Mercado reduz projeções para a inflação deste ano, após cinco semanas de alta


No Boletim Focus, do BC, analistas mantiveram a expectativa para a Selic no fim do ano e em 2024

Por Thaís Barcellos
Atualização:

Brasília - As projeções para a inflação começaram a cair, ainda que levemente, no Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 8. A expectativa para o IPCA deste ano caiu de 6,05% para 6,02%, após cinco semanas de alta. Um mês antes, a mediana era de 5,98%.

Para 2024, ano em que o BC mira na estratégia de convergência da inflação para a meta, a projeção passou de 4,18% para 4,16%, ante 4,14% de quatro semanas atrás.

Preços dos alimentos continuam a pesar no bolso Foto: Dida Sampaio/Estadão
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Apesar da queda nesta semana, a mediana no Focus para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana já está acima do centro da meta (3%), mas ainda dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,5%.

Na reunião Copom deste mês, o BC manteve suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% para 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.

Taxa de juros

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Após a reunião do Copom de maio, a expectativa para a taxa básica de juros no fim de deste ano continuou estável no Boletim Focus. Na semana passada, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela sexta reunião seguida.

A mediana para os juros básicos no fim de 2023 seguiu em 12,5% ao ano. Para o término de 2024, a expectativa também continuou em 10% pela 12ª semana consecutiva. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,75% e 10%, nessa ordem.

Na terceira reunião do Copom no novo governo Lula, o colegiado afirmou que a apresentação do arcabouço fiscal reduziu parte da incerteza, mas que a conjuntura é marcada por um processo de desinflação que tende a ser lento em meio às expectativas de inflação desancoradas. Segundo o colegiado, esse contexto demanda maior atenção na condução da política monetária.

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O BC ainda repetiu que vai continuar vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa Selic por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação à meta. Mas acrescentou que o cenário de retomada da alta de juros é menos provável, embora garanta que não hesitará em tomar esse caminho caso o processo de desinflação não ocorra como o esperado.

No Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que subiu de 8,88% para 9%, de 8,75% um mês antes.

Brasília - As projeções para a inflação começaram a cair, ainda que levemente, no Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 8. A expectativa para o IPCA deste ano caiu de 6,05% para 6,02%, após cinco semanas de alta. Um mês antes, a mediana era de 5,98%.

Para 2024, ano em que o BC mira na estratégia de convergência da inflação para a meta, a projeção passou de 4,18% para 4,16%, ante 4,14% de quatro semanas atrás.

Preços dos alimentos continuam a pesar no bolso Foto: Dida Sampaio/Estadão

Apesar da queda nesta semana, a mediana no Focus para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana já está acima do centro da meta (3%), mas ainda dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,5%.

Na reunião Copom deste mês, o BC manteve suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% para 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.

Taxa de juros

Após a reunião do Copom de maio, a expectativa para a taxa básica de juros no fim de deste ano continuou estável no Boletim Focus. Na semana passada, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela sexta reunião seguida.

A mediana para os juros básicos no fim de 2023 seguiu em 12,5% ao ano. Para o término de 2024, a expectativa também continuou em 10% pela 12ª semana consecutiva. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,75% e 10%, nessa ordem.

Na terceira reunião do Copom no novo governo Lula, o colegiado afirmou que a apresentação do arcabouço fiscal reduziu parte da incerteza, mas que a conjuntura é marcada por um processo de desinflação que tende a ser lento em meio às expectativas de inflação desancoradas. Segundo o colegiado, esse contexto demanda maior atenção na condução da política monetária.

O BC ainda repetiu que vai continuar vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa Selic por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação à meta. Mas acrescentou que o cenário de retomada da alta de juros é menos provável, embora garanta que não hesitará em tomar esse caminho caso o processo de desinflação não ocorra como o esperado.

No Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que subiu de 8,88% para 9%, de 8,75% um mês antes.

Brasília - As projeções para a inflação começaram a cair, ainda que levemente, no Boletim Focus, elaborado pelo Banco Central, divulgado nesta segunda-feira, 8. A expectativa para o IPCA deste ano caiu de 6,05% para 6,02%, após cinco semanas de alta. Um mês antes, a mediana era de 5,98%.

Para 2024, ano em que o BC mira na estratégia de convergência da inflação para a meta, a projeção passou de 4,18% para 4,16%, ante 4,14% de quatro semanas atrás.

Preços dos alimentos continuam a pesar no bolso Foto: Dida Sampaio/Estadão

Apesar da queda nesta semana, a mediana no Focus para a inflação oficial em 2023 está bem acima do teto da meta (4,75%), apontando para três anos de descumprimento do mandato principal do Banco Central, após 2021 e 2022. Para 2024, a mediana já está acima do centro da meta (3%), mas ainda dentro do intervalo de tolerância superior, que vai até 4,5%.

Na reunião Copom deste mês, o BC manteve suas projeções para a inflação no cenário de referência com estimativas de 5,8% em 2023 e 3,6% para 2024. Em um cenário alternativo, em que a Selic fica estável por todo o horizonte relevante, as projeções da autoridade são de 5,7% para 2023 e 2,9% para 2024.

Taxa de juros

Após a reunião do Copom de maio, a expectativa para a taxa básica de juros no fim de deste ano continuou estável no Boletim Focus. Na semana passada, o Copom decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela sexta reunião seguida.

A mediana para os juros básicos no fim de 2023 seguiu em 12,5% ao ano. Para o término de 2024, a expectativa também continuou em 10% pela 12ª semana consecutiva. Há quatro semanas, as estimativas eram de 12,75% e 10%, nessa ordem.

Na terceira reunião do Copom no novo governo Lula, o colegiado afirmou que a apresentação do arcabouço fiscal reduziu parte da incerteza, mas que a conjuntura é marcada por um processo de desinflação que tende a ser lento em meio às expectativas de inflação desancoradas. Segundo o colegiado, esse contexto demanda maior atenção na condução da política monetária.

O BC ainda repetiu que vai continuar vigilante, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa Selic por período prolongado será capaz de assegurar a convergência da inflação à meta. Mas acrescentou que o cenário de retomada da alta de juros é menos provável, embora garanta que não hesitará em tomar esse caminho caso o processo de desinflação não ocorra como o esperado.

No Focus, a projeção para a Selic no fim de 2025 continuou em 9%, mesma mediana de quatro semanas atrás. O boletim ainda trouxe a projeção para a Selic no fim de 2026, que subiu de 8,88% para 9%, de 8,75% um mês antes.

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