Crônicas, seguros e um pouco de tudo

Opinião|A telemedicina veio para ficar


Resistências a essa forma de atendimento foram rompidas com a pandemia

Por Antônio Penteado Mendonça

Em meio ao drama dos mais de 600 mil brasileiros que a pandemia vai matar até o final do ano, há uma notícia boa. A telemedicina, que, até a chegada da covid-19 enfrentava sérias resistências, com o coronavírus encontrou o caminho para seu uso e tem sido intensamente aplicada, com resultados francamente positivos ao longo de mais de um ano e meio.

Pandemia será controlada quando mais da metade da população estiver imunizada Foto: EVANDRO LEAL/ENQUADRAR PAGOS

Ainda falta explicar muita coisa para o País entender o que de fato aconteceu, mas o quadro levantado pela CPI da Covid é trágico e não aponta na direção das boas práticas de gestão e governança. Ao contrário, todos os dias surgem provas incontestáveis da má gestão da coisa pública em favor do ganho individual de meia dúzia de cidadãos em postos-chave no Ministério da Saúde.

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Ainda falta a pandemia ser efetivamente controlada, o que só vai acontecer quando mais de metade da população for efetivamente imunizada com a aplicação da segunda dose da vacina, o que ainda está distante de acontecer.

Ainda falta a variante Delta ser melhor compreendida e seus efeitos cientificamente analisados para que os outros estados da Federação não passem a situação dramática que atinge o Rio de Janeiro, onde as UTIs estão lotadas e as ambulâncias fazem filas para dar entrada nos pacientes.

Falta, principalmente, o brasileiro se convencer de que mil mortos por dia é uma conta insuportável e que, se ele não respeitar as medidas de proteção e higiene preconizadas pelos especialistas, a situação tende a se manter indefinidamente, com um número indecente de óbitos enlutando milhares de famílias.

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Falta ainda muita coisa, inclusive o Ministério da Saúde entregar as vacinas e seringas necessárias ao combate da pandemia para todos os estados brasileiros.

Mas, se há um lado francamente ruim, há outro francamente positivo. A primeira notícia boa é que, ainda que com um atraso injustificável, a vacinação avança, e mais da metade da população já recebeu a primeira dose. A segunda extrapola a pandemia e abre caminho para um salto de qualidade na rotina da assistência à saúde nacional.

O emprego da telemedicina é uma revolução que não pode mais ser contida, nem deve ser questionada. Ao contrário, os ganhos apresentados exigem a sua aplicação intensiva e seu uso deve ser incentivado, inclusive com ações concretas para dotar os hospitais e clínicas nacionais com os equipamentos necessários para o seu uso.

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A telemedicina é o remédio mais eficiente para combater a escassez de verbas destinadas à saúde. Através de sua utilização é possível a redução significativa dos custos do SUS e dos planos de saúde privados no atendimento da população. É verdade, nem todos os procedimentos podem ser feitos através dela, mas um número importante de consultas pode ser feito a distância, reduzindo o tempo, a ocupação dos hospitais, os custos de funcionamento das instalações e, principalmente, as filas e adiamentos que castigam, quando não matam, milhares de pessoas todos os anos.

Mas a telemedicina vai além. Através dela é possível prestar socorro a um paciente numa área remota do território nacional, seja através de consultas a distância, que evitam a necessidade da sua locomoção, seja através do suporte para cirurgias, inclusive as mais complexas, que sem a assistência de um especialista não poderiam ser realizadas no local.

A população brasileira ganhou um presente importante. Nada que compense as centenas de milhares de mortes causadas pela covid-19, mas o suficiente para dar a esperança de que o SUS e os planos de saúde privados possam fazer um uso mais racional de recursos, otimizando a cadeia de atendimento médico-hospitalar e, consequentemente, economizando para fazer frente a situações que atualmente são invariavelmente fatais ou que elevam o grau de judicialização da Medicina, com tudo de injusto que isto traz, atingindo as camadas mais carentes, que não têm condições de se valer dessa ferramenta para reivindicar direitos.

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O controle da pandemia não pode servir para darmos macha à ré. O uso da telemedicina deve ser cada vez mais difundido. SÓCIO DE PENTEADO MENDONÇA E CHAR ADVOCACIA  E SECRETÁRIO-GERAL DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

Em meio ao drama dos mais de 600 mil brasileiros que a pandemia vai matar até o final do ano, há uma notícia boa. A telemedicina, que, até a chegada da covid-19 enfrentava sérias resistências, com o coronavírus encontrou o caminho para seu uso e tem sido intensamente aplicada, com resultados francamente positivos ao longo de mais de um ano e meio.

Pandemia será controlada quando mais da metade da população estiver imunizada Foto: EVANDRO LEAL/ENQUADRAR PAGOS

Ainda falta explicar muita coisa para o País entender o que de fato aconteceu, mas o quadro levantado pela CPI da Covid é trágico e não aponta na direção das boas práticas de gestão e governança. Ao contrário, todos os dias surgem provas incontestáveis da má gestão da coisa pública em favor do ganho individual de meia dúzia de cidadãos em postos-chave no Ministério da Saúde.

Ainda falta a pandemia ser efetivamente controlada, o que só vai acontecer quando mais de metade da população for efetivamente imunizada com a aplicação da segunda dose da vacina, o que ainda está distante de acontecer.

Ainda falta a variante Delta ser melhor compreendida e seus efeitos cientificamente analisados para que os outros estados da Federação não passem a situação dramática que atinge o Rio de Janeiro, onde as UTIs estão lotadas e as ambulâncias fazem filas para dar entrada nos pacientes.

Falta, principalmente, o brasileiro se convencer de que mil mortos por dia é uma conta insuportável e que, se ele não respeitar as medidas de proteção e higiene preconizadas pelos especialistas, a situação tende a se manter indefinidamente, com um número indecente de óbitos enlutando milhares de famílias.

Falta ainda muita coisa, inclusive o Ministério da Saúde entregar as vacinas e seringas necessárias ao combate da pandemia para todos os estados brasileiros.

Mas, se há um lado francamente ruim, há outro francamente positivo. A primeira notícia boa é que, ainda que com um atraso injustificável, a vacinação avança, e mais da metade da população já recebeu a primeira dose. A segunda extrapola a pandemia e abre caminho para um salto de qualidade na rotina da assistência à saúde nacional.

O emprego da telemedicina é uma revolução que não pode mais ser contida, nem deve ser questionada. Ao contrário, os ganhos apresentados exigem a sua aplicação intensiva e seu uso deve ser incentivado, inclusive com ações concretas para dotar os hospitais e clínicas nacionais com os equipamentos necessários para o seu uso.

A telemedicina é o remédio mais eficiente para combater a escassez de verbas destinadas à saúde. Através de sua utilização é possível a redução significativa dos custos do SUS e dos planos de saúde privados no atendimento da população. É verdade, nem todos os procedimentos podem ser feitos através dela, mas um número importante de consultas pode ser feito a distância, reduzindo o tempo, a ocupação dos hospitais, os custos de funcionamento das instalações e, principalmente, as filas e adiamentos que castigam, quando não matam, milhares de pessoas todos os anos.

Mas a telemedicina vai além. Através dela é possível prestar socorro a um paciente numa área remota do território nacional, seja através de consultas a distância, que evitam a necessidade da sua locomoção, seja através do suporte para cirurgias, inclusive as mais complexas, que sem a assistência de um especialista não poderiam ser realizadas no local.

A população brasileira ganhou um presente importante. Nada que compense as centenas de milhares de mortes causadas pela covid-19, mas o suficiente para dar a esperança de que o SUS e os planos de saúde privados possam fazer um uso mais racional de recursos, otimizando a cadeia de atendimento médico-hospitalar e, consequentemente, economizando para fazer frente a situações que atualmente são invariavelmente fatais ou que elevam o grau de judicialização da Medicina, com tudo de injusto que isto traz, atingindo as camadas mais carentes, que não têm condições de se valer dessa ferramenta para reivindicar direitos.

O controle da pandemia não pode servir para darmos macha à ré. O uso da telemedicina deve ser cada vez mais difundido. SÓCIO DE PENTEADO MENDONÇA E CHAR ADVOCACIA  E SECRETÁRIO-GERAL DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

Em meio ao drama dos mais de 600 mil brasileiros que a pandemia vai matar até o final do ano, há uma notícia boa. A telemedicina, que, até a chegada da covid-19 enfrentava sérias resistências, com o coronavírus encontrou o caminho para seu uso e tem sido intensamente aplicada, com resultados francamente positivos ao longo de mais de um ano e meio.

Pandemia será controlada quando mais da metade da população estiver imunizada Foto: EVANDRO LEAL/ENQUADRAR PAGOS

Ainda falta explicar muita coisa para o País entender o que de fato aconteceu, mas o quadro levantado pela CPI da Covid é trágico e não aponta na direção das boas práticas de gestão e governança. Ao contrário, todos os dias surgem provas incontestáveis da má gestão da coisa pública em favor do ganho individual de meia dúzia de cidadãos em postos-chave no Ministério da Saúde.

Ainda falta a pandemia ser efetivamente controlada, o que só vai acontecer quando mais de metade da população for efetivamente imunizada com a aplicação da segunda dose da vacina, o que ainda está distante de acontecer.

Ainda falta a variante Delta ser melhor compreendida e seus efeitos cientificamente analisados para que os outros estados da Federação não passem a situação dramática que atinge o Rio de Janeiro, onde as UTIs estão lotadas e as ambulâncias fazem filas para dar entrada nos pacientes.

Falta, principalmente, o brasileiro se convencer de que mil mortos por dia é uma conta insuportável e que, se ele não respeitar as medidas de proteção e higiene preconizadas pelos especialistas, a situação tende a se manter indefinidamente, com um número indecente de óbitos enlutando milhares de famílias.

Falta ainda muita coisa, inclusive o Ministério da Saúde entregar as vacinas e seringas necessárias ao combate da pandemia para todos os estados brasileiros.

Mas, se há um lado francamente ruim, há outro francamente positivo. A primeira notícia boa é que, ainda que com um atraso injustificável, a vacinação avança, e mais da metade da população já recebeu a primeira dose. A segunda extrapola a pandemia e abre caminho para um salto de qualidade na rotina da assistência à saúde nacional.

O emprego da telemedicina é uma revolução que não pode mais ser contida, nem deve ser questionada. Ao contrário, os ganhos apresentados exigem a sua aplicação intensiva e seu uso deve ser incentivado, inclusive com ações concretas para dotar os hospitais e clínicas nacionais com os equipamentos necessários para o seu uso.

A telemedicina é o remédio mais eficiente para combater a escassez de verbas destinadas à saúde. Através de sua utilização é possível a redução significativa dos custos do SUS e dos planos de saúde privados no atendimento da população. É verdade, nem todos os procedimentos podem ser feitos através dela, mas um número importante de consultas pode ser feito a distância, reduzindo o tempo, a ocupação dos hospitais, os custos de funcionamento das instalações e, principalmente, as filas e adiamentos que castigam, quando não matam, milhares de pessoas todos os anos.

Mas a telemedicina vai além. Através dela é possível prestar socorro a um paciente numa área remota do território nacional, seja através de consultas a distância, que evitam a necessidade da sua locomoção, seja através do suporte para cirurgias, inclusive as mais complexas, que sem a assistência de um especialista não poderiam ser realizadas no local.

A população brasileira ganhou um presente importante. Nada que compense as centenas de milhares de mortes causadas pela covid-19, mas o suficiente para dar a esperança de que o SUS e os planos de saúde privados possam fazer um uso mais racional de recursos, otimizando a cadeia de atendimento médico-hospitalar e, consequentemente, economizando para fazer frente a situações que atualmente são invariavelmente fatais ou que elevam o grau de judicialização da Medicina, com tudo de injusto que isto traz, atingindo as camadas mais carentes, que não têm condições de se valer dessa ferramenta para reivindicar direitos.

O controle da pandemia não pode servir para darmos macha à ré. O uso da telemedicina deve ser cada vez mais difundido. SÓCIO DE PENTEADO MENDONÇA E CHAR ADVOCACIA  E SECRETÁRIO-GERAL DA ACADEMIA PAULISTA DE LETRAS

Opinião por Antônio Penteado Mendonça

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