BRASÍLIA – O leilão da rodovia BR-040, entre Belo Horizonte e Juiz de Fora (MG), programado para esta quinta-feira, 11, na sede da B3, em São Paulo, atraiu quatro grupos interessados em participar da disputa, anunciou o ministro dos Transportes, Renan Filho.
Segundo apurou o Estadão, os grupos interessados são: CCR, EPR, Azevedo & Travassos e o consórcio Vetor Norte, formado por empreiteiras menores e liderado pela Infratec Engenharia.
A CCR confirmou que disputa o certame. As demais empresas, procuradas, não se manifestaram. Segundo o Ministério dos Transportes, a expectativa é de que o leilão destrave investimentos de R$ 8,7 bilhões em novas obras, em 232 quilômetros de extensão da rodovia.
“O governo acabou de fechar o período para habilitação de propostas para o leilão da BR-040/MG. As empresas que já apresentaram propostas e o prazo encerrou-se agora“, disse Renan Filho nas redes sociais.
“A boa nova é que quatro empresas vão concorrer no leilão de quinta-feira, para disputar aquela que vai oferecer a melhor proposta para o cidadão, para administrar a BR-040 de Juiz de Fora a Belo Horizonte”, afirmou o ministro.
Segundo o Ministério dos Transportes, a concorrência com quatro grupos é a maior para leilões de rodovias desde 2018. Por ser uma rodovia em Minas Gerais, a expectativa do governo federal é de que o governador do Estado, Romeu Zema (Novo), ainda que faça oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, esteja presente na B3 para acompanhar a disputa.
Em nota à imprensa, o Ministério dos Transportes informou que o segmento com 232 quilômetros de extensão da BR-040/MG será concedido por 30 anos.
“Durante esse período, a vencedora do leilão deve investir em torno de R$ 8,7 bilhões em novas obras e implantação de serviços que elevem os padrões operacionais e de segurança da rodovia. O critério de julgamento do leilão será o maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio”, diz o texto.
O leilão será o primeiro a ser realizado este ano, e o terceiro do atual mandato do presidente Lula, já dentro do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Apesar de ter parte das projeções frustradas para os leilões rodoviários em 2023 – a expectativa era de quatro e só dois foram realizados –, o ministro afirmou, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que o governo mantém a diretriz de leiloar 35 trechos até 2026.