Bolívia diz que não cumprirá contratos neste ano


Governo boliviano quer discutir divisão do gás com Argentina e Brasil

Por EFE

O Governo da Bolívia afirmou nesta quinta-feira, 3, que este ano não cumprirá plenamente seus contratos de venda de gás ao Brasil e à Argentina e convocará esses países a uma reunião para analisar a repartição do combustível quando houver uma elevada demanda nesses mercados. "No final de ano estaremos produzindo em média 42 milhões de metros cúbicos diários, e esta quantidade não nos permitirá cumprir os contratos com a Argentina e com o Brasil", afirmou o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, em entrevista coletiva junto ao presidente boliviano, Evo Morales. A produção atual ronda os 40 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, frente a uma demanda interna e externa de 46 milhões, segundo dados fornecidos pelo setor. Villegas explicou que, na recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a La Paz, foi decidido que este ano não serão enviados os pequenos volumes de gás contratados em Cuiabá nem à empresa Comgás, de São Paulo. O contrato que será cumprido é o da Petrobras, no qual está previsto o envio de 31 milhões de metros cúbicos diários de gás a São Paulo e pelo qual a companhia paga à Bolívia atualmente quase US$ 4,9 por milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica). A outra prioridade da Bolívia será atender a seu mercado interno, que demandará entre 5,5 milhões e 6 milhões de metros cúbicos diários, e o resto será enviado à Argentina, segundo Villegas. A Bolívia descumpriu várias vezes em 2007 seus contratos com Brasil e Argentina devido à paralisia de investimentos, que as empresas atribuíram à mudança de regras originada pela nacionalização do setor decretada em maio de 2006. Descobertas e investimentos O Governo também anunciou a descoberta de um novo campo de gás e petróleo operado pela empresa argentina Pluspetrol no leste do país e investimentos das petrolíferas para este ano próximos a US$ 967 milhões para o desenvolvimento de campos e despesas administrativas. Somando a essa quantia os investimentos da YPFB, espera-se que o número chegue a US$ 1,266 bilhão, podendo alcançar US$ 1,5 bilhão devido a contratos em conjunto com a Petrobras e a estatal venezuelana PDVSA que devem ser divulgados este ano. No entanto, segundo Villegas, nem as novas descobertas nem os investimentos permitirão uma produção imediata para cumprir plenamente os contratos e será necessária uma reunião entre os Governos da Bolívia, Argentina e Brasil para falar do tema. A reunião foi sugerida por Morales a Lula durante o encontro que realizaram em meados de dezembro, em La Paz. Morales disse hoje que entende que existe uma preocupação no Brasil e na Argentina, e a proposta é buscar um "certo equilíbrio" na repartição da oferta de gás. Ele comentou que se "em alguns meses o Brasil tiver muita necessidade, é preciso atender a essa demanda", e se em outros a exigência for da Argentina, também aumentarão os envios a esse país, "mas sem descuidar fundamentalmente do mercado interno".

O Governo da Bolívia afirmou nesta quinta-feira, 3, que este ano não cumprirá plenamente seus contratos de venda de gás ao Brasil e à Argentina e convocará esses países a uma reunião para analisar a repartição do combustível quando houver uma elevada demanda nesses mercados. "No final de ano estaremos produzindo em média 42 milhões de metros cúbicos diários, e esta quantidade não nos permitirá cumprir os contratos com a Argentina e com o Brasil", afirmou o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, em entrevista coletiva junto ao presidente boliviano, Evo Morales. A produção atual ronda os 40 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, frente a uma demanda interna e externa de 46 milhões, segundo dados fornecidos pelo setor. Villegas explicou que, na recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a La Paz, foi decidido que este ano não serão enviados os pequenos volumes de gás contratados em Cuiabá nem à empresa Comgás, de São Paulo. O contrato que será cumprido é o da Petrobras, no qual está previsto o envio de 31 milhões de metros cúbicos diários de gás a São Paulo e pelo qual a companhia paga à Bolívia atualmente quase US$ 4,9 por milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica). A outra prioridade da Bolívia será atender a seu mercado interno, que demandará entre 5,5 milhões e 6 milhões de metros cúbicos diários, e o resto será enviado à Argentina, segundo Villegas. A Bolívia descumpriu várias vezes em 2007 seus contratos com Brasil e Argentina devido à paralisia de investimentos, que as empresas atribuíram à mudança de regras originada pela nacionalização do setor decretada em maio de 2006. Descobertas e investimentos O Governo também anunciou a descoberta de um novo campo de gás e petróleo operado pela empresa argentina Pluspetrol no leste do país e investimentos das petrolíferas para este ano próximos a US$ 967 milhões para o desenvolvimento de campos e despesas administrativas. Somando a essa quantia os investimentos da YPFB, espera-se que o número chegue a US$ 1,266 bilhão, podendo alcançar US$ 1,5 bilhão devido a contratos em conjunto com a Petrobras e a estatal venezuelana PDVSA que devem ser divulgados este ano. No entanto, segundo Villegas, nem as novas descobertas nem os investimentos permitirão uma produção imediata para cumprir plenamente os contratos e será necessária uma reunião entre os Governos da Bolívia, Argentina e Brasil para falar do tema. A reunião foi sugerida por Morales a Lula durante o encontro que realizaram em meados de dezembro, em La Paz. Morales disse hoje que entende que existe uma preocupação no Brasil e na Argentina, e a proposta é buscar um "certo equilíbrio" na repartição da oferta de gás. Ele comentou que se "em alguns meses o Brasil tiver muita necessidade, é preciso atender a essa demanda", e se em outros a exigência for da Argentina, também aumentarão os envios a esse país, "mas sem descuidar fundamentalmente do mercado interno".

O Governo da Bolívia afirmou nesta quinta-feira, 3, que este ano não cumprirá plenamente seus contratos de venda de gás ao Brasil e à Argentina e convocará esses países a uma reunião para analisar a repartição do combustível quando houver uma elevada demanda nesses mercados. "No final de ano estaremos produzindo em média 42 milhões de metros cúbicos diários, e esta quantidade não nos permitirá cumprir os contratos com a Argentina e com o Brasil", afirmou o ministro de Hidrocarbonetos, Carlos Villegas, em entrevista coletiva junto ao presidente boliviano, Evo Morales. A produção atual ronda os 40 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, frente a uma demanda interna e externa de 46 milhões, segundo dados fornecidos pelo setor. Villegas explicou que, na recente visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a La Paz, foi decidido que este ano não serão enviados os pequenos volumes de gás contratados em Cuiabá nem à empresa Comgás, de São Paulo. O contrato que será cumprido é o da Petrobras, no qual está previsto o envio de 31 milhões de metros cúbicos diários de gás a São Paulo e pelo qual a companhia paga à Bolívia atualmente quase US$ 4,9 por milhão de BTUs (Unidade Térmica Britânica). A outra prioridade da Bolívia será atender a seu mercado interno, que demandará entre 5,5 milhões e 6 milhões de metros cúbicos diários, e o resto será enviado à Argentina, segundo Villegas. A Bolívia descumpriu várias vezes em 2007 seus contratos com Brasil e Argentina devido à paralisia de investimentos, que as empresas atribuíram à mudança de regras originada pela nacionalização do setor decretada em maio de 2006. Descobertas e investimentos O Governo também anunciou a descoberta de um novo campo de gás e petróleo operado pela empresa argentina Pluspetrol no leste do país e investimentos das petrolíferas para este ano próximos a US$ 967 milhões para o desenvolvimento de campos e despesas administrativas. Somando a essa quantia os investimentos da YPFB, espera-se que o número chegue a US$ 1,266 bilhão, podendo alcançar US$ 1,5 bilhão devido a contratos em conjunto com a Petrobras e a estatal venezuelana PDVSA que devem ser divulgados este ano. No entanto, segundo Villegas, nem as novas descobertas nem os investimentos permitirão uma produção imediata para cumprir plenamente os contratos e será necessária uma reunião entre os Governos da Bolívia, Argentina e Brasil para falar do tema. A reunião foi sugerida por Morales a Lula durante o encontro que realizaram em meados de dezembro, em La Paz. Morales disse hoje que entende que existe uma preocupação no Brasil e na Argentina, e a proposta é buscar um "certo equilíbrio" na repartição da oferta de gás. Ele comentou que se "em alguns meses o Brasil tiver muita necessidade, é preciso atender a essa demanda", e se em outros a exigência for da Argentina, também aumentarão os envios a esse país, "mas sem descuidar fundamentalmente do mercado interno".

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