BC define juros em meio a críticas do governo Lula e aumento das expectativas sobre inflação


Para economistas, taxa deve se manter em 13,75% ao ano e Copom deve reforçar preocupação com os rumos da inflação e com a sustentabilidade das contas públicas

Por Thaís Barcellos
Atualização:

BRASÍLIA - O Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira, 1º, os rumos da taxa básica de juros “emparedado” entre o forte aumento das expectativas de inflação e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros do governo ao atual patamar da Selic, índice que baliza todos os empréstimos. Lula também já reclamou publicamente da atual meta de inflação, que diz considerar baixa.

Entre economistas consultados pelo Estadão/Broadcast, há consenso sobre a manutenção dos juros básicos em 13,75% ao ano. Eles também esperam que o comunicado que será emitido após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reforce a preocupação com os rumos da inflação e com a sustentabilidade das contas públicas, enquanto cresce a cobrança para que o governo implemente um programa de corte de gastos públicos.

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Nas últimas semanas, o mercado tem divulgado projeções de alta nos preços. Para economistas, trata-se de uma “inflação contratada”, o que deve obrigar o BC a manter a Selic em patamares elevados por um período maior do que o previsto – e sem descartar a possibilidade de novos aumentos.

Banco Central, que irá anunciar a nova taxa básica de juros nesta quarta-feira, 1º. Foto: André Dusek/Estadão Foto: André Dusek/Estadão

Expectativas de inflação mais altas fazem os investidores exigirem taxas de juros maiores, impactando o custo de captação de empresas e do governo. Além disso, juros básicos altos encarecem o crédito e inibem o consumo da população.

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No Boletim Focus desta semana, usado como uma variável no modelo de inflação do Copom, as estimativas do mercado para o IPCA continuaram se distanciando das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A estimativa para 2023 subiu pela sétima vez seguida, saltando de 5,48% para 5,74% (quase um ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,75%), enquanto a projeção para 2024 foi de 3,84% para 3,9%.

DESVIO. Com o aumento das expectativas de inflação e um resultado pior no IPCA-15 de janeiro (que subiu 0,55%), o economista-chefe da Daycoval Asset, Rafael Cardoso, passou a projetar o início da queda da Selic só para setembro, e não mais em agosto, com a taxa terminando 2023 em 12,50%, e 2024, em 9%.

O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Souza Leal, disse apostar em uma Selic a 12,25% no fim do ano. Já o economista João Fernandes, sócio da Quantitas Asset, prevê que os juros devam ficar em 13,75% durante 2023, com um corte só no primeiro semestre de 2024.

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Segundo Fernandes, o Copom deve trazer em seu comunicado alertas relacionados à política fiscal, vetor que também tem provocado a piora das expectativas inflacionárias.

“O BC já deixou claro que o ambiente mais adverso no âmbito fiscal pode afetar a política monetária”, disse Fernandes. “O Copom já vem mostrando um tom de bastante preocupação. A tendência é de manutenção desse discurso, sem implicações para a trajetória de política monetária.”

BRASÍLIA - O Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira, 1º, os rumos da taxa básica de juros “emparedado” entre o forte aumento das expectativas de inflação e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros do governo ao atual patamar da Selic, índice que baliza todos os empréstimos. Lula também já reclamou publicamente da atual meta de inflação, que diz considerar baixa.

Entre economistas consultados pelo Estadão/Broadcast, há consenso sobre a manutenção dos juros básicos em 13,75% ao ano. Eles também esperam que o comunicado que será emitido após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reforce a preocupação com os rumos da inflação e com a sustentabilidade das contas públicas, enquanto cresce a cobrança para que o governo implemente um programa de corte de gastos públicos.

Nas últimas semanas, o mercado tem divulgado projeções de alta nos preços. Para economistas, trata-se de uma “inflação contratada”, o que deve obrigar o BC a manter a Selic em patamares elevados por um período maior do que o previsto – e sem descartar a possibilidade de novos aumentos.

Banco Central, que irá anunciar a nova taxa básica de juros nesta quarta-feira, 1º. Foto: André Dusek/Estadão Foto: André Dusek/Estadão

Expectativas de inflação mais altas fazem os investidores exigirem taxas de juros maiores, impactando o custo de captação de empresas e do governo. Além disso, juros básicos altos encarecem o crédito e inibem o consumo da população.

No Boletim Focus desta semana, usado como uma variável no modelo de inflação do Copom, as estimativas do mercado para o IPCA continuaram se distanciando das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A estimativa para 2023 subiu pela sétima vez seguida, saltando de 5,48% para 5,74% (quase um ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,75%), enquanto a projeção para 2024 foi de 3,84% para 3,9%.

DESVIO. Com o aumento das expectativas de inflação e um resultado pior no IPCA-15 de janeiro (que subiu 0,55%), o economista-chefe da Daycoval Asset, Rafael Cardoso, passou a projetar o início da queda da Selic só para setembro, e não mais em agosto, com a taxa terminando 2023 em 12,50%, e 2024, em 9%.

O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Souza Leal, disse apostar em uma Selic a 12,25% no fim do ano. Já o economista João Fernandes, sócio da Quantitas Asset, prevê que os juros devam ficar em 13,75% durante 2023, com um corte só no primeiro semestre de 2024.

Segundo Fernandes, o Copom deve trazer em seu comunicado alertas relacionados à política fiscal, vetor que também tem provocado a piora das expectativas inflacionárias.

“O BC já deixou claro que o ambiente mais adverso no âmbito fiscal pode afetar a política monetária”, disse Fernandes. “O Copom já vem mostrando um tom de bastante preocupação. A tendência é de manutenção desse discurso, sem implicações para a trajetória de política monetária.”

BRASÍLIA - O Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira, 1º, os rumos da taxa básica de juros “emparedado” entre o forte aumento das expectativas de inflação e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros do governo ao atual patamar da Selic, índice que baliza todos os empréstimos. Lula também já reclamou publicamente da atual meta de inflação, que diz considerar baixa.

Entre economistas consultados pelo Estadão/Broadcast, há consenso sobre a manutenção dos juros básicos em 13,75% ao ano. Eles também esperam que o comunicado que será emitido após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reforce a preocupação com os rumos da inflação e com a sustentabilidade das contas públicas, enquanto cresce a cobrança para que o governo implemente um programa de corte de gastos públicos.

Nas últimas semanas, o mercado tem divulgado projeções de alta nos preços. Para economistas, trata-se de uma “inflação contratada”, o que deve obrigar o BC a manter a Selic em patamares elevados por um período maior do que o previsto – e sem descartar a possibilidade de novos aumentos.

Banco Central, que irá anunciar a nova taxa básica de juros nesta quarta-feira, 1º. Foto: André Dusek/Estadão Foto: André Dusek/Estadão

Expectativas de inflação mais altas fazem os investidores exigirem taxas de juros maiores, impactando o custo de captação de empresas e do governo. Além disso, juros básicos altos encarecem o crédito e inibem o consumo da população.

No Boletim Focus desta semana, usado como uma variável no modelo de inflação do Copom, as estimativas do mercado para o IPCA continuaram se distanciando das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A estimativa para 2023 subiu pela sétima vez seguida, saltando de 5,48% para 5,74% (quase um ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,75%), enquanto a projeção para 2024 foi de 3,84% para 3,9%.

DESVIO. Com o aumento das expectativas de inflação e um resultado pior no IPCA-15 de janeiro (que subiu 0,55%), o economista-chefe da Daycoval Asset, Rafael Cardoso, passou a projetar o início da queda da Selic só para setembro, e não mais em agosto, com a taxa terminando 2023 em 12,50%, e 2024, em 9%.

O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Souza Leal, disse apostar em uma Selic a 12,25% no fim do ano. Já o economista João Fernandes, sócio da Quantitas Asset, prevê que os juros devam ficar em 13,75% durante 2023, com um corte só no primeiro semestre de 2024.

Segundo Fernandes, o Copom deve trazer em seu comunicado alertas relacionados à política fiscal, vetor que também tem provocado a piora das expectativas inflacionárias.

“O BC já deixou claro que o ambiente mais adverso no âmbito fiscal pode afetar a política monetária”, disse Fernandes. “O Copom já vem mostrando um tom de bastante preocupação. A tendência é de manutenção desse discurso, sem implicações para a trajetória de política monetária.”

BRASÍLIA - O Banco Central (BC) decide nesta quarta-feira, 1º, os rumos da taxa básica de juros “emparedado” entre o forte aumento das expectativas de inflação e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros do governo ao atual patamar da Selic, índice que baliza todos os empréstimos. Lula também já reclamou publicamente da atual meta de inflação, que diz considerar baixa.

Entre economistas consultados pelo Estadão/Broadcast, há consenso sobre a manutenção dos juros básicos em 13,75% ao ano. Eles também esperam que o comunicado que será emitido após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) reforce a preocupação com os rumos da inflação e com a sustentabilidade das contas públicas, enquanto cresce a cobrança para que o governo implemente um programa de corte de gastos públicos.

Nas últimas semanas, o mercado tem divulgado projeções de alta nos preços. Para economistas, trata-se de uma “inflação contratada”, o que deve obrigar o BC a manter a Selic em patamares elevados por um período maior do que o previsto – e sem descartar a possibilidade de novos aumentos.

Banco Central, que irá anunciar a nova taxa básica de juros nesta quarta-feira, 1º. Foto: André Dusek/Estadão Foto: André Dusek/Estadão

Expectativas de inflação mais altas fazem os investidores exigirem taxas de juros maiores, impactando o custo de captação de empresas e do governo. Além disso, juros básicos altos encarecem o crédito e inibem o consumo da população.

No Boletim Focus desta semana, usado como uma variável no modelo de inflação do Copom, as estimativas do mercado para o IPCA continuaram se distanciando das metas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A estimativa para 2023 subiu pela sétima vez seguida, saltando de 5,48% para 5,74% (quase um ponto porcentual acima do teto da meta, de 4,75%), enquanto a projeção para 2024 foi de 3,84% para 3,9%.

DESVIO. Com o aumento das expectativas de inflação e um resultado pior no IPCA-15 de janeiro (que subiu 0,55%), o economista-chefe da Daycoval Asset, Rafael Cardoso, passou a projetar o início da queda da Selic só para setembro, e não mais em agosto, com a taxa terminando 2023 em 12,50%, e 2024, em 9%.

O economista-chefe do Banco Alfa, Luis Otavio Souza Leal, disse apostar em uma Selic a 12,25% no fim do ano. Já o economista João Fernandes, sócio da Quantitas Asset, prevê que os juros devam ficar em 13,75% durante 2023, com um corte só no primeiro semestre de 2024.

Segundo Fernandes, o Copom deve trazer em seu comunicado alertas relacionados à política fiscal, vetor que também tem provocado a piora das expectativas inflacionárias.

“O BC já deixou claro que o ambiente mais adverso no âmbito fiscal pode afetar a política monetária”, disse Fernandes. “O Copom já vem mostrando um tom de bastante preocupação. A tendência é de manutenção desse discurso, sem implicações para a trajetória de política monetária.”

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