O governo quer reduzir o custo dos empréstimos, tanto para os consumidores quanto para as empresas. É o que garantiu hoje o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, para a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, relata reportagem de José Ramos. Fraga lembrou que o BC já tem adotado medidas para a expansão do crédito, como a redução do compulsório sobre os depósitos à vista. Na prática, garante o presidente do BC, no biênio 1997/98, a diferença entre o custo de captação - quanto os bancos pagam pelas aplicações que recebe - e do repasse atingiu 68%. No ano passado, quando o BC anunciou medidas de longo e médio prazo para a redução dos juros, esses spreads já tinham caído para 52% e hoje estão em 40%, segundo números do Banco Central. Fraga admite que esta diferença ainda é muito elevada, mas não deixa de ser relevante o fato de que a tendência é de queda. No bolso do consumidor, esta diferença menor aparece como taxas de juros menos salgadas. De fato, os juros nas financeiras e bancos têm caído. Mas ainda são muito caros. Acompanhe na seção Crédito, das Cotações, o custo dos juros para empréstimos e compras a prazo.