Brasil ganha peso em índices globais de ações. O que falta para investimento mais forte voltar?


Para grandes gestoras internacionais, início do ciclo de corte dos juros pode ser um bom sinal para os investidores de fora

Por Aline Bronzati
Atualização:

Nova York - A diminuição dos ruídos políticos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um ambiente macroeconômico mais favorável aumentaram o interesse do investidor estrangeiro pelo Brasil. Gigantes internacionais como Pimco, BlackRock, UBS e Citi têm adotado uma postura otimista com o País, o que ajuda na atração de fluxo externo. Mas, para que o estrangeiro volte a ter, de fato, uma presença mais forte no Brasil, as reformas têm de andar, dizem gestores ouvidos pelo Estadão/Broadcast. O início do corte de juros pelo Banco Central, esperado para esta quarta-feira, 2, também deve ajudar a impulsionar os ativos domésticos e, em especial, as ações.

A participação do Brasil no índice de ações MSCI Emerging Markets (MSCI EM), um dos principais referenciais internacionais para investidores, voltou a crescer depois da queda no início do ano e que impactou o peso das Américas. Na versão mais recente do índice, foi a 5,54%, ante 5% na anterior, publicada no fim de abril. Apesar da melhora, a participação verde e amarela ainda está longe dos tempos áureos. Em meados de 2010, o Brasil chegou a ter uma fatia de 17% do MSCI EM, quando o País ainda estava classificado como grau de investimento e era visto como um dos queridinhos dos investidores globais entre os mercados emergentes.

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Com gestores internacionais ‘overweight’ (com visão acima das expectativas) para Brasil e o momento ainda positivo das commodities, os ativos domésticos têm vivenciado um rali neste ano. O Ibovespa subiu 3,27% em julho e acumula alta de cerca de 11% em 2023, perto dos 122 mil pontos. O dólar à vista fechou o mês com queda de 1,25%, mas, em 2023, as perdas passam de 10%.

“Depois de sofrerem por comentários negativos sobre inflação e a agenda fiscal do governo, o impressionante desempenho superior dos preços dos ativos brasileiros está correlacionado à queda do prêmio de risco fiscal no Brasil”, diz o diretor de portfólio de mercados emergentes da Pimco, Pramol Dhawan.

Início de ciclo de queda dos juros é apontado como um fator positivo para os investidores estrangeiros Foto: Dida Sampaio/Estadão
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O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, termômetro do risco país, foi a 162 pontos, o nível mais baixo desde junho de 2021, quando estava em 160 pontos. O indicador tem apresentado melhora nos últimos meses em meio ao avanço de reformas no governo Lula, como a aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária, que já passou pelo crivo da Câmara dos Deputados.

O mais recente impulso para a melhora na percepção do risco país foi a elevação do rating do Brasil, de ‘BB-’ para ‘BB’ pela Fitch. Antes, a rival S&P já havia melhorado a perspectiva para a nota do País, de estável para positiva. O movimento das maiores agências de classificação de risco, que foi seguido por menores como Austin Rating e DBRS Morningstar, trouxe de volta a expectativa de o Brasil poder vislumbrar novamente o grau de investimento.

Para gestores e economistas internacionais ouvidos pelo Estadão/Broadcast, porém, o caminho à frente é desafiador. “É uma estrada longa ainda até obter esse selo de grau de investimento e vai requerer reformas macroeconômicas e microeconômicas, um marco regulatório que incentive o investimento e o aumento da produtividade... É uma maratona e a gente apenas completou a primeira milha”, avalia o diretor de Pesquisa Macroeconômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, para quem a reforma mais importante e que ainda não foi endereçada é a administrativa, para cortar gastos públicos.

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Além dos desafios domésticos, pesa ainda o contexto internacional em meio ao aperto monetário para controlar a inflação que subiu e se enraizou nas economias globais após a covid-19. A América Latina iniciou o movimento contrário, de relaxamento, com o Chile, na semana passada, e o Brasil deve ser o segundo País a cortar os juros nesta semana. Enquanto isso, os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa deixaram as portas abertas para novo aumento neste ano, a depender dos futuros dados de suas respectivas economias, mas não consideram cortes no curto prazo.

“O maior desafio no Brasil provavelmente nem é o Brasil. É mais o fato de que os mercados financeiros globais permanecem muito apertados. Portanto, não há muito dinheiro circulando por aí”, diz o diretor de investimentos da área global de gestão de grandes fortunas do Citi, Lisandro Chanlatte.

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Para se sobressair, os países emergentes, têm de apresentar uma história melhor do que a contada quando há maior liquidez global, avalia. “Não só no Brasil, mas em qualquer mercado emergente, o investidor está procurando por estabilidade política, independência do banco central e a capacidade de [o governo] entregar promessas”, diz Chanlatte, que vê as ações brasileiras com um ponto de entrada “bastante atraente” visto que o mercado se recuperou, mas ainda está abaixo das médias históricas de longo prazo.

Estrela em ascensão

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Os estrangeiros têm demonstrado mais apetite que os investidores locais. Em julho, a Bolsa recebeu a entrada de cerca R$ 5,8 bilhões e no ano está positivo em R$ 22 bilhões. Por sua vez, o Bank of America alerta que os fundos de ações locais amargaram saídas de R$ 400 milhões nas últimas quatro semanas, cifra que sobe para R$ 1,4 bilhão no acumulado do ano, conforme o banco americano.

“A visão do estrangeiro é positiva para emergentes. Esses países anteciparam o aumento de juros e conseguiram controlar a inflação e manter suas economias mesmo com o Fed subindo juros”, diz o chefe global de serviços a clientes da Western Asset, Marzo Bernardi, citando o Brasil como um dos exemplos.

Na visão da UBS Global Wealth Management (UBS GWM), braço de grandes fortunas do banco suíço, o corte de juros é essencial para saber se a fotografia atual do mercado acionário brasileiro pode se transformar em um filme - ou seja, ser sustentável à frente.

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Já Dhawan, da Pimco, vê o Brasil com chances de ser uma “estrela em ascensão” nos mercados emergentes, mas diz que a implementação do novo arcabouço fiscal e a aprovação completa da reforma tributária são essenciais para os preços dos ativos brasileiros darem um passo além. “Precisamos ver a validação da agenda fiscal, a agenda do governo, especialmente em relação ao aumento de receita atendendo aos objetivos fiscais, para que os preços dos ativos brasileiros sejam validados”, diz o diretor de portfólio.

Nova York - A diminuição dos ruídos políticos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um ambiente macroeconômico mais favorável aumentaram o interesse do investidor estrangeiro pelo Brasil. Gigantes internacionais como Pimco, BlackRock, UBS e Citi têm adotado uma postura otimista com o País, o que ajuda na atração de fluxo externo. Mas, para que o estrangeiro volte a ter, de fato, uma presença mais forte no Brasil, as reformas têm de andar, dizem gestores ouvidos pelo Estadão/Broadcast. O início do corte de juros pelo Banco Central, esperado para esta quarta-feira, 2, também deve ajudar a impulsionar os ativos domésticos e, em especial, as ações.

A participação do Brasil no índice de ações MSCI Emerging Markets (MSCI EM), um dos principais referenciais internacionais para investidores, voltou a crescer depois da queda no início do ano e que impactou o peso das Américas. Na versão mais recente do índice, foi a 5,54%, ante 5% na anterior, publicada no fim de abril. Apesar da melhora, a participação verde e amarela ainda está longe dos tempos áureos. Em meados de 2010, o Brasil chegou a ter uma fatia de 17% do MSCI EM, quando o País ainda estava classificado como grau de investimento e era visto como um dos queridinhos dos investidores globais entre os mercados emergentes.

Com gestores internacionais ‘overweight’ (com visão acima das expectativas) para Brasil e o momento ainda positivo das commodities, os ativos domésticos têm vivenciado um rali neste ano. O Ibovespa subiu 3,27% em julho e acumula alta de cerca de 11% em 2023, perto dos 122 mil pontos. O dólar à vista fechou o mês com queda de 1,25%, mas, em 2023, as perdas passam de 10%.

“Depois de sofrerem por comentários negativos sobre inflação e a agenda fiscal do governo, o impressionante desempenho superior dos preços dos ativos brasileiros está correlacionado à queda do prêmio de risco fiscal no Brasil”, diz o diretor de portfólio de mercados emergentes da Pimco, Pramol Dhawan.

Início de ciclo de queda dos juros é apontado como um fator positivo para os investidores estrangeiros Foto: Dida Sampaio/Estadão

O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, termômetro do risco país, foi a 162 pontos, o nível mais baixo desde junho de 2021, quando estava em 160 pontos. O indicador tem apresentado melhora nos últimos meses em meio ao avanço de reformas no governo Lula, como a aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária, que já passou pelo crivo da Câmara dos Deputados.

O mais recente impulso para a melhora na percepção do risco país foi a elevação do rating do Brasil, de ‘BB-’ para ‘BB’ pela Fitch. Antes, a rival S&P já havia melhorado a perspectiva para a nota do País, de estável para positiva. O movimento das maiores agências de classificação de risco, que foi seguido por menores como Austin Rating e DBRS Morningstar, trouxe de volta a expectativa de o Brasil poder vislumbrar novamente o grau de investimento.

Para gestores e economistas internacionais ouvidos pelo Estadão/Broadcast, porém, o caminho à frente é desafiador. “É uma estrada longa ainda até obter esse selo de grau de investimento e vai requerer reformas macroeconômicas e microeconômicas, um marco regulatório que incentive o investimento e o aumento da produtividade... É uma maratona e a gente apenas completou a primeira milha”, avalia o diretor de Pesquisa Macroeconômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, para quem a reforma mais importante e que ainda não foi endereçada é a administrativa, para cortar gastos públicos.

Além dos desafios domésticos, pesa ainda o contexto internacional em meio ao aperto monetário para controlar a inflação que subiu e se enraizou nas economias globais após a covid-19. A América Latina iniciou o movimento contrário, de relaxamento, com o Chile, na semana passada, e o Brasil deve ser o segundo País a cortar os juros nesta semana. Enquanto isso, os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa deixaram as portas abertas para novo aumento neste ano, a depender dos futuros dados de suas respectivas economias, mas não consideram cortes no curto prazo.

“O maior desafio no Brasil provavelmente nem é o Brasil. É mais o fato de que os mercados financeiros globais permanecem muito apertados. Portanto, não há muito dinheiro circulando por aí”, diz o diretor de investimentos da área global de gestão de grandes fortunas do Citi, Lisandro Chanlatte.

Para se sobressair, os países emergentes, têm de apresentar uma história melhor do que a contada quando há maior liquidez global, avalia. “Não só no Brasil, mas em qualquer mercado emergente, o investidor está procurando por estabilidade política, independência do banco central e a capacidade de [o governo] entregar promessas”, diz Chanlatte, que vê as ações brasileiras com um ponto de entrada “bastante atraente” visto que o mercado se recuperou, mas ainda está abaixo das médias históricas de longo prazo.

Estrela em ascensão

Os estrangeiros têm demonstrado mais apetite que os investidores locais. Em julho, a Bolsa recebeu a entrada de cerca R$ 5,8 bilhões e no ano está positivo em R$ 22 bilhões. Por sua vez, o Bank of America alerta que os fundos de ações locais amargaram saídas de R$ 400 milhões nas últimas quatro semanas, cifra que sobe para R$ 1,4 bilhão no acumulado do ano, conforme o banco americano.

“A visão do estrangeiro é positiva para emergentes. Esses países anteciparam o aumento de juros e conseguiram controlar a inflação e manter suas economias mesmo com o Fed subindo juros”, diz o chefe global de serviços a clientes da Western Asset, Marzo Bernardi, citando o Brasil como um dos exemplos.

Na visão da UBS Global Wealth Management (UBS GWM), braço de grandes fortunas do banco suíço, o corte de juros é essencial para saber se a fotografia atual do mercado acionário brasileiro pode se transformar em um filme - ou seja, ser sustentável à frente.

Já Dhawan, da Pimco, vê o Brasil com chances de ser uma “estrela em ascensão” nos mercados emergentes, mas diz que a implementação do novo arcabouço fiscal e a aprovação completa da reforma tributária são essenciais para os preços dos ativos brasileiros darem um passo além. “Precisamos ver a validação da agenda fiscal, a agenda do governo, especialmente em relação ao aumento de receita atendendo aos objetivos fiscais, para que os preços dos ativos brasileiros sejam validados”, diz o diretor de portfólio.

Nova York - A diminuição dos ruídos políticos no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um ambiente macroeconômico mais favorável aumentaram o interesse do investidor estrangeiro pelo Brasil. Gigantes internacionais como Pimco, BlackRock, UBS e Citi têm adotado uma postura otimista com o País, o que ajuda na atração de fluxo externo. Mas, para que o estrangeiro volte a ter, de fato, uma presença mais forte no Brasil, as reformas têm de andar, dizem gestores ouvidos pelo Estadão/Broadcast. O início do corte de juros pelo Banco Central, esperado para esta quarta-feira, 2, também deve ajudar a impulsionar os ativos domésticos e, em especial, as ações.

A participação do Brasil no índice de ações MSCI Emerging Markets (MSCI EM), um dos principais referenciais internacionais para investidores, voltou a crescer depois da queda no início do ano e que impactou o peso das Américas. Na versão mais recente do índice, foi a 5,54%, ante 5% na anterior, publicada no fim de abril. Apesar da melhora, a participação verde e amarela ainda está longe dos tempos áureos. Em meados de 2010, o Brasil chegou a ter uma fatia de 17% do MSCI EM, quando o País ainda estava classificado como grau de investimento e era visto como um dos queridinhos dos investidores globais entre os mercados emergentes.

Com gestores internacionais ‘overweight’ (com visão acima das expectativas) para Brasil e o momento ainda positivo das commodities, os ativos domésticos têm vivenciado um rali neste ano. O Ibovespa subiu 3,27% em julho e acumula alta de cerca de 11% em 2023, perto dos 122 mil pontos. O dólar à vista fechou o mês com queda de 1,25%, mas, em 2023, as perdas passam de 10%.

“Depois de sofrerem por comentários negativos sobre inflação e a agenda fiscal do governo, o impressionante desempenho superior dos preços dos ativos brasileiros está correlacionado à queda do prêmio de risco fiscal no Brasil”, diz o diretor de portfólio de mercados emergentes da Pimco, Pramol Dhawan.

Início de ciclo de queda dos juros é apontado como um fator positivo para os investidores estrangeiros Foto: Dida Sampaio/Estadão

O Credit Default Swap (CDS) de 5 anos do Brasil, termômetro do risco país, foi a 162 pontos, o nível mais baixo desde junho de 2021, quando estava em 160 pontos. O indicador tem apresentado melhora nos últimos meses em meio ao avanço de reformas no governo Lula, como a aprovação do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária, que já passou pelo crivo da Câmara dos Deputados.

O mais recente impulso para a melhora na percepção do risco país foi a elevação do rating do Brasil, de ‘BB-’ para ‘BB’ pela Fitch. Antes, a rival S&P já havia melhorado a perspectiva para a nota do País, de estável para positiva. O movimento das maiores agências de classificação de risco, que foi seguido por menores como Austin Rating e DBRS Morningstar, trouxe de volta a expectativa de o Brasil poder vislumbrar novamente o grau de investimento.

Para gestores e economistas internacionais ouvidos pelo Estadão/Broadcast, porém, o caminho à frente é desafiador. “É uma estrada longa ainda até obter esse selo de grau de investimento e vai requerer reformas macroeconômicas e microeconômicas, um marco regulatório que incentive o investimento e o aumento da produtividade... É uma maratona e a gente apenas completou a primeira milha”, avalia o diretor de Pesquisa Macroeconômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos, para quem a reforma mais importante e que ainda não foi endereçada é a administrativa, para cortar gastos públicos.

Além dos desafios domésticos, pesa ainda o contexto internacional em meio ao aperto monetário para controlar a inflação que subiu e se enraizou nas economias globais após a covid-19. A América Latina iniciou o movimento contrário, de relaxamento, com o Chile, na semana passada, e o Brasil deve ser o segundo País a cortar os juros nesta semana. Enquanto isso, os bancos centrais dos Estados Unidos e da Europa deixaram as portas abertas para novo aumento neste ano, a depender dos futuros dados de suas respectivas economias, mas não consideram cortes no curto prazo.

“O maior desafio no Brasil provavelmente nem é o Brasil. É mais o fato de que os mercados financeiros globais permanecem muito apertados. Portanto, não há muito dinheiro circulando por aí”, diz o diretor de investimentos da área global de gestão de grandes fortunas do Citi, Lisandro Chanlatte.

Para se sobressair, os países emergentes, têm de apresentar uma história melhor do que a contada quando há maior liquidez global, avalia. “Não só no Brasil, mas em qualquer mercado emergente, o investidor está procurando por estabilidade política, independência do banco central e a capacidade de [o governo] entregar promessas”, diz Chanlatte, que vê as ações brasileiras com um ponto de entrada “bastante atraente” visto que o mercado se recuperou, mas ainda está abaixo das médias históricas de longo prazo.

Estrela em ascensão

Os estrangeiros têm demonstrado mais apetite que os investidores locais. Em julho, a Bolsa recebeu a entrada de cerca R$ 5,8 bilhões e no ano está positivo em R$ 22 bilhões. Por sua vez, o Bank of America alerta que os fundos de ações locais amargaram saídas de R$ 400 milhões nas últimas quatro semanas, cifra que sobe para R$ 1,4 bilhão no acumulado do ano, conforme o banco americano.

“A visão do estrangeiro é positiva para emergentes. Esses países anteciparam o aumento de juros e conseguiram controlar a inflação e manter suas economias mesmo com o Fed subindo juros”, diz o chefe global de serviços a clientes da Western Asset, Marzo Bernardi, citando o Brasil como um dos exemplos.

Na visão da UBS Global Wealth Management (UBS GWM), braço de grandes fortunas do banco suíço, o corte de juros é essencial para saber se a fotografia atual do mercado acionário brasileiro pode se transformar em um filme - ou seja, ser sustentável à frente.

Já Dhawan, da Pimco, vê o Brasil com chances de ser uma “estrela em ascensão” nos mercados emergentes, mas diz que a implementação do novo arcabouço fiscal e a aprovação completa da reforma tributária são essenciais para os preços dos ativos brasileiros darem um passo além. “Precisamos ver a validação da agenda fiscal, a agenda do governo, especialmente em relação ao aumento de receita atendendo aos objetivos fiscais, para que os preços dos ativos brasileiros sejam validados”, diz o diretor de portfólio.

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