BC injeta mais US$ 7 bi como parte da maior intervenção da história e dólar recua a R$ 6,07


No total, foram colocados no mercado mais de US$ 27 bilhões desde o último dia 12, para segurar a disparada do dólar; moeda chegou a atingir R$ 6,30 na quinta-feira, 19, e nesta sexta fechou cotada a R$ 6,0721

Por Cícero Cotrim
Atualização:

O Banco Central injetou nesta sexta-feira, 20, mais US$ 5 bilhões no mercado, em sua tentativa de conter a cotação do dólar. Foram US$ 3 bilhões em um leilão de dólares à vista e mais US$ 4 bilhões em dois leilões de linha (com promessa de recompra). O segundo leilão de linha, de US$ 2 bilhões, só foi efetivado depois de três tentativas - o BC informou que houve “problemas no sistema” nas duas primeiras tentativas.

No total, com todos os leilões realizados desde o dia 12 (à vista e de linha), o Banco Central colocou US$ 27,7 bilhões no mercado este mês, o maior valor em apenas um mês já registrado. O recorde até agora, de US$ 23,354 bilhões, havia sido alcançado em março de 2020, durante a pandemia de covid-19.

Os leilões de quinta-feira, 19 (US$ 8 bilhões), e desta sexta-feira, 20, ajudaram a conter a moeda americana — que chegou a atingir a casa dos R$ 6,30 na quinta-feira, 19. A moeda americana fechou a sexta-feira em queda de 0,84%, cotada a R$ 6,0721 (na véspera, havia fechado em R$ 6,1237).

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Leilões de dólares do BC visam a reduzir as cotações Foto: oleh11/Adobe S

Na quinta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou durante uma entrevista coletiva que a autarquia tem mapeado dia a dia o fluxo de saída de dólares do País, que está acima da média. O banqueiro central garantiu que continuaria agindo da forma que tem sido feita, quando disfuncionalidades são identificadas no mercado. As análises da instituição têm demonstrado que a demanda exige atuações no mercado à vista, mas ele não descartou o uso de outros instrumentos.

“Isso não significa que a gente não vai atuar daqui para a frente com swaps: a gente sempre olha as demandas, olha os fluxos, vê o que está mapeado na Ptax, o que é saída física, e escolhe os melhores instrumentos”, afirmou Campos Neto. “A gente tem uma liberdade entre os instrumentos.”

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Reservas

O Banco Central já liquidou 4,62% das suas reservas internacionais em leilões à vista de dólares apenas em dezembro, a quarta maior venda proporcional em um único mês da história do regime de câmbio flutuante. Essa razão só é menor do que venda a vista em abril de 1999 (9,66%), março de 1999 (5,62%) e setembro de 2002 (5,20%).

Nesses meses, as reservas cambiais do País somavam entre US$ 34 bilhões e US$ 38 bilhões, ante os US$ 363,003 bilhões alcançados em novembro deste ano.

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Em termos nominais, o BC liquidou US$ 16,760 bilhões no mercado à vista desde o último dia 12. A única intervenção feita nos últimos anos que se aproxima do impacto que os leilões de dezembro terão nas reservas ocorreu em março de 2020, quando o BC vendeu US$ 12,054 bilhões no mercado à vista - 3,33% das reservas, à época de US$ 362,460 bilhões.

O Banco Central injetou nesta sexta-feira, 20, mais US$ 5 bilhões no mercado, em sua tentativa de conter a cotação do dólar. Foram US$ 3 bilhões em um leilão de dólares à vista e mais US$ 4 bilhões em dois leilões de linha (com promessa de recompra). O segundo leilão de linha, de US$ 2 bilhões, só foi efetivado depois de três tentativas - o BC informou que houve “problemas no sistema” nas duas primeiras tentativas.

No total, com todos os leilões realizados desde o dia 12 (à vista e de linha), o Banco Central colocou US$ 27,7 bilhões no mercado este mês, o maior valor em apenas um mês já registrado. O recorde até agora, de US$ 23,354 bilhões, havia sido alcançado em março de 2020, durante a pandemia de covid-19.

Os leilões de quinta-feira, 19 (US$ 8 bilhões), e desta sexta-feira, 20, ajudaram a conter a moeda americana — que chegou a atingir a casa dos R$ 6,30 na quinta-feira, 19. A moeda americana fechou a sexta-feira em queda de 0,84%, cotada a R$ 6,0721 (na véspera, havia fechado em R$ 6,1237).

Leilões de dólares do BC visam a reduzir as cotações Foto: oleh11/Adobe S

Na quinta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou durante uma entrevista coletiva que a autarquia tem mapeado dia a dia o fluxo de saída de dólares do País, que está acima da média. O banqueiro central garantiu que continuaria agindo da forma que tem sido feita, quando disfuncionalidades são identificadas no mercado. As análises da instituição têm demonstrado que a demanda exige atuações no mercado à vista, mas ele não descartou o uso de outros instrumentos.

“Isso não significa que a gente não vai atuar daqui para a frente com swaps: a gente sempre olha as demandas, olha os fluxos, vê o que está mapeado na Ptax, o que é saída física, e escolhe os melhores instrumentos”, afirmou Campos Neto. “A gente tem uma liberdade entre os instrumentos.”

Reservas

O Banco Central já liquidou 4,62% das suas reservas internacionais em leilões à vista de dólares apenas em dezembro, a quarta maior venda proporcional em um único mês da história do regime de câmbio flutuante. Essa razão só é menor do que venda a vista em abril de 1999 (9,66%), março de 1999 (5,62%) e setembro de 2002 (5,20%).

Nesses meses, as reservas cambiais do País somavam entre US$ 34 bilhões e US$ 38 bilhões, ante os US$ 363,003 bilhões alcançados em novembro deste ano.

Em termos nominais, o BC liquidou US$ 16,760 bilhões no mercado à vista desde o último dia 12. A única intervenção feita nos últimos anos que se aproxima do impacto que os leilões de dezembro terão nas reservas ocorreu em março de 2020, quando o BC vendeu US$ 12,054 bilhões no mercado à vista - 3,33% das reservas, à época de US$ 362,460 bilhões.

O Banco Central injetou nesta sexta-feira, 20, mais US$ 5 bilhões no mercado, em sua tentativa de conter a cotação do dólar. Foram US$ 3 bilhões em um leilão de dólares à vista e mais US$ 4 bilhões em dois leilões de linha (com promessa de recompra). O segundo leilão de linha, de US$ 2 bilhões, só foi efetivado depois de três tentativas - o BC informou que houve “problemas no sistema” nas duas primeiras tentativas.

No total, com todos os leilões realizados desde o dia 12 (à vista e de linha), o Banco Central colocou US$ 27,7 bilhões no mercado este mês, o maior valor em apenas um mês já registrado. O recorde até agora, de US$ 23,354 bilhões, havia sido alcançado em março de 2020, durante a pandemia de covid-19.

Os leilões de quinta-feira, 19 (US$ 8 bilhões), e desta sexta-feira, 20, ajudaram a conter a moeda americana — que chegou a atingir a casa dos R$ 6,30 na quinta-feira, 19. A moeda americana fechou a sexta-feira em queda de 0,84%, cotada a R$ 6,0721 (na véspera, havia fechado em R$ 6,1237).

Leilões de dólares do BC visam a reduzir as cotações Foto: oleh11/Adobe S

Na quinta-feira, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmou durante uma entrevista coletiva que a autarquia tem mapeado dia a dia o fluxo de saída de dólares do País, que está acima da média. O banqueiro central garantiu que continuaria agindo da forma que tem sido feita, quando disfuncionalidades são identificadas no mercado. As análises da instituição têm demonstrado que a demanda exige atuações no mercado à vista, mas ele não descartou o uso de outros instrumentos.

“Isso não significa que a gente não vai atuar daqui para a frente com swaps: a gente sempre olha as demandas, olha os fluxos, vê o que está mapeado na Ptax, o que é saída física, e escolhe os melhores instrumentos”, afirmou Campos Neto. “A gente tem uma liberdade entre os instrumentos.”

Reservas

O Banco Central já liquidou 4,62% das suas reservas internacionais em leilões à vista de dólares apenas em dezembro, a quarta maior venda proporcional em um único mês da história do regime de câmbio flutuante. Essa razão só é menor do que venda a vista em abril de 1999 (9,66%), março de 1999 (5,62%) e setembro de 2002 (5,20%).

Nesses meses, as reservas cambiais do País somavam entre US$ 34 bilhões e US$ 38 bilhões, ante os US$ 363,003 bilhões alcançados em novembro deste ano.

Em termos nominais, o BC liquidou US$ 16,760 bilhões no mercado à vista desde o último dia 12. A única intervenção feita nos últimos anos que se aproxima do impacto que os leilões de dezembro terão nas reservas ocorreu em março de 2020, quando o BC vendeu US$ 12,054 bilhões no mercado à vista - 3,33% das reservas, à época de US$ 362,460 bilhões.

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