BC decide cortar Selic para 9,25% ao ano


No 7º corte seguido nos juros, taxa chega a um dígito pela primeira vez desde 2013; Temer comemora no Twitter

Por Fabrício de Castro, Fernando Nakagawa e Carla Araujo
Mercado já esperava Selic em 9,25% Foto: André Dusek/Estadão

BRASÍLIA - A despeito do aumento das incertezas sobre o andamento das reformas estruturais, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica de juros) em 1 ponto porcentual, de 10,25% para 9,25% ao ano. O corte foi o sétimo consecutivo e coloca a Selic novamente em um dígito após quase quatro anos. Este é o menor patamar para a taxa desde agosto de 2013, quando estava em 9,00% ao ano. A decisão era largamente esperada pelos economistas do mercado De um total de 41 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 39 esperavam corte de 1 ponto porcentual da Selic, enquanto duas projetavam redução de 0,75 ponto porcentual.

Como era o mundo quando o Brasil tinha a menor taxa de juros da história

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Ainda estávamos no governo Dilma

Foto: Dida Sampaio/Estadão
2 | 11

Facebook lançava suas ações no mercado

Foto: Reuters
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Obama era reeleito presidente dos EUA após bater Mitt Romney

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Dólar estava cotado a R$ 2,04

Foto: Pixabay
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Corinthians vencia o Chelsea por 1 a 0 e conquistava o título mundial

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6 | 11

Desemprego na Europa

Foto: Reuters
7 | 11

A novela do momento era 'Avenida Brasil'

Foto: Divulgação
8 | 11

A Lava Jato não existia

Foto: Divulgação
9 | 11

Petrobrás fechou 2012 com lucro de R$ 21 bilhões

Foto: Fabio Motta/Estadão
10 | 11

Juro ao consumidor atingia menor valor desde o Plano Real

Foto: Helvio Romero/Estadão
11 | 11

Bento XVI ainda era Papa

Foto: AP
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No comunicado que acompanhou a decisão, a instituição reconhece que há aumento das incertezas sobre o andamento das reformas estruturais. Mesmo assim, os diretores do BC defendem que há espaço para a continuidade da flexibilização da política monetária. "O Copom ressalta que a manutenção das condições econômicas, até este momento, a despeito do aumento de incerteza quanto ao ritmo de implementação de reformas e ajustes na economia, permitiu a manutenção do ritmo de flexibilização nesta reunião", cita o comunicado.

O BC, porém, não se compromete com a continuidade do ritmo de corte da taxa de juros nas próximas reuniões e diz que isso só será possível se as condições do cenário básico avaliado pela instituição não forem alteradas. "Para a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo", cita o documento. "O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", completa o comunicado.

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No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro –, o BC alterou sua projeção para o IPCA em 2017 de 3,8% para 3,6%. No caso de 2018, a expectativa foi de 4,5% para 4,3%

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+ Inflação tem primeiro resultado negativo para um mês em 11 anos

Veja o impacto da Selic no seu dia a dia

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O que é a Selic

2 | 6

Crédito

3 | 6

Inflação

4 | 6

PIB

5 | 6

Dólar

6 | 6

Aplicações

Temer comemora. Poucos minutos após o anúncio do Copom, o presidente Michel Temer usou o Twitter para comemorar a decisão. "Juros abaixo de um dígito pela 1ª vez em 4 anos. Menor inflação em uma década. Com responsabilidade, estamos mudando o Brasil para melhor", escreveu.

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Temer destacou ainda que a redução dos juros incentiva investimentos produtivos que geram mais empregos. "Com trabalho, estamos colocando a economia nos trilhos". Em linha com o mercado, interlocutores do presidente esperavam a redução de 1 ponto porcentual na Selic. O discurso oficial é que o Banco Central é independente, mas auxiliares não escondiam que mais um corte na taxa de juros seria um bom elemento para que o governo mantenha o discurso de retomada e de que segue trabalhando independente das crises.

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Diante de um ciclo de queda na taxa Selic, investimentos mais conservadores vão perdendo a atratividade; economista explica se é o momento de olhar para opções arriscadas

Mercado já esperava Selic em 9,25% Foto: André Dusek/Estadão

BRASÍLIA - A despeito do aumento das incertezas sobre o andamento das reformas estruturais, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, reduzir a Selic (a taxa básica de juros) em 1 ponto porcentual, de 10,25% para 9,25% ao ano. O corte foi o sétimo consecutivo e coloca a Selic novamente em um dígito após quase quatro anos. Este é o menor patamar para a taxa desde agosto de 2013, quando estava em 9,00% ao ano. A decisão era largamente esperada pelos economistas do mercado De um total de 41 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, 39 esperavam corte de 1 ponto porcentual da Selic, enquanto duas projetavam redução de 0,75 ponto porcentual.

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O BC, porém, não se compromete com a continuidade do ritmo de corte da taxa de juros nas próximas reuniões e diz que isso só será possível se as condições do cenário básico avaliado pela instituição não forem alteradas. "Para a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo", cita o documento. "O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", completa o comunicado.

No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro –, o BC alterou sua projeção para o IPCA em 2017 de 3,8% para 3,6%. No caso de 2018, a expectativa foi de 4,5% para 4,3%

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Temer destacou ainda que a redução dos juros incentiva investimentos produtivos que geram mais empregos. "Com trabalho, estamos colocando a economia nos trilhos". Em linha com o mercado, interlocutores do presidente esperavam a redução de 1 ponto porcentual na Selic. O discurso oficial é que o Banco Central é independente, mas auxiliares não escondiam que mais um corte na taxa de juros seria um bom elemento para que o governo mantenha o discurso de retomada e de que segue trabalhando independente das crises.

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O BC, porém, não se compromete com a continuidade do ritmo de corte da taxa de juros nas próximas reuniões e diz que isso só será possível se as condições do cenário básico avaliado pela instituição não forem alteradas. "Para a próxima reunião, a manutenção deste ritmo dependerá da permanência das condições descritas no cenário básico do Copom e de estimativas da extensão do ciclo", cita o documento. "O ritmo de flexibilização continuará dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos, de possíveis reavaliações da estimativa da extensão do ciclo e das projeções e expectativas de inflação", completa o comunicado.

No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro –, o BC alterou sua projeção para o IPCA em 2017 de 3,8% para 3,6%. No caso de 2018, a expectativa foi de 4,5% para 4,3%

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