Governo prepara proposta para renegociar dívidas de outros países com o Brasil


Segundo Haddad, questão ficou parada nas gestões anteriores; governo está na fase final de trabalho de consolidação dos números para iniciar renegociações

Por Francisco Carlos de Assis e Eduardo Laguna
Atualização:

O governo brasileiro, que na Trilha de Finanças do G-20 pautou as discussões sobre a renegociação das dívidas de países mais pobres, está na fase final de um trabalho de consolidação dos números para também renegociar as dívidas que outras economias têm com o Brasil. A informação foi dada nesta sexta-feira, 1º, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à imprensa no gabinete da pasta, em São Paulo.

A proposta brasileira foi elogiada por ministros de finanças de outros países, com os quais o Estadão/Broadcast conversou ao longo dos três dias de G-20.

“Na verdade, essa questão ficou parada no governo brasileiro durante muitos anos. Não havia interesse em resolver o problema com os países devedores. E o Brasil é um dos países credores que menos crédito tem em relação a economias de mais baixa renda. Se você pegar o que a China tem a receber na África, são valores muito mais consideráveis. Mas nós estamos, neste momento, terminando o trabalho de consolidação da dívida”, disse.

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De acordo com ele, o trabalho está sendo feito agora porque, ao longo dos últimos cinco ou seis anos, nada foi feito. “Estamos consolidando esses números para poder sentar e negociar (as dívidas). Mas seria bom que nós tivéssemos um arcabouço global. Há um problema global de dívida. Não é uma coisa restrita a alguns países”, ponderou.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil, fala durante encontro dos ministros das Finanças do G-20 Foto: Andre Penner / AP

Segundo Haddad, questiona-se muito o que vai fazer com a dívida do país A ou B. “Mas não é A ou B”, diz. Segundo ele, muitos países endividados atualmente estão com risco de default (calote).

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“Muitos já estão nessa condição. E não tem perspectiva de sair dessa situação. Só, para vocês terem uma ideia, o serviço da dívida da África saltou para mais de US$ 70 bilhões por ano. Imagina o continente, que tem 54 países como a África, pagar em serviço da dívida de US$ 74 bilhões por ano. Então, o problema é global. Não é um problema que o Brasil tem que enfrentar”, sugeriu o ministro.

Segundo ele, o Brasil está aproveitando a presidência do G-20 para abordar a questão. “Ali estão os credores. Tanto os países credores quanto os organismos internacionais credores que têm o G-20 como membros”, disse Haddad.

Acordo Mercosul-UE

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Sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), Haddad disse que espera pela retomada das discussões no segundo semestre.

“Eu penso que a discussão da União Europeia com o Mercosul vai ser retomada no segundo semestre. Eu penso que a poeira vai baixar um pouco e os negociadores vão voltar para a mesa”, disse. Para ele, um acordo ente os dois blocos vai ajudar a economia brasileira, especialmente o setor agrícola.

O governo brasileiro, que na Trilha de Finanças do G-20 pautou as discussões sobre a renegociação das dívidas de países mais pobres, está na fase final de um trabalho de consolidação dos números para também renegociar as dívidas que outras economias têm com o Brasil. A informação foi dada nesta sexta-feira, 1º, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à imprensa no gabinete da pasta, em São Paulo.

A proposta brasileira foi elogiada por ministros de finanças de outros países, com os quais o Estadão/Broadcast conversou ao longo dos três dias de G-20.

“Na verdade, essa questão ficou parada no governo brasileiro durante muitos anos. Não havia interesse em resolver o problema com os países devedores. E o Brasil é um dos países credores que menos crédito tem em relação a economias de mais baixa renda. Se você pegar o que a China tem a receber na África, são valores muito mais consideráveis. Mas nós estamos, neste momento, terminando o trabalho de consolidação da dívida”, disse.

De acordo com ele, o trabalho está sendo feito agora porque, ao longo dos últimos cinco ou seis anos, nada foi feito. “Estamos consolidando esses números para poder sentar e negociar (as dívidas). Mas seria bom que nós tivéssemos um arcabouço global. Há um problema global de dívida. Não é uma coisa restrita a alguns países”, ponderou.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil, fala durante encontro dos ministros das Finanças do G-20 Foto: Andre Penner / AP

Segundo Haddad, questiona-se muito o que vai fazer com a dívida do país A ou B. “Mas não é A ou B”, diz. Segundo ele, muitos países endividados atualmente estão com risco de default (calote).

“Muitos já estão nessa condição. E não tem perspectiva de sair dessa situação. Só, para vocês terem uma ideia, o serviço da dívida da África saltou para mais de US$ 70 bilhões por ano. Imagina o continente, que tem 54 países como a África, pagar em serviço da dívida de US$ 74 bilhões por ano. Então, o problema é global. Não é um problema que o Brasil tem que enfrentar”, sugeriu o ministro.

Segundo ele, o Brasil está aproveitando a presidência do G-20 para abordar a questão. “Ali estão os credores. Tanto os países credores quanto os organismos internacionais credores que têm o G-20 como membros”, disse Haddad.

Acordo Mercosul-UE

Sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), Haddad disse que espera pela retomada das discussões no segundo semestre.

“Eu penso que a discussão da União Europeia com o Mercosul vai ser retomada no segundo semestre. Eu penso que a poeira vai baixar um pouco e os negociadores vão voltar para a mesa”, disse. Para ele, um acordo ente os dois blocos vai ajudar a economia brasileira, especialmente o setor agrícola.

O governo brasileiro, que na Trilha de Finanças do G-20 pautou as discussões sobre a renegociação das dívidas de países mais pobres, está na fase final de um trabalho de consolidação dos números para também renegociar as dívidas que outras economias têm com o Brasil. A informação foi dada nesta sexta-feira, 1º, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à imprensa no gabinete da pasta, em São Paulo.

A proposta brasileira foi elogiada por ministros de finanças de outros países, com os quais o Estadão/Broadcast conversou ao longo dos três dias de G-20.

“Na verdade, essa questão ficou parada no governo brasileiro durante muitos anos. Não havia interesse em resolver o problema com os países devedores. E o Brasil é um dos países credores que menos crédito tem em relação a economias de mais baixa renda. Se você pegar o que a China tem a receber na África, são valores muito mais consideráveis. Mas nós estamos, neste momento, terminando o trabalho de consolidação da dívida”, disse.

De acordo com ele, o trabalho está sendo feito agora porque, ao longo dos últimos cinco ou seis anos, nada foi feito. “Estamos consolidando esses números para poder sentar e negociar (as dívidas). Mas seria bom que nós tivéssemos um arcabouço global. Há um problema global de dívida. Não é uma coisa restrita a alguns países”, ponderou.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil, fala durante encontro dos ministros das Finanças do G-20 Foto: Andre Penner / AP

Segundo Haddad, questiona-se muito o que vai fazer com a dívida do país A ou B. “Mas não é A ou B”, diz. Segundo ele, muitos países endividados atualmente estão com risco de default (calote).

“Muitos já estão nessa condição. E não tem perspectiva de sair dessa situação. Só, para vocês terem uma ideia, o serviço da dívida da África saltou para mais de US$ 70 bilhões por ano. Imagina o continente, que tem 54 países como a África, pagar em serviço da dívida de US$ 74 bilhões por ano. Então, o problema é global. Não é um problema que o Brasil tem que enfrentar”, sugeriu o ministro.

Segundo ele, o Brasil está aproveitando a presidência do G-20 para abordar a questão. “Ali estão os credores. Tanto os países credores quanto os organismos internacionais credores que têm o G-20 como membros”, disse Haddad.

Acordo Mercosul-UE

Sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), Haddad disse que espera pela retomada das discussões no segundo semestre.

“Eu penso que a discussão da União Europeia com o Mercosul vai ser retomada no segundo semestre. Eu penso que a poeira vai baixar um pouco e os negociadores vão voltar para a mesa”, disse. Para ele, um acordo ente os dois blocos vai ajudar a economia brasileira, especialmente o setor agrícola.

O governo brasileiro, que na Trilha de Finanças do G-20 pautou as discussões sobre a renegociação das dívidas de países mais pobres, está na fase final de um trabalho de consolidação dos números para também renegociar as dívidas que outras economias têm com o Brasil. A informação foi dada nesta sexta-feira, 1º, pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à imprensa no gabinete da pasta, em São Paulo.

A proposta brasileira foi elogiada por ministros de finanças de outros países, com os quais o Estadão/Broadcast conversou ao longo dos três dias de G-20.

“Na verdade, essa questão ficou parada no governo brasileiro durante muitos anos. Não havia interesse em resolver o problema com os países devedores. E o Brasil é um dos países credores que menos crédito tem em relação a economias de mais baixa renda. Se você pegar o que a China tem a receber na África, são valores muito mais consideráveis. Mas nós estamos, neste momento, terminando o trabalho de consolidação da dívida”, disse.

De acordo com ele, o trabalho está sendo feito agora porque, ao longo dos últimos cinco ou seis anos, nada foi feito. “Estamos consolidando esses números para poder sentar e negociar (as dívidas). Mas seria bom que nós tivéssemos um arcabouço global. Há um problema global de dívida. Não é uma coisa restrita a alguns países”, ponderou.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda do Brasil, fala durante encontro dos ministros das Finanças do G-20 Foto: Andre Penner / AP

Segundo Haddad, questiona-se muito o que vai fazer com a dívida do país A ou B. “Mas não é A ou B”, diz. Segundo ele, muitos países endividados atualmente estão com risco de default (calote).

“Muitos já estão nessa condição. E não tem perspectiva de sair dessa situação. Só, para vocês terem uma ideia, o serviço da dívida da África saltou para mais de US$ 70 bilhões por ano. Imagina o continente, que tem 54 países como a África, pagar em serviço da dívida de US$ 74 bilhões por ano. Então, o problema é global. Não é um problema que o Brasil tem que enfrentar”, sugeriu o ministro.

Segundo ele, o Brasil está aproveitando a presidência do G-20 para abordar a questão. “Ali estão os credores. Tanto os países credores quanto os organismos internacionais credores que têm o G-20 como membros”, disse Haddad.

Acordo Mercosul-UE

Sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE), Haddad disse que espera pela retomada das discussões no segundo semestre.

“Eu penso que a discussão da União Europeia com o Mercosul vai ser retomada no segundo semestre. Eu penso que a poeira vai baixar um pouco e os negociadores vão voltar para a mesa”, disse. Para ele, um acordo ente os dois blocos vai ajudar a economia brasileira, especialmente o setor agrícola.

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