Após 19 semanas de alta, mercado reduz estimativa do IPCA para 2023


Boletim Focus divulgado interrompeu processo de deterioração das expectativas sobre preços do ano que vem

Por Thaís Barcellos

BRASÍLIA - O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 22, mostrou interrupção no processo de deterioração das expectativas inflacionárias para 2023, foco principal da política monetária, embora a estimativa ainda esteja acima do teto da meta (4,75%). A mediana para o IPCA - índice oficial de inflação - cedeu de 5,38% para 5,33%, após 19 semanas de alta. Há um mês, a projeção era de 5,30%.

Para 2022, a mediana continuou sua trajetória de arrefecimento, guiada principalmente pelas medidas do governo para baixar os combustíveis e pelas recentes reduções nos preços da gasolina pela Petrobras. A estimativa cedeu de 7,02% para 6,82%, a oitava redução seguida, também bem acima do limite superior do objetivo a ser perseguido pelo Banco Central (5%). Há quatro semanas, a mediana era de 7,30%.

Considerando somente as 95 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 6,95% para 6,69% e a de 2023 foi de 5,34% para 5,30%.

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As medianas divulgadas na Focus desta semana continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta a ser perseguida pelo Banco Central, após o descumprimento já observado em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.

Mostrando sinais de desancoragem mais ampla, a mediana para o IPCA de 2024 continuou em 3,41%, contra 3,30% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3%, porcentual igual ao de 58 semanas atrás. A meta para os dois anos é de 3%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.

Prédio do Banco Central; Boletim Focus mostrou interrupção no processo de deterioração das expectativas inflacionárias para 2023, embora estimativa ainda esteja acima do teto da meta (4,75%) Foto: André Dusek/Estadão
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No Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,7% para 2024. O colegiado elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro passaram a prever deflação maior para o IPCA de agosto, de -0,19% para -0,26 %, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado era de alta de 0,05%.

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Para setembro, a projeção de alta do IPCA no Focus cedeu de 0,48% para 0,39% ante 0,50% há quatro semanas. Para o índice de outubro, a estimativa de aumento passou de 0,54% para 0,53%, de 0,55% um mês antes.

A estimativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses também desacelerou, de alta de 5,71% para 5,53% de uma semana para outra - há um mês, estava em 5,38%.

BRASÍLIA - O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 22, mostrou interrupção no processo de deterioração das expectativas inflacionárias para 2023, foco principal da política monetária, embora a estimativa ainda esteja acima do teto da meta (4,75%). A mediana para o IPCA - índice oficial de inflação - cedeu de 5,38% para 5,33%, após 19 semanas de alta. Há um mês, a projeção era de 5,30%.

Para 2022, a mediana continuou sua trajetória de arrefecimento, guiada principalmente pelas medidas do governo para baixar os combustíveis e pelas recentes reduções nos preços da gasolina pela Petrobras. A estimativa cedeu de 7,02% para 6,82%, a oitava redução seguida, também bem acima do limite superior do objetivo a ser perseguido pelo Banco Central (5%). Há quatro semanas, a mediana era de 7,30%.

Considerando somente as 95 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 6,95% para 6,69% e a de 2023 foi de 5,34% para 5,30%.

As medianas divulgadas na Focus desta semana continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta a ser perseguida pelo Banco Central, após o descumprimento já observado em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.

Mostrando sinais de desancoragem mais ampla, a mediana para o IPCA de 2024 continuou em 3,41%, contra 3,30% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3%, porcentual igual ao de 58 semanas atrás. A meta para os dois anos é de 3%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.

Prédio do Banco Central; Boletim Focus mostrou interrupção no processo de deterioração das expectativas inflacionárias para 2023, embora estimativa ainda esteja acima do teto da meta (4,75%) Foto: André Dusek/Estadão

No Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,7% para 2024. O colegiado elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro passaram a prever deflação maior para o IPCA de agosto, de -0,19% para -0,26 %, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado era de alta de 0,05%.

Para setembro, a projeção de alta do IPCA no Focus cedeu de 0,48% para 0,39% ante 0,50% há quatro semanas. Para o índice de outubro, a estimativa de aumento passou de 0,54% para 0,53%, de 0,55% um mês antes.

A estimativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses também desacelerou, de alta de 5,71% para 5,53% de uma semana para outra - há um mês, estava em 5,38%.

BRASÍLIA - O Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 22, mostrou interrupção no processo de deterioração das expectativas inflacionárias para 2023, foco principal da política monetária, embora a estimativa ainda esteja acima do teto da meta (4,75%). A mediana para o IPCA - índice oficial de inflação - cedeu de 5,38% para 5,33%, após 19 semanas de alta. Há um mês, a projeção era de 5,30%.

Para 2022, a mediana continuou sua trajetória de arrefecimento, guiada principalmente pelas medidas do governo para baixar os combustíveis e pelas recentes reduções nos preços da gasolina pela Petrobras. A estimativa cedeu de 7,02% para 6,82%, a oitava redução seguida, também bem acima do limite superior do objetivo a ser perseguido pelo Banco Central (5%). Há quatro semanas, a mediana era de 7,30%.

Considerando somente as 95 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 6,95% para 6,69% e a de 2023 foi de 5,34% para 5,30%.

As medianas divulgadas na Focus desta semana continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta a ser perseguida pelo Banco Central, após o descumprimento já observado em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.

Mostrando sinais de desancoragem mais ampla, a mediana para o IPCA de 2024 continuou em 3,41%, contra 3,30% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3%, porcentual igual ao de 58 semanas atrás. A meta para os dois anos é de 3%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.

Prédio do Banco Central; Boletim Focus mostrou interrupção no processo de deterioração das expectativas inflacionárias para 2023, embora estimativa ainda esteja acima do teto da meta (4,75%) Foto: André Dusek/Estadão

No Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,7% para 2024. O colegiado elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.

Outros meses

Os economistas do mercado financeiro passaram a prever deflação maior para o IPCA de agosto, de -0,19% para -0,26 %, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado era de alta de 0,05%.

Para setembro, a projeção de alta do IPCA no Focus cedeu de 0,48% para 0,39% ante 0,50% há quatro semanas. Para o índice de outubro, a estimativa de aumento passou de 0,54% para 0,53%, de 0,55% um mês antes.

A estimativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses também desacelerou, de alta de 5,71% para 5,53% de uma semana para outra - há um mês, estava em 5,38%.

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