Brasil está bem posicionado para o powershoring, diz diretora do BNDES


Executiva diz que banco de fomento já está preparado para estruturar os próximos projetos de SAF (combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês) e hidrogênio verde

Por Luciana Collet e Ludmylla Rocha

São Paulo - A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, afirmou que o Brasil está bem posicionado para o powershoring, termo que vêm sendo empregado para denominar a descentralização da produção para países próximos a centros de consumo e que oferecem energia renovável, abundante e segura, como vantagem competitiva.

“A Europa tem um problema sério para descarbonizar a indústria e a matriz hoje. E existe uma relação ganha-ganha de muitas indústrias, não só da Europa, de transferirem indústrias intensivas em energia para o Brasil”, afirmou ela, citando também Japão e China.

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“Assim como o México está bem posicionado para o nearshoring, a gente está bem posicionado para o powershoring”, disse a executiva – o nearshoring é a transferência da produção destinada ao mercado americano feita na China para países mais próximos aos EUA.

Entre os diferenciais, ela destacou a matriz energética limpa do Brasil, o sistema integrado nacional - países como os Estados Unidos, por exemplo, não contam com essa estrutura -, as hidrelétricas que funcionam como sistemas de armazenamento e o potencial mineral. “Uma das vantagens do Brasil também está relacionada aos minerais críticos”, completou.

Luciana Costa, diretora do BNDES Foto: MARCELO CHELLO / ESTADÃO
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Banco está preparado para a agenda verde

A diretora do BNDES também destacou que o banco de fomento já está preparado para estruturar os próximos projetos de SAF (combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês) e hidrogênio verde.

A economista afirmou ainda que tanto o banco de fomento quanto o governo federal têm a visão de que o Brasil tem a missão de tornar-se potência verde e, para isso, usará do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do programa de transição ecológica e energética e da reindustrialização verde.

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A declaração foi feita durante o painel “Descarbonização e Transição Energética - Oportunidades e Desafios”, em seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em Nova York, nos Estados Unidos.

A diretora admitiu que o Brasil não tem como fazer investimentos públicos no setor como tem sido feito pelos Estados Unidos e pela Europa, mas afirmou que nenhum país tem as vantagens competitivas que o Brasil já tem - e que o levarão a estar entre os três países mais competitivos em hidrogênio verde do mundo. Destacou também o potencial brasileiro no mercado de carbono, pelo qual pode responder por até 15%, disse.

Eólica e solar

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Luciana Costa disse também que, mesmo diante do cenário de baixo preço da energia elétrica, os projetos das fontes eólica e solar vão continuar sendo adicionadas à matriz elétrica no País.

“Acredito que esse preço atualmente baixo vai ser corrigido pela entrada de novas demandas”, destacou, ao citar como possíveis impulsionadores a eletrificação da frota interna de transportes e a produção de hidrogênio verde, no longo prazo.

Neste contexto, para ampliação do papel do País na transição energética, a economista citou como desafio o custo de capital, considerando que, a partir do momento que mais agências de risco passarem a considerar risco climático e custo de transição, o País deve ter novas elevações em sua nota de risco, facilitando a atração de recursos.

São Paulo - A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, afirmou que o Brasil está bem posicionado para o powershoring, termo que vêm sendo empregado para denominar a descentralização da produção para países próximos a centros de consumo e que oferecem energia renovável, abundante e segura, como vantagem competitiva.

“A Europa tem um problema sério para descarbonizar a indústria e a matriz hoje. E existe uma relação ganha-ganha de muitas indústrias, não só da Europa, de transferirem indústrias intensivas em energia para o Brasil”, afirmou ela, citando também Japão e China.

“Assim como o México está bem posicionado para o nearshoring, a gente está bem posicionado para o powershoring”, disse a executiva – o nearshoring é a transferência da produção destinada ao mercado americano feita na China para países mais próximos aos EUA.

Entre os diferenciais, ela destacou a matriz energética limpa do Brasil, o sistema integrado nacional - países como os Estados Unidos, por exemplo, não contam com essa estrutura -, as hidrelétricas que funcionam como sistemas de armazenamento e o potencial mineral. “Uma das vantagens do Brasil também está relacionada aos minerais críticos”, completou.

Luciana Costa, diretora do BNDES Foto: MARCELO CHELLO / ESTADÃO

Banco está preparado para a agenda verde

A diretora do BNDES também destacou que o banco de fomento já está preparado para estruturar os próximos projetos de SAF (combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês) e hidrogênio verde.

A economista afirmou ainda que tanto o banco de fomento quanto o governo federal têm a visão de que o Brasil tem a missão de tornar-se potência verde e, para isso, usará do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do programa de transição ecológica e energética e da reindustrialização verde.

A declaração foi feita durante o painel “Descarbonização e Transição Energética - Oportunidades e Desafios”, em seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em Nova York, nos Estados Unidos.

A diretora admitiu que o Brasil não tem como fazer investimentos públicos no setor como tem sido feito pelos Estados Unidos e pela Europa, mas afirmou que nenhum país tem as vantagens competitivas que o Brasil já tem - e que o levarão a estar entre os três países mais competitivos em hidrogênio verde do mundo. Destacou também o potencial brasileiro no mercado de carbono, pelo qual pode responder por até 15%, disse.

Eólica e solar

Luciana Costa disse também que, mesmo diante do cenário de baixo preço da energia elétrica, os projetos das fontes eólica e solar vão continuar sendo adicionadas à matriz elétrica no País.

“Acredito que esse preço atualmente baixo vai ser corrigido pela entrada de novas demandas”, destacou, ao citar como possíveis impulsionadores a eletrificação da frota interna de transportes e a produção de hidrogênio verde, no longo prazo.

Neste contexto, para ampliação do papel do País na transição energética, a economista citou como desafio o custo de capital, considerando que, a partir do momento que mais agências de risco passarem a considerar risco climático e custo de transição, o País deve ter novas elevações em sua nota de risco, facilitando a atração de recursos.

São Paulo - A diretora de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, afirmou que o Brasil está bem posicionado para o powershoring, termo que vêm sendo empregado para denominar a descentralização da produção para países próximos a centros de consumo e que oferecem energia renovável, abundante e segura, como vantagem competitiva.

“A Europa tem um problema sério para descarbonizar a indústria e a matriz hoje. E existe uma relação ganha-ganha de muitas indústrias, não só da Europa, de transferirem indústrias intensivas em energia para o Brasil”, afirmou ela, citando também Japão e China.

“Assim como o México está bem posicionado para o nearshoring, a gente está bem posicionado para o powershoring”, disse a executiva – o nearshoring é a transferência da produção destinada ao mercado americano feita na China para países mais próximos aos EUA.

Entre os diferenciais, ela destacou a matriz energética limpa do Brasil, o sistema integrado nacional - países como os Estados Unidos, por exemplo, não contam com essa estrutura -, as hidrelétricas que funcionam como sistemas de armazenamento e o potencial mineral. “Uma das vantagens do Brasil também está relacionada aos minerais críticos”, completou.

Luciana Costa, diretora do BNDES Foto: MARCELO CHELLO / ESTADÃO

Banco está preparado para a agenda verde

A diretora do BNDES também destacou que o banco de fomento já está preparado para estruturar os próximos projetos de SAF (combustível sustentável de aviação, na sigla em inglês) e hidrogênio verde.

A economista afirmou ainda que tanto o banco de fomento quanto o governo federal têm a visão de que o Brasil tem a missão de tornar-se potência verde e, para isso, usará do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do programa de transição ecológica e energética e da reindustrialização verde.

A declaração foi feita durante o painel “Descarbonização e Transição Energética - Oportunidades e Desafios”, em seminário promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em Nova York, nos Estados Unidos.

A diretora admitiu que o Brasil não tem como fazer investimentos públicos no setor como tem sido feito pelos Estados Unidos e pela Europa, mas afirmou que nenhum país tem as vantagens competitivas que o Brasil já tem - e que o levarão a estar entre os três países mais competitivos em hidrogênio verde do mundo. Destacou também o potencial brasileiro no mercado de carbono, pelo qual pode responder por até 15%, disse.

Eólica e solar

Luciana Costa disse também que, mesmo diante do cenário de baixo preço da energia elétrica, os projetos das fontes eólica e solar vão continuar sendo adicionadas à matriz elétrica no País.

“Acredito que esse preço atualmente baixo vai ser corrigido pela entrada de novas demandas”, destacou, ao citar como possíveis impulsionadores a eletrificação da frota interna de transportes e a produção de hidrogênio verde, no longo prazo.

Neste contexto, para ampliação do papel do País na transição energética, a economista citou como desafio o custo de capital, considerando que, a partir do momento que mais agências de risco passarem a considerar risco climático e custo de transição, o País deve ter novas elevações em sua nota de risco, facilitando a atração de recursos.

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