Engenheiros da British Petroleum (BP) trabalham nesta segunda-feira para recolocar uma tampa sobre o poço que está vazando óleo no Golfo do México, após a companhia ter reportado bons resultados nas tentativas para combater o pior desastre ambiental na história dos Estados Unidos. Às 9h20, as ações da companhia operavam com alta de 6,66% na Bolsa de Londres, cotadas a 389,15 pence.
As operações para conter o vazamento alcançaram uma fase crítica, uma vez que os engenheiros correram para aproveitar um período de tempo bom no meio da temporada de furacões no Atlântico e instalar um novo sistema com o potencial de capturar todo o petróleo que está sendo expelido.
A nova operação, que deverá levar de 4 a 7 dias para ser concluída, foi iniciada ao meio-dia do último sábado, quando a tampa antiga e menos eficiente foi retirada do poço danificado por submarinos robóticos.
"Nós estamos satisfeitos com o nosso progresso", afirmou o vice-presidente da BP, Kent Wells. "Nós planejamos cuidadosamente e estudamos todo o procedimento. Tentamos trabalhar como o máximo de erros que poderiam ocorrer."
A tampa antiga coletou 25 mil barris de petróleo em média por dia, mas estimativas sugerem que o volume poderá ser menor que a metade do total do vazamento.
Segundo a BP, o novo sistema e a entrada em operação de uma terceira embarcação para armazenar o óleo, elevarão a capacidade de coleta para entre 60 mil e 80 mil barris por dia, o suficiente para conter todo o vazamento. "Nós capturaremos tudo em algum momento", afirmou Wells.
A Casa Branca também expressou otimismo. O conselheiro de alto escalão da Presidência dos EUA, David Axelrod, concedeu entrevistas aos canais de televisão Fox News Sunday e ABC, nas quais declarou que o governo americano estava "razoavelmente confiante" de que todo o óleo poderá ser contido até o final de julho.
"Temos todas as razões para acreditar que isso vai funcionar", disse Axelrod. "Achamos que há uma chance muito boa de que isto irá proporcionar o tipo de alívio que precisamos."
A BP disse que o custo de sua resposta ao vazamento alcançou US$ 3,5 bilhões. De acordo com a companhia, quase 105 mil pedidos de indenização foram submetidos e mais de 52 mil pagamentos foram feitos, totalizando cerca de US$ 165 milhões em 10 de julho. As informações são da Dow Jones.