BRASÍLIA - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, confirmou na noite desta quinta-feira, 22, o restabelecimento da rede de energia elétrica que atende Acre e Rondônia, que durante a tarde sofreu um apagão. Uma causa provável para a interrupção seria queimada na região, embora o motivo ainda não tenha sido confirmado.
Conforme o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a interrupção no fornecimento de energia elétrica foi registrada às 16h47min e atingiu 187 MW no Acre e 797 MW em Rondônia.
“Houve perda do sistema de transmissão em corrente contínua do Complexo Madeira, além do sistema de transmissão em 230 kV que interliga os Estados do Acre e Rondônia ao SIN (Sistema Interligado Nacional)”, informou o ONS, sem precisar a extensão e o número de usuários atingidos pela falta de energia.
A recomposição da carga começou por volta das 17h10.
Na mais recente reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), no início de agosto, o ONS recomendou o acionamento de termoelétricas a gás natural e a redução do uso de usinas hidrelétricas da Região Norte, para preservar os rios e os recursos hídricos, em decorrência da seca.
Em conversa com jornalistas, Silveira disse que espera não ser necessário o possível acionamento de térmicas, em função do período de seca no Norte. O ministro participou da cerimônia de premiação das distribuidoras, o “Prêmio Abradee”, da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica.
“As empresas precisam demonstrar, até outubro, que estão comprometidas em atender às novas exigências e elevar a qualidade dos serviços para milhões de brasileiros”, disse o ministro, em pronunciamento para o setor.
As distribuidoras aguardam que a Aneel abra consulta pública para discutir marco regulatório de novos contratos, tendo o prazo previsto de até 120 dias após a publicação do Decreto (ou seja, 24 de outubro).
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‘Sala de situação’
Em nota, antes do restabelecimento da energia, o MME informou que ministro Alexandre Silveira determinou a abertura imediata de sala de situação, com participação do ONS, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e do corpo técnico do Ministério de Minas e Energia (MME), “para garantir celeridade à recomposição do sistema e acompanhar as demais tratativas sobre a ocorrência” e ressaltou que “as condições de atendimento do sistema elétrico brasileiro permanecem confiáveis”.