Bancos sacam R$ 4 bi de fundo que garantia empréstimos à Sete Brasil


Valor representa cerca de 30% do total emprestado por BB, Bradesco, Caixa, Itaú BBA e Santander à empresa que gerenciava a construção de sondas para a Petrobrás

Por Josette Goulart

Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú BBA e Santander sacaram neste mês cerca de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN), que garantia empréstimos concedidos à Sete Brasil, empresa que gerenciava a construção de navios sondas para a Petrobrás. O valor representa cerca de 30% do total emprestado por esses bancos à Sete. Desde o ano passado, quando teve executivos envolvidos no escândalo da Lava Jato, a empresa estava sem caixa para pagar suas dívidas e fornecedores. 

Por quase um ano, os bancos estavam concedendo novos prazos para a Sete Brasil resolver sua situação e quitar a dívida. Desta forma, prorrogando os empréstimos, também conseguiam evitar o provisionamento em seus balanços da parte do crédito que não tinha garantia, ou seja, 70% do total que emprestaram. Com o saque ao FGCN, no entanto, fica reconhecida a inadimplência e as instituições são obrigadas a fazer este reconhecimento, caso ainda não o tenham feito.

Sete contratou estaleiros para construir 28 navios que seriam usados no pré-sal Foto: Fabio Motta|Estadão
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O total emprestado à Sete Brasil foi de US$ 3,6 bilhões, o que equivaleria hoje a R$ 14,5 bilhões, se levada em conta a cotação do dólar de ontem. O financiamento era de curto prazo e deveria ser pago assim que o BNDES liberasse recursos de longo prazo para a empresa, o que não aconteceu depois das denúncias de corrupção.

O maior financiador da Sete é o Banco do Brasil (US$ 1,2 bilhão), seguido de Itaú (US$ 700 milhões), Caixa (US$ 450 milhões), Bradesco e Santander (US$ 500 milhões cada). Bradesco, Santander e Caixa, por meio do FI FGTS, além de financiadores são também sócios do empreendimento. Além dos bancos citados, participou da operação o Standard Chartered, mas que já fez no ano passado o saque ao FGCN da parte que lhe cabia da garantia. 

Os bancos e o FGCN não quiseram comentar o assunto. O Estado apurou, no entanto, que o saque está sendo feito em duas etapas. A primeira parte das garantidas dadas pelo FGCN foi sacada no início de fevereiro e a segunda parte será paga na semana que vem. Com o resgate, o FGCN ficará praticamente zerado. O fundo pertence ao governo e é administrado pela Caixa.

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Além de dinheiro, também serão distribuídas ações do Banco do Brasil que estavam em poder do Fundo. Segundo fonte a par do assunto, o total de ações que será distribuído aos bancos representa cerca de 1% do capital da estatal. 

Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú BBA e Santander sacaram neste mês cerca de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN), que garantia empréstimos concedidos à Sete Brasil, empresa que gerenciava a construção de navios sondas para a Petrobrás. O valor representa cerca de 30% do total emprestado por esses bancos à Sete. Desde o ano passado, quando teve executivos envolvidos no escândalo da Lava Jato, a empresa estava sem caixa para pagar suas dívidas e fornecedores. 

Por quase um ano, os bancos estavam concedendo novos prazos para a Sete Brasil resolver sua situação e quitar a dívida. Desta forma, prorrogando os empréstimos, também conseguiam evitar o provisionamento em seus balanços da parte do crédito que não tinha garantia, ou seja, 70% do total que emprestaram. Com o saque ao FGCN, no entanto, fica reconhecida a inadimplência e as instituições são obrigadas a fazer este reconhecimento, caso ainda não o tenham feito.

Sete contratou estaleiros para construir 28 navios que seriam usados no pré-sal Foto: Fabio Motta|Estadão

O total emprestado à Sete Brasil foi de US$ 3,6 bilhões, o que equivaleria hoje a R$ 14,5 bilhões, se levada em conta a cotação do dólar de ontem. O financiamento era de curto prazo e deveria ser pago assim que o BNDES liberasse recursos de longo prazo para a empresa, o que não aconteceu depois das denúncias de corrupção.

O maior financiador da Sete é o Banco do Brasil (US$ 1,2 bilhão), seguido de Itaú (US$ 700 milhões), Caixa (US$ 450 milhões), Bradesco e Santander (US$ 500 milhões cada). Bradesco, Santander e Caixa, por meio do FI FGTS, além de financiadores são também sócios do empreendimento. Além dos bancos citados, participou da operação o Standard Chartered, mas que já fez no ano passado o saque ao FGCN da parte que lhe cabia da garantia. 

Os bancos e o FGCN não quiseram comentar o assunto. O Estado apurou, no entanto, que o saque está sendo feito em duas etapas. A primeira parte das garantidas dadas pelo FGCN foi sacada no início de fevereiro e a segunda parte será paga na semana que vem. Com o resgate, o FGCN ficará praticamente zerado. O fundo pertence ao governo e é administrado pela Caixa.

Além de dinheiro, também serão distribuídas ações do Banco do Brasil que estavam em poder do Fundo. Segundo fonte a par do assunto, o total de ações que será distribuído aos bancos representa cerca de 1% do capital da estatal. 

Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú BBA e Santander sacaram neste mês cerca de R$ 4 bilhões do Fundo Garantidor da Construção Naval (FGCN), que garantia empréstimos concedidos à Sete Brasil, empresa que gerenciava a construção de navios sondas para a Petrobrás. O valor representa cerca de 30% do total emprestado por esses bancos à Sete. Desde o ano passado, quando teve executivos envolvidos no escândalo da Lava Jato, a empresa estava sem caixa para pagar suas dívidas e fornecedores. 

Por quase um ano, os bancos estavam concedendo novos prazos para a Sete Brasil resolver sua situação e quitar a dívida. Desta forma, prorrogando os empréstimos, também conseguiam evitar o provisionamento em seus balanços da parte do crédito que não tinha garantia, ou seja, 70% do total que emprestaram. Com o saque ao FGCN, no entanto, fica reconhecida a inadimplência e as instituições são obrigadas a fazer este reconhecimento, caso ainda não o tenham feito.

Sete contratou estaleiros para construir 28 navios que seriam usados no pré-sal Foto: Fabio Motta|Estadão

O total emprestado à Sete Brasil foi de US$ 3,6 bilhões, o que equivaleria hoje a R$ 14,5 bilhões, se levada em conta a cotação do dólar de ontem. O financiamento era de curto prazo e deveria ser pago assim que o BNDES liberasse recursos de longo prazo para a empresa, o que não aconteceu depois das denúncias de corrupção.

O maior financiador da Sete é o Banco do Brasil (US$ 1,2 bilhão), seguido de Itaú (US$ 700 milhões), Caixa (US$ 450 milhões), Bradesco e Santander (US$ 500 milhões cada). Bradesco, Santander e Caixa, por meio do FI FGTS, além de financiadores são também sócios do empreendimento. Além dos bancos citados, participou da operação o Standard Chartered, mas que já fez no ano passado o saque ao FGCN da parte que lhe cabia da garantia. 

Os bancos e o FGCN não quiseram comentar o assunto. O Estado apurou, no entanto, que o saque está sendo feito em duas etapas. A primeira parte das garantidas dadas pelo FGCN foi sacada no início de fevereiro e a segunda parte será paga na semana que vem. Com o resgate, o FGCN ficará praticamente zerado. O fundo pertence ao governo e é administrado pela Caixa.

Além de dinheiro, também serão distribuídas ações do Banco do Brasil que estavam em poder do Fundo. Segundo fonte a par do assunto, o total de ações que será distribuído aos bancos representa cerca de 1% do capital da estatal. 

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