Aposta de investidor se inverteu 3 meses


Por Josette Goulart

Em menos de três meses, os investidores estrangeiros protagonizaram uma inversão brusca em suas apostas no mercado brasileiro de câmbio. Em maio, estavam bancando no mercado futuro US$ 2 bilhões a favor do real, segundo levantamento feito pela MCM Consultoria. Na segunda-feira, 19, o jogo era de US$ 14,62 bilhões, mas em uma aposta na alta da moeda americana, numa curva fortemente ascendente.Esse forte movimento dos estrangeiros colocou todos os investidores, incluindo os nacionais, em uma única linha no mercado futuro: a dos "comprados". Quem está comprado, pelo jargão do mercado financeiro, está apostando na alta do dólar, ou seja, contra a moeda brasileira. Os investidores nacionais apostam hoje US$ 12 bilhões na alta do dólar, mas há 90 dias era de US$ 25 bilhões.O Banco Central tem entendido que os investidores estão indo além do razoável e fazendo apostas especulativas. Na segunda-feira, por meio de nota, o presidente do BC, Alexandre Tombini, fez um alerta: "As cotações oscilam e a concentração de posições em uma única direção poderá trazer perdas aos que apostam em movimentos unidirecionais da moeda".O sócio-gestor do Modal Asset, Luiz Eduardo Portella, lembra que um alerta parecido foi feito em 2008 pelo então presidente do BC, Henrique Meirelles. Na época, o movimento especulativo era contrário ao de hoje e as posições dos investidores estavam na ponta "vendida". Portella acredita que parte da queda do dólar ontem se deveu ao novo recado do BC.Na prática, o que o BC está alertando é que não só está entendendo que os movimentos são exagerados, como também, caso haja reversão do cenário internacional, não vai se manter na ponta de venda de dólares.A alta da moeda americana tem sido provocada pela expectativa de que o governo americano reduza seus estímulos monetários e acabe com a era do dólar fácil no mundo. O programa de compra de títulos criado pelo governo americano fez com que uma gama de moedas se valorizasse mundo afora. Agora que esses dólares serão tirados do mercado, essas moedas tendem a perder. Hoje será divulgada a ata da reunião da autoridade monetária americana que pode trazer sinais de quando esse programa será ou não reduzido.De qualquer forma, ontem o BC fez leilões para segurar a cotação do dólar. Para Sidnei Nehme, da NGO Corretora, o "leilão de linha" mostra que tem bala na agulha para suprir liquidez no mercado à vista contra as especulações. Diferentemente dos leilões de "swap cambial", que é mero instrumento financeiro, o leilão de linha despeja dólares no mercado à vista para os bancos, mas com compromisso de recompra e por isso não afeta as reservas cambiais.Os US$ 4 bilhões ofertados no mercado à vista ontem também serviram para reduzir os cupons cambiais, que são os juros pagos em títulos indexados ao dólar e que lastreiam as linhas de crédito para comércio exterior, que estavam começando a ficar ameaçadas segundo o operador de importante banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em menos de três meses, os investidores estrangeiros protagonizaram uma inversão brusca em suas apostas no mercado brasileiro de câmbio. Em maio, estavam bancando no mercado futuro US$ 2 bilhões a favor do real, segundo levantamento feito pela MCM Consultoria. Na segunda-feira, 19, o jogo era de US$ 14,62 bilhões, mas em uma aposta na alta da moeda americana, numa curva fortemente ascendente.Esse forte movimento dos estrangeiros colocou todos os investidores, incluindo os nacionais, em uma única linha no mercado futuro: a dos "comprados". Quem está comprado, pelo jargão do mercado financeiro, está apostando na alta do dólar, ou seja, contra a moeda brasileira. Os investidores nacionais apostam hoje US$ 12 bilhões na alta do dólar, mas há 90 dias era de US$ 25 bilhões.O Banco Central tem entendido que os investidores estão indo além do razoável e fazendo apostas especulativas. Na segunda-feira, por meio de nota, o presidente do BC, Alexandre Tombini, fez um alerta: "As cotações oscilam e a concentração de posições em uma única direção poderá trazer perdas aos que apostam em movimentos unidirecionais da moeda".O sócio-gestor do Modal Asset, Luiz Eduardo Portella, lembra que um alerta parecido foi feito em 2008 pelo então presidente do BC, Henrique Meirelles. Na época, o movimento especulativo era contrário ao de hoje e as posições dos investidores estavam na ponta "vendida". Portella acredita que parte da queda do dólar ontem se deveu ao novo recado do BC.Na prática, o que o BC está alertando é que não só está entendendo que os movimentos são exagerados, como também, caso haja reversão do cenário internacional, não vai se manter na ponta de venda de dólares.A alta da moeda americana tem sido provocada pela expectativa de que o governo americano reduza seus estímulos monetários e acabe com a era do dólar fácil no mundo. O programa de compra de títulos criado pelo governo americano fez com que uma gama de moedas se valorizasse mundo afora. Agora que esses dólares serão tirados do mercado, essas moedas tendem a perder. Hoje será divulgada a ata da reunião da autoridade monetária americana que pode trazer sinais de quando esse programa será ou não reduzido.De qualquer forma, ontem o BC fez leilões para segurar a cotação do dólar. Para Sidnei Nehme, da NGO Corretora, o "leilão de linha" mostra que tem bala na agulha para suprir liquidez no mercado à vista contra as especulações. Diferentemente dos leilões de "swap cambial", que é mero instrumento financeiro, o leilão de linha despeja dólares no mercado à vista para os bancos, mas com compromisso de recompra e por isso não afeta as reservas cambiais.Os US$ 4 bilhões ofertados no mercado à vista ontem também serviram para reduzir os cupons cambiais, que são os juros pagos em títulos indexados ao dólar e que lastreiam as linhas de crédito para comércio exterior, que estavam começando a ficar ameaçadas segundo o operador de importante banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Em menos de três meses, os investidores estrangeiros protagonizaram uma inversão brusca em suas apostas no mercado brasileiro de câmbio. Em maio, estavam bancando no mercado futuro US$ 2 bilhões a favor do real, segundo levantamento feito pela MCM Consultoria. Na segunda-feira, 19, o jogo era de US$ 14,62 bilhões, mas em uma aposta na alta da moeda americana, numa curva fortemente ascendente.Esse forte movimento dos estrangeiros colocou todos os investidores, incluindo os nacionais, em uma única linha no mercado futuro: a dos "comprados". Quem está comprado, pelo jargão do mercado financeiro, está apostando na alta do dólar, ou seja, contra a moeda brasileira. Os investidores nacionais apostam hoje US$ 12 bilhões na alta do dólar, mas há 90 dias era de US$ 25 bilhões.O Banco Central tem entendido que os investidores estão indo além do razoável e fazendo apostas especulativas. Na segunda-feira, por meio de nota, o presidente do BC, Alexandre Tombini, fez um alerta: "As cotações oscilam e a concentração de posições em uma única direção poderá trazer perdas aos que apostam em movimentos unidirecionais da moeda".O sócio-gestor do Modal Asset, Luiz Eduardo Portella, lembra que um alerta parecido foi feito em 2008 pelo então presidente do BC, Henrique Meirelles. Na época, o movimento especulativo era contrário ao de hoje e as posições dos investidores estavam na ponta "vendida". Portella acredita que parte da queda do dólar ontem se deveu ao novo recado do BC.Na prática, o que o BC está alertando é que não só está entendendo que os movimentos são exagerados, como também, caso haja reversão do cenário internacional, não vai se manter na ponta de venda de dólares.A alta da moeda americana tem sido provocada pela expectativa de que o governo americano reduza seus estímulos monetários e acabe com a era do dólar fácil no mundo. O programa de compra de títulos criado pelo governo americano fez com que uma gama de moedas se valorizasse mundo afora. Agora que esses dólares serão tirados do mercado, essas moedas tendem a perder. Hoje será divulgada a ata da reunião da autoridade monetária americana que pode trazer sinais de quando esse programa será ou não reduzido.De qualquer forma, ontem o BC fez leilões para segurar a cotação do dólar. Para Sidnei Nehme, da NGO Corretora, o "leilão de linha" mostra que tem bala na agulha para suprir liquidez no mercado à vista contra as especulações. Diferentemente dos leilões de "swap cambial", que é mero instrumento financeiro, o leilão de linha despeja dólares no mercado à vista para os bancos, mas com compromisso de recompra e por isso não afeta as reservas cambiais.Os US$ 4 bilhões ofertados no mercado à vista ontem também serviram para reduzir os cupons cambiais, que são os juros pagos em títulos indexados ao dólar e que lastreiam as linhas de crédito para comércio exterior, que estavam começando a ficar ameaçadas segundo o operador de importante banco. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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