O empresário fundaria depois o grupo Icatu, mas se aposentaria em seguida, dedicando seu tempo a apoiar o esporte e acompanhar competições.
Foi descrito como um empresário “ousado”, personagem fundamental para a constituição do mercado de seguros no País, em vídeo institucional da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg), que promove um prêmio de inovação com o nome de Braguinha.
No futebol, era um conhecido torcedor do Fluminense. “O Fluminense Football Club lamenta o falecimento de seu sócio benemérito Antônio Carlos de Almeida Braga, o Braguinha, que ao longo de sua vida prestou inúmeros serviços ao clube e ao esporte brasileiro”, escreveu o clube carioca em sua conta no Twitter.