Azul voará de Airbus para os EUA


Companhia aérea pretende iniciar a operação internacional em 2015 e prevê compra de 11 aeronaves, em investimento de US$ 2 bi

Por Bruna Mozer

CAMPINAS - A Azul Linhas Aéreas anunciou ontem que fará voos internacionais a partir do aeroporto de Viracopos, em Campinas, para três destinos: Miami, Orlando e Nova York. A previsão é que o serviço comece parcialmente a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Hoje, apenas a companhia aérea portuguesa TAP faz voos internacionais a partir do aeroporto de Viracopos. Com o anúncio, a Azul, que detém participação de mercado de 16,8% nos voos domésticos, inicia competição com aéreas brasileiras e estrangeiras para voos internacionais. Segundo o fundador da empresa, David Neeleman, uma das estratégias da Azul será oferecer tarifas mais atrativas e programas de descontos aos clientes. O Estado antecipou em reportagem no dia 30 de janeiro que a Azul estava se preparando para voar para os Estados Unidos e que já negociava a compra de aviões maiores. A empresa prevê receber 11 aviões da europeia Airbus para operar os voos internacionais. Os primeiros seis Airbus A330-200 serão entregues ainda no primeiro semestre deste ano, com capacidade para levar 250 passageiros. A empresa também vai encomendar outros cinco Airbus A350-900, com entrega prevista para 2017 e configurados para levar 300 pessoas. Ao todo, o investimento estimado da Azul nos aviões da Airbus é estimado em US$ 2 bilhões, segundo o preço de tabela das aeronaves, sem considerar descontos.Todas as aeronaves receberão investimentos de US$ 6 milhões a US$ 8 milhões cada uma para que sejam reformadas e adaptadas ao padrão das que existem hoje na companhia. A Azul vai operar três classes de serviços nos voos internacionais - econômica, executiva e primeira classe.Oito das aeronaves serão arrendadas pela Azul com a empresa de leasing ILFC (International Lease Finance Corporation). A empresa ainda não definiu como vai adquirir as demais aeronaves.Segundo o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, a opção pela locação das aeronaves é uma forma de acelerar a entrega dos aviões e iniciar a operação rapidamente. Se tivesse feito a encomenda direto à fabricante, a Azul só conseguiria receber os aviões em 2020.A Azul já recorreu a fórmula semelhante quando iniciou a operação de voos regionais, em março de 2011. Na ocasião, a empresa anunciou a compra de 40 aviões turboélice da francesa ATR e a locação de três modelos para entrega imediata. A entrada no mercado internacional não representa um passo atrás na estratégia da Azul de avançar no mercado de aviação regional, diz Neves. "Não é uma mudança de estratégia, apenas uma evolução de negócio."Destinos. A Azul ainda está negociando com as autoridades americanas para definir quais destinos serão operados pela empresa. A Azul, no entanto, entende que os voos para Miami, Orlando e Nova York são os mais rentáveis no momento para as viagens internacionais, devido ao fluxo de passageiros brasileiros que viaja para os Estados Unidos.A prioridade da Azul, segundo Neves, é que a base operacional da empresa nos Estados Unidos seja instalada no aeroporto de Fort Lauderdale, a cerca de 30 km de Miami, considera uma opção melhor do que o Miami International Airport. "É uma questão de estrutura que estamos avaliando. No aeroporto de Fort Lauderdale temos lotes maiores, mas também temos benefícios em Miami." O aeroporto de Fort Lauderdale é uma base operacional da Jet Blue, empresa criada por David Neeleman em 1998.IPO. A expansão da Azul não depende da abertura de capital, disse Neeleman. A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) é um projeto antigo da empresa, mas que vem sendo adiado por condições adversas da economia. A estimativa do mercado é de que a empresa levantaria cerca de R$ 1 bilhão com a oferta."Nosso caixa está bem. No dia em que quisermos abrir o capital, vamos fazer", disse o empresário. "Agora não precisamos e a empresa não pode parar." / COLABOROU MARINA GAZZONI

CAMPINAS - A Azul Linhas Aéreas anunciou ontem que fará voos internacionais a partir do aeroporto de Viracopos, em Campinas, para três destinos: Miami, Orlando e Nova York. A previsão é que o serviço comece parcialmente a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Hoje, apenas a companhia aérea portuguesa TAP faz voos internacionais a partir do aeroporto de Viracopos. Com o anúncio, a Azul, que detém participação de mercado de 16,8% nos voos domésticos, inicia competição com aéreas brasileiras e estrangeiras para voos internacionais. Segundo o fundador da empresa, David Neeleman, uma das estratégias da Azul será oferecer tarifas mais atrativas e programas de descontos aos clientes. O Estado antecipou em reportagem no dia 30 de janeiro que a Azul estava se preparando para voar para os Estados Unidos e que já negociava a compra de aviões maiores. A empresa prevê receber 11 aviões da europeia Airbus para operar os voos internacionais. Os primeiros seis Airbus A330-200 serão entregues ainda no primeiro semestre deste ano, com capacidade para levar 250 passageiros. A empresa também vai encomendar outros cinco Airbus A350-900, com entrega prevista para 2017 e configurados para levar 300 pessoas. Ao todo, o investimento estimado da Azul nos aviões da Airbus é estimado em US$ 2 bilhões, segundo o preço de tabela das aeronaves, sem considerar descontos.Todas as aeronaves receberão investimentos de US$ 6 milhões a US$ 8 milhões cada uma para que sejam reformadas e adaptadas ao padrão das que existem hoje na companhia. A Azul vai operar três classes de serviços nos voos internacionais - econômica, executiva e primeira classe.Oito das aeronaves serão arrendadas pela Azul com a empresa de leasing ILFC (International Lease Finance Corporation). A empresa ainda não definiu como vai adquirir as demais aeronaves.Segundo o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, a opção pela locação das aeronaves é uma forma de acelerar a entrega dos aviões e iniciar a operação rapidamente. Se tivesse feito a encomenda direto à fabricante, a Azul só conseguiria receber os aviões em 2020.A Azul já recorreu a fórmula semelhante quando iniciou a operação de voos regionais, em março de 2011. Na ocasião, a empresa anunciou a compra de 40 aviões turboélice da francesa ATR e a locação de três modelos para entrega imediata. A entrada no mercado internacional não representa um passo atrás na estratégia da Azul de avançar no mercado de aviação regional, diz Neves. "Não é uma mudança de estratégia, apenas uma evolução de negócio."Destinos. A Azul ainda está negociando com as autoridades americanas para definir quais destinos serão operados pela empresa. A Azul, no entanto, entende que os voos para Miami, Orlando e Nova York são os mais rentáveis no momento para as viagens internacionais, devido ao fluxo de passageiros brasileiros que viaja para os Estados Unidos.A prioridade da Azul, segundo Neves, é que a base operacional da empresa nos Estados Unidos seja instalada no aeroporto de Fort Lauderdale, a cerca de 30 km de Miami, considera uma opção melhor do que o Miami International Airport. "É uma questão de estrutura que estamos avaliando. No aeroporto de Fort Lauderdale temos lotes maiores, mas também temos benefícios em Miami." O aeroporto de Fort Lauderdale é uma base operacional da Jet Blue, empresa criada por David Neeleman em 1998.IPO. A expansão da Azul não depende da abertura de capital, disse Neeleman. A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) é um projeto antigo da empresa, mas que vem sendo adiado por condições adversas da economia. A estimativa do mercado é de que a empresa levantaria cerca de R$ 1 bilhão com a oferta."Nosso caixa está bem. No dia em que quisermos abrir o capital, vamos fazer", disse o empresário. "Agora não precisamos e a empresa não pode parar." / COLABOROU MARINA GAZZONI

CAMPINAS - A Azul Linhas Aéreas anunciou ontem que fará voos internacionais a partir do aeroporto de Viracopos, em Campinas, para três destinos: Miami, Orlando e Nova York. A previsão é que o serviço comece parcialmente a partir do primeiro trimestre do ano que vem. Hoje, apenas a companhia aérea portuguesa TAP faz voos internacionais a partir do aeroporto de Viracopos. Com o anúncio, a Azul, que detém participação de mercado de 16,8% nos voos domésticos, inicia competição com aéreas brasileiras e estrangeiras para voos internacionais. Segundo o fundador da empresa, David Neeleman, uma das estratégias da Azul será oferecer tarifas mais atrativas e programas de descontos aos clientes. O Estado antecipou em reportagem no dia 30 de janeiro que a Azul estava se preparando para voar para os Estados Unidos e que já negociava a compra de aviões maiores. A empresa prevê receber 11 aviões da europeia Airbus para operar os voos internacionais. Os primeiros seis Airbus A330-200 serão entregues ainda no primeiro semestre deste ano, com capacidade para levar 250 passageiros. A empresa também vai encomendar outros cinco Airbus A350-900, com entrega prevista para 2017 e configurados para levar 300 pessoas. Ao todo, o investimento estimado da Azul nos aviões da Airbus é estimado em US$ 2 bilhões, segundo o preço de tabela das aeronaves, sem considerar descontos.Todas as aeronaves receberão investimentos de US$ 6 milhões a US$ 8 milhões cada uma para que sejam reformadas e adaptadas ao padrão das que existem hoje na companhia. A Azul vai operar três classes de serviços nos voos internacionais - econômica, executiva e primeira classe.Oito das aeronaves serão arrendadas pela Azul com a empresa de leasing ILFC (International Lease Finance Corporation). A empresa ainda não definiu como vai adquirir as demais aeronaves.Segundo o presidente da Azul, Antonoaldo Neves, a opção pela locação das aeronaves é uma forma de acelerar a entrega dos aviões e iniciar a operação rapidamente. Se tivesse feito a encomenda direto à fabricante, a Azul só conseguiria receber os aviões em 2020.A Azul já recorreu a fórmula semelhante quando iniciou a operação de voos regionais, em março de 2011. Na ocasião, a empresa anunciou a compra de 40 aviões turboélice da francesa ATR e a locação de três modelos para entrega imediata. A entrada no mercado internacional não representa um passo atrás na estratégia da Azul de avançar no mercado de aviação regional, diz Neves. "Não é uma mudança de estratégia, apenas uma evolução de negócio."Destinos. A Azul ainda está negociando com as autoridades americanas para definir quais destinos serão operados pela empresa. A Azul, no entanto, entende que os voos para Miami, Orlando e Nova York são os mais rentáveis no momento para as viagens internacionais, devido ao fluxo de passageiros brasileiros que viaja para os Estados Unidos.A prioridade da Azul, segundo Neves, é que a base operacional da empresa nos Estados Unidos seja instalada no aeroporto de Fort Lauderdale, a cerca de 30 km de Miami, considera uma opção melhor do que o Miami International Airport. "É uma questão de estrutura que estamos avaliando. No aeroporto de Fort Lauderdale temos lotes maiores, mas também temos benefícios em Miami." O aeroporto de Fort Lauderdale é uma base operacional da Jet Blue, empresa criada por David Neeleman em 1998.IPO. A expansão da Azul não depende da abertura de capital, disse Neeleman. A oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) é um projeto antigo da empresa, mas que vem sendo adiado por condições adversas da economia. A estimativa do mercado é de que a empresa levantaria cerca de R$ 1 bilhão com a oferta."Nosso caixa está bem. No dia em que quisermos abrir o capital, vamos fazer", disse o empresário. "Agora não precisamos e a empresa não pode parar." / COLABOROU MARINA GAZZONI

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