Bancos lançam contas fora do País em nova ofensiva para atrair brasileiro


Instituições buscam preparar terreno no exterior, em especial nos EUA, para receber recursos para diversificação de investimentos

Por Aline Bronzati e Aramis Merki II

Depois de reforçarem suas estruturas fora do País, bancos brasileiros lançam mão de nova ofensiva para atrair recursos de brasileiros e latinos endinheirados – o cenário de queda de juros na região deve contribuir para uma quebra das fronteiras nos investimentos. Enquanto BTG Pactual e Bradesco preparam o lançamento de contas globais nos próximos meses, o rival Itaú Unibanco, que preferiu o caminho inorgânico, aguarda o aval do Banco Central (BC) para colocar os pés na americana Avenue. Por sua vez, o mineiro Inter, após duas aquisições nos Estados Unidos, decidiu começar o negócio da sua corretora do zero no país.

Diferentes estratégias têm em comum o mesmo alvo: preparar o terreno no exterior, em especial, nos EUA, para receber recursos que podem migrar para fora do País em busca de diversificação da carteira de investimentos. A diferença agora é que a mira não está somente nos super-ricos, mas também na ponta do varejo com fôlego para expor um pedacinho do seu portfólio no exterior, fora a ambição de atrair também recursos de investidores da América Latina. Em uma disputa mais difícil com os pesos-pesados de Wall Street, os planos visam até mesmo os americanos.

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Na primeira metade do ano, uma mostra de movimento de migração internacional foi sentida após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, com a guinada à esquerda na América Latina, e ainda o dólar abaixo de R$ 5,00. Teve banco brasileiro que chegou a captar mais fora do que dentro de casa, em um fato inédito na história desse conglomerado, diz um executivo, na condição de anonimato.

VOLUME. Para os próximos anos, a expectativa é de que um maior volume de recursos migre para os EUA e Europa em meio à necessidade de diversificação dos investimentos e a queda dos juros no Brasil – e, mais à frente, no mercado americano. O presidente da Avenue, Roberto Lee, estima que R$ 1 trilhão de recursos de brasileiros devem desembarcar em solo americano na próxima década.

Uma exibição mostra a maioria dos indicadores no pregão da Bolsa de Valores de Nova York em Nova York, quarta-feira, 15 de março de 2023. (AP Photo/Seth Wenig) Foto: Seth Wenig/AP - 15/03/2023
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Dados do BC mostram entradas no total de US$ 165 milhões de investimento brasileiro no exterior no primeiro trimestre. Em 2022, o saldo havia ficado negativo em US$ 251 milhões após o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021.

De olho no potencial futuro, a Avenue, que viu seu volume de captação saltar desde que trouxe a grife “Itaú” para o negócio, mira novas aquisições como a da startup myProfit, voltada a facilitar a vida do investidor de Bolsa em cálculos de impostos e de performance.

A corrida dos bancos ao exterior para abrir contas para os brasileiros agita a concorrência. O Itaú movimentou o mercado com a compra de uma fatia da Avenue. O rival Inter, por exemplo, decidiu montar esse negócio do zero nos EUA. O banco acaba de receber a licença da Financial Industry Regulatory Authority (Finra, agência autorreguladora de corretagem nos EUA) para operar como corretora de investimentos no país por meio da Inter&Co Securities.

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O Inter pretende lançar ainda duas filiais fora do país, uma nas Ilhas Cayman e outra em Miami (EUA), e também vai estruturar uma plataforma de “wealth management” para atender os clientes endinheirados.

Para tocar a nova fase de expansão do banco mineiro nos EUA, o diretor da Inter Invest, Felipe Bottino, se mudou para Miami. Ao seu lado, está Cassio Segura, executivo sócio da recém-adquirida YellowFi, com foco em financiamento imobiliário nos EUA, e que foi ainda CEO do BB Americas no passado. “A gente não quer servir única e exclusivamente para o brasileiro. Um dos sonhos grandes é ter também o investidor americano”, disse Bottino.

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VENDA. Com a proximidade da autorização da venda de parte da Avenue para o Itaú, outros concorrentes que utilizavam a corretora americana fundada por Lee também começam a se mexer. O BTG Pactual prepara para o terceiro trimestre a conta para investimentos nos EUA para clientes de varejo.

Até então, o banco oferecia o acesso ao mercado americano apenas aos clientes com US$ 250 mil ou mais para investir. A plataforma vai começar com a disponibilidade de ações, que era a maior demanda dos clientes do banco, segundo Marcelo Flora, sócio e responsável pelas plataformas digitais do BTG. O plano é, em seguida, adicionar fundos e depois renda fixa.

“Dependendo da configuração do nosso parceiro, se for um family office, por exemplo, ele pode abrir a conta do cliente dele onde quiser. Mas o que estamos construindo aqui é justamente para garantir ao meu parceiro que ele não precise abrir conta em outra instituição. Ele terá uma única conta, menos complexa, com menos custo operacional”, diz Flora.

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Já a XP oferece conta de investimentos internacional desde maio de 2022, mas em um passo adiante acaba de disponibilizar 100 fundos diretamente no exterior. O serviço está disponível aos clientes com mais de R$ 10 mil na plataforma de investimentos, o que significa uma base de mais de um milhão de contas. Segundo Diego Correia, gestor na área de investimentos internacionais da XP, o número de clientes com a conta vem duplicando a cada 15 a 25 dias.

MATURIDADE. Correia avalia que a expansão da oferta de formas para acessar o exterior surgiu a partir da maturidade do investidor, que passou a ver a importância da diversificação geográfica de seus ativos. “Em consequência, o movimento dos players é geral. Não é de fintech ‘A’ ou bancão ‘B’. Se você não tiver isso para o cliente, alguém vai ter.”

A XP começou com fundos de índice (ETF, na sigla em inglês), ações e fundos imobiliários (Reits, na sigla em inglês). Depois, adicionou ao cardápio os títulos do tesouro americano e de renda fixa.

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Apesar de dado fraco da economia dos EUA, Bolsa de Nova York fechou com recorde hoje. Foto: Richard Drew/AP

Em paralelo a uma nova injeção de recursos em seu banco nos EUA, o Bradesco traz a público em julho sua conta internacional digital. O conglomerado optou por construir a sua solução dentro de casa, em uma unidade nas Ilhas Cayman. Voltada a quem viaja ao exterior, a My Account permite ao cliente comprar dólar pelo câmbio comercial e acesso aos recursos no exterior por meio de um cartão de débito. O objetivo do banco é que no futuro a conta seja uma ponte para quem deseja investir, de acordo com Roberto Medeiros, diretor internacional e de câmbio do Bradesco.

O anúncio da conta internacional do Bradesco é mais um passo para crescer nos EUA. O banco inaugurou a nova sede do antigo BAC Florida Bank, que foi rebatizado para Bradesco Bank, em abril último, e prevê concluir neste mês o aporte de US$ 230 milhões para ter combustível para crescer em território americano. Com a nova injeção, o Bradesco elevará o investimento em seu negócio nos EUA em cerca de 50%, para US$ 730 milhões (quase R$ 4 bilhões), desde que o adquiriu, em 2019.

DIVERSIFICAÇÃO. Parte da diversificação para o exterior deve ocorrer por meio de fundos de índices, chamados ETFs, no jargão de mercado, o que atraiu a Global X, maior gestora de ETFs do mundo, com sede nos EUA, a desembarcar no Brasil há cerca de um ano. “É inexorável. Isso vai acontecer. No mundo inteiro aconteceu e estava acontecendo no Brasil até a Selic alcançar o nível em que está hoje”, diz o diretor-geral da Global X Brasil, Bruno Stein. A gestora mira US$ 1 bilhão até 2025 no País. Em seu primeiro ano, já atraiu cerca de US$ 150 milhões.

Depois de reforçarem suas estruturas fora do País, bancos brasileiros lançam mão de nova ofensiva para atrair recursos de brasileiros e latinos endinheirados – o cenário de queda de juros na região deve contribuir para uma quebra das fronteiras nos investimentos. Enquanto BTG Pactual e Bradesco preparam o lançamento de contas globais nos próximos meses, o rival Itaú Unibanco, que preferiu o caminho inorgânico, aguarda o aval do Banco Central (BC) para colocar os pés na americana Avenue. Por sua vez, o mineiro Inter, após duas aquisições nos Estados Unidos, decidiu começar o negócio da sua corretora do zero no país.

Diferentes estratégias têm em comum o mesmo alvo: preparar o terreno no exterior, em especial, nos EUA, para receber recursos que podem migrar para fora do País em busca de diversificação da carteira de investimentos. A diferença agora é que a mira não está somente nos super-ricos, mas também na ponta do varejo com fôlego para expor um pedacinho do seu portfólio no exterior, fora a ambição de atrair também recursos de investidores da América Latina. Em uma disputa mais difícil com os pesos-pesados de Wall Street, os planos visam até mesmo os americanos.

Na primeira metade do ano, uma mostra de movimento de migração internacional foi sentida após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, com a guinada à esquerda na América Latina, e ainda o dólar abaixo de R$ 5,00. Teve banco brasileiro que chegou a captar mais fora do que dentro de casa, em um fato inédito na história desse conglomerado, diz um executivo, na condição de anonimato.

VOLUME. Para os próximos anos, a expectativa é de que um maior volume de recursos migre para os EUA e Europa em meio à necessidade de diversificação dos investimentos e a queda dos juros no Brasil – e, mais à frente, no mercado americano. O presidente da Avenue, Roberto Lee, estima que R$ 1 trilhão de recursos de brasileiros devem desembarcar em solo americano na próxima década.

Uma exibição mostra a maioria dos indicadores no pregão da Bolsa de Valores de Nova York em Nova York, quarta-feira, 15 de março de 2023. (AP Photo/Seth Wenig) Foto: Seth Wenig/AP - 15/03/2023

Dados do BC mostram entradas no total de US$ 165 milhões de investimento brasileiro no exterior no primeiro trimestre. Em 2022, o saldo havia ficado negativo em US$ 251 milhões após o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021.

De olho no potencial futuro, a Avenue, que viu seu volume de captação saltar desde que trouxe a grife “Itaú” para o negócio, mira novas aquisições como a da startup myProfit, voltada a facilitar a vida do investidor de Bolsa em cálculos de impostos e de performance.

A corrida dos bancos ao exterior para abrir contas para os brasileiros agita a concorrência. O Itaú movimentou o mercado com a compra de uma fatia da Avenue. O rival Inter, por exemplo, decidiu montar esse negócio do zero nos EUA. O banco acaba de receber a licença da Financial Industry Regulatory Authority (Finra, agência autorreguladora de corretagem nos EUA) para operar como corretora de investimentos no país por meio da Inter&Co Securities.

O Inter pretende lançar ainda duas filiais fora do país, uma nas Ilhas Cayman e outra em Miami (EUA), e também vai estruturar uma plataforma de “wealth management” para atender os clientes endinheirados.

Para tocar a nova fase de expansão do banco mineiro nos EUA, o diretor da Inter Invest, Felipe Bottino, se mudou para Miami. Ao seu lado, está Cassio Segura, executivo sócio da recém-adquirida YellowFi, com foco em financiamento imobiliário nos EUA, e que foi ainda CEO do BB Americas no passado. “A gente não quer servir única e exclusivamente para o brasileiro. Um dos sonhos grandes é ter também o investidor americano”, disse Bottino.

VENDA. Com a proximidade da autorização da venda de parte da Avenue para o Itaú, outros concorrentes que utilizavam a corretora americana fundada por Lee também começam a se mexer. O BTG Pactual prepara para o terceiro trimestre a conta para investimentos nos EUA para clientes de varejo.

Até então, o banco oferecia o acesso ao mercado americano apenas aos clientes com US$ 250 mil ou mais para investir. A plataforma vai começar com a disponibilidade de ações, que era a maior demanda dos clientes do banco, segundo Marcelo Flora, sócio e responsável pelas plataformas digitais do BTG. O plano é, em seguida, adicionar fundos e depois renda fixa.

“Dependendo da configuração do nosso parceiro, se for um family office, por exemplo, ele pode abrir a conta do cliente dele onde quiser. Mas o que estamos construindo aqui é justamente para garantir ao meu parceiro que ele não precise abrir conta em outra instituição. Ele terá uma única conta, menos complexa, com menos custo operacional”, diz Flora.

Já a XP oferece conta de investimentos internacional desde maio de 2022, mas em um passo adiante acaba de disponibilizar 100 fundos diretamente no exterior. O serviço está disponível aos clientes com mais de R$ 10 mil na plataforma de investimentos, o que significa uma base de mais de um milhão de contas. Segundo Diego Correia, gestor na área de investimentos internacionais da XP, o número de clientes com a conta vem duplicando a cada 15 a 25 dias.

MATURIDADE. Correia avalia que a expansão da oferta de formas para acessar o exterior surgiu a partir da maturidade do investidor, que passou a ver a importância da diversificação geográfica de seus ativos. “Em consequência, o movimento dos players é geral. Não é de fintech ‘A’ ou bancão ‘B’. Se você não tiver isso para o cliente, alguém vai ter.”

A XP começou com fundos de índice (ETF, na sigla em inglês), ações e fundos imobiliários (Reits, na sigla em inglês). Depois, adicionou ao cardápio os títulos do tesouro americano e de renda fixa.

Apesar de dado fraco da economia dos EUA, Bolsa de Nova York fechou com recorde hoje. Foto: Richard Drew/AP

Em paralelo a uma nova injeção de recursos em seu banco nos EUA, o Bradesco traz a público em julho sua conta internacional digital. O conglomerado optou por construir a sua solução dentro de casa, em uma unidade nas Ilhas Cayman. Voltada a quem viaja ao exterior, a My Account permite ao cliente comprar dólar pelo câmbio comercial e acesso aos recursos no exterior por meio de um cartão de débito. O objetivo do banco é que no futuro a conta seja uma ponte para quem deseja investir, de acordo com Roberto Medeiros, diretor internacional e de câmbio do Bradesco.

O anúncio da conta internacional do Bradesco é mais um passo para crescer nos EUA. O banco inaugurou a nova sede do antigo BAC Florida Bank, que foi rebatizado para Bradesco Bank, em abril último, e prevê concluir neste mês o aporte de US$ 230 milhões para ter combustível para crescer em território americano. Com a nova injeção, o Bradesco elevará o investimento em seu negócio nos EUA em cerca de 50%, para US$ 730 milhões (quase R$ 4 bilhões), desde que o adquiriu, em 2019.

DIVERSIFICAÇÃO. Parte da diversificação para o exterior deve ocorrer por meio de fundos de índices, chamados ETFs, no jargão de mercado, o que atraiu a Global X, maior gestora de ETFs do mundo, com sede nos EUA, a desembarcar no Brasil há cerca de um ano. “É inexorável. Isso vai acontecer. No mundo inteiro aconteceu e estava acontecendo no Brasil até a Selic alcançar o nível em que está hoje”, diz o diretor-geral da Global X Brasil, Bruno Stein. A gestora mira US$ 1 bilhão até 2025 no País. Em seu primeiro ano, já atraiu cerca de US$ 150 milhões.

Depois de reforçarem suas estruturas fora do País, bancos brasileiros lançam mão de nova ofensiva para atrair recursos de brasileiros e latinos endinheirados – o cenário de queda de juros na região deve contribuir para uma quebra das fronteiras nos investimentos. Enquanto BTG Pactual e Bradesco preparam o lançamento de contas globais nos próximos meses, o rival Itaú Unibanco, que preferiu o caminho inorgânico, aguarda o aval do Banco Central (BC) para colocar os pés na americana Avenue. Por sua vez, o mineiro Inter, após duas aquisições nos Estados Unidos, decidiu começar o negócio da sua corretora do zero no país.

Diferentes estratégias têm em comum o mesmo alvo: preparar o terreno no exterior, em especial, nos EUA, para receber recursos que podem migrar para fora do País em busca de diversificação da carteira de investimentos. A diferença agora é que a mira não está somente nos super-ricos, mas também na ponta do varejo com fôlego para expor um pedacinho do seu portfólio no exterior, fora a ambição de atrair também recursos de investidores da América Latina. Em uma disputa mais difícil com os pesos-pesados de Wall Street, os planos visam até mesmo os americanos.

Na primeira metade do ano, uma mostra de movimento de migração internacional foi sentida após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, com a guinada à esquerda na América Latina, e ainda o dólar abaixo de R$ 5,00. Teve banco brasileiro que chegou a captar mais fora do que dentro de casa, em um fato inédito na história desse conglomerado, diz um executivo, na condição de anonimato.

VOLUME. Para os próximos anos, a expectativa é de que um maior volume de recursos migre para os EUA e Europa em meio à necessidade de diversificação dos investimentos e a queda dos juros no Brasil – e, mais à frente, no mercado americano. O presidente da Avenue, Roberto Lee, estima que R$ 1 trilhão de recursos de brasileiros devem desembarcar em solo americano na próxima década.

Uma exibição mostra a maioria dos indicadores no pregão da Bolsa de Valores de Nova York em Nova York, quarta-feira, 15 de março de 2023. (AP Photo/Seth Wenig) Foto: Seth Wenig/AP - 15/03/2023

Dados do BC mostram entradas no total de US$ 165 milhões de investimento brasileiro no exterior no primeiro trimestre. Em 2022, o saldo havia ficado negativo em US$ 251 milhões após o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021.

De olho no potencial futuro, a Avenue, que viu seu volume de captação saltar desde que trouxe a grife “Itaú” para o negócio, mira novas aquisições como a da startup myProfit, voltada a facilitar a vida do investidor de Bolsa em cálculos de impostos e de performance.

A corrida dos bancos ao exterior para abrir contas para os brasileiros agita a concorrência. O Itaú movimentou o mercado com a compra de uma fatia da Avenue. O rival Inter, por exemplo, decidiu montar esse negócio do zero nos EUA. O banco acaba de receber a licença da Financial Industry Regulatory Authority (Finra, agência autorreguladora de corretagem nos EUA) para operar como corretora de investimentos no país por meio da Inter&Co Securities.

O Inter pretende lançar ainda duas filiais fora do país, uma nas Ilhas Cayman e outra em Miami (EUA), e também vai estruturar uma plataforma de “wealth management” para atender os clientes endinheirados.

Para tocar a nova fase de expansão do banco mineiro nos EUA, o diretor da Inter Invest, Felipe Bottino, se mudou para Miami. Ao seu lado, está Cassio Segura, executivo sócio da recém-adquirida YellowFi, com foco em financiamento imobiliário nos EUA, e que foi ainda CEO do BB Americas no passado. “A gente não quer servir única e exclusivamente para o brasileiro. Um dos sonhos grandes é ter também o investidor americano”, disse Bottino.

VENDA. Com a proximidade da autorização da venda de parte da Avenue para o Itaú, outros concorrentes que utilizavam a corretora americana fundada por Lee também começam a se mexer. O BTG Pactual prepara para o terceiro trimestre a conta para investimentos nos EUA para clientes de varejo.

Até então, o banco oferecia o acesso ao mercado americano apenas aos clientes com US$ 250 mil ou mais para investir. A plataforma vai começar com a disponibilidade de ações, que era a maior demanda dos clientes do banco, segundo Marcelo Flora, sócio e responsável pelas plataformas digitais do BTG. O plano é, em seguida, adicionar fundos e depois renda fixa.

“Dependendo da configuração do nosso parceiro, se for um family office, por exemplo, ele pode abrir a conta do cliente dele onde quiser. Mas o que estamos construindo aqui é justamente para garantir ao meu parceiro que ele não precise abrir conta em outra instituição. Ele terá uma única conta, menos complexa, com menos custo operacional”, diz Flora.

Já a XP oferece conta de investimentos internacional desde maio de 2022, mas em um passo adiante acaba de disponibilizar 100 fundos diretamente no exterior. O serviço está disponível aos clientes com mais de R$ 10 mil na plataforma de investimentos, o que significa uma base de mais de um milhão de contas. Segundo Diego Correia, gestor na área de investimentos internacionais da XP, o número de clientes com a conta vem duplicando a cada 15 a 25 dias.

MATURIDADE. Correia avalia que a expansão da oferta de formas para acessar o exterior surgiu a partir da maturidade do investidor, que passou a ver a importância da diversificação geográfica de seus ativos. “Em consequência, o movimento dos players é geral. Não é de fintech ‘A’ ou bancão ‘B’. Se você não tiver isso para o cliente, alguém vai ter.”

A XP começou com fundos de índice (ETF, na sigla em inglês), ações e fundos imobiliários (Reits, na sigla em inglês). Depois, adicionou ao cardápio os títulos do tesouro americano e de renda fixa.

Apesar de dado fraco da economia dos EUA, Bolsa de Nova York fechou com recorde hoje. Foto: Richard Drew/AP

Em paralelo a uma nova injeção de recursos em seu banco nos EUA, o Bradesco traz a público em julho sua conta internacional digital. O conglomerado optou por construir a sua solução dentro de casa, em uma unidade nas Ilhas Cayman. Voltada a quem viaja ao exterior, a My Account permite ao cliente comprar dólar pelo câmbio comercial e acesso aos recursos no exterior por meio de um cartão de débito. O objetivo do banco é que no futuro a conta seja uma ponte para quem deseja investir, de acordo com Roberto Medeiros, diretor internacional e de câmbio do Bradesco.

O anúncio da conta internacional do Bradesco é mais um passo para crescer nos EUA. O banco inaugurou a nova sede do antigo BAC Florida Bank, que foi rebatizado para Bradesco Bank, em abril último, e prevê concluir neste mês o aporte de US$ 230 milhões para ter combustível para crescer em território americano. Com a nova injeção, o Bradesco elevará o investimento em seu negócio nos EUA em cerca de 50%, para US$ 730 milhões (quase R$ 4 bilhões), desde que o adquiriu, em 2019.

DIVERSIFICAÇÃO. Parte da diversificação para o exterior deve ocorrer por meio de fundos de índices, chamados ETFs, no jargão de mercado, o que atraiu a Global X, maior gestora de ETFs do mundo, com sede nos EUA, a desembarcar no Brasil há cerca de um ano. “É inexorável. Isso vai acontecer. No mundo inteiro aconteceu e estava acontecendo no Brasil até a Selic alcançar o nível em que está hoje”, diz o diretor-geral da Global X Brasil, Bruno Stein. A gestora mira US$ 1 bilhão até 2025 no País. Em seu primeiro ano, já atraiu cerca de US$ 150 milhões.

Depois de reforçarem suas estruturas fora do País, bancos brasileiros lançam mão de nova ofensiva para atrair recursos de brasileiros e latinos endinheirados – o cenário de queda de juros na região deve contribuir para uma quebra das fronteiras nos investimentos. Enquanto BTG Pactual e Bradesco preparam o lançamento de contas globais nos próximos meses, o rival Itaú Unibanco, que preferiu o caminho inorgânico, aguarda o aval do Banco Central (BC) para colocar os pés na americana Avenue. Por sua vez, o mineiro Inter, após duas aquisições nos Estados Unidos, decidiu começar o negócio da sua corretora do zero no país.

Diferentes estratégias têm em comum o mesmo alvo: preparar o terreno no exterior, em especial, nos EUA, para receber recursos que podem migrar para fora do País em busca de diversificação da carteira de investimentos. A diferença agora é que a mira não está somente nos super-ricos, mas também na ponta do varejo com fôlego para expor um pedacinho do seu portfólio no exterior, fora a ambição de atrair também recursos de investidores da América Latina. Em uma disputa mais difícil com os pesos-pesados de Wall Street, os planos visam até mesmo os americanos.

Na primeira metade do ano, uma mostra de movimento de migração internacional foi sentida após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, com a guinada à esquerda na América Latina, e ainda o dólar abaixo de R$ 5,00. Teve banco brasileiro que chegou a captar mais fora do que dentro de casa, em um fato inédito na história desse conglomerado, diz um executivo, na condição de anonimato.

VOLUME. Para os próximos anos, a expectativa é de que um maior volume de recursos migre para os EUA e Europa em meio à necessidade de diversificação dos investimentos e a queda dos juros no Brasil – e, mais à frente, no mercado americano. O presidente da Avenue, Roberto Lee, estima que R$ 1 trilhão de recursos de brasileiros devem desembarcar em solo americano na próxima década.

Uma exibição mostra a maioria dos indicadores no pregão da Bolsa de Valores de Nova York em Nova York, quarta-feira, 15 de março de 2023. (AP Photo/Seth Wenig) Foto: Seth Wenig/AP - 15/03/2023

Dados do BC mostram entradas no total de US$ 165 milhões de investimento brasileiro no exterior no primeiro trimestre. Em 2022, o saldo havia ficado negativo em US$ 251 milhões após o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021.

De olho no potencial futuro, a Avenue, que viu seu volume de captação saltar desde que trouxe a grife “Itaú” para o negócio, mira novas aquisições como a da startup myProfit, voltada a facilitar a vida do investidor de Bolsa em cálculos de impostos e de performance.

A corrida dos bancos ao exterior para abrir contas para os brasileiros agita a concorrência. O Itaú movimentou o mercado com a compra de uma fatia da Avenue. O rival Inter, por exemplo, decidiu montar esse negócio do zero nos EUA. O banco acaba de receber a licença da Financial Industry Regulatory Authority (Finra, agência autorreguladora de corretagem nos EUA) para operar como corretora de investimentos no país por meio da Inter&Co Securities.

O Inter pretende lançar ainda duas filiais fora do país, uma nas Ilhas Cayman e outra em Miami (EUA), e também vai estruturar uma plataforma de “wealth management” para atender os clientes endinheirados.

Para tocar a nova fase de expansão do banco mineiro nos EUA, o diretor da Inter Invest, Felipe Bottino, se mudou para Miami. Ao seu lado, está Cassio Segura, executivo sócio da recém-adquirida YellowFi, com foco em financiamento imobiliário nos EUA, e que foi ainda CEO do BB Americas no passado. “A gente não quer servir única e exclusivamente para o brasileiro. Um dos sonhos grandes é ter também o investidor americano”, disse Bottino.

VENDA. Com a proximidade da autorização da venda de parte da Avenue para o Itaú, outros concorrentes que utilizavam a corretora americana fundada por Lee também começam a se mexer. O BTG Pactual prepara para o terceiro trimestre a conta para investimentos nos EUA para clientes de varejo.

Até então, o banco oferecia o acesso ao mercado americano apenas aos clientes com US$ 250 mil ou mais para investir. A plataforma vai começar com a disponibilidade de ações, que era a maior demanda dos clientes do banco, segundo Marcelo Flora, sócio e responsável pelas plataformas digitais do BTG. O plano é, em seguida, adicionar fundos e depois renda fixa.

“Dependendo da configuração do nosso parceiro, se for um family office, por exemplo, ele pode abrir a conta do cliente dele onde quiser. Mas o que estamos construindo aqui é justamente para garantir ao meu parceiro que ele não precise abrir conta em outra instituição. Ele terá uma única conta, menos complexa, com menos custo operacional”, diz Flora.

Já a XP oferece conta de investimentos internacional desde maio de 2022, mas em um passo adiante acaba de disponibilizar 100 fundos diretamente no exterior. O serviço está disponível aos clientes com mais de R$ 10 mil na plataforma de investimentos, o que significa uma base de mais de um milhão de contas. Segundo Diego Correia, gestor na área de investimentos internacionais da XP, o número de clientes com a conta vem duplicando a cada 15 a 25 dias.

MATURIDADE. Correia avalia que a expansão da oferta de formas para acessar o exterior surgiu a partir da maturidade do investidor, que passou a ver a importância da diversificação geográfica de seus ativos. “Em consequência, o movimento dos players é geral. Não é de fintech ‘A’ ou bancão ‘B’. Se você não tiver isso para o cliente, alguém vai ter.”

A XP começou com fundos de índice (ETF, na sigla em inglês), ações e fundos imobiliários (Reits, na sigla em inglês). Depois, adicionou ao cardápio os títulos do tesouro americano e de renda fixa.

Apesar de dado fraco da economia dos EUA, Bolsa de Nova York fechou com recorde hoje. Foto: Richard Drew/AP

Em paralelo a uma nova injeção de recursos em seu banco nos EUA, o Bradesco traz a público em julho sua conta internacional digital. O conglomerado optou por construir a sua solução dentro de casa, em uma unidade nas Ilhas Cayman. Voltada a quem viaja ao exterior, a My Account permite ao cliente comprar dólar pelo câmbio comercial e acesso aos recursos no exterior por meio de um cartão de débito. O objetivo do banco é que no futuro a conta seja uma ponte para quem deseja investir, de acordo com Roberto Medeiros, diretor internacional e de câmbio do Bradesco.

O anúncio da conta internacional do Bradesco é mais um passo para crescer nos EUA. O banco inaugurou a nova sede do antigo BAC Florida Bank, que foi rebatizado para Bradesco Bank, em abril último, e prevê concluir neste mês o aporte de US$ 230 milhões para ter combustível para crescer em território americano. Com a nova injeção, o Bradesco elevará o investimento em seu negócio nos EUA em cerca de 50%, para US$ 730 milhões (quase R$ 4 bilhões), desde que o adquiriu, em 2019.

DIVERSIFICAÇÃO. Parte da diversificação para o exterior deve ocorrer por meio de fundos de índices, chamados ETFs, no jargão de mercado, o que atraiu a Global X, maior gestora de ETFs do mundo, com sede nos EUA, a desembarcar no Brasil há cerca de um ano. “É inexorável. Isso vai acontecer. No mundo inteiro aconteceu e estava acontecendo no Brasil até a Selic alcançar o nível em que está hoje”, diz o diretor-geral da Global X Brasil, Bruno Stein. A gestora mira US$ 1 bilhão até 2025 no País. Em seu primeiro ano, já atraiu cerca de US$ 150 milhões.

Depois de reforçarem suas estruturas fora do País, bancos brasileiros lançam mão de nova ofensiva para atrair recursos de brasileiros e latinos endinheirados – o cenário de queda de juros na região deve contribuir para uma quebra das fronteiras nos investimentos. Enquanto BTG Pactual e Bradesco preparam o lançamento de contas globais nos próximos meses, o rival Itaú Unibanco, que preferiu o caminho inorgânico, aguarda o aval do Banco Central (BC) para colocar os pés na americana Avenue. Por sua vez, o mineiro Inter, após duas aquisições nos Estados Unidos, decidiu começar o negócio da sua corretora do zero no país.

Diferentes estratégias têm em comum o mesmo alvo: preparar o terreno no exterior, em especial, nos EUA, para receber recursos que podem migrar para fora do País em busca de diversificação da carteira de investimentos. A diferença agora é que a mira não está somente nos super-ricos, mas também na ponta do varejo com fôlego para expor um pedacinho do seu portfólio no exterior, fora a ambição de atrair também recursos de investidores da América Latina. Em uma disputa mais difícil com os pesos-pesados de Wall Street, os planos visam até mesmo os americanos.

Na primeira metade do ano, uma mostra de movimento de migração internacional foi sentida após a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, com a guinada à esquerda na América Latina, e ainda o dólar abaixo de R$ 5,00. Teve banco brasileiro que chegou a captar mais fora do que dentro de casa, em um fato inédito na história desse conglomerado, diz um executivo, na condição de anonimato.

VOLUME. Para os próximos anos, a expectativa é de que um maior volume de recursos migre para os EUA e Europa em meio à necessidade de diversificação dos investimentos e a queda dos juros no Brasil – e, mais à frente, no mercado americano. O presidente da Avenue, Roberto Lee, estima que R$ 1 trilhão de recursos de brasileiros devem desembarcar em solo americano na próxima década.

Uma exibição mostra a maioria dos indicadores no pregão da Bolsa de Valores de Nova York em Nova York, quarta-feira, 15 de março de 2023. (AP Photo/Seth Wenig) Foto: Seth Wenig/AP - 15/03/2023

Dados do BC mostram entradas no total de US$ 165 milhões de investimento brasileiro no exterior no primeiro trimestre. Em 2022, o saldo havia ficado negativo em US$ 251 milhões após o recorde de US$ 15,4 bilhões em 2021.

De olho no potencial futuro, a Avenue, que viu seu volume de captação saltar desde que trouxe a grife “Itaú” para o negócio, mira novas aquisições como a da startup myProfit, voltada a facilitar a vida do investidor de Bolsa em cálculos de impostos e de performance.

A corrida dos bancos ao exterior para abrir contas para os brasileiros agita a concorrência. O Itaú movimentou o mercado com a compra de uma fatia da Avenue. O rival Inter, por exemplo, decidiu montar esse negócio do zero nos EUA. O banco acaba de receber a licença da Financial Industry Regulatory Authority (Finra, agência autorreguladora de corretagem nos EUA) para operar como corretora de investimentos no país por meio da Inter&Co Securities.

O Inter pretende lançar ainda duas filiais fora do país, uma nas Ilhas Cayman e outra em Miami (EUA), e também vai estruturar uma plataforma de “wealth management” para atender os clientes endinheirados.

Para tocar a nova fase de expansão do banco mineiro nos EUA, o diretor da Inter Invest, Felipe Bottino, se mudou para Miami. Ao seu lado, está Cassio Segura, executivo sócio da recém-adquirida YellowFi, com foco em financiamento imobiliário nos EUA, e que foi ainda CEO do BB Americas no passado. “A gente não quer servir única e exclusivamente para o brasileiro. Um dos sonhos grandes é ter também o investidor americano”, disse Bottino.

VENDA. Com a proximidade da autorização da venda de parte da Avenue para o Itaú, outros concorrentes que utilizavam a corretora americana fundada por Lee também começam a se mexer. O BTG Pactual prepara para o terceiro trimestre a conta para investimentos nos EUA para clientes de varejo.

Até então, o banco oferecia o acesso ao mercado americano apenas aos clientes com US$ 250 mil ou mais para investir. A plataforma vai começar com a disponibilidade de ações, que era a maior demanda dos clientes do banco, segundo Marcelo Flora, sócio e responsável pelas plataformas digitais do BTG. O plano é, em seguida, adicionar fundos e depois renda fixa.

“Dependendo da configuração do nosso parceiro, se for um family office, por exemplo, ele pode abrir a conta do cliente dele onde quiser. Mas o que estamos construindo aqui é justamente para garantir ao meu parceiro que ele não precise abrir conta em outra instituição. Ele terá uma única conta, menos complexa, com menos custo operacional”, diz Flora.

Já a XP oferece conta de investimentos internacional desde maio de 2022, mas em um passo adiante acaba de disponibilizar 100 fundos diretamente no exterior. O serviço está disponível aos clientes com mais de R$ 10 mil na plataforma de investimentos, o que significa uma base de mais de um milhão de contas. Segundo Diego Correia, gestor na área de investimentos internacionais da XP, o número de clientes com a conta vem duplicando a cada 15 a 25 dias.

MATURIDADE. Correia avalia que a expansão da oferta de formas para acessar o exterior surgiu a partir da maturidade do investidor, que passou a ver a importância da diversificação geográfica de seus ativos. “Em consequência, o movimento dos players é geral. Não é de fintech ‘A’ ou bancão ‘B’. Se você não tiver isso para o cliente, alguém vai ter.”

A XP começou com fundos de índice (ETF, na sigla em inglês), ações e fundos imobiliários (Reits, na sigla em inglês). Depois, adicionou ao cardápio os títulos do tesouro americano e de renda fixa.

Apesar de dado fraco da economia dos EUA, Bolsa de Nova York fechou com recorde hoje. Foto: Richard Drew/AP

Em paralelo a uma nova injeção de recursos em seu banco nos EUA, o Bradesco traz a público em julho sua conta internacional digital. O conglomerado optou por construir a sua solução dentro de casa, em uma unidade nas Ilhas Cayman. Voltada a quem viaja ao exterior, a My Account permite ao cliente comprar dólar pelo câmbio comercial e acesso aos recursos no exterior por meio de um cartão de débito. O objetivo do banco é que no futuro a conta seja uma ponte para quem deseja investir, de acordo com Roberto Medeiros, diretor internacional e de câmbio do Bradesco.

O anúncio da conta internacional do Bradesco é mais um passo para crescer nos EUA. O banco inaugurou a nova sede do antigo BAC Florida Bank, que foi rebatizado para Bradesco Bank, em abril último, e prevê concluir neste mês o aporte de US$ 230 milhões para ter combustível para crescer em território americano. Com a nova injeção, o Bradesco elevará o investimento em seu negócio nos EUA em cerca de 50%, para US$ 730 milhões (quase R$ 4 bilhões), desde que o adquiriu, em 2019.

DIVERSIFICAÇÃO. Parte da diversificação para o exterior deve ocorrer por meio de fundos de índices, chamados ETFs, no jargão de mercado, o que atraiu a Global X, maior gestora de ETFs do mundo, com sede nos EUA, a desembarcar no Brasil há cerca de um ano. “É inexorável. Isso vai acontecer. No mundo inteiro aconteceu e estava acontecendo no Brasil até a Selic alcançar o nível em que está hoje”, diz o diretor-geral da Global X Brasil, Bruno Stein. A gestora mira US$ 1 bilhão até 2025 no País. Em seu primeiro ano, já atraiu cerca de US$ 150 milhões.

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