Brasil tem capacidade de aumentar oferta de energia solar em 100 vezes, diz diretor da Petrobras


Mauricio Tolmasquim afirma que o hidrogênio verde é o produto mais promissor no médio prazo na discussão sobre transição energética

Por Jorge Barbosa e Wilian Miron

O diretor de Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que o Brasil possui capacidade para aumentar a energia solar em até 100 vezes. Atualmente, segundo o executivo, a capacidade instalada nacional é de 30 gigawatts (GW), valor classificado por ele como um número já relevante, mas que pode aumentar em grande escala.

Com relação à energia eólica, Tolmasquim acrescentou que a capacidade instalada nacional também está próxima de 30 gigawatts, mas que é possível multiplicar esse total em 25 vezes considerando apenas o potencial em terra (onshore). Sobre o montante em alto-mar (offshore) “é outro potencial enorme”, acrescentou o diretor de sustentabilidade da Petrobras.

“Temos um potencial de recursos não apenas em quantidade, mas qualidade. O mesmo aerogerador colocado no Brasil deve produzir o dobro de energia que o mesmo produto na Europa. Traduzimos isso como fator de capacidade. Temos a abundância, mas não apenas nos recursos, mas a abundância com qualidade, o que nos permite ter baixo custo”, afirmou Tolmasquim durante o seminário “Energia limpa: A transição energética no Brasil” realizado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 19.

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Segundo ele, a Petrobras só vai entrar nos negócios de parques eólicos offshore depois que existir um marco regulatório. As áreas offshore que podem ser utilizadas para geração de energia eólica pertencem à União. Só com a concessão dessas localidades é que se pode construir os parques eólicos.

Brasil ainda pode aumentar oferta de energia solar e de eólica para seguir na transição energética Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

“Não basta ter a lei, é preciso ser organizado o leilão para a concessão das áreas e depois para a construção é necessário que o empreendimento seja viável e haja demanda. São condições necessárias”, afirmou.

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Para Tolmasquim, o Brasil está em uma posição de destaque no tema de energia renovável. Segundo o executivo, a produção renovável doméstica é de aproximadamente 50% somada a geração para eletricidade e combustíveis, enquanto a mesma métrica no mundo é de 15%.

Se considerado apenas a geração de energia elétrica renovável, o mundo possui 30% da matriz energética limpa, enquanto o Brasil em 2023 ultrapassou a faixa de 90%, disse.

“O Brasil não pode perder essa oportunidade porque o mundo todo, por conta da questão climática, está tendo que enfrentar a transição energética. Eventualmente essa transição pode ser um ônus para alguns países, mas é um bônus para o Brasil”, afirmou.

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Hidrogênio verde

O diretor de sustentabilidade da Petrobras disse ainda ver no hidrogênio verde a divisão de negócios com potencial mais promissor no médio prazo na discussão sobre transição energética.

Ele citou um estudo promovido pela Bloomberg segundo o qual, em 2030, é esperado que o hidrogênio verde seja mais competitivo e barato no Brasil na comparação com o hidrogênio cinza (obtido a partir da queima do gás) em outros países. “É algo revolucionário e disruptivo. Estamos falando de um novo paradigma. A Petrobras é a maior produtora e consumidora de hidrogênio no Brasil”, afirmou.

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O executivo mencionou que, atualmente, o hidrogênio é utilizado nas refinarias em meio ao processo de desenvolvimento de diesel e outros combustíveis, mas, dependendo do potencial competitivo do produto, ele poderá ser fundamental para a produção de outros insumos, como a amônia verde, o metanol verde e combustíveis sintéticos.

Sobre o futuro relacionado ao hidrogênio verde, o diretor de sustentabilidade da Petrobras afirmou que o insumo poderá ser utilizado não apenas no refino, mas na atividade petroquímica, de fertilizantes e na siderurgia.

Em um primeiro passo, o foco da estatal seria o mercado europeu por conta da maior disposição em pagar mais caro por um produto sustentável, mas, se os custos diminuírem e o preço do hidrogênio verde ficar barato no Brasil em comparação a outros países, ele também diz enxergar potencial para um consumo nacional do produto.

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“Quando eu pensava em hidrogênio, olhava o Brasil e imaginava o País exportando o produto para a Europa. Hoje, mudei a minha cabeça. Talvez iremos começar a exportar para a Europa por conta dos subsídios que trazem maior competitividade lá. Isso (subsídio) não existe no Brasil, então não tem porque não começarmos lá. Mas, se os custos caírem da maneira como é projetado, o mercado nacional tem potencial para o nosso hidrogênio verde”, afirmou Tolmasquim.

O executivo acrescentou que há forte potencial para o hidrogênio verde ligado ao SAF (combustível sustentável de aviação), em função da regulação internacional que exige das companhias aéreas que aumentem a parcela de consumo de renováveis.

“Tem um mandato para as empresas aéreas descarbonizarem o uso de seus combustíveis, mas, quando conversamos com essas companhias, elas nos falam que não existe a oferta de um produto renovável. O Brasil tem potencial imenso em oleaginosas e um novo mercado está aparecendo. Fazer combustível líquido é algo que a Petrobras sabe fazer e faz parte do nosso negócio”, disse.

O diretor de Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que o Brasil possui capacidade para aumentar a energia solar em até 100 vezes. Atualmente, segundo o executivo, a capacidade instalada nacional é de 30 gigawatts (GW), valor classificado por ele como um número já relevante, mas que pode aumentar em grande escala.

Com relação à energia eólica, Tolmasquim acrescentou que a capacidade instalada nacional também está próxima de 30 gigawatts, mas que é possível multiplicar esse total em 25 vezes considerando apenas o potencial em terra (onshore). Sobre o montante em alto-mar (offshore) “é outro potencial enorme”, acrescentou o diretor de sustentabilidade da Petrobras.

“Temos um potencial de recursos não apenas em quantidade, mas qualidade. O mesmo aerogerador colocado no Brasil deve produzir o dobro de energia que o mesmo produto na Europa. Traduzimos isso como fator de capacidade. Temos a abundância, mas não apenas nos recursos, mas a abundância com qualidade, o que nos permite ter baixo custo”, afirmou Tolmasquim durante o seminário “Energia limpa: A transição energética no Brasil” realizado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 19.

Segundo ele, a Petrobras só vai entrar nos negócios de parques eólicos offshore depois que existir um marco regulatório. As áreas offshore que podem ser utilizadas para geração de energia eólica pertencem à União. Só com a concessão dessas localidades é que se pode construir os parques eólicos.

Brasil ainda pode aumentar oferta de energia solar e de eólica para seguir na transição energética Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

“Não basta ter a lei, é preciso ser organizado o leilão para a concessão das áreas e depois para a construção é necessário que o empreendimento seja viável e haja demanda. São condições necessárias”, afirmou.

Para Tolmasquim, o Brasil está em uma posição de destaque no tema de energia renovável. Segundo o executivo, a produção renovável doméstica é de aproximadamente 50% somada a geração para eletricidade e combustíveis, enquanto a mesma métrica no mundo é de 15%.

Se considerado apenas a geração de energia elétrica renovável, o mundo possui 30% da matriz energética limpa, enquanto o Brasil em 2023 ultrapassou a faixa de 90%, disse.

“O Brasil não pode perder essa oportunidade porque o mundo todo, por conta da questão climática, está tendo que enfrentar a transição energética. Eventualmente essa transição pode ser um ônus para alguns países, mas é um bônus para o Brasil”, afirmou.

Hidrogênio verde

O diretor de sustentabilidade da Petrobras disse ainda ver no hidrogênio verde a divisão de negócios com potencial mais promissor no médio prazo na discussão sobre transição energética.

Ele citou um estudo promovido pela Bloomberg segundo o qual, em 2030, é esperado que o hidrogênio verde seja mais competitivo e barato no Brasil na comparação com o hidrogênio cinza (obtido a partir da queima do gás) em outros países. “É algo revolucionário e disruptivo. Estamos falando de um novo paradigma. A Petrobras é a maior produtora e consumidora de hidrogênio no Brasil”, afirmou.

O executivo mencionou que, atualmente, o hidrogênio é utilizado nas refinarias em meio ao processo de desenvolvimento de diesel e outros combustíveis, mas, dependendo do potencial competitivo do produto, ele poderá ser fundamental para a produção de outros insumos, como a amônia verde, o metanol verde e combustíveis sintéticos.

Sobre o futuro relacionado ao hidrogênio verde, o diretor de sustentabilidade da Petrobras afirmou que o insumo poderá ser utilizado não apenas no refino, mas na atividade petroquímica, de fertilizantes e na siderurgia.

Em um primeiro passo, o foco da estatal seria o mercado europeu por conta da maior disposição em pagar mais caro por um produto sustentável, mas, se os custos diminuírem e o preço do hidrogênio verde ficar barato no Brasil em comparação a outros países, ele também diz enxergar potencial para um consumo nacional do produto.

“Quando eu pensava em hidrogênio, olhava o Brasil e imaginava o País exportando o produto para a Europa. Hoje, mudei a minha cabeça. Talvez iremos começar a exportar para a Europa por conta dos subsídios que trazem maior competitividade lá. Isso (subsídio) não existe no Brasil, então não tem porque não começarmos lá. Mas, se os custos caírem da maneira como é projetado, o mercado nacional tem potencial para o nosso hidrogênio verde”, afirmou Tolmasquim.

O executivo acrescentou que há forte potencial para o hidrogênio verde ligado ao SAF (combustível sustentável de aviação), em função da regulação internacional que exige das companhias aéreas que aumentem a parcela de consumo de renováveis.

“Tem um mandato para as empresas aéreas descarbonizarem o uso de seus combustíveis, mas, quando conversamos com essas companhias, elas nos falam que não existe a oferta de um produto renovável. O Brasil tem potencial imenso em oleaginosas e um novo mercado está aparecendo. Fazer combustível líquido é algo que a Petrobras sabe fazer e faz parte do nosso negócio”, disse.

O diretor de Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que o Brasil possui capacidade para aumentar a energia solar em até 100 vezes. Atualmente, segundo o executivo, a capacidade instalada nacional é de 30 gigawatts (GW), valor classificado por ele como um número já relevante, mas que pode aumentar em grande escala.

Com relação à energia eólica, Tolmasquim acrescentou que a capacidade instalada nacional também está próxima de 30 gigawatts, mas que é possível multiplicar esse total em 25 vezes considerando apenas o potencial em terra (onshore). Sobre o montante em alto-mar (offshore) “é outro potencial enorme”, acrescentou o diretor de sustentabilidade da Petrobras.

“Temos um potencial de recursos não apenas em quantidade, mas qualidade. O mesmo aerogerador colocado no Brasil deve produzir o dobro de energia que o mesmo produto na Europa. Traduzimos isso como fator de capacidade. Temos a abundância, mas não apenas nos recursos, mas a abundância com qualidade, o que nos permite ter baixo custo”, afirmou Tolmasquim durante o seminário “Energia limpa: A transição energética no Brasil” realizado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 19.

Segundo ele, a Petrobras só vai entrar nos negócios de parques eólicos offshore depois que existir um marco regulatório. As áreas offshore que podem ser utilizadas para geração de energia eólica pertencem à União. Só com a concessão dessas localidades é que se pode construir os parques eólicos.

Brasil ainda pode aumentar oferta de energia solar e de eólica para seguir na transição energética Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

“Não basta ter a lei, é preciso ser organizado o leilão para a concessão das áreas e depois para a construção é necessário que o empreendimento seja viável e haja demanda. São condições necessárias”, afirmou.

Para Tolmasquim, o Brasil está em uma posição de destaque no tema de energia renovável. Segundo o executivo, a produção renovável doméstica é de aproximadamente 50% somada a geração para eletricidade e combustíveis, enquanto a mesma métrica no mundo é de 15%.

Se considerado apenas a geração de energia elétrica renovável, o mundo possui 30% da matriz energética limpa, enquanto o Brasil em 2023 ultrapassou a faixa de 90%, disse.

“O Brasil não pode perder essa oportunidade porque o mundo todo, por conta da questão climática, está tendo que enfrentar a transição energética. Eventualmente essa transição pode ser um ônus para alguns países, mas é um bônus para o Brasil”, afirmou.

Hidrogênio verde

O diretor de sustentabilidade da Petrobras disse ainda ver no hidrogênio verde a divisão de negócios com potencial mais promissor no médio prazo na discussão sobre transição energética.

Ele citou um estudo promovido pela Bloomberg segundo o qual, em 2030, é esperado que o hidrogênio verde seja mais competitivo e barato no Brasil na comparação com o hidrogênio cinza (obtido a partir da queima do gás) em outros países. “É algo revolucionário e disruptivo. Estamos falando de um novo paradigma. A Petrobras é a maior produtora e consumidora de hidrogênio no Brasil”, afirmou.

O executivo mencionou que, atualmente, o hidrogênio é utilizado nas refinarias em meio ao processo de desenvolvimento de diesel e outros combustíveis, mas, dependendo do potencial competitivo do produto, ele poderá ser fundamental para a produção de outros insumos, como a amônia verde, o metanol verde e combustíveis sintéticos.

Sobre o futuro relacionado ao hidrogênio verde, o diretor de sustentabilidade da Petrobras afirmou que o insumo poderá ser utilizado não apenas no refino, mas na atividade petroquímica, de fertilizantes e na siderurgia.

Em um primeiro passo, o foco da estatal seria o mercado europeu por conta da maior disposição em pagar mais caro por um produto sustentável, mas, se os custos diminuírem e o preço do hidrogênio verde ficar barato no Brasil em comparação a outros países, ele também diz enxergar potencial para um consumo nacional do produto.

“Quando eu pensava em hidrogênio, olhava o Brasil e imaginava o País exportando o produto para a Europa. Hoje, mudei a minha cabeça. Talvez iremos começar a exportar para a Europa por conta dos subsídios que trazem maior competitividade lá. Isso (subsídio) não existe no Brasil, então não tem porque não começarmos lá. Mas, se os custos caírem da maneira como é projetado, o mercado nacional tem potencial para o nosso hidrogênio verde”, afirmou Tolmasquim.

O executivo acrescentou que há forte potencial para o hidrogênio verde ligado ao SAF (combustível sustentável de aviação), em função da regulação internacional que exige das companhias aéreas que aumentem a parcela de consumo de renováveis.

“Tem um mandato para as empresas aéreas descarbonizarem o uso de seus combustíveis, mas, quando conversamos com essas companhias, elas nos falam que não existe a oferta de um produto renovável. O Brasil tem potencial imenso em oleaginosas e um novo mercado está aparecendo. Fazer combustível líquido é algo que a Petrobras sabe fazer e faz parte do nosso negócio”, disse.

O diretor de Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que o Brasil possui capacidade para aumentar a energia solar em até 100 vezes. Atualmente, segundo o executivo, a capacidade instalada nacional é de 30 gigawatts (GW), valor classificado por ele como um número já relevante, mas que pode aumentar em grande escala.

Com relação à energia eólica, Tolmasquim acrescentou que a capacidade instalada nacional também está próxima de 30 gigawatts, mas que é possível multiplicar esse total em 25 vezes considerando apenas o potencial em terra (onshore). Sobre o montante em alto-mar (offshore) “é outro potencial enorme”, acrescentou o diretor de sustentabilidade da Petrobras.

“Temos um potencial de recursos não apenas em quantidade, mas qualidade. O mesmo aerogerador colocado no Brasil deve produzir o dobro de energia que o mesmo produto na Europa. Traduzimos isso como fator de capacidade. Temos a abundância, mas não apenas nos recursos, mas a abundância com qualidade, o que nos permite ter baixo custo”, afirmou Tolmasquim durante o seminário “Energia limpa: A transição energética no Brasil” realizado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 19.

Segundo ele, a Petrobras só vai entrar nos negócios de parques eólicos offshore depois que existir um marco regulatório. As áreas offshore que podem ser utilizadas para geração de energia eólica pertencem à União. Só com a concessão dessas localidades é que se pode construir os parques eólicos.

Brasil ainda pode aumentar oferta de energia solar e de eólica para seguir na transição energética Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

“Não basta ter a lei, é preciso ser organizado o leilão para a concessão das áreas e depois para a construção é necessário que o empreendimento seja viável e haja demanda. São condições necessárias”, afirmou.

Para Tolmasquim, o Brasil está em uma posição de destaque no tema de energia renovável. Segundo o executivo, a produção renovável doméstica é de aproximadamente 50% somada a geração para eletricidade e combustíveis, enquanto a mesma métrica no mundo é de 15%.

Se considerado apenas a geração de energia elétrica renovável, o mundo possui 30% da matriz energética limpa, enquanto o Brasil em 2023 ultrapassou a faixa de 90%, disse.

“O Brasil não pode perder essa oportunidade porque o mundo todo, por conta da questão climática, está tendo que enfrentar a transição energética. Eventualmente essa transição pode ser um ônus para alguns países, mas é um bônus para o Brasil”, afirmou.

Hidrogênio verde

O diretor de sustentabilidade da Petrobras disse ainda ver no hidrogênio verde a divisão de negócios com potencial mais promissor no médio prazo na discussão sobre transição energética.

Ele citou um estudo promovido pela Bloomberg segundo o qual, em 2030, é esperado que o hidrogênio verde seja mais competitivo e barato no Brasil na comparação com o hidrogênio cinza (obtido a partir da queima do gás) em outros países. “É algo revolucionário e disruptivo. Estamos falando de um novo paradigma. A Petrobras é a maior produtora e consumidora de hidrogênio no Brasil”, afirmou.

O executivo mencionou que, atualmente, o hidrogênio é utilizado nas refinarias em meio ao processo de desenvolvimento de diesel e outros combustíveis, mas, dependendo do potencial competitivo do produto, ele poderá ser fundamental para a produção de outros insumos, como a amônia verde, o metanol verde e combustíveis sintéticos.

Sobre o futuro relacionado ao hidrogênio verde, o diretor de sustentabilidade da Petrobras afirmou que o insumo poderá ser utilizado não apenas no refino, mas na atividade petroquímica, de fertilizantes e na siderurgia.

Em um primeiro passo, o foco da estatal seria o mercado europeu por conta da maior disposição em pagar mais caro por um produto sustentável, mas, se os custos diminuírem e o preço do hidrogênio verde ficar barato no Brasil em comparação a outros países, ele também diz enxergar potencial para um consumo nacional do produto.

“Quando eu pensava em hidrogênio, olhava o Brasil e imaginava o País exportando o produto para a Europa. Hoje, mudei a minha cabeça. Talvez iremos começar a exportar para a Europa por conta dos subsídios que trazem maior competitividade lá. Isso (subsídio) não existe no Brasil, então não tem porque não começarmos lá. Mas, se os custos caírem da maneira como é projetado, o mercado nacional tem potencial para o nosso hidrogênio verde”, afirmou Tolmasquim.

O executivo acrescentou que há forte potencial para o hidrogênio verde ligado ao SAF (combustível sustentável de aviação), em função da regulação internacional que exige das companhias aéreas que aumentem a parcela de consumo de renováveis.

“Tem um mandato para as empresas aéreas descarbonizarem o uso de seus combustíveis, mas, quando conversamos com essas companhias, elas nos falam que não existe a oferta de um produto renovável. O Brasil tem potencial imenso em oleaginosas e um novo mercado está aparecendo. Fazer combustível líquido é algo que a Petrobras sabe fazer e faz parte do nosso negócio”, disse.

O diretor de Sustentabilidade da Petrobras, Mauricio Tolmasquim, afirmou que o Brasil possui capacidade para aumentar a energia solar em até 100 vezes. Atualmente, segundo o executivo, a capacidade instalada nacional é de 30 gigawatts (GW), valor classificado por ele como um número já relevante, mas que pode aumentar em grande escala.

Com relação à energia eólica, Tolmasquim acrescentou que a capacidade instalada nacional também está próxima de 30 gigawatts, mas que é possível multiplicar esse total em 25 vezes considerando apenas o potencial em terra (onshore). Sobre o montante em alto-mar (offshore) “é outro potencial enorme”, acrescentou o diretor de sustentabilidade da Petrobras.

“Temos um potencial de recursos não apenas em quantidade, mas qualidade. O mesmo aerogerador colocado no Brasil deve produzir o dobro de energia que o mesmo produto na Europa. Traduzimos isso como fator de capacidade. Temos a abundância, mas não apenas nos recursos, mas a abundância com qualidade, o que nos permite ter baixo custo”, afirmou Tolmasquim durante o seminário “Energia limpa: A transição energética no Brasil” realizado pela Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 19.

Segundo ele, a Petrobras só vai entrar nos negócios de parques eólicos offshore depois que existir um marco regulatório. As áreas offshore que podem ser utilizadas para geração de energia eólica pertencem à União. Só com a concessão dessas localidades é que se pode construir os parques eólicos.

Brasil ainda pode aumentar oferta de energia solar e de eólica para seguir na transição energética Foto: TIAGO QUEIROZ / ESTADÃO

“Não basta ter a lei, é preciso ser organizado o leilão para a concessão das áreas e depois para a construção é necessário que o empreendimento seja viável e haja demanda. São condições necessárias”, afirmou.

Para Tolmasquim, o Brasil está em uma posição de destaque no tema de energia renovável. Segundo o executivo, a produção renovável doméstica é de aproximadamente 50% somada a geração para eletricidade e combustíveis, enquanto a mesma métrica no mundo é de 15%.

Se considerado apenas a geração de energia elétrica renovável, o mundo possui 30% da matriz energética limpa, enquanto o Brasil em 2023 ultrapassou a faixa de 90%, disse.

“O Brasil não pode perder essa oportunidade porque o mundo todo, por conta da questão climática, está tendo que enfrentar a transição energética. Eventualmente essa transição pode ser um ônus para alguns países, mas é um bônus para o Brasil”, afirmou.

Hidrogênio verde

O diretor de sustentabilidade da Petrobras disse ainda ver no hidrogênio verde a divisão de negócios com potencial mais promissor no médio prazo na discussão sobre transição energética.

Ele citou um estudo promovido pela Bloomberg segundo o qual, em 2030, é esperado que o hidrogênio verde seja mais competitivo e barato no Brasil na comparação com o hidrogênio cinza (obtido a partir da queima do gás) em outros países. “É algo revolucionário e disruptivo. Estamos falando de um novo paradigma. A Petrobras é a maior produtora e consumidora de hidrogênio no Brasil”, afirmou.

O executivo mencionou que, atualmente, o hidrogênio é utilizado nas refinarias em meio ao processo de desenvolvimento de diesel e outros combustíveis, mas, dependendo do potencial competitivo do produto, ele poderá ser fundamental para a produção de outros insumos, como a amônia verde, o metanol verde e combustíveis sintéticos.

Sobre o futuro relacionado ao hidrogênio verde, o diretor de sustentabilidade da Petrobras afirmou que o insumo poderá ser utilizado não apenas no refino, mas na atividade petroquímica, de fertilizantes e na siderurgia.

Em um primeiro passo, o foco da estatal seria o mercado europeu por conta da maior disposição em pagar mais caro por um produto sustentável, mas, se os custos diminuírem e o preço do hidrogênio verde ficar barato no Brasil em comparação a outros países, ele também diz enxergar potencial para um consumo nacional do produto.

“Quando eu pensava em hidrogênio, olhava o Brasil e imaginava o País exportando o produto para a Europa. Hoje, mudei a minha cabeça. Talvez iremos começar a exportar para a Europa por conta dos subsídios que trazem maior competitividade lá. Isso (subsídio) não existe no Brasil, então não tem porque não começarmos lá. Mas, se os custos caírem da maneira como é projetado, o mercado nacional tem potencial para o nosso hidrogênio verde”, afirmou Tolmasquim.

O executivo acrescentou que há forte potencial para o hidrogênio verde ligado ao SAF (combustível sustentável de aviação), em função da regulação internacional que exige das companhias aéreas que aumentem a parcela de consumo de renováveis.

“Tem um mandato para as empresas aéreas descarbonizarem o uso de seus combustíveis, mas, quando conversamos com essas companhias, elas nos falam que não existe a oferta de um produto renovável. O Brasil tem potencial imenso em oleaginosas e um novo mercado está aparecendo. Fazer combustível líquido é algo que a Petrobras sabe fazer e faz parte do nosso negócio”, disse.

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