A transição energética é realidade e não idealização de futuro. Nesta semana se encerra a 28ª edição da Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP-28), cujo foco principal são as alterações climáticas como consequência direta de uma economia baseada no uso de energia e combustíveis esgotáveis e poluentes. Durante o evento, o Brasil se comprometeu a reduzir 48% das emissões até 2025 e 53% até 2030, além de atingir neutralidade climática até 2050.
O País reúne condições favoráveis para se tornar uma potência global e protagonizar essa mudança, por ser produtor e distribuidor de fontes energéticas e combustíveis limpos e renováveis e um mercado de dimensões continentais.
A vantagem competitiva brasileira se deve sobretudo à abundância de recursos, tecnologia, oferta e mercado nos setores hidrelétrico e de biocombustíveis, além de gás natural e petróleo na camada pré-sal. Recentemente, o País também ampliou a geração de energias solar e eólica e de biogás, três matrizes em que, mais uma vez, pode se tornar um dos maiores players mundiais.
Nesse cenário, a Cosan sai na frente impulsionando o Brasil. Com origem no setor sucroenergético, a companhia ampliou e diversificou seu portfólio ao longo dos últimos 15 anos e hoje investe em áreas estratégicas como energia renovável, agronegócio, óleo e gás, mineração e crédito de carbono.
A Cosan adota plano centrado em transição energética e desenvolvimento sustentável, contemplando ações em suas diferentes frentes de atuação. Entre os principais focos estão investimentos em inovação e mudanças na produção, redução na emissão de gases de efeito estufa, geração de créditos de carbono e ampliação da produção e oferta de combustíveis e matrizes energéticas.
Na estratégia focada em transição energética, cada empresa do portfólio da companhia desempenha um papel fundamental. Por exemplo, a ampliação da produção e oferta de energia limpa contará com esforços da Raízen, que vem ampliando sua atuação no mercado de etanol de primeira e segunda geração. Joint venture com a Shell, a empresa tem 35 parques de bioenergia e uma rede de mais de 8 mil postos revendedores no Brasil, na Argentina e no Paraguai.
Já a Compass investe no mercado de gás natural, energético seguro, competitivo e menos poluente, o que o torna estratégico para a transição energética do País, fomentando a livre concorrência e o desenvolvimento do Brasil. Em novembro, a empresa lançou R$ 1,7 bilhão em debêntures ESG, sendo a primeira de seu segmento a atrelar dívida a compromissos ambientais e sustentáveis, e anunciou um contrato com a São Martinho para comercialização de biometano, gás de origem renovável. Em agosto, a companhia já havia divulgado uma parceria com a Orizon para construir a maior fábrica de biometano do País, que vai purificar metano gerado em um aterro sanitário.
A Vale, negócio que conta com a participação minoritária da Cosan, produz não apenas minério de ferro, mas também de cobre e de níquel, dois metais essenciais para a fabricação de veículos elétricos – alternativa em ascensão aos que utilizam combustíveis fósseis. Para a Cosan, a mineradora, pela magnitude de sua atuação e por encabeçar o setor no País, tem condições de sair na frente na implementação de uma política de redução da emissão de carbono (descarbonização) e substituir gradualmente o uso de fontes energéticas esgotáveis e poluentes por alternativas limpas e renováveis em suas operações.
Na outra ponta, a Cosan enxerga na Rumo seu agente estratégico para promover a descarbonização. Responsável pela administração de mais de 13,5 mil quilômetros de malha ferroviária e com 1,4 mil locomotivas, a empresa investiu bilhões em infraestrutura nos últimos oito anos, passando por melhorias que evitaram a emissão de mais de 2,2 milhões de gás carbônico na atmosfera no mesmo período.