BRASÍLIA - Após a criação de 181.436 vagas em abril, o mercado de trabalho formal mostrou nova desaceleração e registrou um saldo positivo 155.270 carteiras assinadas em maio, de acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta quinta-feira, 29, pelo Ministério do Trabalho.
O resultado do mês passado decorreu de 2.000.202 admissões e 1.844.932 demissões. Em maio de 2022, houve abertura de 277.736 vagas com carteira assinada, na série ajustada.
O mercado financeiro já esperava um novo avanço no emprego no mês, mas o resultado veio abaixo da mediana das estimativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, que era de saldo positivo de 188.682 vagas. As projeções indicavam a abertura líquida de 130 mil a 262.030 vagas em maio.
No acumulado dos cinco primeiros meses de 2023, o saldo do Caged já é positivo em 865.360 vagas. No mesmo período do ano passado, houve criação líquida de 1.103.133 postos formais.
Setores
O saldo positivo em maio foi novamente puxado pelo desempenho do setor de serviços, com a criação de 83.915 postos formais no mês, seguido pela construção civil, que abriu 27.958 vagas.
Já a agropecuária gerou 19.559 vagas em maio, enquanto houve um saldo de 15.412 contratações no comércio. Na indústria geral, foram criadas outras 8.429 vagas no mês.
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No quinto mês do ano, 23 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. Apenas quatro Estados registraram fechamento de vagas.
O melhor desempenho entre os Estados foi registrado em São Paulo, com a abertura de 50.112 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi de Alagoas, que registrou o fechamento de 8.188 vagas em maio.
O salário médio de admissão nos empregos com carteira assinada foi de R$ 2.004,57 em maio. Comparado ao mês anterior, houve uma redução real de R$ 18,26 no salário médio de admissão, uma variação negativa de 0,90%.