A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 2,716 bilhões em janeiro. De acordo com dados divulgados há pouco pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor foi alcançado com exportações de US$ 23,137 bilhões e importações de US$ 20,420 bilhões.
Esse é o primeiro saldo comercial positivo para meses de janeiro em cinco anos, ou seja, desde 2018.
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O resultado, porém, foi menor do que a estimativa que apontava um saldo positivo de US$ 3 bilhões, de acordo com levantamento do Estadão/Broadcast. O dado ficou dentro do intervalo das estimativas, que iam de déficit de US$ 2,10 bilhões a superávit de US$ 3,20 bilhões.
A média diária das exportações registrou em janeiro aumento de 11,7%, com alta de 4,6% em agropecuária, crescimento de 9,9% em indústria da transformação e expansão de 22,3% em produtos da indústria extrativa. Os produtos mais vendidos foram petróleo, milho, minério de ferro e açúcar. Os países que mais compraram foram China, membros da União Europeia e Estados Unidos. O Mercosul ficou em quarto lugar, com predominância da Argentina.
Já as importações caíram 1,7%, com alta de 31,1% em agropecuária, queda de 36,1% em indústria extrativa e alta 4,0% em produtos da indústria da transformação, sempre na comparação pela média diária.
Meta para 2023
O diretor de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Herlon Brandão, afirmou que a balança comercial deve registrar um superávit maior em 2023 do que os US$ 62,310 bilhões acumulados no ano passado.
Segundo ele, esse resultado considera exportações que devem permanecer em patamar semelhante ao de 2022, quando totalizaram US$ 335,007 bilhões, e de importações em um patamar menor aos US$ 272,697 bilhões do ano anterior.
“Temos expectativa de exportações em 2023 em patamar semelhante ao de 2022. Mesmo com expectativas de desaceleração global, esperamos estabilidade do valor exportado. Provavelmente, teremos valor menor de importações em 2023. Mais para frente divulgaremos os dados detalhados das nossas estimativas”, disse.