Crônicas, seguros e um pouco de tudo

Opinião|É mais frágil do que parece


Atualização do sistema de uma empresa conseguiu desarranjar todo o planeta

Por Antônio Penteado Mendonça

Uma falha na atualização do sistema de uma companhia gerou a maior pane que o mundo já viveu. O que aconteceu deixou clara a fragilidade humana diante de um problema muito menor do que qualquer tempestade ou furacão, mas com potencial de abrir a Caixa de Pandora e libertar forças inimagináveis. Um furacão, um terremoto, uma tempestade como a que se abateu sobre o Rio Grande do Sul podem causar danos gigantescos, mas, perto do que pode acontecer se ocorrer uma pane mais severa do que o apagão cibernético que chacoalhou o mundo na semana passada, eles seriam brinquedo de criança.

A pane interrompeu o funcionamento de milhares de redes, sistemas de informática e computadores ao redor do planeta, com impacto em governos, serviços de saúde públicos e privados, funcionamento de hospitais, fábricas, sistemas financeiros, seguros, aeroportos, prestadores de serviços etc. De acordo com informações da Microsoft, responsável pelo sistema Windows, a grande vítima da falha ocorrida numa de suas fornecedoras, menos de um por cento dos computadores que usam o Windows foram afetados. Realmente é um número relativamente baixo, mas o estrago foi gigantesco. As perdas ainda não estão quantificadas, mas podem atingir mais de US$ 1 bilhão em responsabilidades diretas e indiretas, que têm como responsável uma única empresa.

Mais grave do que isso, supondo que a causadora da pane tenha seguro suficiente para fazer frente ao total das perdas, é a fragilidade da segurança das redes de computadores espalhados ao redor do planeta, especialmente no chamado “bloco ocidental”, onde as gigantes da informática têm presença preponderante. Nos países em que o Windows não é significativo, como a China e outros da Ásia, não houve abalo maior, de nenhuma natureza. Mas Europa e Estados Unidos foram diretamente afetados, como aconteceu, por exemplo, com o sistema de saúde britânico, que simplesmente saiu do ar. Além dele, milhares de voos foram cancelados ao redor do mundo, levando o caos aos aeroportos, fora mais uma série de outros eventos que geraram prejuízos de todos os tipos.

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Imagem conhecida como "tela azul da morte", que afetou milhares de usuários de Windows Foto: Darius Murawski/Adobe St

Se contra os eventos naturais as chances de sucesso são mínimas, havendo apenas a possibilidade de reduzir os danos, contra um apagão cibernético o quadro é diferente. O que não pode é o mundo ficar refém de sistemas sem redundância, onde uma falha como a que aconteceu é devastadora. No caso, a atualização do sistema de uma empresa foi capaz de desarranjar o funcionamento do planeta. E se fosse um ataque com hackers invadindo diferentes players com funções estratégicas dentro do sistema cibernético internacional? Mais que isso, o que aconteceria se uma pane atingisse o sistema de defesa de um país, deixando-o sem capacidade de reação e à mercê de um eventual inimigo?

O setor de seguros tem a importante missão de garantir a capacidade para o responsável por um evento desses indenizar os prejuízos. Já o funcionamento do sistema global, este depende das nações se unirem para criar mecanismos que impeçam que uma falha numa única empresa coloque em risco o funcionamento do planeta.

Uma falha na atualização do sistema de uma companhia gerou a maior pane que o mundo já viveu. O que aconteceu deixou clara a fragilidade humana diante de um problema muito menor do que qualquer tempestade ou furacão, mas com potencial de abrir a Caixa de Pandora e libertar forças inimagináveis. Um furacão, um terremoto, uma tempestade como a que se abateu sobre o Rio Grande do Sul podem causar danos gigantescos, mas, perto do que pode acontecer se ocorrer uma pane mais severa do que o apagão cibernético que chacoalhou o mundo na semana passada, eles seriam brinquedo de criança.

A pane interrompeu o funcionamento de milhares de redes, sistemas de informática e computadores ao redor do planeta, com impacto em governos, serviços de saúde públicos e privados, funcionamento de hospitais, fábricas, sistemas financeiros, seguros, aeroportos, prestadores de serviços etc. De acordo com informações da Microsoft, responsável pelo sistema Windows, a grande vítima da falha ocorrida numa de suas fornecedoras, menos de um por cento dos computadores que usam o Windows foram afetados. Realmente é um número relativamente baixo, mas o estrago foi gigantesco. As perdas ainda não estão quantificadas, mas podem atingir mais de US$ 1 bilhão em responsabilidades diretas e indiretas, que têm como responsável uma única empresa.

Mais grave do que isso, supondo que a causadora da pane tenha seguro suficiente para fazer frente ao total das perdas, é a fragilidade da segurança das redes de computadores espalhados ao redor do planeta, especialmente no chamado “bloco ocidental”, onde as gigantes da informática têm presença preponderante. Nos países em que o Windows não é significativo, como a China e outros da Ásia, não houve abalo maior, de nenhuma natureza. Mas Europa e Estados Unidos foram diretamente afetados, como aconteceu, por exemplo, com o sistema de saúde britânico, que simplesmente saiu do ar. Além dele, milhares de voos foram cancelados ao redor do mundo, levando o caos aos aeroportos, fora mais uma série de outros eventos que geraram prejuízos de todos os tipos.

Imagem conhecida como "tela azul da morte", que afetou milhares de usuários de Windows Foto: Darius Murawski/Adobe St

Se contra os eventos naturais as chances de sucesso são mínimas, havendo apenas a possibilidade de reduzir os danos, contra um apagão cibernético o quadro é diferente. O que não pode é o mundo ficar refém de sistemas sem redundância, onde uma falha como a que aconteceu é devastadora. No caso, a atualização do sistema de uma empresa foi capaz de desarranjar o funcionamento do planeta. E se fosse um ataque com hackers invadindo diferentes players com funções estratégicas dentro do sistema cibernético internacional? Mais que isso, o que aconteceria se uma pane atingisse o sistema de defesa de um país, deixando-o sem capacidade de reação e à mercê de um eventual inimigo?

O setor de seguros tem a importante missão de garantir a capacidade para o responsável por um evento desses indenizar os prejuízos. Já o funcionamento do sistema global, este depende das nações se unirem para criar mecanismos que impeçam que uma falha numa única empresa coloque em risco o funcionamento do planeta.

Uma falha na atualização do sistema de uma companhia gerou a maior pane que o mundo já viveu. O que aconteceu deixou clara a fragilidade humana diante de um problema muito menor do que qualquer tempestade ou furacão, mas com potencial de abrir a Caixa de Pandora e libertar forças inimagináveis. Um furacão, um terremoto, uma tempestade como a que se abateu sobre o Rio Grande do Sul podem causar danos gigantescos, mas, perto do que pode acontecer se ocorrer uma pane mais severa do que o apagão cibernético que chacoalhou o mundo na semana passada, eles seriam brinquedo de criança.

A pane interrompeu o funcionamento de milhares de redes, sistemas de informática e computadores ao redor do planeta, com impacto em governos, serviços de saúde públicos e privados, funcionamento de hospitais, fábricas, sistemas financeiros, seguros, aeroportos, prestadores de serviços etc. De acordo com informações da Microsoft, responsável pelo sistema Windows, a grande vítima da falha ocorrida numa de suas fornecedoras, menos de um por cento dos computadores que usam o Windows foram afetados. Realmente é um número relativamente baixo, mas o estrago foi gigantesco. As perdas ainda não estão quantificadas, mas podem atingir mais de US$ 1 bilhão em responsabilidades diretas e indiretas, que têm como responsável uma única empresa.

Mais grave do que isso, supondo que a causadora da pane tenha seguro suficiente para fazer frente ao total das perdas, é a fragilidade da segurança das redes de computadores espalhados ao redor do planeta, especialmente no chamado “bloco ocidental”, onde as gigantes da informática têm presença preponderante. Nos países em que o Windows não é significativo, como a China e outros da Ásia, não houve abalo maior, de nenhuma natureza. Mas Europa e Estados Unidos foram diretamente afetados, como aconteceu, por exemplo, com o sistema de saúde britânico, que simplesmente saiu do ar. Além dele, milhares de voos foram cancelados ao redor do mundo, levando o caos aos aeroportos, fora mais uma série de outros eventos que geraram prejuízos de todos os tipos.

Imagem conhecida como "tela azul da morte", que afetou milhares de usuários de Windows Foto: Darius Murawski/Adobe St

Se contra os eventos naturais as chances de sucesso são mínimas, havendo apenas a possibilidade de reduzir os danos, contra um apagão cibernético o quadro é diferente. O que não pode é o mundo ficar refém de sistemas sem redundância, onde uma falha como a que aconteceu é devastadora. No caso, a atualização do sistema de uma empresa foi capaz de desarranjar o funcionamento do planeta. E se fosse um ataque com hackers invadindo diferentes players com funções estratégicas dentro do sistema cibernético internacional? Mais que isso, o que aconteceria se uma pane atingisse o sistema de defesa de um país, deixando-o sem capacidade de reação e à mercê de um eventual inimigo?

O setor de seguros tem a importante missão de garantir a capacidade para o responsável por um evento desses indenizar os prejuízos. Já o funcionamento do sistema global, este depende das nações se unirem para criar mecanismos que impeçam que uma falha numa única empresa coloque em risco o funcionamento do planeta.

Uma falha na atualização do sistema de uma companhia gerou a maior pane que o mundo já viveu. O que aconteceu deixou clara a fragilidade humana diante de um problema muito menor do que qualquer tempestade ou furacão, mas com potencial de abrir a Caixa de Pandora e libertar forças inimagináveis. Um furacão, um terremoto, uma tempestade como a que se abateu sobre o Rio Grande do Sul podem causar danos gigantescos, mas, perto do que pode acontecer se ocorrer uma pane mais severa do que o apagão cibernético que chacoalhou o mundo na semana passada, eles seriam brinquedo de criança.

A pane interrompeu o funcionamento de milhares de redes, sistemas de informática e computadores ao redor do planeta, com impacto em governos, serviços de saúde públicos e privados, funcionamento de hospitais, fábricas, sistemas financeiros, seguros, aeroportos, prestadores de serviços etc. De acordo com informações da Microsoft, responsável pelo sistema Windows, a grande vítima da falha ocorrida numa de suas fornecedoras, menos de um por cento dos computadores que usam o Windows foram afetados. Realmente é um número relativamente baixo, mas o estrago foi gigantesco. As perdas ainda não estão quantificadas, mas podem atingir mais de US$ 1 bilhão em responsabilidades diretas e indiretas, que têm como responsável uma única empresa.

Mais grave do que isso, supondo que a causadora da pane tenha seguro suficiente para fazer frente ao total das perdas, é a fragilidade da segurança das redes de computadores espalhados ao redor do planeta, especialmente no chamado “bloco ocidental”, onde as gigantes da informática têm presença preponderante. Nos países em que o Windows não é significativo, como a China e outros da Ásia, não houve abalo maior, de nenhuma natureza. Mas Europa e Estados Unidos foram diretamente afetados, como aconteceu, por exemplo, com o sistema de saúde britânico, que simplesmente saiu do ar. Além dele, milhares de voos foram cancelados ao redor do mundo, levando o caos aos aeroportos, fora mais uma série de outros eventos que geraram prejuízos de todos os tipos.

Imagem conhecida como "tela azul da morte", que afetou milhares de usuários de Windows Foto: Darius Murawski/Adobe St

Se contra os eventos naturais as chances de sucesso são mínimas, havendo apenas a possibilidade de reduzir os danos, contra um apagão cibernético o quadro é diferente. O que não pode é o mundo ficar refém de sistemas sem redundância, onde uma falha como a que aconteceu é devastadora. No caso, a atualização do sistema de uma empresa foi capaz de desarranjar o funcionamento do planeta. E se fosse um ataque com hackers invadindo diferentes players com funções estratégicas dentro do sistema cibernético internacional? Mais que isso, o que aconteceria se uma pane atingisse o sistema de defesa de um país, deixando-o sem capacidade de reação e à mercê de um eventual inimigo?

O setor de seguros tem a importante missão de garantir a capacidade para o responsável por um evento desses indenizar os prejuízos. Já o funcionamento do sistema global, este depende das nações se unirem para criar mecanismos que impeçam que uma falha numa única empresa coloque em risco o funcionamento do planeta.

Opinião por Antônio Penteado Mendonça

Sócio de Penteado Mendonça e Char Advocacia e secretário-geral da Academia Paulista de Letras

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