Barbies e games já não são prioridades neste Dia da Crianças


Telefones celulares e iPod podem ser tão desejados pelos pais quanto pelos filhos, apontam especialistas

Quem acha que os videogames e as Barbies ainda são os presentes perfeitos para o dia das crianças pode se surpreender diante dos novos sonhos de consumo da garotada. Aquele celular que você queria há tempos ou o novo iPod de Steve Jobs pode ser tão desejado por você quanto pelo seu filho. Carolina, de 8 anos, sabe bem o que quer ganhar no domingo. "Um V3", diz com convicção a menina. Sucesso de vendas da Motorola, a versão mais cara do modelo - personalizada pela grife italiana Dolce & Gabbana - chegava a custar R$ 2.000 na época do lançamento. Hoje, diante dos novos aparelhos de terceira geração, o celular ficou mais barato. "Custa R$ 400", completa Carolina, que apesar de sua pouca idade mostra que sabe o preço de seu presente. A professora e pedagoga Miriam Valente, que leciona para alunos do 2.º e 3.º ano do Ensino Fundamental na rede particular, diz que a maioria das crianças já possui celulares. "Mesmo proibido pelo regimento escolar, as crianças levam os celulares para aula", afirma. "O problema é que isso vira uma ostentação, eles ficam comparando qual modelo é melhor, qual foi mais caro", acrescenta ela. Um pai coruja poderia dizer que seus filhos pequenos precisam de celulares na escola para manter o contato ou para ser usado em alguma situação de emergência, mas a professora discorda. "Alguns dizem isso, que o telefone pode ser necessário em algum eventualidade, mas quando é preciso a escola sempre comunica os pais de imediato", explica Miriam. "O celular causa até confusões. Às vezes, as crianças ligam, a ligação cai e por algum problema os pais não conseguem retornar. Então, eles ligam para a secretaria, que não está sabendo de nada." Perguntada sobre por quê o celular seria necessário, Carolina responde de imediato: "ué, porque todas minhas amigas tem. Só eu não vou ter?", questiona com naturalidade. E se você perguntar se realmente é preciso um aparelho moderno, com câmera digital e toques em MP3, corre o risco de ouvir a mesma resposta que pareceu óbvia para a menina: "o seu celular também tem tudo isso, e você precisa?". Ponto para ela. Sérgio Wajman, professor de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), indica que esses brinquedinhos caros já fazem parte do universo das crianças de classe média alta. Ele diz que há uma "tendência crescente" nesses desejos e aponta que em breve as crianças poderão pedir objetos ainda mais caros, como notebooks. "Eles são atraídos pelo multimídia, principalmente pelos joguinhos", comenta. Aos pais que se perguntam se devem ou não ceder diante do filho, o professor recomenda que é necessário estabelecer um limite. "É preciso pensar em qual atitude tomar diante do 'eu quero'", explica ele. "Não dar a cada 'eu quero' não tornará o pai menos legal."

Quem acha que os videogames e as Barbies ainda são os presentes perfeitos para o dia das crianças pode se surpreender diante dos novos sonhos de consumo da garotada. Aquele celular que você queria há tempos ou o novo iPod de Steve Jobs pode ser tão desejado por você quanto pelo seu filho. Carolina, de 8 anos, sabe bem o que quer ganhar no domingo. "Um V3", diz com convicção a menina. Sucesso de vendas da Motorola, a versão mais cara do modelo - personalizada pela grife italiana Dolce & Gabbana - chegava a custar R$ 2.000 na época do lançamento. Hoje, diante dos novos aparelhos de terceira geração, o celular ficou mais barato. "Custa R$ 400", completa Carolina, que apesar de sua pouca idade mostra que sabe o preço de seu presente. A professora e pedagoga Miriam Valente, que leciona para alunos do 2.º e 3.º ano do Ensino Fundamental na rede particular, diz que a maioria das crianças já possui celulares. "Mesmo proibido pelo regimento escolar, as crianças levam os celulares para aula", afirma. "O problema é que isso vira uma ostentação, eles ficam comparando qual modelo é melhor, qual foi mais caro", acrescenta ela. Um pai coruja poderia dizer que seus filhos pequenos precisam de celulares na escola para manter o contato ou para ser usado em alguma situação de emergência, mas a professora discorda. "Alguns dizem isso, que o telefone pode ser necessário em algum eventualidade, mas quando é preciso a escola sempre comunica os pais de imediato", explica Miriam. "O celular causa até confusões. Às vezes, as crianças ligam, a ligação cai e por algum problema os pais não conseguem retornar. Então, eles ligam para a secretaria, que não está sabendo de nada." Perguntada sobre por quê o celular seria necessário, Carolina responde de imediato: "ué, porque todas minhas amigas tem. Só eu não vou ter?", questiona com naturalidade. E se você perguntar se realmente é preciso um aparelho moderno, com câmera digital e toques em MP3, corre o risco de ouvir a mesma resposta que pareceu óbvia para a menina: "o seu celular também tem tudo isso, e você precisa?". Ponto para ela. Sérgio Wajman, professor de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), indica que esses brinquedinhos caros já fazem parte do universo das crianças de classe média alta. Ele diz que há uma "tendência crescente" nesses desejos e aponta que em breve as crianças poderão pedir objetos ainda mais caros, como notebooks. "Eles são atraídos pelo multimídia, principalmente pelos joguinhos", comenta. Aos pais que se perguntam se devem ou não ceder diante do filho, o professor recomenda que é necessário estabelecer um limite. "É preciso pensar em qual atitude tomar diante do 'eu quero'", explica ele. "Não dar a cada 'eu quero' não tornará o pai menos legal."

Quem acha que os videogames e as Barbies ainda são os presentes perfeitos para o dia das crianças pode se surpreender diante dos novos sonhos de consumo da garotada. Aquele celular que você queria há tempos ou o novo iPod de Steve Jobs pode ser tão desejado por você quanto pelo seu filho. Carolina, de 8 anos, sabe bem o que quer ganhar no domingo. "Um V3", diz com convicção a menina. Sucesso de vendas da Motorola, a versão mais cara do modelo - personalizada pela grife italiana Dolce & Gabbana - chegava a custar R$ 2.000 na época do lançamento. Hoje, diante dos novos aparelhos de terceira geração, o celular ficou mais barato. "Custa R$ 400", completa Carolina, que apesar de sua pouca idade mostra que sabe o preço de seu presente. A professora e pedagoga Miriam Valente, que leciona para alunos do 2.º e 3.º ano do Ensino Fundamental na rede particular, diz que a maioria das crianças já possui celulares. "Mesmo proibido pelo regimento escolar, as crianças levam os celulares para aula", afirma. "O problema é que isso vira uma ostentação, eles ficam comparando qual modelo é melhor, qual foi mais caro", acrescenta ela. Um pai coruja poderia dizer que seus filhos pequenos precisam de celulares na escola para manter o contato ou para ser usado em alguma situação de emergência, mas a professora discorda. "Alguns dizem isso, que o telefone pode ser necessário em algum eventualidade, mas quando é preciso a escola sempre comunica os pais de imediato", explica Miriam. "O celular causa até confusões. Às vezes, as crianças ligam, a ligação cai e por algum problema os pais não conseguem retornar. Então, eles ligam para a secretaria, que não está sabendo de nada." Perguntada sobre por quê o celular seria necessário, Carolina responde de imediato: "ué, porque todas minhas amigas tem. Só eu não vou ter?", questiona com naturalidade. E se você perguntar se realmente é preciso um aparelho moderno, com câmera digital e toques em MP3, corre o risco de ouvir a mesma resposta que pareceu óbvia para a menina: "o seu celular também tem tudo isso, e você precisa?". Ponto para ela. Sérgio Wajman, professor de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), indica que esses brinquedinhos caros já fazem parte do universo das crianças de classe média alta. Ele diz que há uma "tendência crescente" nesses desejos e aponta que em breve as crianças poderão pedir objetos ainda mais caros, como notebooks. "Eles são atraídos pelo multimídia, principalmente pelos joguinhos", comenta. Aos pais que se perguntam se devem ou não ceder diante do filho, o professor recomenda que é necessário estabelecer um limite. "É preciso pensar em qual atitude tomar diante do 'eu quero'", explica ele. "Não dar a cada 'eu quero' não tornará o pai menos legal."

Quem acha que os videogames e as Barbies ainda são os presentes perfeitos para o dia das crianças pode se surpreender diante dos novos sonhos de consumo da garotada. Aquele celular que você queria há tempos ou o novo iPod de Steve Jobs pode ser tão desejado por você quanto pelo seu filho. Carolina, de 8 anos, sabe bem o que quer ganhar no domingo. "Um V3", diz com convicção a menina. Sucesso de vendas da Motorola, a versão mais cara do modelo - personalizada pela grife italiana Dolce & Gabbana - chegava a custar R$ 2.000 na época do lançamento. Hoje, diante dos novos aparelhos de terceira geração, o celular ficou mais barato. "Custa R$ 400", completa Carolina, que apesar de sua pouca idade mostra que sabe o preço de seu presente. A professora e pedagoga Miriam Valente, que leciona para alunos do 2.º e 3.º ano do Ensino Fundamental na rede particular, diz que a maioria das crianças já possui celulares. "Mesmo proibido pelo regimento escolar, as crianças levam os celulares para aula", afirma. "O problema é que isso vira uma ostentação, eles ficam comparando qual modelo é melhor, qual foi mais caro", acrescenta ela. Um pai coruja poderia dizer que seus filhos pequenos precisam de celulares na escola para manter o contato ou para ser usado em alguma situação de emergência, mas a professora discorda. "Alguns dizem isso, que o telefone pode ser necessário em algum eventualidade, mas quando é preciso a escola sempre comunica os pais de imediato", explica Miriam. "O celular causa até confusões. Às vezes, as crianças ligam, a ligação cai e por algum problema os pais não conseguem retornar. Então, eles ligam para a secretaria, que não está sabendo de nada." Perguntada sobre por quê o celular seria necessário, Carolina responde de imediato: "ué, porque todas minhas amigas tem. Só eu não vou ter?", questiona com naturalidade. E se você perguntar se realmente é preciso um aparelho moderno, com câmera digital e toques em MP3, corre o risco de ouvir a mesma resposta que pareceu óbvia para a menina: "o seu celular também tem tudo isso, e você precisa?". Ponto para ela. Sérgio Wajman, professor de Psicologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP), indica que esses brinquedinhos caros já fazem parte do universo das crianças de classe média alta. Ele diz que há uma "tendência crescente" nesses desejos e aponta que em breve as crianças poderão pedir objetos ainda mais caros, como notebooks. "Eles são atraídos pelo multimídia, principalmente pelos joguinhos", comenta. Aos pais que se perguntam se devem ou não ceder diante do filho, o professor recomenda que é necessário estabelecer um limite. "É preciso pensar em qual atitude tomar diante do 'eu quero'", explica ele. "Não dar a cada 'eu quero' não tornará o pai menos legal."

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.