Avenue prevê aquisições para disputar R$ 1 trilhão de brasileiros nos EUA em dez anos


Na mira da corretora americana estão negócios nas áreas de prevenção a lavagem de dinheiro, segurança e tecnologia

Por Aline Bronzati

SANTA CLARA* - Depois do salto em captação de recursos com o empurrão da “grife Itaú Unibanco”, a corretora americana Avenue Securities avalia aquisições para se consolidar como uma plataforma de investimentos para brasileiros nos Estados Unidos. O objetivo é arrumar a casa e se preparar para disputar um montante estimado em R$ 1 trilhão de recursos que devem chegar aos EUA na próxima década. Até mesmo porque, do outro lado, rivais de peso como Bradesco, BTG Pactual e XP Investimentos também se movimentam para abocanhar uma fatia desse bolo.

O apetite por compras não significa, porém, que a Avenue vai sair tirando concorrentes do mercado. A corretora, com sede em Miami, define a trajetória como uma “corrida invisível” cujo foco é endereçar o risco de infraestrutura, que, embora não apareça para o cliente, é essencial para o negócio parar em pé. Na mira, estão negócios nas áreas de prevenção a lavagem de dinheiro, segurança e tecnologia.

continua após a publicidade

“São aquisições zero sexy, mas fundamentais para preparar esse ecossistema invisível”, diz o presidente da Avenue, Roberto Lee, em entrevista ao Estadão/Broadcast, durante a conferência Brazil at Silicon Valley Bank em Santa Clara, Califórnia (EUA), nesta semana.

Segundo ele, a corretora não pretende fazer uma série de investimentos, nem estabeleceu um cheque para desembolsar com aquisições. No lugar, afirma, serão compras “bem pontuais” e que devem contribuir para fortalecer os bastidores, a cozinha do negócio, nas palavras de Lee.

Um exemplo do perfil que a Avenue fareja está na recente aquisição da startup myprofit, cuja proposta é facilitar a vida do investidor de bolsa na hora de acertar as contas com o Leão e ainda no cálculo da performance de seu portfólio. De acordo com Lee, há uma série de desenvolvimentos para frente e que fazem com que a corretora americana amplie seu papel.

continua após a publicidade
Roberto Lee, CEO e fundador da Avenue Securities, corretora com sede em Miami Foto: Avenue Securities/Divulgação

“Nossa missão não é mais só dar acesso ao cliente. A gente tem posicionado a Avenue para expandir o sistema financeiro brasileiro no exterior, obviamente, com a criação de produtos e serviços, mas investindo para incluir o Brasil no mundo”, afirma Lee, que sempre defendeu a necessidade de o sistema brasileiro dar voos internacionais, incluindo todos os agentes responsáveis e até mesmo os concorrentes.

Dentro de casa, as aquisições vão ajudar a Avenue a acelerar o seu desenvolvimento. Antes da myprofit, a empresa fundada por Lee comprou a corretora de câmbio Bexs e a distribuidora de valores mobiliários Coin, ambas em 2020. “Tempo faz diferença. Agora, é uma corrida para criar a infraestrutura para a demanda que virá de offshore (investimentos brasileiros no exterior)”, diz.

continua após a publicidade

Lee estima que R$ 1 trilhão de investimentos de brasileiros devem desembarcar na próxima década nos EUA. Se a sua previsão estiver certa, será uma reviravolta no mercado. No ano passado, o saldo ficou negativo em US$ 251 milhões depois de bater o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021, conforme a base histórica do Banco Central (BC). Assim como a Avenue - com o Itaú, nomes como Bradesco, XP, BTG também estão de olho nesse potencial.

Regras mais duras

Outro fator que motiva o apetite da Avenue por aquisições é a subida da régua regulatória para investimentos de brasileiros nos EUA, e que deve fazer com que os agentes do setor se estruturem melhor, de acordo com Lee. Ele cita, por exemplo, novas regras da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre os serviços de intermediação no exterior, baseadas em uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e que entram em vigor a partir de maio.

continua após a publicidade

Ainda nesse capítulo, a Avenue aguarda aval do BC para ampliar a sua base de sócios, que já conta com o fundo japonês SoftBank e o Igah Ventures. Em julho do ano passado, a corretora anunciou a venda de 35% do seu capital para o Itaú Unibanco, com a possibilidade de o maior banco da América Latina assumir o controle total do negócio em dois anos.

Como já está próximo de completar um ano, tudo indica que a bênção do regulador pode estar mais próxima. Parte do cheque do Itaú, de quase meio bilhão de reais, vai ser justamente para ajudar a acelerar os investimentos em curso, segundo Lee.

A Avenue é a terceira corretora fundada por Lee e tem sob custódia cerca de R$ 6 bilhões. Antes, o executivo montou a WinTrade e a Clear, vendida à XP, em 2014, antecipada pelo Broadcast, na época. Com mais 600 mil clientes, a Avenue viu sua captação de recursos mensal mais que dobrar no último ano, para R$ 1,5 bilhão, sob o efeito Itaú./*A repórter viajou a convite da organização da ‘Brazil at Silicon Valley’

SANTA CLARA* - Depois do salto em captação de recursos com o empurrão da “grife Itaú Unibanco”, a corretora americana Avenue Securities avalia aquisições para se consolidar como uma plataforma de investimentos para brasileiros nos Estados Unidos. O objetivo é arrumar a casa e se preparar para disputar um montante estimado em R$ 1 trilhão de recursos que devem chegar aos EUA na próxima década. Até mesmo porque, do outro lado, rivais de peso como Bradesco, BTG Pactual e XP Investimentos também se movimentam para abocanhar uma fatia desse bolo.

O apetite por compras não significa, porém, que a Avenue vai sair tirando concorrentes do mercado. A corretora, com sede em Miami, define a trajetória como uma “corrida invisível” cujo foco é endereçar o risco de infraestrutura, que, embora não apareça para o cliente, é essencial para o negócio parar em pé. Na mira, estão negócios nas áreas de prevenção a lavagem de dinheiro, segurança e tecnologia.

“São aquisições zero sexy, mas fundamentais para preparar esse ecossistema invisível”, diz o presidente da Avenue, Roberto Lee, em entrevista ao Estadão/Broadcast, durante a conferência Brazil at Silicon Valley Bank em Santa Clara, Califórnia (EUA), nesta semana.

Segundo ele, a corretora não pretende fazer uma série de investimentos, nem estabeleceu um cheque para desembolsar com aquisições. No lugar, afirma, serão compras “bem pontuais” e que devem contribuir para fortalecer os bastidores, a cozinha do negócio, nas palavras de Lee.

Um exemplo do perfil que a Avenue fareja está na recente aquisição da startup myprofit, cuja proposta é facilitar a vida do investidor de bolsa na hora de acertar as contas com o Leão e ainda no cálculo da performance de seu portfólio. De acordo com Lee, há uma série de desenvolvimentos para frente e que fazem com que a corretora americana amplie seu papel.

Roberto Lee, CEO e fundador da Avenue Securities, corretora com sede em Miami Foto: Avenue Securities/Divulgação

“Nossa missão não é mais só dar acesso ao cliente. A gente tem posicionado a Avenue para expandir o sistema financeiro brasileiro no exterior, obviamente, com a criação de produtos e serviços, mas investindo para incluir o Brasil no mundo”, afirma Lee, que sempre defendeu a necessidade de o sistema brasileiro dar voos internacionais, incluindo todos os agentes responsáveis e até mesmo os concorrentes.

Dentro de casa, as aquisições vão ajudar a Avenue a acelerar o seu desenvolvimento. Antes da myprofit, a empresa fundada por Lee comprou a corretora de câmbio Bexs e a distribuidora de valores mobiliários Coin, ambas em 2020. “Tempo faz diferença. Agora, é uma corrida para criar a infraestrutura para a demanda que virá de offshore (investimentos brasileiros no exterior)”, diz.

Lee estima que R$ 1 trilhão de investimentos de brasileiros devem desembarcar na próxima década nos EUA. Se a sua previsão estiver certa, será uma reviravolta no mercado. No ano passado, o saldo ficou negativo em US$ 251 milhões depois de bater o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021, conforme a base histórica do Banco Central (BC). Assim como a Avenue - com o Itaú, nomes como Bradesco, XP, BTG também estão de olho nesse potencial.

Regras mais duras

Outro fator que motiva o apetite da Avenue por aquisições é a subida da régua regulatória para investimentos de brasileiros nos EUA, e que deve fazer com que os agentes do setor se estruturem melhor, de acordo com Lee. Ele cita, por exemplo, novas regras da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre os serviços de intermediação no exterior, baseadas em uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e que entram em vigor a partir de maio.

Ainda nesse capítulo, a Avenue aguarda aval do BC para ampliar a sua base de sócios, que já conta com o fundo japonês SoftBank e o Igah Ventures. Em julho do ano passado, a corretora anunciou a venda de 35% do seu capital para o Itaú Unibanco, com a possibilidade de o maior banco da América Latina assumir o controle total do negócio em dois anos.

Como já está próximo de completar um ano, tudo indica que a bênção do regulador pode estar mais próxima. Parte do cheque do Itaú, de quase meio bilhão de reais, vai ser justamente para ajudar a acelerar os investimentos em curso, segundo Lee.

A Avenue é a terceira corretora fundada por Lee e tem sob custódia cerca de R$ 6 bilhões. Antes, o executivo montou a WinTrade e a Clear, vendida à XP, em 2014, antecipada pelo Broadcast, na época. Com mais 600 mil clientes, a Avenue viu sua captação de recursos mensal mais que dobrar no último ano, para R$ 1,5 bilhão, sob o efeito Itaú./*A repórter viajou a convite da organização da ‘Brazil at Silicon Valley’

SANTA CLARA* - Depois do salto em captação de recursos com o empurrão da “grife Itaú Unibanco”, a corretora americana Avenue Securities avalia aquisições para se consolidar como uma plataforma de investimentos para brasileiros nos Estados Unidos. O objetivo é arrumar a casa e se preparar para disputar um montante estimado em R$ 1 trilhão de recursos que devem chegar aos EUA na próxima década. Até mesmo porque, do outro lado, rivais de peso como Bradesco, BTG Pactual e XP Investimentos também se movimentam para abocanhar uma fatia desse bolo.

O apetite por compras não significa, porém, que a Avenue vai sair tirando concorrentes do mercado. A corretora, com sede em Miami, define a trajetória como uma “corrida invisível” cujo foco é endereçar o risco de infraestrutura, que, embora não apareça para o cliente, é essencial para o negócio parar em pé. Na mira, estão negócios nas áreas de prevenção a lavagem de dinheiro, segurança e tecnologia.

“São aquisições zero sexy, mas fundamentais para preparar esse ecossistema invisível”, diz o presidente da Avenue, Roberto Lee, em entrevista ao Estadão/Broadcast, durante a conferência Brazil at Silicon Valley Bank em Santa Clara, Califórnia (EUA), nesta semana.

Segundo ele, a corretora não pretende fazer uma série de investimentos, nem estabeleceu um cheque para desembolsar com aquisições. No lugar, afirma, serão compras “bem pontuais” e que devem contribuir para fortalecer os bastidores, a cozinha do negócio, nas palavras de Lee.

Um exemplo do perfil que a Avenue fareja está na recente aquisição da startup myprofit, cuja proposta é facilitar a vida do investidor de bolsa na hora de acertar as contas com o Leão e ainda no cálculo da performance de seu portfólio. De acordo com Lee, há uma série de desenvolvimentos para frente e que fazem com que a corretora americana amplie seu papel.

Roberto Lee, CEO e fundador da Avenue Securities, corretora com sede em Miami Foto: Avenue Securities/Divulgação

“Nossa missão não é mais só dar acesso ao cliente. A gente tem posicionado a Avenue para expandir o sistema financeiro brasileiro no exterior, obviamente, com a criação de produtos e serviços, mas investindo para incluir o Brasil no mundo”, afirma Lee, que sempre defendeu a necessidade de o sistema brasileiro dar voos internacionais, incluindo todos os agentes responsáveis e até mesmo os concorrentes.

Dentro de casa, as aquisições vão ajudar a Avenue a acelerar o seu desenvolvimento. Antes da myprofit, a empresa fundada por Lee comprou a corretora de câmbio Bexs e a distribuidora de valores mobiliários Coin, ambas em 2020. “Tempo faz diferença. Agora, é uma corrida para criar a infraestrutura para a demanda que virá de offshore (investimentos brasileiros no exterior)”, diz.

Lee estima que R$ 1 trilhão de investimentos de brasileiros devem desembarcar na próxima década nos EUA. Se a sua previsão estiver certa, será uma reviravolta no mercado. No ano passado, o saldo ficou negativo em US$ 251 milhões depois de bater o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021, conforme a base histórica do Banco Central (BC). Assim como a Avenue - com o Itaú, nomes como Bradesco, XP, BTG também estão de olho nesse potencial.

Regras mais duras

Outro fator que motiva o apetite da Avenue por aquisições é a subida da régua regulatória para investimentos de brasileiros nos EUA, e que deve fazer com que os agentes do setor se estruturem melhor, de acordo com Lee. Ele cita, por exemplo, novas regras da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) sobre os serviços de intermediação no exterior, baseadas em uma decisão da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e que entram em vigor a partir de maio.

Ainda nesse capítulo, a Avenue aguarda aval do BC para ampliar a sua base de sócios, que já conta com o fundo japonês SoftBank e o Igah Ventures. Em julho do ano passado, a corretora anunciou a venda de 35% do seu capital para o Itaú Unibanco, com a possibilidade de o maior banco da América Latina assumir o controle total do negócio em dois anos.

Como já está próximo de completar um ano, tudo indica que a bênção do regulador pode estar mais próxima. Parte do cheque do Itaú, de quase meio bilhão de reais, vai ser justamente para ajudar a acelerar os investimentos em curso, segundo Lee.

A Avenue é a terceira corretora fundada por Lee e tem sob custódia cerca de R$ 6 bilhões. Antes, o executivo montou a WinTrade e a Clear, vendida à XP, em 2014, antecipada pelo Broadcast, na época. Com mais 600 mil clientes, a Avenue viu sua captação de recursos mensal mais que dobrar no último ano, para R$ 1,5 bilhão, sob o efeito Itaú./*A repórter viajou a convite da organização da ‘Brazil at Silicon Valley’

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.