Brasil e França dão impulso às negociações de Doha


Por WILLIAM SCHOMBERG E DAVID CLARKE

As negociações da Rodada de Doha para a liberalização comercial global ganharam força nesta quarta-feira, com os presidentes do Brasil e da França expressando urgência na realização de um acordo, disseram líderes mundiais nesta quarta-feira, durante uma reunião de cúpula no Japão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos mais entusiasmados quanto às perspectiva da Rodada de Doha durante reunião com líderes de EUA, União Européia, Índia e outros participantes importantes do processo, segundo líderes presentes. Especialistas dizem que a reunião ministerial marcada para o dia 21 em Genebra, na sede da Organização Mundial do Comércio, será a última oportunidade de concluir a rodada antes que o processo seja atropelado pelo calendário eleitoral norte-americano. O Brasil, uma potência agrícola, tem papel-chave nas discussões de Doha, representando os interesses dos países em desenvolvimento. Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, deixou claro que também espera concluir rapidamente o acordo, e para isso fez um apelo especial ao Brasil, segundo relato transmitido pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Buscando enviar uma mensagem política forte à reunião ministerial, Brown já havia divulgado uma declaração sobre comércio conjuntamente com Lula, supostamente sinalizando uma postura mais flexível por parte da América Latina. "A novidade é que o Brasil deixou claro hoje que deseja este acordo", disse Brown. "O presidente Sarkozy deixou claro que gostaria de ver um rompimento do impasse e fez um apelo ao Brasil", acrescentou ele durante entrevista coletiva da cúpula do G8, no Japão. A França reluta em aceitar reduções nos subsídios agrícolas concedidos pela União Européia a seus produtores, o que é um dos principais entraves à conclusão do tratado. "Acho que as mensagens transmitidas durante o encontro dos presidentes (dos EUA, George W. Bush e Lula foram muito mais claras do que antes a respeito da urgência e desejabilidade de um acordo", disse o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, no avião em que deixou Hokkaido. Também no Japão, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse a jornalistas que é "crucial ir além" na reunião ministerial da semana que vem em Genebra. Mas a abertura do Brasil para um acordo depende também da abertura dos demais participantes, alertou Amorim. Lula declarou neste mês que a Rodada de Doha poderia ser concluída até o fim de julho, mas na terça-feira um mediador da OMC informou que ainda falta um acordo sobre partes importantes da negociação sobre bens industriais. Uma nova proposta sobre os produtos manufaturados deve ser apresentada na quinta-feira. Esse texto, junto com um novo esboço sobre agricultura, servirá de base para a reunião ministerial na sede da OMC. EUA e UE querem que os grandes países em desenvolvimento, como o Brasil, façam cortes maiores nas suas tarifas de importação industrial, o que seria uma contrapartida às reduções de subsídios e tarifas agrícolas nos países ricos. Barroso disse que o sucesso da negociação comercial pode ajudar também a desatar um futuro acordo climático global. Durante a cúpula japonesa, o chamado G5 (que reúne economias emergentes, inclusive o Brasil) discordou da meta sugerida pelo G8 (grupo das principais potências industrializadas) sobre o controle das emissões de gases do efeito estufa.

As negociações da Rodada de Doha para a liberalização comercial global ganharam força nesta quarta-feira, com os presidentes do Brasil e da França expressando urgência na realização de um acordo, disseram líderes mundiais nesta quarta-feira, durante uma reunião de cúpula no Japão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos mais entusiasmados quanto às perspectiva da Rodada de Doha durante reunião com líderes de EUA, União Européia, Índia e outros participantes importantes do processo, segundo líderes presentes. Especialistas dizem que a reunião ministerial marcada para o dia 21 em Genebra, na sede da Organização Mundial do Comércio, será a última oportunidade de concluir a rodada antes que o processo seja atropelado pelo calendário eleitoral norte-americano. O Brasil, uma potência agrícola, tem papel-chave nas discussões de Doha, representando os interesses dos países em desenvolvimento. Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, deixou claro que também espera concluir rapidamente o acordo, e para isso fez um apelo especial ao Brasil, segundo relato transmitido pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Buscando enviar uma mensagem política forte à reunião ministerial, Brown já havia divulgado uma declaração sobre comércio conjuntamente com Lula, supostamente sinalizando uma postura mais flexível por parte da América Latina. "A novidade é que o Brasil deixou claro hoje que deseja este acordo", disse Brown. "O presidente Sarkozy deixou claro que gostaria de ver um rompimento do impasse e fez um apelo ao Brasil", acrescentou ele durante entrevista coletiva da cúpula do G8, no Japão. A França reluta em aceitar reduções nos subsídios agrícolas concedidos pela União Européia a seus produtores, o que é um dos principais entraves à conclusão do tratado. "Acho que as mensagens transmitidas durante o encontro dos presidentes (dos EUA, George W. Bush e Lula foram muito mais claras do que antes a respeito da urgência e desejabilidade de um acordo", disse o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, no avião em que deixou Hokkaido. Também no Japão, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse a jornalistas que é "crucial ir além" na reunião ministerial da semana que vem em Genebra. Mas a abertura do Brasil para um acordo depende também da abertura dos demais participantes, alertou Amorim. Lula declarou neste mês que a Rodada de Doha poderia ser concluída até o fim de julho, mas na terça-feira um mediador da OMC informou que ainda falta um acordo sobre partes importantes da negociação sobre bens industriais. Uma nova proposta sobre os produtos manufaturados deve ser apresentada na quinta-feira. Esse texto, junto com um novo esboço sobre agricultura, servirá de base para a reunião ministerial na sede da OMC. EUA e UE querem que os grandes países em desenvolvimento, como o Brasil, façam cortes maiores nas suas tarifas de importação industrial, o que seria uma contrapartida às reduções de subsídios e tarifas agrícolas nos países ricos. Barroso disse que o sucesso da negociação comercial pode ajudar também a desatar um futuro acordo climático global. Durante a cúpula japonesa, o chamado G5 (que reúne economias emergentes, inclusive o Brasil) discordou da meta sugerida pelo G8 (grupo das principais potências industrializadas) sobre o controle das emissões de gases do efeito estufa.

As negociações da Rodada de Doha para a liberalização comercial global ganharam força nesta quarta-feira, com os presidentes do Brasil e da França expressando urgência na realização de um acordo, disseram líderes mundiais nesta quarta-feira, durante uma reunião de cúpula no Japão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos mais entusiasmados quanto às perspectiva da Rodada de Doha durante reunião com líderes de EUA, União Européia, Índia e outros participantes importantes do processo, segundo líderes presentes. Especialistas dizem que a reunião ministerial marcada para o dia 21 em Genebra, na sede da Organização Mundial do Comércio, será a última oportunidade de concluir a rodada antes que o processo seja atropelado pelo calendário eleitoral norte-americano. O Brasil, uma potência agrícola, tem papel-chave nas discussões de Doha, representando os interesses dos países em desenvolvimento. Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, deixou claro que também espera concluir rapidamente o acordo, e para isso fez um apelo especial ao Brasil, segundo relato transmitido pelo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Buscando enviar uma mensagem política forte à reunião ministerial, Brown já havia divulgado uma declaração sobre comércio conjuntamente com Lula, supostamente sinalizando uma postura mais flexível por parte da América Latina. "A novidade é que o Brasil deixou claro hoje que deseja este acordo", disse Brown. "O presidente Sarkozy deixou claro que gostaria de ver um rompimento do impasse e fez um apelo ao Brasil", acrescentou ele durante entrevista coletiva da cúpula do G8, no Japão. A França reluta em aceitar reduções nos subsídios agrícolas concedidos pela União Européia a seus produtores, o que é um dos principais entraves à conclusão do tratado. "Acho que as mensagens transmitidas durante o encontro dos presidentes (dos EUA, George W. Bush e Lula foram muito mais claras do que antes a respeito da urgência e desejabilidade de um acordo", disse o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, no avião em que deixou Hokkaido. Também no Japão, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, disse a jornalistas que é "crucial ir além" na reunião ministerial da semana que vem em Genebra. Mas a abertura do Brasil para um acordo depende também da abertura dos demais participantes, alertou Amorim. Lula declarou neste mês que a Rodada de Doha poderia ser concluída até o fim de julho, mas na terça-feira um mediador da OMC informou que ainda falta um acordo sobre partes importantes da negociação sobre bens industriais. Uma nova proposta sobre os produtos manufaturados deve ser apresentada na quinta-feira. Esse texto, junto com um novo esboço sobre agricultura, servirá de base para a reunião ministerial na sede da OMC. EUA e UE querem que os grandes países em desenvolvimento, como o Brasil, façam cortes maiores nas suas tarifas de importação industrial, o que seria uma contrapartida às reduções de subsídios e tarifas agrícolas nos países ricos. Barroso disse que o sucesso da negociação comercial pode ajudar também a desatar um futuro acordo climático global. Durante a cúpula japonesa, o chamado G5 (que reúne economias emergentes, inclusive o Brasil) discordou da meta sugerida pelo G8 (grupo das principais potências industrializadas) sobre o controle das emissões de gases do efeito estufa.

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