Banco Mundial rescinde acordo com o Bertin


Empresa vai devolver R$ 60 milhões de um contrato de R$ 90 milhões

Por Alexandre Inácio e Tatiana Freitas

O grupo Bertin e a International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, anunciaram a rescisão do contrato de financiamento que mantinham desde 2007, no valor de R$ 90 milhões. A empresa brasileira já havia recebido R$ 60 milhões do total do empréstimo, os quais serão devolvidos ao IFC, além de não receber mais a parcela de R$ 30 milhões que faltava. A contrapartida do financiamento acertado há dois anos seria a implementação de um projeto gradual de sustentabilidade, envolvendo as unidades da empresa no Pará. Entre os critérios exigidos pela entidade estavam práticas sociais e ambientais sustentáveis na rede de fornecedores, como comprovação de que o produtor não tenha condenação por trabalho escravo, desmatamento ilegal, violência agrária, grilagem de terras ou uso de áreas indígenas. O Bertin informa que o motivo para a rescisão foi o agravamento da crise econômica, que atingiu o agronegócio brasileiro e fez com que a empresa decidisse rever a velocidade de aplicações dos investimentos planejados. "Em decorrência dessa nova realidade, a Bertin e a IFC resolvem, de comum acordo, descontinuar a parceria", diz uma nota do grupo. Apesar da alegação econômica, a rescisão do contrato com a IFC coincide com a ação movida pelo Ministério Público Federal do Pará, que denuncia pecuaristas e frigoríficos, entre eles o Bertin, que estariam envolvidos com o desmatamento da floresta Amazônica. Em nota divulgada no final da tarde da última sexta-feira, o Bertin disse que interrompeu a compra de animais das fazendas mencionadas na recomendação do Ministério Público e que foram embargadas pelo Ibama, desde o último dia 6. No comunicado da IFC, o motivo da rescisão do contrato não é exposto, mas a instituição ressalta que "requer de si própria e de seus clientes os mais altos padrões sociais e ambientais através de seus padrões de desempenho". Ao mesmo tempo em que perdeu o apoio financeiro da IFC, o Bertin anunciou sua adesão ao Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, grupo liderado exatamente pela IFC. O objetivo é discutir e formular normas e práticas capazes de colaborar com a evolução sustentável da cadeia produtiva do gado no Brasil e, para isso, reúne representantes do setor, pecuaristas, membros da indústria, do comércio e finanças, da sociedade civil, de universidades e de instituições financeiras. A onda contra o desmatamento, iniciada exatamente com a denúncia do Ministério Público do Pará, já fez com que as três maiores redes varejistas do Brasil (Wal-Mat, Pão de Açúcar e Carrefour) suspendessem as compras das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. Entre as estratégias para tentar identificar a origem da carne comprada pelas redes está a exigência da Guia de Trânsito Animal (GTA) nas notas fiscais de compra dos frigoríficos. Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.

O grupo Bertin e a International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, anunciaram a rescisão do contrato de financiamento que mantinham desde 2007, no valor de R$ 90 milhões. A empresa brasileira já havia recebido R$ 60 milhões do total do empréstimo, os quais serão devolvidos ao IFC, além de não receber mais a parcela de R$ 30 milhões que faltava. A contrapartida do financiamento acertado há dois anos seria a implementação de um projeto gradual de sustentabilidade, envolvendo as unidades da empresa no Pará. Entre os critérios exigidos pela entidade estavam práticas sociais e ambientais sustentáveis na rede de fornecedores, como comprovação de que o produtor não tenha condenação por trabalho escravo, desmatamento ilegal, violência agrária, grilagem de terras ou uso de áreas indígenas. O Bertin informa que o motivo para a rescisão foi o agravamento da crise econômica, que atingiu o agronegócio brasileiro e fez com que a empresa decidisse rever a velocidade de aplicações dos investimentos planejados. "Em decorrência dessa nova realidade, a Bertin e a IFC resolvem, de comum acordo, descontinuar a parceria", diz uma nota do grupo. Apesar da alegação econômica, a rescisão do contrato com a IFC coincide com a ação movida pelo Ministério Público Federal do Pará, que denuncia pecuaristas e frigoríficos, entre eles o Bertin, que estariam envolvidos com o desmatamento da floresta Amazônica. Em nota divulgada no final da tarde da última sexta-feira, o Bertin disse que interrompeu a compra de animais das fazendas mencionadas na recomendação do Ministério Público e que foram embargadas pelo Ibama, desde o último dia 6. No comunicado da IFC, o motivo da rescisão do contrato não é exposto, mas a instituição ressalta que "requer de si própria e de seus clientes os mais altos padrões sociais e ambientais através de seus padrões de desempenho". Ao mesmo tempo em que perdeu o apoio financeiro da IFC, o Bertin anunciou sua adesão ao Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, grupo liderado exatamente pela IFC. O objetivo é discutir e formular normas e práticas capazes de colaborar com a evolução sustentável da cadeia produtiva do gado no Brasil e, para isso, reúne representantes do setor, pecuaristas, membros da indústria, do comércio e finanças, da sociedade civil, de universidades e de instituições financeiras. A onda contra o desmatamento, iniciada exatamente com a denúncia do Ministério Público do Pará, já fez com que as três maiores redes varejistas do Brasil (Wal-Mat, Pão de Açúcar e Carrefour) suspendessem as compras das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. Entre as estratégias para tentar identificar a origem da carne comprada pelas redes está a exigência da Guia de Trânsito Animal (GTA) nas notas fiscais de compra dos frigoríficos. Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.

O grupo Bertin e a International Finance Corporation (IFC), braço financeiro do Banco Mundial, anunciaram a rescisão do contrato de financiamento que mantinham desde 2007, no valor de R$ 90 milhões. A empresa brasileira já havia recebido R$ 60 milhões do total do empréstimo, os quais serão devolvidos ao IFC, além de não receber mais a parcela de R$ 30 milhões que faltava. A contrapartida do financiamento acertado há dois anos seria a implementação de um projeto gradual de sustentabilidade, envolvendo as unidades da empresa no Pará. Entre os critérios exigidos pela entidade estavam práticas sociais e ambientais sustentáveis na rede de fornecedores, como comprovação de que o produtor não tenha condenação por trabalho escravo, desmatamento ilegal, violência agrária, grilagem de terras ou uso de áreas indígenas. O Bertin informa que o motivo para a rescisão foi o agravamento da crise econômica, que atingiu o agronegócio brasileiro e fez com que a empresa decidisse rever a velocidade de aplicações dos investimentos planejados. "Em decorrência dessa nova realidade, a Bertin e a IFC resolvem, de comum acordo, descontinuar a parceria", diz uma nota do grupo. Apesar da alegação econômica, a rescisão do contrato com a IFC coincide com a ação movida pelo Ministério Público Federal do Pará, que denuncia pecuaristas e frigoríficos, entre eles o Bertin, que estariam envolvidos com o desmatamento da floresta Amazônica. Em nota divulgada no final da tarde da última sexta-feira, o Bertin disse que interrompeu a compra de animais das fazendas mencionadas na recomendação do Ministério Público e que foram embargadas pelo Ibama, desde o último dia 6. No comunicado da IFC, o motivo da rescisão do contrato não é exposto, mas a instituição ressalta que "requer de si própria e de seus clientes os mais altos padrões sociais e ambientais através de seus padrões de desempenho". Ao mesmo tempo em que perdeu o apoio financeiro da IFC, o Bertin anunciou sua adesão ao Grupo de Trabalho da Pecuária Sustentável, grupo liderado exatamente pela IFC. O objetivo é discutir e formular normas e práticas capazes de colaborar com a evolução sustentável da cadeia produtiva do gado no Brasil e, para isso, reúne representantes do setor, pecuaristas, membros da indústria, do comércio e finanças, da sociedade civil, de universidades e de instituições financeiras. A onda contra o desmatamento, iniciada exatamente com a denúncia do Ministério Público do Pará, já fez com que as três maiores redes varejistas do Brasil (Wal-Mat, Pão de Açúcar e Carrefour) suspendessem as compras das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. Entre as estratégias para tentar identificar a origem da carne comprada pelas redes está a exigência da Guia de Trânsito Animal (GTA) nas notas fiscais de compra dos frigoríficos. Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.

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