Brasil e EUA têm interesse em desenvolver setor privado para estimular energia limpa, diz Haddad


Países divulgaram nota conjunta sobre o clima; iniciativa visa tornar capitais público e privado mais eficientes e que sejam efetivamente empregados para enfrentar os desafios climáticos

Por Gabriel Vasconcelos , Juliana Garçon e Célia Froufe
Atualização:

RIO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 26, que há interesse comum de Brasil e Estados Unidos em envolver o setor privado para estimular investimentos em matriz limpa de energia.

Em pronunciamento ao lado da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, Haddad afirmou que, no contexto atual, de tensões geopolíticas, a aproximação com os EUA é fundamental. Ele disse que os dois países comungam dos esforços para dar mais destaque às questões climáticas.

Yellen, por sua vez, informou que os dois países estão anunciando em conjunto uma parceria para o clima e disse que os objetivos são ambiciosos. “Estamos buscando um trabalho ambicioso sobre clima, tema levado para o topo das discussões internacionais pelo Brasil”, disse Yellen.

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Haddad e Yellen participam, nesta sexta-feira, do último dia de reuniões da trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G-20), no Rio de Janeiro.

Haddad fez pronunciamento ao lado de Janet Yellen, secretária de Tesouro dos Estados Unidos Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Apreço recíproco

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Em uma troca de afagos diplomáticos que durou dez minutos sem abertura a perguntas de jornalistas, Haddad disse que Yellen vem dando demonstrações de apreço pelo Brasil, o que seria recíproco por parte do governo brasileiro.

Ele lembrou que os dois países são as duas maiores economias ocidentais e disse ser “uma honra” ter encontrado a secretária do Tesouro americano “algumas vezes” nos últimos 18 meses.

“A agenda com os EUA é ampla e pode integrar mais o nosso continente. Queremos estar mais próximos e dar exemplo de cooperação internacional”, disse o ministro.

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Em que pese a convergência sobre assuntos climáticos entre os governos Lula e Biden, em outros temas em discussão no G20, como uma eventual tributação internacional de super-ricos, os dois países divergem sobre a formalização de um acordo internacional, o que Yellen definiu na quinta-feira como ainda “desnecessário ou indesejado”.

Já o Brasil chegou a sugerir taxar grandes fortunas em 2% e direcionar parte dessa arrecadação global para esforços de combate às mudanças climáticas, sobretudo em países pobres — o que não deve ir à frente.

Parceria pelo clima

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Após pronunciamento da secretária do Tesouro americano e do ministro da Fazenda, os governos dos dois países divulgaram um comunicado conjunto sobre clima, às margens do encontro do G20.

Segundo a nota, a Parceria pelo Clima contará com quatro pilares:

  • Cadeias de suprimento de energia limpa;
  • Mercados de carbonos de alta integridade;
  • Finanças da natureza e da biodiversidade;
  • Fundos climáticos multilaterais.
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O acordo, segundo os dois governos, ajudará a desenvolver políticas e liderará reformas em instituições internacionais em que ambos os países são partes interessadas. A iniciativa visa tornar os capitais público e privado mais eficientes e que sejam efetivamente empregados para enfrentar os desafios climáticos mais urgentes, incluindo tecnologias para produção de energia limpa, cadeias de valor resilientes, mercados de carbono íntegros e conservação de florestas e da biodiversidade.

“Nós intencionamos alavancar nosso trabalho bilateral nos fóruns multilaterais tais quais o G20, Reuniões Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional; e em outras instituições financeiras internacionais bem como na Coalizão dos Ministros de Finanças para Ação Climática e as conferências anuais das partes em acordos ambientais multilaterais e seus mecanismos financeiros”, afirma o documento. A quarta e última reunião financeira da atual edição do G20 ocorrerá em Washington.

O intuito da aproximação é o de desenhar a direção estratégica dos Fundos de Investimento Climático (CIF, na sigla em inglês), ao apoiar o lançamento de seu Mecanismo de Mercado de Capitais, que financiará novos planos de investimento em áreas críticas para o emprego de tecnologias limpas.

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Em paralelo, Fazenda e Tesouro estão explorando oportunidades, incluindo para o Brasil, da Janela Futura do Fundo de Tecnologia Limpa do CIF, apoiada por um empréstimo de US$ 568 milhões feito pelos Estados Unidos em 2023.

O reconhecimento das graves crises ambiental e climática enfrentadas por todas as nações, segundo a nota, é parte da motivação da ação conjunta para endereçar a mudança climática e para endossar as oportunidades que tal enfrentamento apresenta para apoiar transições justas e o desenvolvimento econômico.

“Desde o ano passado, o Departamento do Tesouro Americano (Tesouro) e o Ministério da Fazenda do Brasil (Fazenda) têm implementado medidas sem precedentes para alinhar suas instituições às melhores políticas ambientais e climáticas”, trouxe o documento.

“Oficiais sêniores de ambas as instituições se reuniram em diversas ocasiões, unidos por um compromisso comum em fazer avançar o desenvolvimento econômico inclusivo, que preserve o ambiente, promova integração regional e faça avançar os valores democráticos e de justiça social”, continuou.

RIO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 26, que há interesse comum de Brasil e Estados Unidos em envolver o setor privado para estimular investimentos em matriz limpa de energia.

Em pronunciamento ao lado da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, Haddad afirmou que, no contexto atual, de tensões geopolíticas, a aproximação com os EUA é fundamental. Ele disse que os dois países comungam dos esforços para dar mais destaque às questões climáticas.

Yellen, por sua vez, informou que os dois países estão anunciando em conjunto uma parceria para o clima e disse que os objetivos são ambiciosos. “Estamos buscando um trabalho ambicioso sobre clima, tema levado para o topo das discussões internacionais pelo Brasil”, disse Yellen.

Haddad e Yellen participam, nesta sexta-feira, do último dia de reuniões da trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G-20), no Rio de Janeiro.

Haddad fez pronunciamento ao lado de Janet Yellen, secretária de Tesouro dos Estados Unidos Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Apreço recíproco

Em uma troca de afagos diplomáticos que durou dez minutos sem abertura a perguntas de jornalistas, Haddad disse que Yellen vem dando demonstrações de apreço pelo Brasil, o que seria recíproco por parte do governo brasileiro.

Ele lembrou que os dois países são as duas maiores economias ocidentais e disse ser “uma honra” ter encontrado a secretária do Tesouro americano “algumas vezes” nos últimos 18 meses.

“A agenda com os EUA é ampla e pode integrar mais o nosso continente. Queremos estar mais próximos e dar exemplo de cooperação internacional”, disse o ministro.

Em que pese a convergência sobre assuntos climáticos entre os governos Lula e Biden, em outros temas em discussão no G20, como uma eventual tributação internacional de super-ricos, os dois países divergem sobre a formalização de um acordo internacional, o que Yellen definiu na quinta-feira como ainda “desnecessário ou indesejado”.

Já o Brasil chegou a sugerir taxar grandes fortunas em 2% e direcionar parte dessa arrecadação global para esforços de combate às mudanças climáticas, sobretudo em países pobres — o que não deve ir à frente.

Parceria pelo clima

Após pronunciamento da secretária do Tesouro americano e do ministro da Fazenda, os governos dos dois países divulgaram um comunicado conjunto sobre clima, às margens do encontro do G20.

Segundo a nota, a Parceria pelo Clima contará com quatro pilares:

  • Cadeias de suprimento de energia limpa;
  • Mercados de carbonos de alta integridade;
  • Finanças da natureza e da biodiversidade;
  • Fundos climáticos multilaterais.

O acordo, segundo os dois governos, ajudará a desenvolver políticas e liderará reformas em instituições internacionais em que ambos os países são partes interessadas. A iniciativa visa tornar os capitais público e privado mais eficientes e que sejam efetivamente empregados para enfrentar os desafios climáticos mais urgentes, incluindo tecnologias para produção de energia limpa, cadeias de valor resilientes, mercados de carbono íntegros e conservação de florestas e da biodiversidade.

“Nós intencionamos alavancar nosso trabalho bilateral nos fóruns multilaterais tais quais o G20, Reuniões Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional; e em outras instituições financeiras internacionais bem como na Coalizão dos Ministros de Finanças para Ação Climática e as conferências anuais das partes em acordos ambientais multilaterais e seus mecanismos financeiros”, afirma o documento. A quarta e última reunião financeira da atual edição do G20 ocorrerá em Washington.

O intuito da aproximação é o de desenhar a direção estratégica dos Fundos de Investimento Climático (CIF, na sigla em inglês), ao apoiar o lançamento de seu Mecanismo de Mercado de Capitais, que financiará novos planos de investimento em áreas críticas para o emprego de tecnologias limpas.

Em paralelo, Fazenda e Tesouro estão explorando oportunidades, incluindo para o Brasil, da Janela Futura do Fundo de Tecnologia Limpa do CIF, apoiada por um empréstimo de US$ 568 milhões feito pelos Estados Unidos em 2023.

O reconhecimento das graves crises ambiental e climática enfrentadas por todas as nações, segundo a nota, é parte da motivação da ação conjunta para endereçar a mudança climática e para endossar as oportunidades que tal enfrentamento apresenta para apoiar transições justas e o desenvolvimento econômico.

“Desde o ano passado, o Departamento do Tesouro Americano (Tesouro) e o Ministério da Fazenda do Brasil (Fazenda) têm implementado medidas sem precedentes para alinhar suas instituições às melhores políticas ambientais e climáticas”, trouxe o documento.

“Oficiais sêniores de ambas as instituições se reuniram em diversas ocasiões, unidos por um compromisso comum em fazer avançar o desenvolvimento econômico inclusivo, que preserve o ambiente, promova integração regional e faça avançar os valores democráticos e de justiça social”, continuou.

RIO - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 26, que há interesse comum de Brasil e Estados Unidos em envolver o setor privado para estimular investimentos em matriz limpa de energia.

Em pronunciamento ao lado da secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, Haddad afirmou que, no contexto atual, de tensões geopolíticas, a aproximação com os EUA é fundamental. Ele disse que os dois países comungam dos esforços para dar mais destaque às questões climáticas.

Yellen, por sua vez, informou que os dois países estão anunciando em conjunto uma parceria para o clima e disse que os objetivos são ambiciosos. “Estamos buscando um trabalho ambicioso sobre clima, tema levado para o topo das discussões internacionais pelo Brasil”, disse Yellen.

Haddad e Yellen participam, nesta sexta-feira, do último dia de reuniões da trilha financeira do grupo das 20 maiores economias do globo (G-20), no Rio de Janeiro.

Haddad fez pronunciamento ao lado de Janet Yellen, secretária de Tesouro dos Estados Unidos Foto: Pedro Kirilos / Estadão

Apreço recíproco

Em uma troca de afagos diplomáticos que durou dez minutos sem abertura a perguntas de jornalistas, Haddad disse que Yellen vem dando demonstrações de apreço pelo Brasil, o que seria recíproco por parte do governo brasileiro.

Ele lembrou que os dois países são as duas maiores economias ocidentais e disse ser “uma honra” ter encontrado a secretária do Tesouro americano “algumas vezes” nos últimos 18 meses.

“A agenda com os EUA é ampla e pode integrar mais o nosso continente. Queremos estar mais próximos e dar exemplo de cooperação internacional”, disse o ministro.

Em que pese a convergência sobre assuntos climáticos entre os governos Lula e Biden, em outros temas em discussão no G20, como uma eventual tributação internacional de super-ricos, os dois países divergem sobre a formalização de um acordo internacional, o que Yellen definiu na quinta-feira como ainda “desnecessário ou indesejado”.

Já o Brasil chegou a sugerir taxar grandes fortunas em 2% e direcionar parte dessa arrecadação global para esforços de combate às mudanças climáticas, sobretudo em países pobres — o que não deve ir à frente.

Parceria pelo clima

Após pronunciamento da secretária do Tesouro americano e do ministro da Fazenda, os governos dos dois países divulgaram um comunicado conjunto sobre clima, às margens do encontro do G20.

Segundo a nota, a Parceria pelo Clima contará com quatro pilares:

  • Cadeias de suprimento de energia limpa;
  • Mercados de carbonos de alta integridade;
  • Finanças da natureza e da biodiversidade;
  • Fundos climáticos multilaterais.

O acordo, segundo os dois governos, ajudará a desenvolver políticas e liderará reformas em instituições internacionais em que ambos os países são partes interessadas. A iniciativa visa tornar os capitais público e privado mais eficientes e que sejam efetivamente empregados para enfrentar os desafios climáticos mais urgentes, incluindo tecnologias para produção de energia limpa, cadeias de valor resilientes, mercados de carbono íntegros e conservação de florestas e da biodiversidade.

“Nós intencionamos alavancar nosso trabalho bilateral nos fóruns multilaterais tais quais o G20, Reuniões Anuais do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional; e em outras instituições financeiras internacionais bem como na Coalizão dos Ministros de Finanças para Ação Climática e as conferências anuais das partes em acordos ambientais multilaterais e seus mecanismos financeiros”, afirma o documento. A quarta e última reunião financeira da atual edição do G20 ocorrerá em Washington.

O intuito da aproximação é o de desenhar a direção estratégica dos Fundos de Investimento Climático (CIF, na sigla em inglês), ao apoiar o lançamento de seu Mecanismo de Mercado de Capitais, que financiará novos planos de investimento em áreas críticas para o emprego de tecnologias limpas.

Em paralelo, Fazenda e Tesouro estão explorando oportunidades, incluindo para o Brasil, da Janela Futura do Fundo de Tecnologia Limpa do CIF, apoiada por um empréstimo de US$ 568 milhões feito pelos Estados Unidos em 2023.

O reconhecimento das graves crises ambiental e climática enfrentadas por todas as nações, segundo a nota, é parte da motivação da ação conjunta para endereçar a mudança climática e para endossar as oportunidades que tal enfrentamento apresenta para apoiar transições justas e o desenvolvimento econômico.

“Desde o ano passado, o Departamento do Tesouro Americano (Tesouro) e o Ministério da Fazenda do Brasil (Fazenda) têm implementado medidas sem precedentes para alinhar suas instituições às melhores políticas ambientais e climáticas”, trouxe o documento.

“Oficiais sêniores de ambas as instituições se reuniram em diversas ocasiões, unidos por um compromisso comum em fazer avançar o desenvolvimento econômico inclusivo, que preserve o ambiente, promova integração regional e faça avançar os valores democráticos e de justiça social”, continuou.

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