A Argentina pagará nesta segunda-feira, 31, uma parcela de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 12,82 bilhões) de seu acordo com o FMI utilizando yuanes de uma troca com a China e um empréstimo com a Corporação Andina de Fomento (CAF) para proteger suas minguadas reservas, anunciou o ministro da Economia, Sergio Massa.
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“A Argentina não utilizará nem um dólar de suas reservas para pagar o vencimento de hoje”, disse Massa em uma mensagem divulgada nas redes sociais.
O Fundo Monetário Internacional acordou com o governo argentino a quinta e sexta revisão do acordo de US$ 44 bilhões que foi firmado em 2018, permitindo o desembolso de US$ 7,5 bilhões de dólares, mas apenas na segunda metade de agosto, após ser submetido à aprovação do conselho do organismo internacional.
O pagamento desta segunda-feira será feito com US$ 1 bilhão provenientes de um empréstimo-ponte do Banco de Desenvolvimento da América Latina e o restante do segundo tramo de uma troca vigente com a China, esclareceu o ministro.
“Dessa forma, protegemos as reservas em um ano em que ao problema representado pela herança da dívida com o fundo se soma a pior seca da história, que nos custou mais de 20 bilhões de dólares em exportações este ano e mais de 5 bilhões em receitas para o setor público nacional”, disse ele.
O país se comprometeu com o FMI a fortalecer suas reservas durante o restante do ano.
O Banco Central informou na sexta-feira que a Argentina possui reservas internacionais de US$ 25,646 bilhões, embora os analistas estimem que as reservas líquidas estejam muito abaixo disso, inclusive em números negativos.
“Nosso desafio é continuar protegendo as reservas, mantendo o nível de atividade e as importações de bens intermediários e acabados, que são essenciais para o funcionamento e produção da economia”, disse Massa, pré-candidato presidencial pelo governante peronismo.
A Argentina realizará eleições primárias gerais em 13 de agosto para definir os candidatos presidenciais para as eleições gerais de 22 de outubro./AFP