A Comissão de Valores Mobiliários da Argentina limitou nesta quarta-feira, 11, a compra de dólares para estrangeiros, atendendo a um pedido protocolado pelo Banco Central do país em 5 de outubro.
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Em nota, o órgão regulador define uma série de regras para agentes estrangeiros de negociação, liquidação e compensação, sob o objetivo de limitar a volatilidade e movimentos especulativos do mercado cambial.
O temor de um “terremoto econômico” após a mudança de governo na Argentina em dezembro próximo, ou até mesmo de uma desvalorização ainda mais acentuada da moeda argentina após as eleições presidenciais de 22 de outubro, está aumentando a voracidade pelo dólar americano, levando seu valor a novos recordes.
Na terça, 10, a cotação do dólar no mercado paralelo superou a casa dos mil pesos, um valor nunca antes alcançado - embora a rígida taxa de câmbio oficial tenha permanecido atrelada a 365,50 pesos por unidade desde as primárias das eleições presidenciais.
Novas regras
De acordo com a nova resolução, investidores estrangeiros que não são agentes de valores mobiliários deverão operar somente até 100 milhões de pesos por dia, movimentando-os por conta própria e informando a comissão com no mínimo cinco dias de antecedência da operação. Para agentes de valores mobiliários estrangeiros, será exigido informar suas operações quando o valor exceder 100 milhões de pesos.
Os investidores locais também devem informar o valor e para quem estão operando, caso realizem movimentações para estrangeiros, com valores limitados a 100 milhões de pesos por terceiro. Caso o investidor local opere por conta própria, é preciso informar a comissão quando operar acima de 200 milhões de pesos.