RIO - O Brasil ultrapassou pela primeira vez, no ano passado, a média anual de produção de 4 milhões de barris de óleo equivalente por dia, (boe/d), atingido 4,344 milhões de boe/d, informou a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O pré-sal foi responsável por 75,18% desse total, com 3,304 boe/d.
Segundo a ANP, o recorde ficou 11,69% acima do anterior, alcançado em 2022. Houve recorde nas produções separadas de petróleo, com 3,402 milhões de barris por dia (bbl/d), 12,57% acima do valor de 2022 (de 3,022 milhões de bbl/d); e de gás natural, com 150 milhões de metros cúbicos por dia (m3/d), cerca de 8,7% maior do que a observada no ano anterior (de 138 milhões de m3/d).
Apenas em dezembro, foram produzidos 4,570 milhões de boe/d de petróleo e gás natural. Separadamente, a produção foi de 3,585 milhões de bbl/d de petróleo, uma diminuição de 2,5% com relação a novembro de 2023 e um aumento de 16,6% em comparação a dezembro do ano anterior; e de 156,618 milhões de m³/d de gás natural, uma redução de 3,4% comparando com o mês anterior e um crescimento de 11,8% em relação ao mesmo mês de 2022.
A produção do pré-sal, decorrente de 150 poços, foi de 2,742 milhões de bbl/d de petróleo e 118,34 milhões de m3/d de gás natural, totalizando 3,487 milhões de boe/d, uma queda de 2,7% em relação ao mês anterior e aumento de 16,8% se comparada ao mesmo mês de 2022.
Em dezembro, a produção do pré-sal correspondeu a 76,3% do total produzido no Brasil. O aproveitamento de gás natural no mês foi de 97,8%, disponibilizando ao mercado 51,77 milhões de m3/d de gás. Já a queima foi de 3,39 milhões de m3/d, tendo redução tanto na comparação com o mês anterior (-7,4%) quanto com o mesmo mês de 2022 (-8,5%).
Com relação à origem da produção, os campos marítimos produziram 97,7% do petróleo e do gás natural do país. A produção ocorreu em 6.546 poços, sendo 539 marítimos e 6.007 terrestres. Os campos operados pela Petrobras, em consórcio ou não, produziram 88% do petróleo e gás natural.