BRASÍLIA - Os bancos voltaram a oferecer o empréstimo consignado a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após a decisão do governo Lula de aumentar para 1,97% o limite da taxa. Bradesco, Banco do Brasil e Caixa anunciaram que vão voltar a ofertar a modalidade aos clientes com o novo patamar de juros.
Lula se reuniu no fim da manhã desta terça, 28, com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Lupi (Previdência), Luiz Marinho (Trabalho) e com os secretários-executivos da Casa Civil, Miriam Belchior, e da Fazenda, Gabriel Galípolo, depois que uma reunião no dia anterior terminou sem definição.
Depois, à tarde, o Conselho Nacional da Previdência Social (CNPS) bateu o martelo na nova taxa e ainda fixou em 2,89% o limite para o empréstimo no cartão de crédito no consignado.
A crise em torno do consignado do INSS teve início no último encontro do conselho, no dia 13 deste mês, que baixou o teto de juros da modalidade 2,14% para 1,70%. A decisão gerou reação de bancos públicos e privados, incluindo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, que suspenderam a liberação de empréstimos a aposentados e pensionistas.
“O BB entende que as novas regras conciliam a remuneração adequada da linha com a oferta de crédito condizente com as necessidades financeiras de seus clientes”, afirmou o banco em nota.
Em nota, a Caixa informou que voltará a operar a modalidade assim que a decisão for publicada no Diário Oficial da União e que retomará os juros de 1,87% ao mês, abaixo do teto imposto, aos seus clientes.
Em nota, a Febraban afirmou que “a proposta representa um importante avanço em relação ao teto anterior de 1,70%, contribuindo para encerrar o impasse”. Dessa forma, completa a entidade, que caberá a cada instituição financeira, diante de sua estratégia de negócio, avaliar a conveniência de concessão do consignado para os beneficiários do INSS no novo teto de juros fixado pelo CNPS.