O bônus de 2024: forte redução de juros nos EUA pode estimular o resto do mundo


Caso ocorra um corte rápido e profundo, impacto seria bastante sentido nos países emergentes

Por Fábio Alves

Muito do que vai acontecer, em 2024, com os mercados emergentes, em particular o Brasil, deve ser resultado de quão rápido e quão profundo será o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed), o que pode deflagrar uma onda de apetite por ativos de risco, como ações em Bolsas de Valores e moedas.

Seria como um bônus em forma de estímulo monetário que o Fed pode dar ao resto do mundo, assegurando, por tabela, que a economia americana teria um pouso suave, e não uma recessão em 2024. Mas esse fluxo de capital dos investidores globais deve buscar os países emergentes em melhores condições macroeconômicas, incluindo aí aqueles com menor risco fiscal e de conta corrente.

Levando em conta o que os investidores estão precificando na curva de juros americana com o ciclo de afrouxamento monetário pelo Fed em 2024, o cenário é bastante otimista. Essa aposta é de que o BC americano irá fazer quatro cortes de juros em 2024, num total de 1 ponto porcentual, com a primeira redução já a partir de maio. A taxa básica dos EUA está atualmente na faixa de 5,25% a 5,50%.

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O problema é que não são poucos os analistas que acreditam que os investidores estão se precipitando em apostar num ritmo tão rápido e agressivo de corte de juros pelo Fed no ano que vem. Um dos fatores é que a economia americana, em especial o mercado de trabalho, vem mostrando surpreendente resiliência depois de o Fed ter promovido o maior ciclo de elevações de juros desde a década de 1980.

Caso juros dos EUA sofram corte rápido e profundo em 2024, países emergentes podem se beneficiar Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

É verdade que a taxa de desemprego vem subindo nos últimos meses, mas, a 3,9%, ainda se encontra muito baixa em termos históricos. E depois da forte expansão anualizada de 4,9% da economia no terceiro trimestre deste ano, o monitor de desempenho do PIB do Fed de Atlanta – referência no mercado – aponta para crescimento anualizado de 2,1% neste quarto trimestre. É uma desaceleração importante, mas ainda está acima do crescimento do PIB potencial americano.

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Assim, fica difícil ver a inflação caminhando em direção à meta do Fed, de 2%. Com a queda nos preços da gasolina, a taxa anual do índice de preços ao consumidor dos EUA cedeu de 3,7%, em setembro, para 3,2% em outubro, mas o seu núcleo – que exclui itens voláteis como energia e alimentos – recuou apenas de 4,1% para 4%. É o núcleo da inflação que aponta a dinâmica dos preços. Esse ritmo lento pode dar menos espaço para o Fed ser tão agressivo na hora de cortar os juros. Ainda assim, qualquer redução será um bônus ao resto do mundo, mas não a festa como o mercado precifica hoje.

Muito do que vai acontecer, em 2024, com os mercados emergentes, em particular o Brasil, deve ser resultado de quão rápido e quão profundo será o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed), o que pode deflagrar uma onda de apetite por ativos de risco, como ações em Bolsas de Valores e moedas.

Seria como um bônus em forma de estímulo monetário que o Fed pode dar ao resto do mundo, assegurando, por tabela, que a economia americana teria um pouso suave, e não uma recessão em 2024. Mas esse fluxo de capital dos investidores globais deve buscar os países emergentes em melhores condições macroeconômicas, incluindo aí aqueles com menor risco fiscal e de conta corrente.

Levando em conta o que os investidores estão precificando na curva de juros americana com o ciclo de afrouxamento monetário pelo Fed em 2024, o cenário é bastante otimista. Essa aposta é de que o BC americano irá fazer quatro cortes de juros em 2024, num total de 1 ponto porcentual, com a primeira redução já a partir de maio. A taxa básica dos EUA está atualmente na faixa de 5,25% a 5,50%.

O problema é que não são poucos os analistas que acreditam que os investidores estão se precipitando em apostar num ritmo tão rápido e agressivo de corte de juros pelo Fed no ano que vem. Um dos fatores é que a economia americana, em especial o mercado de trabalho, vem mostrando surpreendente resiliência depois de o Fed ter promovido o maior ciclo de elevações de juros desde a década de 1980.

Caso juros dos EUA sofram corte rápido e profundo em 2024, países emergentes podem se beneficiar Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

É verdade que a taxa de desemprego vem subindo nos últimos meses, mas, a 3,9%, ainda se encontra muito baixa em termos históricos. E depois da forte expansão anualizada de 4,9% da economia no terceiro trimestre deste ano, o monitor de desempenho do PIB do Fed de Atlanta – referência no mercado – aponta para crescimento anualizado de 2,1% neste quarto trimestre. É uma desaceleração importante, mas ainda está acima do crescimento do PIB potencial americano.

Assim, fica difícil ver a inflação caminhando em direção à meta do Fed, de 2%. Com a queda nos preços da gasolina, a taxa anual do índice de preços ao consumidor dos EUA cedeu de 3,7%, em setembro, para 3,2% em outubro, mas o seu núcleo – que exclui itens voláteis como energia e alimentos – recuou apenas de 4,1% para 4%. É o núcleo da inflação que aponta a dinâmica dos preços. Esse ritmo lento pode dar menos espaço para o Fed ser tão agressivo na hora de cortar os juros. Ainda assim, qualquer redução será um bônus ao resto do mundo, mas não a festa como o mercado precifica hoje.

Muito do que vai acontecer, em 2024, com os mercados emergentes, em particular o Brasil, deve ser resultado de quão rápido e quão profundo será o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed), o que pode deflagrar uma onda de apetite por ativos de risco, como ações em Bolsas de Valores e moedas.

Seria como um bônus em forma de estímulo monetário que o Fed pode dar ao resto do mundo, assegurando, por tabela, que a economia americana teria um pouso suave, e não uma recessão em 2024. Mas esse fluxo de capital dos investidores globais deve buscar os países emergentes em melhores condições macroeconômicas, incluindo aí aqueles com menor risco fiscal e de conta corrente.

Levando em conta o que os investidores estão precificando na curva de juros americana com o ciclo de afrouxamento monetário pelo Fed em 2024, o cenário é bastante otimista. Essa aposta é de que o BC americano irá fazer quatro cortes de juros em 2024, num total de 1 ponto porcentual, com a primeira redução já a partir de maio. A taxa básica dos EUA está atualmente na faixa de 5,25% a 5,50%.

O problema é que não são poucos os analistas que acreditam que os investidores estão se precipitando em apostar num ritmo tão rápido e agressivo de corte de juros pelo Fed no ano que vem. Um dos fatores é que a economia americana, em especial o mercado de trabalho, vem mostrando surpreendente resiliência depois de o Fed ter promovido o maior ciclo de elevações de juros desde a década de 1980.

Caso juros dos EUA sofram corte rápido e profundo em 2024, países emergentes podem se beneficiar Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

É verdade que a taxa de desemprego vem subindo nos últimos meses, mas, a 3,9%, ainda se encontra muito baixa em termos históricos. E depois da forte expansão anualizada de 4,9% da economia no terceiro trimestre deste ano, o monitor de desempenho do PIB do Fed de Atlanta – referência no mercado – aponta para crescimento anualizado de 2,1% neste quarto trimestre. É uma desaceleração importante, mas ainda está acima do crescimento do PIB potencial americano.

Assim, fica difícil ver a inflação caminhando em direção à meta do Fed, de 2%. Com a queda nos preços da gasolina, a taxa anual do índice de preços ao consumidor dos EUA cedeu de 3,7%, em setembro, para 3,2% em outubro, mas o seu núcleo – que exclui itens voláteis como energia e alimentos – recuou apenas de 4,1% para 4%. É o núcleo da inflação que aponta a dinâmica dos preços. Esse ritmo lento pode dar menos espaço para o Fed ser tão agressivo na hora de cortar os juros. Ainda assim, qualquer redução será um bônus ao resto do mundo, mas não a festa como o mercado precifica hoje.

Muito do que vai acontecer, em 2024, com os mercados emergentes, em particular o Brasil, deve ser resultado de quão rápido e quão profundo será o ciclo de corte de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed), o que pode deflagrar uma onda de apetite por ativos de risco, como ações em Bolsas de Valores e moedas.

Seria como um bônus em forma de estímulo monetário que o Fed pode dar ao resto do mundo, assegurando, por tabela, que a economia americana teria um pouso suave, e não uma recessão em 2024. Mas esse fluxo de capital dos investidores globais deve buscar os países emergentes em melhores condições macroeconômicas, incluindo aí aqueles com menor risco fiscal e de conta corrente.

Levando em conta o que os investidores estão precificando na curva de juros americana com o ciclo de afrouxamento monetário pelo Fed em 2024, o cenário é bastante otimista. Essa aposta é de que o BC americano irá fazer quatro cortes de juros em 2024, num total de 1 ponto porcentual, com a primeira redução já a partir de maio. A taxa básica dos EUA está atualmente na faixa de 5,25% a 5,50%.

O problema é que não são poucos os analistas que acreditam que os investidores estão se precipitando em apostar num ritmo tão rápido e agressivo de corte de juros pelo Fed no ano que vem. Um dos fatores é que a economia americana, em especial o mercado de trabalho, vem mostrando surpreendente resiliência depois de o Fed ter promovido o maior ciclo de elevações de juros desde a década de 1980.

Caso juros dos EUA sofram corte rápido e profundo em 2024, países emergentes podem se beneficiar Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

É verdade que a taxa de desemprego vem subindo nos últimos meses, mas, a 3,9%, ainda se encontra muito baixa em termos históricos. E depois da forte expansão anualizada de 4,9% da economia no terceiro trimestre deste ano, o monitor de desempenho do PIB do Fed de Atlanta – referência no mercado – aponta para crescimento anualizado de 2,1% neste quarto trimestre. É uma desaceleração importante, mas ainda está acima do crescimento do PIB potencial americano.

Assim, fica difícil ver a inflação caminhando em direção à meta do Fed, de 2%. Com a queda nos preços da gasolina, a taxa anual do índice de preços ao consumidor dos EUA cedeu de 3,7%, em setembro, para 3,2% em outubro, mas o seu núcleo – que exclui itens voláteis como energia e alimentos – recuou apenas de 4,1% para 4%. É o núcleo da inflação que aponta a dinâmica dos preços. Esse ritmo lento pode dar menos espaço para o Fed ser tão agressivo na hora de cortar os juros. Ainda assim, qualquer redução será um bônus ao resto do mundo, mas não a festa como o mercado precifica hoje.

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