BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 27, que as ações para “botar ordem” nas bets passam por um monitoramento individualizado sobre o comportamento dos cidadãos em jogos de apostas online. Isso permitirá que providências possam ser tomadas se houver um entendimento da necessidade, segundo Haddad.
A supervisão “CPF por CPF”, como citou o ministro, é viabilizada pela regulamentação já editada pela Fazenda sobre esse tema, uma vez que as regras obrigam as empresas a manter um controle individualizado de quem aposta em seus sites.
“O presidente já pediu providências de todos os ministérios envolvidos, Fazenda, Saúde, Desenvolvimento Social, Esporte, para coibir a lavagem de dinheiro, que vai ser possível, o tratamento da questão da dependência, quando for o caso, o monitoramento CPF por CPF, de quanto a pessoa está apostando, de quanto ela está recebendo em prêmios, para verificar se alguma providência tem que ser tomada”, disse Haddad.
A assessoria de imprensa da pasta divulgou nesta sexta-feira uma manifestação do ministro sobre o tema em áudio. “Eu acho importante você saber toda a verdade sobre as bets”, começa o ministro, que está em São Paulo.
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Haddad também afirmou que o governo contará com a participação da sociedade no assunto, como é o caso do sistema bancário brasileiro na questão dos meios de pagamento usados nas bets.
“E vamos banir as empresas não credenciadas do espaço brasileiro de operação aqui no Brasil. Centenas de casas de apostas do mundo inteiro não terão mais acesso à nuvem brasileira. Tudo isso só será possível porque nós agimos. Infelizmente, isso não aconteceu no governo anterior. Infelizmente, houve um grande descaso com esse assunto”, disse.
O ministro também citou a regulamentação do tópico da relação das bets com a publicidade. “Fique certo de que o governo está atento e, apesar desse enorme atraso, desse descaso, chegou a hora de colocar ordem nisso e proteger a família brasileira (...) O Brasil vai sair na frente em relação a esses tópicos tão importantes para todos nós”, concluiu o ministro.