Arcabouço: governistas querem placar alto para limpar imagem de base fraca e pavimentar tributária


Após derrota do governo no Congresso sobre saneamento, aliados de Lula querem votação expressiva na nova regra fiscal para mostrar que têm apoio para aprovar reforma tributária

Por Mariana Carneiro

BRASÍLIA – Os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados trabalham para que a votação do novo arcabouço fiscal obtenha um placar elevado, como forma de dissolver a imagem de que o governo não tem apoio para votar temas relevantes, como a reforma tributária.

A ideia é ecoada principalmente no PSB, partido que integra a base governista, que sonha com um placar próximo a 315 votos favoráveis. Por ser um projeto de lei complementar, o texto precisa ser aprovado por maioria absoluta na Câmara, ou seja, 257 votos.

“As duas votações estão casadas”, afirma o deputado Jonas Donizette (PSB-SP). “Se o governo aprovar o arcabouço fiscal e a reforma tributária, ganha uma estabilidade muito grande.”

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Para ser aprovado na Câmara, projeto do arcabouço fiscal precisa de 257 votos. Foto: Wilton Junior/Estadão

O próprio relator do novo arcabouço na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), fez um paralelo entre as duas votações em evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), na última terça, 9. Ele é do mesmo partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e disse que há compromisso do comandante da Casa em aprovar as duas medidas.

Em uma projeção ambiciosa, Cajado arriscou que as duas votações poderiam fazer com que a taxa básica de juros (Selic) – hoje em 13,75% ao ano –, recuasse a um dígito.

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“Votando o marco, votando a reforma tributária, isso vai trazer uma segurança para quando formos voltar a Lei Orçamentária Anual, em agosto, com a política monetária sendo atingida no coração”, disse Cajado. “Com tudo pré-estabelecido, então a política monetária vai ter que fazer com que os juros caiam. E eu não tenho dúvida que, caindo a patamares de um dígito, nenhum outro país vai acompanhar o crescimento econômico do Brasil”.

A previsão otimista é recebida com menos entusiasmo entre setores do PT e do PSOL, que veem riscos de o novo arcabouço fiscal prejudicar o governo Lula, ao conter excessivamente os gastos e o financiamento das políticas do governo.

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O PSOL ainda não prometeu entregar todos os 14 votos na Câmara e, no PT, um grupo considerado minoritário – entre 68 deputados – não concorda que a regra seja mais rígida do que o proposto pelo Ministério da Fazenda.

“Nem todo mundo que votar a favor do arcabouço fiscal está com o governo. E nem todo mundo que votar contra está contra o governo”, disse um deputado, sob a condição de anonimato.

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Como mostrou o Estadão, Cajado vem sendo pressionado por deputados a endurecer o texto elaborado pela equipe econômica, incluindo mais sanções e gatilhos para cortar gastos caso a meta fiscal estipulada não seja cumprida. Também está no radar a diminuição de exceções ao limite de gastos, como o piso de enfermagem e a capitalização de estatais não financeiras, que foram retiradas da regra.

A avaliação nas fileiras da esquerda é de que o novo arcabouço fiscal, regra que deve substituir o teto de gastos no controle das contas públicas, não é propriamente uma agenda do governo Lula e tem mais interesse na centro-direita e na classe empresarial.

A necessidade de fortalecer a base para votações importantes para o Planalto ficou mais evidente na semana passada, quando o governo sofreu sua primeira grande derrota no Congresso. A Câmara aprovou, com placar expressivo (295 votos a 136), um projeto que derruba parte dos decretos que alteram as regras de saneamento, editados por Lula no início de abril. O governo também vem sofrendo reveses para aprovar o chamado PL das Fake News, cuja votação vem sendo adiada por falta de apoio até mesmo entre aliados.

BRASÍLIA – Os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados trabalham para que a votação do novo arcabouço fiscal obtenha um placar elevado, como forma de dissolver a imagem de que o governo não tem apoio para votar temas relevantes, como a reforma tributária.

A ideia é ecoada principalmente no PSB, partido que integra a base governista, que sonha com um placar próximo a 315 votos favoráveis. Por ser um projeto de lei complementar, o texto precisa ser aprovado por maioria absoluta na Câmara, ou seja, 257 votos.

“As duas votações estão casadas”, afirma o deputado Jonas Donizette (PSB-SP). “Se o governo aprovar o arcabouço fiscal e a reforma tributária, ganha uma estabilidade muito grande.”

Para ser aprovado na Câmara, projeto do arcabouço fiscal precisa de 257 votos. Foto: Wilton Junior/Estadão

O próprio relator do novo arcabouço na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), fez um paralelo entre as duas votações em evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), na última terça, 9. Ele é do mesmo partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e disse que há compromisso do comandante da Casa em aprovar as duas medidas.

Em uma projeção ambiciosa, Cajado arriscou que as duas votações poderiam fazer com que a taxa básica de juros (Selic) – hoje em 13,75% ao ano –, recuasse a um dígito.

“Votando o marco, votando a reforma tributária, isso vai trazer uma segurança para quando formos voltar a Lei Orçamentária Anual, em agosto, com a política monetária sendo atingida no coração”, disse Cajado. “Com tudo pré-estabelecido, então a política monetária vai ter que fazer com que os juros caiam. E eu não tenho dúvida que, caindo a patamares de um dígito, nenhum outro país vai acompanhar o crescimento econômico do Brasil”.

A previsão otimista é recebida com menos entusiasmo entre setores do PT e do PSOL, que veem riscos de o novo arcabouço fiscal prejudicar o governo Lula, ao conter excessivamente os gastos e o financiamento das políticas do governo.

O PSOL ainda não prometeu entregar todos os 14 votos na Câmara e, no PT, um grupo considerado minoritário – entre 68 deputados – não concorda que a regra seja mais rígida do que o proposto pelo Ministério da Fazenda.

“Nem todo mundo que votar a favor do arcabouço fiscal está com o governo. E nem todo mundo que votar contra está contra o governo”, disse um deputado, sob a condição de anonimato.

Como mostrou o Estadão, Cajado vem sendo pressionado por deputados a endurecer o texto elaborado pela equipe econômica, incluindo mais sanções e gatilhos para cortar gastos caso a meta fiscal estipulada não seja cumprida. Também está no radar a diminuição de exceções ao limite de gastos, como o piso de enfermagem e a capitalização de estatais não financeiras, que foram retiradas da regra.

A avaliação nas fileiras da esquerda é de que o novo arcabouço fiscal, regra que deve substituir o teto de gastos no controle das contas públicas, não é propriamente uma agenda do governo Lula e tem mais interesse na centro-direita e na classe empresarial.

A necessidade de fortalecer a base para votações importantes para o Planalto ficou mais evidente na semana passada, quando o governo sofreu sua primeira grande derrota no Congresso. A Câmara aprovou, com placar expressivo (295 votos a 136), um projeto que derruba parte dos decretos que alteram as regras de saneamento, editados por Lula no início de abril. O governo também vem sofrendo reveses para aprovar o chamado PL das Fake News, cuja votação vem sendo adiada por falta de apoio até mesmo entre aliados.

BRASÍLIA – Os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados trabalham para que a votação do novo arcabouço fiscal obtenha um placar elevado, como forma de dissolver a imagem de que o governo não tem apoio para votar temas relevantes, como a reforma tributária.

A ideia é ecoada principalmente no PSB, partido que integra a base governista, que sonha com um placar próximo a 315 votos favoráveis. Por ser um projeto de lei complementar, o texto precisa ser aprovado por maioria absoluta na Câmara, ou seja, 257 votos.

“As duas votações estão casadas”, afirma o deputado Jonas Donizette (PSB-SP). “Se o governo aprovar o arcabouço fiscal e a reforma tributária, ganha uma estabilidade muito grande.”

Para ser aprovado na Câmara, projeto do arcabouço fiscal precisa de 257 votos. Foto: Wilton Junior/Estadão

O próprio relator do novo arcabouço na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), fez um paralelo entre as duas votações em evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), na última terça, 9. Ele é do mesmo partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e disse que há compromisso do comandante da Casa em aprovar as duas medidas.

Em uma projeção ambiciosa, Cajado arriscou que as duas votações poderiam fazer com que a taxa básica de juros (Selic) – hoje em 13,75% ao ano –, recuasse a um dígito.

“Votando o marco, votando a reforma tributária, isso vai trazer uma segurança para quando formos voltar a Lei Orçamentária Anual, em agosto, com a política monetária sendo atingida no coração”, disse Cajado. “Com tudo pré-estabelecido, então a política monetária vai ter que fazer com que os juros caiam. E eu não tenho dúvida que, caindo a patamares de um dígito, nenhum outro país vai acompanhar o crescimento econômico do Brasil”.

A previsão otimista é recebida com menos entusiasmo entre setores do PT e do PSOL, que veem riscos de o novo arcabouço fiscal prejudicar o governo Lula, ao conter excessivamente os gastos e o financiamento das políticas do governo.

O PSOL ainda não prometeu entregar todos os 14 votos na Câmara e, no PT, um grupo considerado minoritário – entre 68 deputados – não concorda que a regra seja mais rígida do que o proposto pelo Ministério da Fazenda.

“Nem todo mundo que votar a favor do arcabouço fiscal está com o governo. E nem todo mundo que votar contra está contra o governo”, disse um deputado, sob a condição de anonimato.

Como mostrou o Estadão, Cajado vem sendo pressionado por deputados a endurecer o texto elaborado pela equipe econômica, incluindo mais sanções e gatilhos para cortar gastos caso a meta fiscal estipulada não seja cumprida. Também está no radar a diminuição de exceções ao limite de gastos, como o piso de enfermagem e a capitalização de estatais não financeiras, que foram retiradas da regra.

A avaliação nas fileiras da esquerda é de que o novo arcabouço fiscal, regra que deve substituir o teto de gastos no controle das contas públicas, não é propriamente uma agenda do governo Lula e tem mais interesse na centro-direita e na classe empresarial.

A necessidade de fortalecer a base para votações importantes para o Planalto ficou mais evidente na semana passada, quando o governo sofreu sua primeira grande derrota no Congresso. A Câmara aprovou, com placar expressivo (295 votos a 136), um projeto que derruba parte dos decretos que alteram as regras de saneamento, editados por Lula no início de abril. O governo também vem sofrendo reveses para aprovar o chamado PL das Fake News, cuja votação vem sendo adiada por falta de apoio até mesmo entre aliados.

BRASÍLIA – Os aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Câmara dos Deputados trabalham para que a votação do novo arcabouço fiscal obtenha um placar elevado, como forma de dissolver a imagem de que o governo não tem apoio para votar temas relevantes, como a reforma tributária.

A ideia é ecoada principalmente no PSB, partido que integra a base governista, que sonha com um placar próximo a 315 votos favoráveis. Por ser um projeto de lei complementar, o texto precisa ser aprovado por maioria absoluta na Câmara, ou seja, 257 votos.

“As duas votações estão casadas”, afirma o deputado Jonas Donizette (PSB-SP). “Se o governo aprovar o arcabouço fiscal e a reforma tributária, ganha uma estabilidade muito grande.”

Para ser aprovado na Câmara, projeto do arcabouço fiscal precisa de 257 votos. Foto: Wilton Junior/Estadão

O próprio relator do novo arcabouço na Câmara, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), fez um paralelo entre as duas votações em evento da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE), na última terça, 9. Ele é do mesmo partido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e disse que há compromisso do comandante da Casa em aprovar as duas medidas.

Em uma projeção ambiciosa, Cajado arriscou que as duas votações poderiam fazer com que a taxa básica de juros (Selic) – hoje em 13,75% ao ano –, recuasse a um dígito.

“Votando o marco, votando a reforma tributária, isso vai trazer uma segurança para quando formos voltar a Lei Orçamentária Anual, em agosto, com a política monetária sendo atingida no coração”, disse Cajado. “Com tudo pré-estabelecido, então a política monetária vai ter que fazer com que os juros caiam. E eu não tenho dúvida que, caindo a patamares de um dígito, nenhum outro país vai acompanhar o crescimento econômico do Brasil”.

A previsão otimista é recebida com menos entusiasmo entre setores do PT e do PSOL, que veem riscos de o novo arcabouço fiscal prejudicar o governo Lula, ao conter excessivamente os gastos e o financiamento das políticas do governo.

O PSOL ainda não prometeu entregar todos os 14 votos na Câmara e, no PT, um grupo considerado minoritário – entre 68 deputados – não concorda que a regra seja mais rígida do que o proposto pelo Ministério da Fazenda.

“Nem todo mundo que votar a favor do arcabouço fiscal está com o governo. E nem todo mundo que votar contra está contra o governo”, disse um deputado, sob a condição de anonimato.

Como mostrou o Estadão, Cajado vem sendo pressionado por deputados a endurecer o texto elaborado pela equipe econômica, incluindo mais sanções e gatilhos para cortar gastos caso a meta fiscal estipulada não seja cumprida. Também está no radar a diminuição de exceções ao limite de gastos, como o piso de enfermagem e a capitalização de estatais não financeiras, que foram retiradas da regra.

A avaliação nas fileiras da esquerda é de que o novo arcabouço fiscal, regra que deve substituir o teto de gastos no controle das contas públicas, não é propriamente uma agenda do governo Lula e tem mais interesse na centro-direita e na classe empresarial.

A necessidade de fortalecer a base para votações importantes para o Planalto ficou mais evidente na semana passada, quando o governo sofreu sua primeira grande derrota no Congresso. A Câmara aprovou, com placar expressivo (295 votos a 136), um projeto que derruba parte dos decretos que alteram as regras de saneamento, editados por Lula no início de abril. O governo também vem sofrendo reveses para aprovar o chamado PL das Fake News, cuja votação vem sendo adiada por falta de apoio até mesmo entre aliados.

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